Mostrando postagens com marcador História. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador História. Mostrar todas as postagens

Sem calcinha de renda

Por que um post leva à outro...

Luzdeluma espera

Google homenageia o arqueólogo Howard Carter

Howard Carter

10-22-38 Astoria

10-22-38 Astoria

O Processo de Tiradentes, porque um pouco de História não faz mal a ninguém.

Um acontecimento que mudou o trem da História, no Brasil

A luta contra o tenentismo

Oficialmente, a Revolução Constitucionalista começou em 09 de Julho de 1932. Naquela noite, o interventor em São Paulo, Pedro de Toledo, era surpreendido por uma reunião de seu secretariado. Nela, foi informado de que o Estado havia se levantado em armas contra Getúlio Vargas. Algumas horas depois, convencido a aderir à revolução, Toledo renunciou ao cargo. Na manhã seguinte, uma multidão o aclamaria governador de São Paulo.

Na verdade, a Revolução Constitucionalista vinha sendo gestada desde 1931. Fora alimentada pela recusa do "presidente provisório" em devolver o país aos trilhos da constituição, rasgada em 1930. Embora tenha empolgado a classe média, a revolução de São Paulo trazia embutido o desgosto da oligarquia local pelo fim da política café com leite, que na República Velha, fizera seus membros se alternarem na presidência com os de Minas.

A visita do Ministro da Fazenda, Oswaldo Aranha, em 22 de maio de 1932, aumentou a desconfiança de que um secretariado tenentista seria imposto a São Paulo. Na noite seguinte, uma multidão tentou invadir a sede do Partido Popular Progressista, tenentista. Houve reação e quatro manifestantes morreram. De seus nomes (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) nasceu a sigla MMDC, que batizaria uma organização constitucionalista.

A ideia original era desencadear a revolução em 14 de Julho, o mesmo da "Queda da Bastilha". Mas esse simbolismo seria atropelado por uma carta desaforada do general Bertoldo Klinger, comandante militar de Mato Grosso e conspirador, ao general reformado Augusto Inácio do Espírito Santo Cardoso, nomeado para o Ministério do Exército. A consequente passagem de Klinger para a reserva fez com que os planos revolucionários fossem antecipados.

No dia 10 de Julho, com a ocupação de Cruzeiro/SP pelas tropas do Coronel Euclides Figueiredo, pai do futuro presidente João Figueiredo, e o bloqueio da passagem dali para Passa Quatro/MG, tiveram início as operações de guerra que iriam tomar os três meses seguintes. Os constitucionalistas financiados pelo empresariado paulista chegaram a reunir cerca de 30 mil soldados - número considerável num país cujo exército compunha-se de pouco mais de 50 mil homens.

Já no final desse mês de Julho, porém, o estado de São Paulo estava cercado por tropas federais. No dia 02 de Outubro, veio o capitulação. Depois de perderem 633 homens, os paulistas deploraram "vilão" Klinger, que obtivera de Vargas um armistício em separado.

A repressão foi severa, e trens lotados de constitucionalistas aprisionados conduziriam os derrotados ao Rio de Janeiro, onde dezenas seriam enviados para o exílio de Portugal. Ao todo, 77 foram banidos do país.

No Brasil atual, dos escândalos, dos desmandos e apático diante dos políticos corruptos, ouve-se que o povo brasileiro é medroso e sem garra. Não se orgulha de ser brasileiro, porque não conhece a História de seu país e em tempos de internet, não haveria desculpas para tal ignorância e onde as armas são outras, a política arcaica impera, no sentido literal. A ditadura corre velada e qualquer relação com a História antiga, não será mera coincidência.

Salve a revolução!!

*Escute o Hino da Revolução de 1932! Dica da @meiroca

revolução

Vã filosofia... Falas muito de Marx, de divisão de tarefas, de trabalho de base, mas quando te levantas nem a cama fazes... (Leila Míccolis)

Sete Mares

"O mar que habita em mim, me leva para onde eu nunca fui" Sandra Cinto

exposição 7 mares

Noite fria

Em determinado momento do conto "Der Mauerspringer" (Os Saltadores do muro, 1982), de Peter Schneider, o protagonista se dá conta de uma singular mudança de paradigma: - nos mapas de Berlim Ocidental, o Muro é assinalado por um tênue traço rosa que divide a cidade e, nos mapas da parte oriental, o mundo termina em uma faixa negra além da qual só existe o nada.

"Moro em uma cidade siamesa", diz ele, que passa os dias em busca da própria identidade no confronto com histórias do cotidiano em dois Estados jovens, nascidos depois da segunda guerra, mas ideologicamente opostos.


Vídeo “Bridge the Divide” em comemoração ao 20º aniversário do Muro de Berlim, mostrando o trabalho de Above

Flores, lágrimas, risos e champanhe. Novembro de 1989. As imagens do Muro de Berlim apinhado de gente tomando porres, cantando, chorando de alegria e em cenas raras na Alemanha, de beijos e abraços entre pessoas que nunca se viram fazem parte da galeria dos momentos gloriosos do século XX.

Desespero, coragem extrema, perseguição e morte. Desde que a estranha construção de placas de concreto e arame farpado foi erguida por unidades armadas da República Democrática Alemã, na noite de 13 de Agosto de 1961, alemães orientais jamais desistiram de cruzá-la e muitos chegaram do outro lado, através de túneis subterrâneos pacientemente cavados, nadando pelos tubos de esgotos, em estranhos aparelhos voadores ou simplesmente pulando o muro - Para reencontrar a família dividida, amigos, a liberdade. Mais de 200 perderam a vida.

muro de berlim

165,7 quilômetros de concreto e arame farpado. 300 torres de observação com guardas armados dia e noite. Na parte interna do muro "Faixa da Morte", salpicada de minas e mecanismos que, ao menor toque, detonavam poderosos feixes de luz. Também no pé da parte interna do muro, pregos de aço de 12 centímetros literalmente prendiam os corpos em queda. Por entre as cercas elétricas dos canais subterrâneos, só o que passava era o cocô das duas partes da cidade.

O Muro da Vergonha. Para os berlinenses, é Die Mauer, uma entidade misteriosa e ameaçadora, parecida com o castelo de Kafka com 30.000 soldados orientais para manter vigilância constante. Para os comunistas, este "muro de proteção antifascista", se destinava a impedir o brain drain de técnicos que debandavam para o lado ocidental em busca de melhores salários.

A condição de cidade dividida ao longo de décadas, fez de Berlim um lugar particular, em que o ódio e ressentimento cresciam na mesma proporção que a indiferença e do desinteresse. Auseinanderleben é um verbo de difícil tradução: "viver cada um para um lado oposto". O que ocorreu com alemães ocidentais e orientais, marcados durante quarenta anos por ideologias, possibilidades e sonhos opostos.

Foi História em rítmo acelerado o que aconteceu naquela noite fria de 9 para 10 de Novembro, coroando um movimento de revolução pacífica na Alemanha Oriental - à qual o ocidente assistiu incrédulo - e esboroando o regime da Alemanha Comunista. A população saiu da sombra; o regime do líder Erich Honecker tombou empurrado pela pressão crescente da oposição, levando de arrastão o muro. O movimento popular começara em Agosto, com centenas de alemães orientais refugiados em Berlim Oriental, Budapeste e Praga.

"Nós somos o povo. Nós somos o povo". Tímido no início e cada vez mais forte, o refrão se repetia toda segunda-feira em Leipzig, depois na missa de São Nicolau, ecoando pelas principais cidades do leste.

Em 7 de Outubro, 40º aniversário da RDA, o líder soviético Mikhail Gorbatchov, profere a célebre advertência: "Quem chega atrasado é punido pela História" - no caso, o regime alemão oriental, que ainda fechava os olhos diante da fuga em massa de seus cidadãos através de países vizinhos.

A panela de pressão estourou! Egon Krenz, sucessor de Honecker, telefonou para Gorbatchov e este recomendou que a fronteira entre as Alemanhas devia ser aberta como válvula de escape, prevenindo uma rebelião que poderia pôr fim ao controle comunista.

O muro foi erguido por determinação de um líder soviético, Kruchov, e derrubado por ordem de outro. Sua queda espantosamente súbita marcou o fim da divisão do mundo em duas doutrinas, a comunista e a capitalista.

Na noite de 9 de Novembro, o porta-voz Günther Schabowski, membro do Politburo, lê um comunicado vago dizendo que os alemães orientais podem solicitar viagens particulares. Assombrados, nem todos os guardas de fronteira conseguem interpretar o enigmático comunicado. Nem precisam, já não dá para conter.

muro de berlim
Veja imagens históricas da queda do Muro de Berlim

Às 21h30m um jovem casal chegou à passagem da Bornholmer Strasse, apresentou o documento de identidade e atravessou para Berlim Ocidental. Em poucas horas, as massas forçam a travessia nos pontos de passagem, realizam o sonho de cruzar o muro sem perigo de levar um tiro, e são recebidos com euforia, fogos de artifício e batucada, e, melhor entre os presentes, 100 marcos, o cobiçado dinheiro alemão ocidental.

Em 1999, sentindo o preço da unificação dolorosamente em seus bolsos, os alemães ocidentais, desinteressados do destino de seus primos do leste, seguem suas vidas. Do "outro lado", independentemente da idade é preciso começar dramaticamente do zero. No lugar das "Paisagens Florescentes" imaginadas por Helmut Kohl, existia desemprego, desilusão e uma disparidade salarial ainda grande, comparada com o Oeste.

A divisão de Berlim foi, durante quase 30 anos, um marco de desesperança e se prestou a uma guerra de propaganda sórdida em que, entre mortos e feridos, ninguém se salvou, psicologicamente.

Os "restos" do muro ainda estão nas cabeças. São grandes os desafios para evitar que se concretize o vaticínio do final de "Der Mauerspringer": "Estes muros ainda estarão de pé quando não houver mais ninguém para passar por eles".

Em tempo: para participar da comemoração da queda do Muro de Berlim, você pode deixar mensagens, via twitter acrescida da hashtag #fotw sobre o evento, que aparecerão no muro virtual Berlin Twitter Wall, em diversas línguas. Mesmo que você não queira postar no twitter, super legal ler as mensagens, principalmente das pessoas que passaram por essa parte da História. Ah, a China bloqueou o acesso. Lógico!


imagem

E naquela vibrante madrugada de quinta para sexta, do 9 para o 10 de Novembro de 1989, provou-se que nem tudo dura para sempre.

Leia algumas opiniões:
  • "Mas quando todas a fronteiras possíveis caíram, de repente ficamos com medo e constatamos que somos uma sociedade de mentalidade estreita, que não quer impulsos de fora"
  • ...a queda do Muro "levou uma multidão em direção à merda nacional": "O orgulho nacional reavivado e o desejo de ser alemão são cada vez mais consenso nacional"
  • "[Na Moldávia], de fato, tudo está como antes, não temos uma democracia de verdade"
  • "Antes era tudo proibido. Agora as pessoas pensam que democracia significa 'nós podemos fazer tudo', podemos até matar alguém. É uma interpretação muito estranha de democracia. E é assim, não só no meu país, como em diversas ex-nações soviéticas"
    Opiniões de Jovens dramaturgos do Instituto Goethe de Londres, que apresentam festival com peças da Polônia, Reino Unido, Dinamarca, Suécia, Sérvia e Romênia, em busca da expressão artística para a queda do Muro e suas consequências. [leia matéria]
Muitos alemães dizem que o muro ainda é perceptível e outros, vão mais além, querendo-o de volta. O que você acha disso?

De volta à ditadura?

Quem viveu a época da censura, tem péssimas lembranças.


Alex Polari, em "Os Primeiros Tempos"

Não era mole aqueles dias
De percorrer de capuz
A distância da cela
À câmara de tortura
E nela ser capaz de dar urros
Tão feios que nunca ouvi

Havia dias que as piruetas do pau-de-arara
Pareciam ridículas e humilhantes;
E, nus, ainda éramos capazes de corar
Ante as piadas sádicas dos carrascos.

Havia dias em que todas as perspectivas
Eram para lá de negras
E todas as expectativas
Se resumiam à esperança algo cética
De não tomar pancadas nem choques elétricos.

Havia outros momentos
Em que as horas se consumiam
À espera do ferrolho da porta que conduzia
Às mãos dos especialistas
Em nossa agonia.
Houve ainda períodos
Em que a única preocupação possível
Era ter papel higiênico
Comer alguma coisa com algum talher
Saber o nome do carcereiro do dia
Ficar na expectativa da primeira visita
O que valia como um aval da vida
Um carimbo de sobrevivente
E um status de prisioneiro político
Depois a situação foi melhorando
E foi possível até sofrer
Ter angústia, ler
Amar, ter ciúmes
E todas essas bobagens amenas
Que aí fora reputamos
Como experiências cruciais.

ditadura

A imagem acima em que você reconhece alguns artistas brasileiros, participou da exposição fotográfica "Direito à Memória e à Verdade - A ditadura no Brasil: 1964 a 1985" período da História Brasileira conhecida como "Os Anos de Chumbo". Exposição organizada pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH) em comemoração aos 28 anos da promulgação da Lei da Anistia no Brasil (LEI Nº 6.683 - de 28 de Agosto de 1979) ocorrida em Julho de 2007, na Galeria D. Pedro II, Caixa Cultural SP.

Ontem recebi da amiga Enoisa Veras, o seguinte e-mail:

Intelectuais lançam manifesto de repúdio à Folha de S.Paulo

Manifesto protesta contra um editorial publicado quatro dias antes pelo jornal, que minimiza os crimes da ditadura militar e classifica o período como "ditabranda". O texto também presta solidariedade aos professores Fábio Konder Comparato e Maria Victória de Mesquita Benevides, cuja indignação ao editorial foi classificada como "cínica" e "mentirosa" pela Folha.

Redação - Carta Maior

SÃO PAULO - Um grupo de intelectuais lançou sábado (21) um abaixo-assinado na internet em repúdio à Folha de S.Paulo. O manifesto protesta contra um editorial publicado quatro dias antes pelo jornal, que relativiza as atrocidades da ditadura militar (1964-1985) e classifica o período como "ditabranda".

O texto condena "o estelionato semântico manifesto pelo neologismo 'ditabranda' e, a rigor, uma fraudulenta revisão histórica forjada por uma minoria que se beneficiou da suspensão das liberdades e direitos democráticos no pos-1964". Segundo os signatários do manifesto, "a direção editorial do jornal insulta e avilta a memória dos muitos brasileiros e brasileiras que lutaram pela redemocratização do pais".

Outra motivação do abaixo-assinado foi prestar solidariedade aos professores acadêmicos Maria Victória de Mesquita Benevides e Fabio Konder Comparato, cuja legítima indignação ao editorial foi tachada de "cínica" e "mentirosa" pela Folha. "Pela luta pertinaz e consequente em defesa dos direitos humanos, Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato merecem o reconhecimento e o respeito de todo o povo brasileiro", diz o texto.

A íntegra do manifesto é a seguinte:

REPÚDIO E SOLIDARIEDADE

"Ante a viva lembrança da dura e permanente violência desencadeada pelo regime militar de 1964, os abaixo-assinados manifestam seu mais firme e veemente repúdio à arbitrária e inverídica “revisão histórica” contida no editorial da Folha de S. Paulo do dia 17 de fevereiro último. Ao denominar “ditabranda” o regime político vigente no Brasil de 1964 a 1985, a direção editorial do jornal insulta e avilta a memória dos muitos brasileiros e brasileiras que lutaram pela redemocratização do país.

Perseguições, prisões iníquas, torturas, assassinatos, suicídios forjados e execuções sumárias foram crimes corriqueiramente praticados pela ditadura militar no período mais longo e sombrio da história política brasileira. O estelionato semântico manifesto pelo neologismo “ditabranda” é, a rigor, uma fraudulenta revisão histórica forjada por uma minoria que se beneficiou da suspensão das liberdades e direitos democráticos no pós-1964.

Repudiamos, de forma igualmente firme e contundente, a “Nota de redação”, publicada pelo jornal em 20 de fevereiro (p. 3) em resposta às cartas enviadas à seção “Painel do Leitor” pelos professores Maria Victoria de Mesquita Benevides e Fábio Konder Comparato. Sem razões ou argumentos, a Folha de S. Paulo perpetrou ataques ignominiosos, arbitrários e irresponsáveis à atuação desses dois combativos acadêmicos e intelectuais brasileiros. Assim, vimos manifestar-lhes nosso irrestrito apoio e solidariedade ante às insólitas críticas pessoais e políticas contidas na infamante nota da direção editorial do jornal.

Pela luta pertinaz e consequente em defesa dos direitos humanos, Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato merecem o reconhecimento e o respeito de todo o povo brasileiro".

A minha assinatura já está lá e é de nº1784. Agora é com vocês!

Não vamos deixar que o desrespeito e a intimidação retire de nós a nossa liberdade civil, duramente conquistada. Aqueles que acham que o Brasil não tem História é porque não leram ou não participaram. Participe daqui pra frente!

Se puder, divulgue o Manifesto!

Beijus,

Esqueça Paris [update]

A quem diga que este blogue é uma novela, perdeu um capítulo, ficou a ver navios. Será? Para não perderem o rumo, o comentário abaixo postado pela Yvonne - caríssima que por hora está em recesso de blogue - é referente a postagem "É proibido proibir"



Yvonne, o quase post virou um post! Justamente porque entendo e me incomodei também com quem disse que "68 já passou e a fila anda". Ainda está em andamento. Pelo menos até que as pessoas que convivem com as pessoas que viveram naquela época ainda vivam, as influências da década de 60 ainda se manterão vivas. Principalmente para os filhos da geração "Paz e Amor", da contracultura, da rebeldia burguesa e dos revolucionários.

Em 68 aconteceu a "sexta-feira sangrenta", uma passeata por verbas para a educação que acabou com repressão e mortos, no Rio. Meus pais estavam lá e por pouco eu não haveria de ter nascido.

Fatos como este eram relatados em casa. Apenas alguns:

Che Guevara sendo condecorado por Jânio e provocando a ira das Forças Armadas.

Carlos Lacerda acusando Jango de tramar golpe de Estado.

Greve organizada pela União Nacional dos Estudantes que paralisou 40 universidades no Brasil por três meses.

A Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu cerca de 500 mil pessoas fazendo passeata contra Jango no centro de São Paulo.

Pasmem! O projeto Suplicy é aprovado pelo congresso, extinguindo a UNE e proibindo as organizações estudantis de realizarem protestos.

A Faculdade de Medicina no Rio é invadida pela Polícia, prendendo 600 estundantes, num episódio conhecido como "massacre da Praia Vermelha"

Abreu Sodré, então governador de São Paulo é apedrejado durante comemorações do Dia do Trabalhador.

Aconteceu a "Passeata dos 100 mil", contra o regime militar.

60 mil pessoas acompanham o enterro de Édson Luis Lima Souto que morreu quando o movimento estudantil preparava um protesto contra as condições do ensino brasileiro. Aconteceram manifestações e protestos em várias cidades do país.

Ninguém se lembra mais de Édson Luis Lima Souto.

A História morre para aqueles que não participam dela. Amanhã comemora-se a luta pelos direitos civis de Martin Luther King e como ele também morreram os incentivos que vinham da revolução cubana, o martírio de Che Guevara, a Canção folk de Bob Dylan e Joan Baez? Sim, não existe mais o Students for Democratic Society e o Black Power. Morreram o rock irreverente dos Beatles e anárquico dos Rolling Stones?

Se alguns fatos ainda não foram esquecidos, 68 não passou e repercute sem solução nos dias de hoje.

Para quem gosta de ler, aconselho a crônica Maio de 68, ainda há quem diga não à revolução e o livro “1968 - O ano que não terminou”, de Zuenir Ventura.

Também no ano de 68, Clark e Hill, eram adversários históricos na Fórmula 1. A Lotus dominava o campeonato em disputa acirrada pelo título entre seus dois pilotos. Sobrou só Hill, porque existiu aquela árvore, naquela pista alemã, naquela tarde, na sétima volta e Jim Clark's morreu. Para ele, 1968 terminou ali.

update - Confiram: 

Julio Moraes relaciona cronologicamente os principais fatos ocorridos no ano de 1968. Ah!Dorei! 
Oscar e Rosamaria, indicaram o blogue de Maristela, que trata exclusivamente do ano de 1968. Drôle!!

Boa semana!
Beijus,

É proibido proibir



Havia algo mágico nos anos 60. Havia união, coisa que não existe mais. O fato de estarmos sonhando juntos, cinema, política, música, jazz, rocnk’n’roll, sexo, filosofia; eram as coisas mais importantes para mim”. Bernardo Bertolucci em making off de “Os Sonhadores”, de 2003.

Paris de 1968, três estudantes, sendo Theo (Louis Garrel) e Isabelle (Eva Green) irmãos gêmeos e o estudante americano Matthew (Michael Pitt) passam por período de intensas descobertas sexuais e afetivas conturbadas, em paralelo com acontecimentos políticos.

A eclosão das manifestações de maio de 1968, a ruptura entre revolucionários e governo, entre os gêmeos e o intruso americano. A inconseqüência que vira forma de protesto.



A libido regada a vinho. Nada de transgredir, isso é para os imorais.



Depois de 1968, conceitos contestados como a censura, hipocrisia e falta de massa crítica, hoje foram institucionalizados.

"Aos milhões de franceses em luta, De Gaulle responde afirmando sua vontade de impor a ditadura" (Editorial do jornal "L'Humanité" em 30 de Maio de 1968)

"Ficamos surpresos com a incrível imbecibilidade do poder. Mas uma vez que ele se engajou nesta prova de força, devemos ir até o fim" (Daniel Cohn-Bendit, líder estudantil)

Os trinta dias de Maio foram o divisor de águas de um século 

E a revollução fez a sua autocrítica na sua última frase do filme "A Chinesa", de Jean Luc-Godard, calcada na imagística maoísta: "Eu pensava ter dado um grande salto para a frente e percebo que na verdade, apenas ensaiei os tímidos primeiros passos de uma longa marcha"

Para nós brasileiros, foi a partir dos protestos estudantis que as massas foram às ruas - pela primeira vez desde 1964 - manifestarem-se contra a ditadura.

Maio de 68 foi talvez o momento que a História mais se aproximou da utopia, favorecendo a idéia anárquica de uma sociedade autogovernável, devotada ao prazer. E, durante umas semanas, eles - e o mundo - tiveram a ilusão de que a utopia é possível.

Do duelo de palavras, através das faixas, grafites e boca-a-boca, ficaram as palavras "É proibido proibir", "Sou marxista da linha groucho" ou a frase do poeta surrealista André Breton "Sejamos realistas, exijamos o impossível"

O sonho parisiense ainda é lembrado.
Se chover, fica a sugestão dos filmes.
Beijus,

Querem matar o mito mais uma vez



A morte do revolucionário argentino Ernesto Che Guevara, ocorrida no dia 09 de Outubro de 1967, aos 39 anos, interrompeu o sonho de estender a Revolução Cubana à America Latina, mas não impediu que seus ideais continuassem a gozar de popularidade entre as esquerdas.

O braço direito de Fidel Castro, que ajudou a derrotar o ditador Fulgencio Batista em 1959, foi executado em uma escola na aldeia de La Higuera, no centro-sul da Bolívia, no dia seguinte à sua captura pelos rangers do Exército boliviano, treinados pelos Estados Unidos.

Depois de 11 meses na selva, os guerrilheiros foram encurralados por soldados da milícia liderada pelo capitão Gary Prado, em uma ravina localizada na região de Vallegrande, no dia 08 de Outubro. Durante a luta, Guevara foi ferido na perna e levado para La Higuera junto com dois companheiros.

O Assassinato encerrou uma operação guerrilheira desastrosa. Com a vitória da revolução em Cuba, Che Guevara, médico formado pela Universidade de Buenos Aires que se iniciara politicamente na oposição à Perón, resolveu levar o ideal marxista para os países da América Latina, contrariando as recomendações do Partido Comunista soviético.

Esse redimensionamento ideológico acirrou as diferenças com o governo cubano, preocupado em consolidar o bem-estar econômico na ilha. Além disso, contaram contra Che a falta de apoio do Partido Comunista boliviano (desgostoso com o fato de um estrangeiro liderar a revolução no país) e o apoio logístico dos EUA (temerosos que o exemplo cubano se alastrasse) às Forças Armadas bolivianas - E hoje são cupinchas!

Os boatos que cercaram a execução de Che levantaram dúvidas sobre a identidade do guerrilheiro morto em Higueras. A confusão culminou com o desaparecimento dos seus restos mortais, encontrados apenas em 1997 - quando o mundo recordava os trinta anos de sua morte - sob o terreno do aeroporto de Vallegrande.

O corpo estava sem as mãos, amputadas para reconhecimento poucos dias depois da morte e contrabandeadas para Cuba. Em 17 de Outubro de 1997, Che foi enterrado com pompas na cidade cubana de Santa Clara (onde liderou uma batalha decisiva para a derrubada de Batista), com a presença da família e de Fidel.

Embora os seus ideais sejam românticos aos olhos de um mundo globalizado, ele se transformou em um ícone na história das revoluções do século XX e num exemplo de coerência política.

Sua morte determinou o nascimento de um mito, símbolo de resistência para os países latino-americanos.

E porque querem destruir o mito? É fácil imaginar; outros querem a eternidade!

Sobre essa questão, uma excelente análise feita por Marco Ferrari - Novas biografias expõem "lado negro" de Che Guevara ou seriam apenas oportunismo?

Pra não dizer que não falei das flores



Amanhã, dia 10 de Outubro, Mônica Montone lança "Mulher de Minutos" em Belo Horizonte.

Local: Alexandrina Café
Endereço: Rua Pernambuco, 797 - Savassi
Telefone: (31)3234.7047
Horário: a partir das 19:00hs

As 20:30 horas será apresentada "Poesia em Movimento" - onde a blogueira, atriz, cantora e escritora, apresentará sua performance como deve ser; com poesia, canto e dança .

'Suas apresentações são marcadas pelo ritmo do berimbau, do pandeiro e da palavra, o que confere à performance um tom de brasilidade e beleza.

Para o poeta Salgado Maranhão, Mônica Montone "é uma poeta que não só tem o que dizer como o faz com seu próprio estilo”.

No show que apresenta em diversas regiões do país, Mônica oferece ao público uma poesia sensual, direta e lírica, com temas que atravessam tempo e vão desde o gozo a questões políticas e filosóficas existenciais.

Como definiu Affonso Romano de Sant´Anna em uma homenagem prestada a ele no Festival de Poesia Carioca: “Mônica Montone é a poesia viva, a poesia em movimento”'.

Você que está em Belo Horizonte, não pode perder!

Patrocínio: Cachaça Âmbar (Salinas/MG) - Isso tá très chique, uai?!

Apoio: Alvarenga Sempre - Mineiras, uai! e Fábrica de Histórias

Como nem tudo são flores

Reforço novamente o pedido para que Assinem a petição clamando justiça para Ana Virgínia Moraes Sardinha. Para quem ainda não está por dentro do caso, leia a petição e, se possível, assine, repasse e divulgue. Se você não possue blogue, repasse por e-mail.

Vários amigos blogueiros estão solidários com a dor de Ana Virgínia e sua família. Una-se a nós. Esta petição será encaminhada ao Excelentíssimo Presidente e ao Ministro da Justiça.

Beijus,
Luma
Comente aqui também!

As Cores de Picasso

Picasso
25 de outubro é comemorado o 125º aniversário do nascimento de Picasso. Neste dia será lançado «Textos espanhóis (1894 e 1968)», contendo 39 poemas do artista.

Pintor, escultor, artista gráfico, ceramista e poeta!! Diferentemente de muitos outros artistas, ele foi reconhecido desde cedo. Com 15 anos já tinha o seu ateliê. Pintava conforme a mudança de seu estado de espírito. Passou da Fase Azul melancólica para a Fase Rosa, alegre e delicada. Libertou-se e criou o cubismo, desconstruindo o mundo visível em formas geométricas. Aborrecido, voltou ao estilo convencional. Com problemas pessoais, pintava figuras deformadas e com grande expressividade.

Ele não entrou em colapso, mas o mundo a sua volta sim! Estourava a Guerra Civil Espanhola e aviões nazistas, enviados por Hitler em apoio ao General Franco, bombardearam e arrasaram a cidade de Guernica. Imediatamente se dispôs a pintar um grande mural para o pavilhão espanhol na Exposição Internacional de 1937, em Paris. Nasceu assim a sua obra mais famosa "Guernica" como expressão máxima do sofrimento espanhol.

Fiquei sabendo que por esses dias, o milionário americano Steve Wynn, ao exibir para os seus amigos a obra "O Sonho" deu-lhe uma cotovelada e furou o quadro. O quadro ia ser vendido e passaria a ser a obra mais valiosa de sempre! 111 milhões de euros, os olhos da cara!

"Mer... Olhem o que fiz"

O Anfitrião sofre de retinite pigmentária, doença ocular que afeta a visão periférica.

Ficou vermelho de raiva??

Nem tanto! Mer...é um "sinal do destino" e ficou assim, por enquanto tudo azul!

Fiquei imaginando se pudessemos mudar a cor da pele conforme o nosso sentimento.

Não precisaríamos advinhar quando alguém estivesse vermelho de raiva, preto de tristeza, roxo de vergonha, amarelo de desânimo, branco de medo ou mesmo, rosa docinho, docinho.

Deus estava certo quando resolveu investir somente em melanina, caroteno e hemoglobina. Evitou muitos constrangimentos. Eu detestaria estar transparente! Só morta!

Em contrapartida os sentimentos têm cores. Os esotéricos chamam aura. Esotéricos me salvem, aura é isso?

Fernande chegou-se a Picasso e abraçou-o ardentemente.
Depois beijou-o, apalpou-o entre as pernas, lambeu-lhe o pescoço
e trincou-lhe uma orelha.
Picasso, melancólico e desesperado, afastou Fernande e disse-lhe:
- Hoje não, estou com o período azul

Mer...capitalizar as cores é, no mínimo, um ato tão curioso quanto revelador.

Aproveitem porque hoje estou docinho, docinho...

Beijus

...em quietude, sem solidão

Leia o luz no seu celular
get click

Algumas coisas não têm preço

finalista the weblog awards 2005finalista the weblog awards 2006
finalista the weblog awards 2007weblogawards 2008

Me leve com você...

facebooktwitter

Copyright  © 2021 Luz de Luma, yes party! Todos os direitos reservados. Imagens de modelo por Luma Rosa. Publicações licenciadas por Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial- Vedada a criação de obras derivadas 2.5 Brasil License . Cópia somente com autorização.

Tem sempre alguém que não cita a fonte... fingindo ter aquilo que não é seu.

Leia mais para produzir mais!

Atenção com o que levar daqui. Preserve os direitos autorais do editor