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O silêncio perante a injustiça é sinal de cumplicidade

Quanto tempo vocês acompanharam as palavras que dá título a esta postagem, aqui no rodapé de todas as postagens publicadas, acompanhada do banner?

Fomos perseverantes e agora podemos dizer:

yeeesssssssssssssssssssssss!!!



Hoje (21/05/08 12:22) recebi o seguinte e-mail de Ana Rosa Sardinha:

"Amigos,

Quero compartilhar com vocês toda a alegria e emoção que estou sentindo hoje, quando meu Pai me ligou de Portugal as 8:20h da manhã (horário Brasil), me dizendo que o Tribunal concedeu a Ana Virginia a liberdade provisória. As juizas foram corretíssimas, reconheceram o brilhante trabalho da defesa.
Ana Virginia ficará em Lisboa com nosso pai até o dia 18 de junho, quando a formalização do veredito.

Mais uma vez agradecemos a todos pelo carinho, apoio e força que nos deram"


E é com muita emoção que digo a vocês que Ana Virgínia Sardinha volta para o Brasil, volta para casa, volta para a sua família.

Agora só paz e serenidade!

Beijus,
Luma

Vidas Alternativas [update]

Para quem está acompanhando o desenrolar do julgamento de Ana Virgínia Morais Sardinha, acusada de matar filho em Portugal, fica abaixo a entrevista que sua irmã concedeu à Vidas Alternativas.

Ana Virgínia, foi presa no dia 6 de julho do ano passado, um dia após a morte do filho. O filho de 6 anos, portador de epilepsia, teve morte súbita devida as complicações da doença. Esse tipo de morte consta dos relatórios da história médica das causas de mortalidades entre epilépticos.

A perícia médica de Portugal alega que houve um excesso na dosagem do remédio de controle da epilepsia. Porém os médicos neurologistas arrolados pela defesa não concordam com esse fato.

A causa mortis por intoxicação medicamentosa causa alterações hipáticas e cardíacas não constantes no laudo do IML. Se caso houvesse intoxicação medicamentosa, Leonardo não teria morrido, teria entrado em coma.

Estamos esperançosos que após a acareação dos peritos, as controvérsias sejam esclarecidas. Afinal, até mesmo um relatório do laboratório fabricante do medicamento Trileptal, afirma que "nem uma overdose de 24 mil miligramas (maior dose de que se tem notícia) poderia levar à morte".

Independente da acusação do Estado Português contra Ana Virgínia, gostaríamos de ter explicações deste mesmo Estado do porque de Ana Virgínia ter ficado incomunicável da família por quase um mês, vindo sua prisão à conhecimento público, somente no dia 04 de Agosto. Justamente após ter sido encontrada em coma no Estabelecimento Prisional de Tires.

Pelo corpo de Ana Virgínia foram encontrados sinais de tortura, marcas de queimaduras, paralisia no braço esquerdo e dormência permanente no joelho direito. Os maus tratos foram confirmados por um neurologista e um dermatologista.

Apesar de sua transferência para um Hospital prisional, Ana Virgínia ainda sofre dores espalhadas pelo corpo, principalmente na região da bacia e vem recuperando os movimentos do braço com fisioterapia.

Não sabemos das sequelas físicas que no futuro estarão pelo corpo de Ana, mas sabemos das sequelas psicológicas que jamais serão apagadas. Uma mãe não esquece a morte de um filho, não uma mãe amorosa como é a Ana. Ela jamais cometeria uma maldade contra o próprio filho.

Estamos falando de maus-tratos e vejam bem, recebi o seguinte e-mail do Carlos Fran:

"Tenho uma amiga que está cursando Direito que me contou esses dias que um professor da sua faculdade disse que esta Lei está para tornar-se inconstitucional por não haver uma semelhante que proteja os homens. Assim tal lei estaria ferindo princípios de igualdade estabelecidos na Constituição. Agora vejam.....se com a Lei muitas mulheres ainda continuam sendo agredidas, imaginem sem ela"



Essa questão vira e mexe é discutida e eu procurei por respostas consistentes. Encontrei entre os escritos do texto abaixo, do qual transcrevo apenas a parte que interessa.

Maria da Penha: a lei ao lado da mulher

P
or Alessandra Abate
Alguns juízes e tribunais têm afastado a aplicação da lei por reputar alguns de seus artigos inconstitucionais em virtude, principalmente, de suposta afronta ao princípio da igualdade previsto no artigo 5º, inciso I da Constituição Federal. Ou seja, no entendimento de alguns membros do Judiciário brasileiro, a Lei Maria da Penha, especialmente o seu artigo 1º, seria inconstitucional em virtude de conferir especial proteção às mulheres, não o fazendo em relação aos homens.

Em razão de tais decisões, o Presidente da República, representado pelo Advogado Geral da União, propôs uma Ação Declaratória de Constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal (STF) - ADC/19 - a fim de obter a suspensão dos efeitos de quaisquer decisões que, direta ou indiretamente, neguem vigência à lei e a declaração de constitucionalidade da mencionada lei. A Ação Direta de Constitucionalidade é um meio processual previsto em nosso ordenamento jurídico que visa garantir a constitucionalidade de determinada lei ou ato normativo federal.

A Lei Maria da Penha está intimamente ligada à necessidade de concretização do princípio constitucional da igualdade, uma vez que procura diminuir a desigualdade da pessoa humana, diante do fato público e notório da quantidade de agressões sofridas pelas mulheres na intimidade doméstica. A lei adota medidas mais do que necessárias e adequadas na busca pela igualdade material entre homens e mulheres no âmbito das relações domésticas e/ou familiares, conferindo, dessa forma, força normativa e não apenas força semântica à nossa Constituição Federal.

Alessandra Abate é advogada de Direito de Família do escritório Correia da Silva Advogados Associados

Interessante também o texto da Desembargadora do Tribunal de Justiça do RS, Maria Berenice Dias

Os homens têm todo o direito de esperniarem, porém muito mais fácil, não cometerem tais delitos.

Não se esqueçam da blogagem coletiva de Sábado, pelo dia mundial da água, idealizada pelo Faça a sua parte!.

A blogagem tem o objetivo de promover a conscientização pública da importância e necessidade de economizar água e neste ano o enfoque maior será sobre saneamento básico. Leiam a chamada que fiz no Amigos da blogosfera. Mais informações vocês encontram por lá!

Update - 11:07am

* Socorro!! Acessei o bloguinhu pelo IE e quase tive um treco! É só comigo ou aí também está tudo atrapalhado?


** O Carlos Fran avisa que a amiga não é dele, o e-mail citado foi repassado para ele com o mesmo texto por outra pessoa.
*** Feliz dia do Blogueiro!! E não esqueçam, amanhã é sexta-feira santa!!

Um pensamento para começar o dia

Há homens que lutam um dia e são bons;
Há outros que lutam um ano e são melhores.
Há os que lutam muitos anos e são muito bons.
Mas há os que lutam toda a vida,
e estes são imprescindíveis
(Bertold Brecht)

Como a tempos não dou notícias sobre o caso Ana Virgínia Sardinha; boas notícias chegam e ontem, Ana Rosa irmã de Viga, mandou-nos um e-mail - leiam:

"Meus amigos, Hoje estou particularmente emocionada, pois o objetivo primordial de nossa petição está se concretizando: o dossiê completo de Ana Virginia chegou finalmente nas mãos do Ministro Tarso Genro!

Eu não sei se dou gargalhadas ou se me debulho em lágrimas, enfim...estou em êxtase. Mais uma batalha vencida. Os caminhos começaram a se abrir e a sorte de minha irmã está mudando.

Agradeço a Deus por está atendendo as nossas preces, e obrigada a vocês por estarem enviando tanta energia positiva para nós!


Segue abaixo a notícia do site do Deputado Nelson Pellegrino:

"Em reunião realizada ontem com o Secretário Geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro, Pelegrino conseguiu o apoio necessário para a busca de uma solução para o caso de Ana Virgínia, a baiana que está presa em Portugal, acusada de matar seu filho, Léo.

De acordo com o parlamentar, Samuel Pinheiro se comprometeu a entrar em contato com os advogados que estão defendendo a brasileira em Portugal para levantar a real situação de Ana Virgínia.

Para Pelegrino é preciso saber se a polícia portuguesa já tem o resultado da necropsia, se já se conhece a causa mortis de Leo e como está o inquérito aberto contra a baiana. “Todas essas informações irão ajudar o Itamaraty a montar uma estratégia de defesa.

Nós estamos muito preocupados com a integridade física de Ana Virgínia
.

É preciso conhecer algumas informações para que possamos contactar as autoridades portuguesas, elucidar os fatos e contribuir com a defesa e a conseqüente libertação de Ana Virgínia”, argumentou o deputado. Ministério da Justiça e Secretaria Nacional da Justiça também abraçam a causa.

Ainda ontem, Pelegrino recebeu uma ligação do Secretário Nacional de Justiça Romeu Tuma e marcou uma reunião para a próxima terça-feira, dia 27, para discutir estratégias para a defesa da brasileira.

O Ministro da Justiça, Tarso Genro, que havia recebido um dossiê encaminhado por Pelegrino, também procurou o deputado para reafirmar o apoio ao caso de Ana Virgínia" (http://www.nelsonpelegrino.com.br/noticias_ed.aspx?pI=63)

Sds,
Ana Rosa Sardinha Lima"

E você, assinou e passou adiante a petição?

Boas novas!

A Ana Rosa, irmã de Ana Virgínia Sardinha, nos enviou um e-mail com o seguinte texto:

"Meus amigos,

Hoje no dia da blogagem coletiva, conseguimos a primeira vitória: o deputado federal baiano Nelson Pelegrino, vai levar o caso de Viga para Brasilia!
Formará uma comissão de direitos humanos para Lisboa e articulará um encontro da familia com o ministro Tarso Genro!
Tudo que nossa petição quer!
Entregamos um dossiê completo a ele....
Estou especialmente feliz"



A Sociedade Civil reclama

Antes de ler a postagem, assista ao vídeo. Se quiser saber mais detalhes deste caso, acesse o site. Uma história que não parece real, devidos aos sortilégios dos detalhes, mas infelizmente ainda sem desfecho. Ana Virgínia precisa de você! Entre nessa corrente de solidariedade. Se não tiver o que falar (eu também fiquei muda quando soube) somente assine a petição que será encaminhada às autoridades representantes dos direitos brasileiros.

E por estar hoje completando quatro meses do fato ocorrido, da morte de Leonardo Brittes Sardinha; estamos eu, Luci Lacey e Ronald promovendo esta blogagem coletiva - justamente para deixar a sociedade à par do que acontece com uma compatriota em terras portuguesas e sensibilizar as autoridades que cientes do caso, não demorem a tomar as providências necessárias e de direito.

Quem participar da blogagem, não esqueça de colocar o link do site de Ana Virginia na blogagem. E o mais importante: que todos leiam e assinem a peticão

Queremos os nossos direitos preservados - Não somente a sociedade civil brasileira, como a do mundo todo! Estamos cansados de presenciar a lei aplicada a uma minoria, que convenhamos, as mesmas que as fazem.
Você não sabe do que estou falando? Tome-se como exemplo; queira falar e não ser ouvido. Queira provar a inocência por um crime que lhe incutem sem direito de defesa. Há alguma coisa errada aqui. Porque ter que provar a inocência? Não seria o contrário? Qual a prova do crime? Há de se provar a acusação!

Do que vale a globalização, a pregação dos direitos humanos, a ONU (Organização das nações Unidas) e a DEMOCRACIA!? Do que vale tudo isso, se um direito inerente ao ser humano é ultrajado por uma casta arcaica que ainda vive no século passado?

Vocês estão respondendo as minhas perguntas? Eu ainda tenho várias! Porque uma mãe que toda a vida se apresentou carinhosa e cuidadosa mataria o seu filho? No Estado Português existe culpa compartilhada? Porque uma pessoa entra em uma prisão saudável e dez dias depois, sem que a família seja comunicada desse fato, aparece com queimaduras pelo corpo, um lado do corpo paralisado e tantas outras marcas visivelmente presumidas de tortura e o sistema prisional nada viu, nada sabe, apareceu do nada?

A Associação para a Prevenção da Tortura (APT), sediada em Genebra, junto da ONU, declarou: “(…) ainda que a prevenção da tortura seja uma prioridade da União Europeia (EU), as suas atividades a este respeito não são evidentes ou pelo menos não são suficientemente publicitadas (…) a Comissão Europeia disponibilizou 16 milhões de Euros para projetos sobre tortura em 2004 (…) agora é a hora da EU desenvolver um papel ativo também ao nível político”

Porque querem manter Ana Virgínia Sardinha presa em Portugal (estão esperando as marcas da tortura desaparecerem?) sendo que está nada fez contra o Estado Português? A culpa não comprovada, que lhe atribuem não configura motivos para mantê-la presa mesmo que provisoriamente. A transferência de foro é coisa simples dentro do direito internacional entre países que mantém acordos bilaterais. Ou também querem esconder a fragilidade de todo o sistema de leis penais a que hoje vigora na ex-pátria mãe?

Os Portugueses mal sabem o que se passa em seus sistemas carcerários, preferindo a ilusão. Lógico que existe uma minoria que enxerga além das fronteiras : "O Estado português é uma “pessoa de bem”? Se o fosse, não deixaria morrer-se na prisão a taxas que têm sido sucessivamente as mais altas da Europa (não só da União Europeia, mas também da Europa) sem um sinal de inquietação, como se fosse apenas mais um simples defeito estatístico. Não é! É um sinal evidente da imoralidade da vida nas prisões portuguesas. Não cuidar das pessoas que estão às ordens do Estado, como infelizmente se pressupõe ser legítimo, é um crime, punível, ainda que tais condenações não se pratiquem. Mas tal como a propósito da fuga ao fisco, dos crimes de colarinho branco, dos abusos de poder, da corrupção, de pouco servirão na prática as declarações de princípio, por muito importantes que sejam. Neste caso, o que acontece é que a grande maioria dos presos, de que afinal estamos aqui a falar, vê a sua vida de vício condicionada a ter que lidar com um mercado monopolista dentro das prisões. A sua própria vida passa a ser a caução da capacidade de pagar o seu consumo. São doentes crônicos a quem obrigamos a viver em instituições cujo principal fluxo econômico é a alimentação da doença indizível sem critérios sanitários, em nome da segurança, sem pinga de ética que não seja o maniqueísmo vingativo de culpabilização das vítimas da tragédia das políticas globais de prevenção do abuso de drogas

(...) Portugal assinou o Protocolo Adicional à Convenção contra a Tortura da ONU, dia 16 de Fevereiro sem que isso fosse notado. Como dizia um funcionário off the record, isso é só para acompanhar os outros países europeus, mas depois, na prática, deixa-se andar, não se oferecem as condições de exercício das práticas preventivas. A Administração, como sempre, resistirá. Ora aí está a missão política de fundo, no quadro da pretendida reforma da Administração: repor a linha de comando da autoridade democrática do Estado: entusiasmar os profissionais e mobilizar civicamente os portugueses. A moralização é mobilizadora. Isso far-se-á com critérios morais mais exigentes do que os até agora usados. Sem perder de vista as considerações do exercício prático e a eficácia das propostas de política, sem o que continuará a grassar a desmoralização" - Antônio Dores.

O que fazem os portugueses como um fato ocorrido dentro de suas prisões cruzam a fronteira? Continuam de braços cruzados? Pois deveriam tomar vergonha e cobrarem de vossos deputados atitudes mais palpitantes conforme a vossa índole quer pregar. Que o povo português não seja taxado como povo isolado da Europa não somente pela língua.

Peço que os acima de juízes, os sr. deputados portugueses queiram tomar o Caso Ana Virgínia como um divisor no quesito "Tortura, nunca mais" nas prisões portuguesas. Que intercedam e apresentem junção do laudo da perícia técnica sobre a causa mortis de Leonardo Brittes Sardinha ao processo (se é que ele existe) para dar início a nova fase, que com certeza, será a extradição de Ana Virgínia para o Brasil.

A Assembléia Geral da ONU proclama:

"A presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.

Artigo V

Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.

Artigo VI

Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei.

Artigo VII

Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Artigo VIII

Toda pessoa tem direito a receber dos tributos nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.

Artigo IX

Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.

Artigo X

Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.

Artigo XI

1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.

2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.(...)"

Este caso revela-se uma afronta à Declaração Universal dos Direitos Humanos. Se a cidadã brasileira Ana Virgínia é criminosa ou é inocente, até que ela seja julgada e condenada, subsiste sempre a presunção de inocência. Sem prejuízo da justiça, seja apurada toda a verdade.

Participam desta blogagem pedindo Liberdade e Justiça para Ana Virgínia Moraes Sardinha: Meire, André Werner, Idelber Avelar, Gustavo D'andreia, Mário Leal, Carlos Jr., Letícia Coelho, Zé Alfredo, Nedelande, Pobre Pampa, Paula Lee, Yvonne, Veridiana Serpa, Rosamaria, Regina Simões, Cilene Bonfim, Opus Gay, Vidas Alternativas, Marlene M., Sandra Pontes, Michelle, Georgia Aegerter, Maristela Bairros, Marília, Jesus Apócrifo, Ricardo Rayol, Ricardo Rayol Indignado!, Oscar Luiz, Flainando na Web, Jackie, Chawca, Aline S. Dexheimer, Lino Resende, Saramar, Alexandre Inagaki, Grace Olsson, Evellyn, Maíra, Jorge Alberto Araujo, Jeanne, Júlio, Vitória, Hemisfério Norte, Chris Pessoa, Vanessa, Bela, Andréia Motta, Juca, Paula Cavalcanti, Francy e Carlos, Raquel, Adelino P. Silva, Mary Villano, Denise, Betty, Gustavo, Jussara Nunes, Pablo Ramada, Karina, Regina Simões, Raphael Simões Andrade

Se o seu link não consta entre os participantes, avise!

Que a justiça portuguesa não seja cega, nem arbítraria e nem indígna!

Obrigada a todos!
Boa Blogagem!
Luma

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Vidas Alternativas - Ana Virgínia Sardinha

Segue entrevista concedida por Ana Maria Machado, jornalista brasileira residente no Canadá à Antônio Serzedelo, editor do Vidas Alternativas. (Assinantes do feed precisam acessar o blogue)

Para quem está chegando agora, Ana Virgínia Sardinha, é brasileira e ao estar em Portugal, foi vitimada de fatídica tragédia envolvendo ela e o filho, onde foi presa e torturada. Leia mais aqui.

O que queremos com essa mobilização é que Ana Virgínia, possa em um momento tão difícil da sua vida, voltar para o Brasil, estar livre de ameaças e risco de vida, perto de sua família e que a aplicação da lei brasileira e dos tratados e acordos internacionais sejam usados. Que a justiça garanta a legalidade prevista e amparada pela lei penal brasileira em seu art. 7 º e pelo decreto lei n º 394/38, em seu art. 18. Para isso, precisamos sensibilizar as autoridades brasileiras a olharem com mais zelo para essa compatriota que encontra-se padecendo e necessitando de cuidados médicos especiais.

O que você pode fazer? Inicialmente assinar a petição, se é que ainda não assinou e mobilizar outras pessoas a fazê-lo.



Queremos a abertura de procedimento para extradição ativa de Ana Virginia, que ela retorne ao Brasil e que pela justiça brasileira sejam apurados os fatos de seu processo penal, com imparcialidade num julgamento justo.

Torno a dizer para autoridades brasileiras olharem com mais rigor as atitudes de outras nações perante os cidadãos brasileiros; estamos rodeados nos noticiários internacionais de casos de brasileiros envolvidos injustamente em ações que denigrem a imagem de todo o nosso povo.

Peço ao representante da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, Sr. Francisco Canindé de Oliveira que aguce o seu olhar para além do relatório alternativo e que ajude a trazer luz, em especial para esse caso.

Boa semana!

Maiores esclarecimentos no site destinado a Ana Virgínia Sardinha

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Querem matar o mito mais uma vez



A morte do revolucionário argentino Ernesto Che Guevara, ocorrida no dia 09 de Outubro de 1967, aos 39 anos, interrompeu o sonho de estender a Revolução Cubana à America Latina, mas não impediu que seus ideais continuassem a gozar de popularidade entre as esquerdas.

O braço direito de Fidel Castro, que ajudou a derrotar o ditador Fulgencio Batista em 1959, foi executado em uma escola na aldeia de La Higuera, no centro-sul da Bolívia, no dia seguinte à sua captura pelos rangers do Exército boliviano, treinados pelos Estados Unidos.

Depois de 11 meses na selva, os guerrilheiros foram encurralados por soldados da milícia liderada pelo capitão Gary Prado, em uma ravina localizada na região de Vallegrande, no dia 08 de Outubro. Durante a luta, Guevara foi ferido na perna e levado para La Higuera junto com dois companheiros.

O Assassinato encerrou uma operação guerrilheira desastrosa. Com a vitória da revolução em Cuba, Che Guevara, médico formado pela Universidade de Buenos Aires que se iniciara politicamente na oposição à Perón, resolveu levar o ideal marxista para os países da América Latina, contrariando as recomendações do Partido Comunista soviético.

Esse redimensionamento ideológico acirrou as diferenças com o governo cubano, preocupado em consolidar o bem-estar econômico na ilha. Além disso, contaram contra Che a falta de apoio do Partido Comunista boliviano (desgostoso com o fato de um estrangeiro liderar a revolução no país) e o apoio logístico dos EUA (temerosos que o exemplo cubano se alastrasse) às Forças Armadas bolivianas - E hoje são cupinchas!

Os boatos que cercaram a execução de Che levantaram dúvidas sobre a identidade do guerrilheiro morto em Higueras. A confusão culminou com o desaparecimento dos seus restos mortais, encontrados apenas em 1997 - quando o mundo recordava os trinta anos de sua morte - sob o terreno do aeroporto de Vallegrande.

O corpo estava sem as mãos, amputadas para reconhecimento poucos dias depois da morte e contrabandeadas para Cuba. Em 17 de Outubro de 1997, Che foi enterrado com pompas na cidade cubana de Santa Clara (onde liderou uma batalha decisiva para a derrubada de Batista), com a presença da família e de Fidel.

Embora os seus ideais sejam românticos aos olhos de um mundo globalizado, ele se transformou em um ícone na história das revoluções do século XX e num exemplo de coerência política.

Sua morte determinou o nascimento de um mito, símbolo de resistência para os países latino-americanos.

E porque querem destruir o mito? É fácil imaginar; outros querem a eternidade!

Sobre essa questão, uma excelente análise feita por Marco Ferrari - Novas biografias expõem "lado negro" de Che Guevara ou seriam apenas oportunismo?

Pra não dizer que não falei das flores



Amanhã, dia 10 de Outubro, Mônica Montone lança "Mulher de Minutos" em Belo Horizonte.

Local: Alexandrina Café
Endereço: Rua Pernambuco, 797 - Savassi
Telefone: (31)3234.7047
Horário: a partir das 19:00hs

As 20:30 horas será apresentada "Poesia em Movimento" - onde a blogueira, atriz, cantora e escritora, apresentará sua performance como deve ser; com poesia, canto e dança .

'Suas apresentações são marcadas pelo ritmo do berimbau, do pandeiro e da palavra, o que confere à performance um tom de brasilidade e beleza.

Para o poeta Salgado Maranhão, Mônica Montone "é uma poeta que não só tem o que dizer como o faz com seu próprio estilo”.

No show que apresenta em diversas regiões do país, Mônica oferece ao público uma poesia sensual, direta e lírica, com temas que atravessam tempo e vão desde o gozo a questões políticas e filosóficas existenciais.

Como definiu Affonso Romano de Sant´Anna em uma homenagem prestada a ele no Festival de Poesia Carioca: “Mônica Montone é a poesia viva, a poesia em movimento”'.

Você que está em Belo Horizonte, não pode perder!

Patrocínio: Cachaça Âmbar (Salinas/MG) - Isso tá très chique, uai?!

Apoio: Alvarenga Sempre - Mineiras, uai! e Fábrica de Histórias

Como nem tudo são flores

Reforço novamente o pedido para que Assinem a petição clamando justiça para Ana Virgínia Moraes Sardinha. Para quem ainda não está por dentro do caso, leia a petição e, se possível, assine, repasse e divulgue. Se você não possue blogue, repasse por e-mail.

Vários amigos blogueiros estão solidários com a dor de Ana Virgínia e sua família. Una-se a nós. Esta petição será encaminhada ao Excelentíssimo Presidente e ao Ministro da Justiça.

Beijus,
Luma
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