Esqueça Paris [update]
A quem diga que este blogue é uma novela, perdeu um capítulo, ficou a ver navios. Será? Para não perderem o rumo, o comentário abaixo postado pela Yvonne - caríssima que por hora está em recesso de blogue - é referente a postagem "É proibido proibir"
Yvonne, o quase post virou um post! Justamente porque entendo e me incomodei também com quem disse que "68 já passou e a fila anda". Ainda está em andamento. Pelo menos até que as pessoas que convivem com as pessoas que viveram naquela época ainda vivam, as influências da década de 60 ainda se manterão vivas. Principalmente para os filhos da geração "Paz e Amor", da contracultura, da rebeldia burguesa e dos revolucionários.
Em 68 aconteceu a "sexta-feira sangrenta", uma passeata por verbas para a educação que acabou com repressão e mortos, no Rio. Meus pais estavam lá e por pouco eu não haveria de ter nascido.
Fatos como este eram relatados em casa. Apenas alguns:
Che Guevara sendo condecorado por Jânio e provocando a ira das Forças Armadas.
Carlos Lacerda acusando Jango de tramar golpe de Estado.
Greve organizada pela União Nacional dos Estudantes que paralisou 40 universidades no Brasil por três meses.
A Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu cerca de 500 mil pessoas fazendo passeata contra Jango no centro de São Paulo.
Pasmem! O projeto Suplicy é aprovado pelo congresso, extinguindo a UNE e proibindo as organizações estudantis de realizarem protestos.
A Faculdade de Medicina no Rio é invadida pela Polícia, prendendo 600 estundantes, num episódio conhecido como "massacre da Praia Vermelha"
Abreu Sodré, então governador de São Paulo é apedrejado durante comemorações do Dia do Trabalhador.
Aconteceu a "Passeata dos 100 mil", contra o regime militar.
60 mil pessoas acompanham o enterro de Édson Luis Lima Souto que morreu quando o movimento estudantil preparava um protesto contra as condições do ensino brasileiro. Aconteceram manifestações e protestos em várias cidades do país.
Ninguém se lembra mais de Édson Luis Lima Souto.
A História morre para aqueles que não participam dela. Amanhã comemora-se a luta pelos direitos civis de Martin Luther King e como ele também morreram os incentivos que vinham da revolução cubana, o martírio de Che Guevara, a Canção folk de Bob Dylan e Joan Baez? Sim, não existe mais o Students for Democratic Society e o Black Power. Morreram o rock irreverente dos Beatles e anárquico dos Rolling Stones?
Se alguns fatos ainda não foram esquecidos, 68 não passou e repercute sem solução nos dias de hoje.
Para quem gosta de ler, aconselho a crônica Maio de 68, ainda há quem diga não à revolução e o livro “1968 - O ano que não terminou”, de Zuenir Ventura.
Também no ano de 68, Clark e Hill, eram adversários históricos na Fórmula 1. A Lotus dominava o campeonato em disputa acirrada pelo título entre seus dois pilotos. Sobrou só Hill, porque existiu aquela árvore, naquela pista alemã, naquela tarde, na sétima volta e Jim Clark's morreu. Para ele, 1968 terminou ali.
Em 68 aconteceu a "sexta-feira sangrenta", uma passeata por verbas para a educação que acabou com repressão e mortos, no Rio. Meus pais estavam lá e por pouco eu não haveria de ter nascido.
Fatos como este eram relatados em casa. Apenas alguns:
Che Guevara sendo condecorado por Jânio e provocando a ira das Forças Armadas.
Carlos Lacerda acusando Jango de tramar golpe de Estado.
Greve organizada pela União Nacional dos Estudantes que paralisou 40 universidades no Brasil por três meses.
A Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu cerca de 500 mil pessoas fazendo passeata contra Jango no centro de São Paulo.
Pasmem! O projeto Suplicy é aprovado pelo congresso, extinguindo a UNE e proibindo as organizações estudantis de realizarem protestos.
A Faculdade de Medicina no Rio é invadida pela Polícia, prendendo 600 estundantes, num episódio conhecido como "massacre da Praia Vermelha"
Abreu Sodré, então governador de São Paulo é apedrejado durante comemorações do Dia do Trabalhador.
Aconteceu a "Passeata dos 100 mil", contra o regime militar.
60 mil pessoas acompanham o enterro de Édson Luis Lima Souto que morreu quando o movimento estudantil preparava um protesto contra as condições do ensino brasileiro. Aconteceram manifestações e protestos em várias cidades do país.
Ninguém se lembra mais de Édson Luis Lima Souto.
A História morre para aqueles que não participam dela. Amanhã comemora-se a luta pelos direitos civis de Martin Luther King e como ele também morreram os incentivos que vinham da revolução cubana, o martírio de Che Guevara, a Canção folk de Bob Dylan e Joan Baez? Sim, não existe mais o Students for Democratic Society e o Black Power. Morreram o rock irreverente dos Beatles e anárquico dos Rolling Stones?
Se alguns fatos ainda não foram esquecidos, 68 não passou e repercute sem solução nos dias de hoje.
Para quem gosta de ler, aconselho a crônica Maio de 68, ainda há quem diga não à revolução e o livro “1968 - O ano que não terminou”, de Zuenir Ventura.
Também no ano de 68, Clark e Hill, eram adversários históricos na Fórmula 1. A Lotus dominava o campeonato em disputa acirrada pelo título entre seus dois pilotos. Sobrou só Hill, porque existiu aquela árvore, naquela pista alemã, naquela tarde, na sétima volta e Jim Clark's morreu. Para ele, 1968 terminou ali.
Julio Moraes relaciona cronologicamente os principais fatos ocorridos no ano de 1968. Ah!Dorei!
Oscar e Rosamaria, indicaram o blogue de Maristela, que trata exclusivamente do ano de 1968. Drôle!!
Boa semana!
Beijus,