Sete Mares
"O mar que habita em mim, me leva para onde eu nunca fui" Sandra Cinto
Quando deslumbrei uma das instalações do trabalho da artista plástica Sandra Cinto, na Galeria Progetti, entitulada 7 mares, do tamanho de uma parede (6x4m) e do lado de seis obras em que o céu se desenhava e sobressaía, numa mistura de mar, pessoas e teias, inspirada n"A Jangada da Medusa" - tela essa, vista na imagem abaixo, fotografada, quando exposta em Nova York e hoje encerrada no Museu do Louvre, Paris/França - assim como a artista percebeu a contemporaneidade da obra para se inspirar, ontem relembrando esta visita, remeti logo aos problemas que atualmente nos apresentam e de como essa obra, poderia mesmo ter sido pintada antes de ontem.
A vida segue mesmo em ciclo ou somos cães, correndo atrás de nossos próprios rabos?
Quem estiver a fim de visitar este projeto, ele será exposto na Galeria Hideo Kobayashi, no Centro Cultural Usiminas, participando do 2º Fórum Mineiro de Arte Contemporânea, dentro da exposição "Paisagem Incompleta", a partir desta Segunda-feira, 18 de Janeiro. Vocês poderão deslumbrar as obras de Sandra Cinto, assim como me deslumbrei, porque logo em seguida, ela parte para participar na Espanha de um evento, só retornando ao Brasil no meio do ano, com exposição no Instituto Tomie Ohtake/São Paulo, para partir em seguida para seus estudos complementares na China.
“Vamos celebrar a estupidez humana, a estupidez de todas as nações” Legião Urbana
Jean Louis André Théodore Géricault/Art Resourse, NY
Essa obra abalou a sociedade francesa do século XIX e inseriu Théodore Géricault dentro da galeria dos grandes artistas franceses. "Medusa", a fragata que realmente naufragou na costa da África, com carregamento de escravos e que trouxe à tona instintos negativos do homem, que na luta pela sobrevivência, colocou em prática o canibalismo, como única solução para sobrevida.
Devido ao realismo da obra e fatos contundentes, o escândalo político foi inevitável, afinal, estavam em período pós-revolução, onde os valores da liberdade, igualdade e fraternidade, entre os homens encimavam, juntamente com as teorias de humanidade e progresso.
Porque deram o cargo de capitão da "Medusa" para alguém sem experiência, que não enfrentava o mar a mais de 25 anos? Oras, após a queda de Napoleão, os Bourbons deveriam mostrar exemplo, daquilo que a revolução pregou: "liberté egalité fraternité" e o que se via era a infração de todos esses princípios, iniciados por essa oferta de cargo político a um aristocrata. De certa forma, este fato contribuiu para alimentar os pensamentos abolicionistas, pois com poucos botes, o capitão e passageiros previlegiados se salvaram, deixando mais de 150 pessoas soltas à própria sorte, donte somente 15 sobreviveram se alimentando dos corpos que boiavam ao redor.
"Passo todo o tempo surpreendendo-me com o fato de que nada parece sólido, tudo me escapa. Nossas esperanças e nossos desejos, e mesmo nossos sucessos, são apenas ilusões. Meu coração não pode encontrar descanso, contém memórias demais.” Géricault
Ourika, romance de Claire Louisa-Rose-Bonne Lechal de Kersaint, Duquesa de Dunas, foi à princípio lançado anonimamente em 1823, para somente depois ser assumida sua autoria. O romance fornece uma visão sobre as atitudes sociais e alianças políticas da época e os efeitos do colonialismo, racismo e escravidão do ponto de vista de uma pessoa negra, expondo os preconceitos racistas da aristocracia e o tratamento selvagem destinado aos escravos, nas colônias da França no Caribe.
De certa forma, o livro mostra que a história da escravidão nas colônias francesas é muito diferente da contada pelos americanos, que se referiam à escravidão como sendo apenas européia, afinal, 6% (seis por cento) dos escravos levados da África desembarcaram nos EUA e dois quintos acabavam nas colônias francesas de Guadalupe, Martinica e São Domingos (Haiti), grande parte para fornecer mão de obra para as plantações de açúcar.
Os canaviais até os dias de hoje são fontes de trabalho escravo, onde as plantações são enormes, com produto duro de manejo e infestadas de ratos. A França enriqueceu com suas plantações de cana no Caribe e até o ano da Revolução, a Colônia de São Domingos (atual Haiti) era a colônia mais rentável do mundo ocidental, com recordes mundiais de produção de açúcar e café, mas também foi o pior lugar do mundo para ser negro.
Os ideais da abolição cresceram na França, entre os bem intencionados, para depois chegar à Colônia, onde os escravos se revoltaram e aí, Napoleão também perdeu a guerra! Os escravos conseguiram a independência do Haiti. Mas com a troca de governo, de Napoleão pela nova monarquia, plantadores e ex-colonos, viram a oportunidade de novamente invadir o Haiti e reinvindicar suas propriedades.
Portanto, o Haiti foi o primeiro país no mundo onde os ideais abolicionistas foram alcançados, encabeçados por mulheres francesas, que à época eram influentes na esfera pública, diferentemente das mulheres inglesas e americanas - Qualquer assunto que tinha a ver com mulheres, crianças, sofrimento dos pobres e necessitados eram tema apropriado para as mulheres. Talvez por isso, foi dada a caneta à Princesa Isabel, aqui no Brasil. Vai saber!
Um outro livro, interessante é "Os miseráveis" de Vitor Hugo. Calma, calma! Não vou me estender, mas serve de indicação para aqueles que se interessam em entender a História - a leitura é essencial.
Onde quero chegar? De um extremo à outro, temos o primeiro e o último país a adotar a abolição dos escravos: Haiti e Brasil. Será que este fato é verdadeiro? Precisamos completar a abolição, fechar o ciclo desta História que até os dias atuais, repercute em nosso dia a dia.
A opressão é uma forma de escravizar.
Quando deslumbrei uma das instalações do trabalho da artista plástica Sandra Cinto, na Galeria Progetti, entitulada 7 mares, do tamanho de uma parede (6x4m) e do lado de seis obras em que o céu se desenhava e sobressaía, numa mistura de mar, pessoas e teias, inspirada n"A Jangada da Medusa" - tela essa, vista na imagem abaixo, fotografada, quando exposta em Nova York e hoje encerrada no Museu do Louvre, Paris/França - assim como a artista percebeu a contemporaneidade da obra para se inspirar, ontem relembrando esta visita, remeti logo aos problemas que atualmente nos apresentam e de como essa obra, poderia mesmo ter sido pintada antes de ontem.
A vida segue mesmo em ciclo ou somos cães, correndo atrás de nossos próprios rabos?
Quem estiver a fim de visitar este projeto, ele será exposto na Galeria Hideo Kobayashi, no Centro Cultural Usiminas, participando do 2º Fórum Mineiro de Arte Contemporânea, dentro da exposição "Paisagem Incompleta", a partir desta Segunda-feira, 18 de Janeiro. Vocês poderão deslumbrar as obras de Sandra Cinto, assim como me deslumbrei, porque logo em seguida, ela parte para participar na Espanha de um evento, só retornando ao Brasil no meio do ano, com exposição no Instituto Tomie Ohtake/São Paulo, para partir em seguida para seus estudos complementares na China.
“Vamos celebrar a estupidez humana, a estupidez de todas as nações” Legião Urbana
Jean Louis André Théodore Géricault/Art Resourse, NY
Essa obra abalou a sociedade francesa do século XIX e inseriu Théodore Géricault dentro da galeria dos grandes artistas franceses. "Medusa", a fragata que realmente naufragou na costa da África, com carregamento de escravos e que trouxe à tona instintos negativos do homem, que na luta pela sobrevivência, colocou em prática o canibalismo, como única solução para sobrevida.
Devido ao realismo da obra e fatos contundentes, o escândalo político foi inevitável, afinal, estavam em período pós-revolução, onde os valores da liberdade, igualdade e fraternidade, entre os homens encimavam, juntamente com as teorias de humanidade e progresso.
Porque deram o cargo de capitão da "Medusa" para alguém sem experiência, que não enfrentava o mar a mais de 25 anos? Oras, após a queda de Napoleão, os Bourbons deveriam mostrar exemplo, daquilo que a revolução pregou: "liberté egalité fraternité" e o que se via era a infração de todos esses princípios, iniciados por essa oferta de cargo político a um aristocrata. De certa forma, este fato contribuiu para alimentar os pensamentos abolicionistas, pois com poucos botes, o capitão e passageiros previlegiados se salvaram, deixando mais de 150 pessoas soltas à própria sorte, donte somente 15 sobreviveram se alimentando dos corpos que boiavam ao redor.
"Passo todo o tempo surpreendendo-me com o fato de que nada parece sólido, tudo me escapa. Nossas esperanças e nossos desejos, e mesmo nossos sucessos, são apenas ilusões. Meu coração não pode encontrar descanso, contém memórias demais.” Géricault
Ourika, romance de Claire Louisa-Rose-Bonne Lechal de Kersaint, Duquesa de Dunas, foi à princípio lançado anonimamente em 1823, para somente depois ser assumida sua autoria. O romance fornece uma visão sobre as atitudes sociais e alianças políticas da época e os efeitos do colonialismo, racismo e escravidão do ponto de vista de uma pessoa negra, expondo os preconceitos racistas da aristocracia e o tratamento selvagem destinado aos escravos, nas colônias da França no Caribe.
De certa forma, o livro mostra que a história da escravidão nas colônias francesas é muito diferente da contada pelos americanos, que se referiam à escravidão como sendo apenas européia, afinal, 6% (seis por cento) dos escravos levados da África desembarcaram nos EUA e dois quintos acabavam nas colônias francesas de Guadalupe, Martinica e São Domingos (Haiti), grande parte para fornecer mão de obra para as plantações de açúcar.
Os canaviais até os dias de hoje são fontes de trabalho escravo, onde as plantações são enormes, com produto duro de manejo e infestadas de ratos. A França enriqueceu com suas plantações de cana no Caribe e até o ano da Revolução, a Colônia de São Domingos (atual Haiti) era a colônia mais rentável do mundo ocidental, com recordes mundiais de produção de açúcar e café, mas também foi o pior lugar do mundo para ser negro.
Os ideais da abolição cresceram na França, entre os bem intencionados, para depois chegar à Colônia, onde os escravos se revoltaram e aí, Napoleão também perdeu a guerra! Os escravos conseguiram a independência do Haiti. Mas com a troca de governo, de Napoleão pela nova monarquia, plantadores e ex-colonos, viram a oportunidade de novamente invadir o Haiti e reinvindicar suas propriedades.
Portanto, o Haiti foi o primeiro país no mundo onde os ideais abolicionistas foram alcançados, encabeçados por mulheres francesas, que à época eram influentes na esfera pública, diferentemente das mulheres inglesas e americanas - Qualquer assunto que tinha a ver com mulheres, crianças, sofrimento dos pobres e necessitados eram tema apropriado para as mulheres. Talvez por isso, foi dada a caneta à Princesa Isabel, aqui no Brasil. Vai saber!
Um outro livro, interessante é "Os miseráveis" de Vitor Hugo. Calma, calma! Não vou me estender, mas serve de indicação para aqueles que se interessam em entender a História - a leitura é essencial.
Onde quero chegar? De um extremo à outro, temos o primeiro e o último país a adotar a abolição dos escravos: Haiti e Brasil. Será que este fato é verdadeiro? Precisamos completar a abolição, fechar o ciclo desta História que até os dias atuais, repercute em nosso dia a dia.
A opressão é uma forma de escravizar.
Parabéns, sempre ótimos posts.bjs
ResponderExcluirCarissima, eu acho que a escravidão só se disfarçou, vestiu uma roupinha nova, passou a usar máscaras e nós fazemos de conta que acreditamos.
ResponderExcluirAdorei o trabalho da Sandra Cinto, agora estou a esperar pela chegada aqui em São Paulo para apreciar de perto...
Boa semana para você. Beijos
Olá Luma!Gostei muito do seu post também. Não entendo nada de arte,mas, acho bonito. Então aqui você dá dicas e ensina,nossa, importantíssimo. Quando essa artista vier a São Paulo,gostaria de ir ver os trabalhos sim.
ResponderExcluirQuanto a suas dicas sobre clonagem,não sabia,não entendo nada de pc,vou procurar entender como se faz um novo autor. Eu teria direito a ter dois e'mails e senha no meu blog é isso?Puxa, vou ver como se faz. Obrigada viu!
PS: Meu netinho é um barato. Simpático demais. As vezes ele ensaia um beicinho,a gente pergunta se vai chorar e ele já emenda um sorriso.É um anjinho mesmo. Obrigada. Vovó corujona rs..
Muito forte mesmo a pintura da Jangada de Medusa, não foi a toa que causou tanto desconforto na época e com certeza ainda hoje.
ResponderExcluirum beijo pra vc e uma ótima semana
Alguns "religiosos" deveriam ler esse seu post antes de falar tanta besteira...
ResponderExcluirE ainda falam em deus esses ignorantes...
Beijos.
Luma amo animais... eles são serem muito bons!
ResponderExcluirBjos
A vida é feita de ciclos. Mas quando perdemos o bonde nos comportamso como cahorros.
ResponderExcluirAdorei seu texot. Ótima contextualização histórica!
bj
Acho que o Haiti paga até o hoje o preço de ter sido o primeiro país a acabar com a escravidão. Na verdade, passou a sofrer com uma pequena elite que pouco se importava com democracia ou progresso. Não é um dos mais pobres do mundo sem motivo.
ResponderExcluirUm beijão e ótima semana.
Lindo o trabalho da artista Sandra Cinto, não conhecia!
ResponderExcluirBem observado, Luma. Enquanto continuarmos a correr atrás dos nossos próprios rabos, este muno continuará a ser o mesmo. :) Boa semana!
ResponderExcluirLuma,
ResponderExcluirPenso que mudam as circunstâncias, as estações, o grau de acesso ao conhecimento e à tecnologia, mas não o coração do homem.
Continuamos a conviver e a digladiar com nossos duos, a besta e o anjo.
O incentivo para a besta é o dinheiro e tudo que trás consigo. E o incentivo do anjo? Qual é mesmo??? Algo tão irreal, distante e utópico como a salvação de nossas almas é suficiente para vencer a ganância?
Até agora não. Infelizmente.
Beijos
Luma:
ResponderExcluirSó tenho a dizer.
excelente o post, mas muito triste a realidade.
bejinhos
Sempre escravos. Nunca nos libertamos de todas aquelas amarras que nos prendem.
ResponderExcluirNão que não queiramos, mas é que tem poderes maiores que tudo determinam.
Boa semana Luma
Boa dica para leitura Luma e o seu texto de apresentacao nos leva tambem a reflexao. De que adiantou a liberdade para o povo do Haiti se os opressores os deixaram sem um minimo de condicoes para sobrevivencia? Sendo assim eles nao conseguiram se desvencilhar do jugo da escravidao do mesmo jeito. E apos ditaduras genocidas, piorou tudo. E agora com essa destruicao por forcas naturais eles terao que comecar do zero! Acho que aqui no Brasil os antigos escravos foram mais privilegiados.
ResponderExcluirObrigada pela visita ao Politica...
ResponderExcluirBeijos, Tereza
Luma, this is an excellent post, really interesting.
ResponderExcluirHave a nice week!
Luma, lindo o quadro dos sete mares. Um beleza!
ResponderExcluirQuanto a escravidao, ela passou a ser remunerada, mas continuamos verdadeiros escravos;
Um abraco
O Haiti nunca se libertou. E os fatos atuais o demonstram.
ResponderExcluirNão serão as ajudas humanitárias que libertarão ou solucionarão as mazelas dos haitianos.
O poder corrompe e embala o sono dos candidatos ao trono.O poder corrompe e inspira os poderosos que usam os corrompidos para se manterem no trono.
Falar em Ética atualmente está ficando fora de moda. Mas é preciso lembrar que a Ética existe.
Luiz Ramos
Da série: Blogosfera é cultura.
ResponderExcluirAté hoje os haitianos pagam pela ousadia, de terem constituído a primeira república negra.
O filme "Queimada" mostra muito bem este fato histórico.
Excelente postagem!
Manoel Carlos
Poxa, que exposição maneiríssima!!! Em relação ao restante do post, eu nunca tinha ouvido falar no romance Ourika ... não me surpreende que os americanos contem as histórias da maneira deles ... eles sempre fazem isso ... enfim, se eu for começar a falar aqui vou mostrar meu preconceito em relação à eles. rs. Em relação ao Haiti ... concordo com o comentário do colega Manoel Carlos. Bjão e boa semana.
ResponderExcluirQue exposição interessante, faz refletir...assim como teu post. No ano passado a Guadaloupe e os departamentos franceses "ultramarinos" se revoltaram para obter mais regalias em relação à "Metrópole", até hoje existe um racismo que continua a tratar os descendentes dos escravos como se a abolição não tivesse existido. Os franceses daqui acham que se deveria dar a independência a eles e deixá-los se virar sozinhos...mas esquecem toda a riqueza que estas ilhas já trouxeram para eles. A tal ponto que na época eles entregaram o Canadá aos ingleses, pedindo em troca somente o direito de manter estas ilhas.
ResponderExcluirBeijos e parabéns pelo post, muito bom como sempre.
Li com atenção, da 1ª à última palavra.
ResponderExcluirInformação é sempre bem vinda.
Belo trabalho, o feito neste post.
Abrçs.
Ler as coisas por aqui nunca é perder tempo, sensacionais as pessoas que tem conteudo e partilha isso com os demais.. assim sendo, obrigado!
ResponderExcluirLuma querida!
ResponderExcluirAdorei este post, bem elucidativo inclusive para quem conhece pouco ou quase nada sobre este sofrido país que é o Haiti.
Acabei de fazer um post sobre a ignorância no tratamento que uns idiotas religiosos estão dando ao ocorrido naquele país e vou dar um link para seu post que vai ajudar a completar o meu.
um beijo carioca
Luma, oi querida, que fôlego heim. Bacana o tipo de interligação que vc conseguiu nesses assuntos.
ResponderExcluirO lance da "Fragata" virou um filme bárbaro, "Queimada", que tem que ser visto.
Agora, em pleno século XXI, somos obrigados a admitir que a verdadeira escravidão está em nossos corações.
Quem nos libertará de nós mesmos?
Ah, lindo trabalho da Sandra. Quando ela baixar aqui na Tomie, vou vê-la, com certeza.
Grande dica Luma, como sempre.
Luma, penso que a arte seja o reflexo do tempo em que se vive, então acaba retratando o cotidiano, bem como fatos que ninguém gostaria de lembrar...
ResponderExcluirMas no caso do canibalismos, era um pratica aceitavel, até os sobreviventes tinha de fazer um sorteio para sabe que seria o sacrificado (informação de um dos programas especiais de um do Canais Discovery e cia)...
Fique com Deus, menina Luma.
Um abraço.