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Querem matar o mito mais uma vez



A morte do revolucionário argentino Ernesto Che Guevara, ocorrida no dia 09 de Outubro de 1967, aos 39 anos, interrompeu o sonho de estender a Revolução Cubana à America Latina, mas não impediu que seus ideais continuassem a gozar de popularidade entre as esquerdas.

O braço direito de Fidel Castro, que ajudou a derrotar o ditador Fulgencio Batista em 1959, foi executado em uma escola na aldeia de La Higuera, no centro-sul da Bolívia, no dia seguinte à sua captura pelos rangers do Exército boliviano, treinados pelos Estados Unidos.

Depois de 11 meses na selva, os guerrilheiros foram encurralados por soldados da milícia liderada pelo capitão Gary Prado, em uma ravina localizada na região de Vallegrande, no dia 08 de Outubro. Durante a luta, Guevara foi ferido na perna e levado para La Higuera junto com dois companheiros.

O Assassinato encerrou uma operação guerrilheira desastrosa. Com a vitória da revolução em Cuba, Che Guevara, médico formado pela Universidade de Buenos Aires que se iniciara politicamente na oposição à Perón, resolveu levar o ideal marxista para os países da América Latina, contrariando as recomendações do Partido Comunista soviético.

Esse redimensionamento ideológico acirrou as diferenças com o governo cubano, preocupado em consolidar o bem-estar econômico na ilha. Além disso, contaram contra Che a falta de apoio do Partido Comunista boliviano (desgostoso com o fato de um estrangeiro liderar a revolução no país) e o apoio logístico dos EUA (temerosos que o exemplo cubano se alastrasse) às Forças Armadas bolivianas - E hoje são cupinchas!

Os boatos que cercaram a execução de Che levantaram dúvidas sobre a identidade do guerrilheiro morto em Higueras. A confusão culminou com o desaparecimento dos seus restos mortais, encontrados apenas em 1997 - quando o mundo recordava os trinta anos de sua morte - sob o terreno do aeroporto de Vallegrande.

O corpo estava sem as mãos, amputadas para reconhecimento poucos dias depois da morte e contrabandeadas para Cuba. Em 17 de Outubro de 1997, Che foi enterrado com pompas na cidade cubana de Santa Clara (onde liderou uma batalha decisiva para a derrubada de Batista), com a presença da família e de Fidel.

Embora os seus ideais sejam românticos aos olhos de um mundo globalizado, ele se transformou em um ícone na história das revoluções do século XX e num exemplo de coerência política.

Sua morte determinou o nascimento de um mito, símbolo de resistência para os países latino-americanos.

E porque querem destruir o mito? É fácil imaginar; outros querem a eternidade!

Sobre essa questão, uma excelente análise feita por Marco Ferrari - Novas biografias expõem "lado negro" de Che Guevara ou seriam apenas oportunismo?

Pra não dizer que não falei das flores



Amanhã, dia 10 de Outubro, Mônica Montone lança "Mulher de Minutos" em Belo Horizonte.

Local: Alexandrina Café
Endereço: Rua Pernambuco, 797 - Savassi
Telefone: (31)3234.7047
Horário: a partir das 19:00hs

As 20:30 horas será apresentada "Poesia em Movimento" - onde a blogueira, atriz, cantora e escritora, apresentará sua performance como deve ser; com poesia, canto e dança .

'Suas apresentações são marcadas pelo ritmo do berimbau, do pandeiro e da palavra, o que confere à performance um tom de brasilidade e beleza.

Para o poeta Salgado Maranhão, Mônica Montone "é uma poeta que não só tem o que dizer como o faz com seu próprio estilo”.

No show que apresenta em diversas regiões do país, Mônica oferece ao público uma poesia sensual, direta e lírica, com temas que atravessam tempo e vão desde o gozo a questões políticas e filosóficas existenciais.

Como definiu Affonso Romano de Sant´Anna em uma homenagem prestada a ele no Festival de Poesia Carioca: “Mônica Montone é a poesia viva, a poesia em movimento”'.

Você que está em Belo Horizonte, não pode perder!

Patrocínio: Cachaça Âmbar (Salinas/MG) - Isso tá très chique, uai?!

Apoio: Alvarenga Sempre - Mineiras, uai! e Fábrica de Histórias

Como nem tudo são flores

Reforço novamente o pedido para que Assinem a petição clamando justiça para Ana Virgínia Moraes Sardinha. Para quem ainda não está por dentro do caso, leia a petição e, se possível, assine, repasse e divulgue. Se você não possue blogue, repasse por e-mail.

Vários amigos blogueiros estão solidários com a dor de Ana Virgínia e sua família. Una-se a nós. Esta petição será encaminhada ao Excelentíssimo Presidente e ao Ministro da Justiça.

Beijus,
Luma
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De república das bananas para república da Cana?

Durante a estadia do Buchinho no Brasil muita gente se exaltou. Houve muita especulação sobre os motivos da visita dele pela América Latina. Lullinha preferiu o teatrinho diplomático. Assinaram protocolos de declaração de intenção que será num futuro próximo, decidido conforme a conveniência das partes.
Até pouco tempo se falava no pacto das América, cadê? O teatrinho se espalha pela América Latina; Hugo Chavez usa da impopularidade do Buchinho para levar a América Latina a crer que mantém conflitos com Washington. Pois não é isso que vemos na prática, ele tem feito ótimos negócios com os EUA: Do total de petróleo que os EUA importam 11% vem da Venezuela, sendo que, para a Venezuela, isso representa metade de todo o petróleo que ela exporta e com a vantagem de não pagar impostos para o mercado americano, gerando assim receita para financiar o populismo interno e ajudar países como Bolívia, Cuba e Equador. O Brasil tem que pagar 48% de tarifa para entrar com o seu etanol no mercado americano.


No Brasil colônia, os Engenhos de Cana já moeram índios, negros e atualmente com a mais-valia de mão-de-obra barata, as usinas alcooleiras entraram num desafio cada vez maior de produtividade, nessa empreitada entram os migrantes que continuam a trabalhar em péssimas condições.

Deu no "The Guardian" - boom do etanol brasileiro é movido a mão-de-obra escrava - O trabalho escravo no Brasil, vem sendo combatido desde o governo passado e com a visita do Buchinho o tema voltou à pauta. Se o governo brasileiro quiser que o etanol vire commodity terá que vencer essa batalha contra a escravidão. E já tem gente correndo atrás disso:


Este memorando pode ser o primeiro passo, para que Lulla concretize a sua vontade expressa, a bastante tempo, do etanol brasileiro fazer vista pelo mundo. Para tanto ele precisava de apoio tecnológico e Buchinho se prontificou, depois de ignorar a América do Sul na maior parte do seu governo. É um governo em derrocada.

Agradavelmente o governo brasileiro e Estados Unidos terão com essa junção, munição frente a União Européia, China, Rússia e Índia na discussão sobre o Biocombustível. Atualmente, Brasil e Estados Unidos, sozinhos, respondem por mais de 70% de toda a produção mundial de álcool.

Para abastecer todo o mercado, o Brasil iria precisar plantar cana até na Lua, o mundo não está preparado para isso. Quando digo isso, pelo que sei, a cana depois de cortada, precisa ser queimada antes de ser beneficiada, e isso libera gás carbônico e outros gases na atmosfera. Cadê os ecologistas!? Neste processo só vejo capitalistas.

  • "A queima da palha do canavial visa facilitar e baratear o corte manual, fazendo com que a produtividade do trabalho do cortador aumente de 2 para 5 toneladas por dia. Os custos do carregamento e transporte também são reduzidos e aumenta a eficiência das moendas que não precisam interromper seu funcionamento para limpeza da palha. Por outro lado, essa prática, empregada em aproximadamente 3,5 milhões de hectares, tem conseqüências desastrosas para o ambiente.
  • Vários estudos afirmam que a queima libera gás carbônico, ozônio, gases de nitrogênio e de enxofre (responsáveis pelas chuvas ácidas), liberam também a indesejada fuligem da palha queimada (que contém substâncias cancerígenas) e provocam perdas significativas de nutrientes para as plantas e facilitam o aparecimento de ervas daninhas e a erosão, devido à redução da proteção do solo. As internações por problemas respiratórios, intoxicações e asfixias aumentam consideravelmente durante a "safra" da fuligem.
  • Há problemas também nos efluentes do processo industrial da cana-de-açúcar, os quais devem ser tratados e se possível reaproveitados na forma de fertilizantes. Sem o devido tratamento os efluentes lançados nos rios comprometem a sobrevivência de diversos seres aquáticos e até mesmo os terrestres (através da mortandade de peixes, alimentação básica da classe mais baixa da população), quando usados como fertilizantes os efluentes não tratados contaminam os lençóis freáticos e afetam os seres terrestres."(Ambiente Brasil


Seguindo a tendência mundial de uso do etanol como matriz na área de combustíveis, grandes ‘figurões’ começam a voltar suas atenções para este setor.

Bill Gates, da Microsoft, manifestou interesse no investimento; nos Estados Unidos o custo de produção do etanol a partir do milho custa quase 50% a mais se comprado ao etanol da cana do Brasil.

Também numa discreta viagem ao Brasil, os fundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, visitaram uma planta industrial no interior paulista, onde teriam sondado investimentos no mercado do álcool.

Verdade é que o Buchinho e Lullinha conseguiram o que queriam, assinaram o acordo. No terminal da Petrobras (sem acento) Lullinha disse: "Esta na hora de despoluir o planeta". Buchinho olhou pra ele com olhar meigo e disse: "Nossa dependência de petróleo de outra pessoa significa que estamos dependentes de suas decisões".

Era com Fidel que Lulla queria ir adiante nesse projeto. Porém Fidel deu-lhe uma rasteira. Quando Lulla foi à Cuba em 2003 o protocolo de intenções foi assinado. Mas o que fez Fidel mudar de idéia? Hugo Chavez passou a fornecer petróleo barato para Cuba. De nada adiantou, técnicos brasileiros da Empresa Santa Cecília gastarem solas de sapatos naquelas paragens. O Ministro das cidades, Márcio Fortes, negociador na época, almejava restaurar velhas usinas e construir novas unidades em Cuba.

Fidel e Hugo Chavez ao serem questionados sobre o projeto de biocombustível envolvendo etanol, disseram que o etanol é uma ameaça à produção de alimentos.

Se o Buchinho vai reduzir as taxas do etanol brasileiro? Esperem ajoelhados no milho americano.

Boa semana!
Beijus

Filme Latinos

claquete


A revista Variety dessa semana e que está sendo distrubuída no Festival de Cannes, destaca as produções latino-americanas e sua independência dos investimentos europeus. Ligam o fato à criação de órgãos com recursos estatais, financiando diretores nacionais. Fala também da importância de festivais como o de Guadalajara, no México, de Mar del Plata e Buenos Aires, na Argentina, que ajudam no intercâmbio dos projetos entre os países latino-americanos e potenciais co-produtores europeus.

Lucrecia Martel é uma das convidadas para integrar o júri internacional do Festival em pé de igualdade com diretores renomados, como o chinês Wong Kar Wai, o palestino Elia Suleiman e o francês Patrice Leconte.

A reportagem se encerra com um perfil de oito personalidades do cinema latino-americano: os atores Julio Chávez e Gastón Pauls, da Argentina e os diretores Jorge Hernández Aldana, da Venezuela, Jorge Olguín, do Chile, Orlando Pardo, da Colômbia, Francisco Vargas, do México, e Eduardo Valente, do Brasil

Eu particularmente tenho assistido mais filmes latinos ultimamente e as supresas cinematográficas são as mais refrescantes dos últimos anos. Do Mexico conheci Alejandro González Iñárritu e Alfonso Cuarón e da Argentina Lucrécia Martel e Albertina Carri. Do Brasil nem preciso destacar Fernando Meirelles e Walter Salles. E por esses dias vi “Play”, da chilena Alicia Scherson, cheia de talento e personalidade, que se junta a essa listagem maravilhosa. O Filme é uma combinação de drama e comédia, num estudo dos personagens que vai realismo à fábula, com cenas de Santiago do Chile e de fuga para imaginações de peripécias prosaicas e banais. “Play” é um olhar agridoce sobre as relações humanas em paralelos de vidas, chegando a ser elegante e simples ao mesmo tempo.

Em "No Quiero Volver a Casa" (2000) e "Los Rubios" (2003), Albertina Carri, representante argentina dessa nova geração de cineastas impõe a sua marca e com "Géminis" (2005), seu terceiro longa-metragem, consegue se firmar mais ainda dentro do cenário cinematográfico. Neste filme retrata uma família da classe média aparentemente normal, mas vincada por segredos reprimidos, dolorosos e de tanta proximidade e cumplicidade alguns membros são conduzidos a uma relação incestuosa. Dois adolescentes que se refugiam um no outro perante a indiferença de um pai ausente e a fixação da mãe por uma realidade de aparências e felicidade artificial. A cienasta não cede a moralismos óbvios e caminha com sobriedade, equilíbrio e dispensa as justificações fáceis.

Exemplos de filmes que se tivessem produções mais primorosas poderiam competir muito bem com Hollywood. Quem sabe não está na hora de vossos olhinhos despregarem do hemisfério Norte? me gusta saber...

Beijus

Teerã-Caracas

Sei que ontem já massacrei todo mundo falando sobre terrorismo, mas temos que estar pensando no que anda acontecendo no mundo, e quem pensa que estamos muito distantes dos conflitos internacionais, principalmente os envolvendo o Irã está muito enganado. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, manifestou seu apoio ao programa nuclear do Irã, que sofre forte oposição dos Estados Unidos e da Europa. O Irã tenta resistir à pressão de Washington e da União Européia para abrir mão de partes de seu programa nuclear, como a tecnologia de enriquecimento de urânio, que pode ser utilizada para produzir armas atômicas. A Casa Branca acusa Teerã de utilizar o programa, por muito tempo mantido em segredo dos inspetores da ONU, como fachada para a produção bélica. Teerã afirma que se trata de um programa com fins pacíficos.

O autoproclamado socialista Chávez vem aumentando sua retórica antiamericana e reforçando relações de cooperação em energia com países como China, Rússia e Índia, dentro da estratégia que visa a equilibrar o que chama de hegemonia americana no mundo. A Venezuela é um dos maiores exportadores de petróleo para os Estados Unidos. O relacionamento cada vez mais intimo entre o presidente da Venezuela Hugo Chávez e o Irã é o tema deste artigo interessante no Wall Street Journal. Ambos os países, membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), assinaram nos últimos seis anos 35 instrumentos bilaterais. Somente as fabricas que o Irã irá construir na Venezuela, somarão o valor de U$1Bilhão. Enquanto isso, o povo da Venezuela anda insatisfeito pelo desrespeito à propriedade privada e desmandos na economia em geral.

Michelle Bachelet, a primeira mulher a governar o Chile, se junta ao clube que já tem Evo Morales (Equador), Fidel (Cuba), Chavez (Venezuela) e Lula. Sem falar no Subcomandante Marcos, que está fazendo a outra campanha no México e reunindo as forças populares para conquistar o poder - se os EUA deixarem claro!
Vai dar o que falar esse eixo do Bem que está se formando.Sei não...

Enquanto isso, do outro lado do planeta, o império bushiano se prepara para mais uma guerra, desta vez contra o Irã. Se no Iraque a desculpa foram as tais armas de destruição em massa que nunca foram encontradas, agora é a retomada do programa nuclear por Teerã que faz Bush e sua gangue apertarem o gatilho em direção aos preciosos poços petrolíferos iranianos. Apesar do Irã afirmar categoricamente que está interessado apenas na geração de energia por meio de usinas nucleares - opção equivocada mas é uma aspiração legítima -, os americanos se aproveitam de que meio mundo fica de cabelos em pé com a possibilidade de um país árabe ter bombas nucleares para jogar lenha na fogueira, com uma grande ajuda da imprensa, claro, que novamente está batendo tambores rumo à guerra. Há quem garanta que a contagem regressiva já começou e que o início dessa nova guerra não tarda, acontecendo provavelmente em março. Os porcos da guerra estão famintos!

A CNN foi expulsa do Irã depois de cometer um erro de tradução aparentemente banal, mas simbolicamente denunciador, ao transmitir ao vivo entrevista coletiva do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. Quer entender um pouco mais sobre a polêmica nuclear do Irã, que pode levar o planeta a mais uma carnificina com o patrocínio de Bush Jr.? Leia este resumo
A ONG repórteres sem fronteiras lançou um manual para ajudar a dar voz a jornalistas profissionais ou não que vivem em países sem liberdade de expressão. Veja Handbook for bloggers and cyber-dissidents. O manual discute ética, divulgação, ferramentas e métodos para manter o anonimato e para driblar a censura.
Se tudo fosse um quebra cabeças, ficaria intrigada com essa visita de Kirchner, que chegou à Brasília agora a pouco, às 22h30, acompanhado de seus ministros da Economia, do Planejamento, das Relações Exteriores e da Saúde, o secretário de Indústria e o porta-voz presidencial.
Veio praticamente com todos os ministros e irá embora somente na quinta, mas antes se encontrará com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez!!!! De novo!! Valha-me Deus!!

...em quietude, sem solidão

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