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Como pode um peixe vivo viver fora da água fria?

Luz de Luma, Yes party!

O mundo são brevíssimos instantes

Rubem Fonseca, a inspiração que chegou de longe

Escrever é um ato solitário

Milena Faria, um pingo de gente e grande escritora!

O Profeta do Horror

Meu autor favorito

Albert Camus in Luz de Luma, yes party!

Cuidado com a mulher de perna fina

Luma com amigos

luzdeluma

Jeitinho Americano

Jeitinho americano

Sonhei sem cessar com um país sem homens

Sem clima, ideais, terra ou astros - um país que não pareceria nem com a vida, nem com a morte. Um reino de bruma vagamente argentado, sobre o qual, embruxado pela tentação de uma existência feérica, eu fixaria o olhar.

Sonho

Pergunte ao pó

Para Arturo Bandini, as cidades estão cobertas de pó, ou melhor, tudo está coberto de pó - O Mundo está coberto de pó. E não é?


Nem a rosa, nem o cravo...

As frases perdem seu sentido, as palavras perdem sua significação costumeira, como dizer das árvores e das flores, dos teus olhos e do mar, das canoas e do cais, das borboletas nas árvores, quando as crianças são assassinadas friamente pelos nazistas?

Como falar da gratuita beleza dos campos e das cidades, quando as bestas soltas no mundo ainda destroem os campos e as cidades?

Já viste um loiro trigal balançando ao vento? É das coisas mais belas do mundo, mas os hitleristas e seus cães danados destruíram os trigais e os povos morrem de fome. Como falar, então, da beleza, dessa beleza simples e pura da farinha e do pão, da água da fonte, do céu azul, do teu rosto na tarde?

Vida de escritor 2

Gastei uma hora pensando em um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
(Poesia - Carlos Drummond de Andrade)

Escritores invisíveis [update]

"Um autor fixa um tema. Mas esse tema, revelando, como revela, um interesse, revela sobretudo que foi só em torno dele que o artista pôde realizar-se como tal"

Depois do post anterior, quero fazer algumas considerações pessoais.

Não acredito que alguém já nasça com uma vocação. A própria vida se encarrega de nos guiar para aquilo que apreciamos e por si, desenvolvemos o dom. Temos a possibilidade de desenvolver qualquer habilidade, pois todos nascemos iguais e com as mesmas capacidades. Basta guiar nossa mente para tal e acreditar.

"A força da nossa verdade tem que ver com a verdade da nossa força"

O que forma um escritor, motivo do post anterior, certamente será o gosto pela leitura - ler muito e bons autores - ser observador, imaginativo, investigativo e saber expressar em palavras aquilo que pensa. São todos exercícios básicos e diários, até mesmo o saber 'expressar em palavras'. Mas qual o diferencial de um escritor para o outro?

"O que existe para o homem é o absoluto da sua hora e tudo o que para lá existe, existe apenas coordenado com ela, a ela subordinado"

O diferencial está na conclusão do post anterior e, aí se explica porque tantas obras literárias e artísticas que ficaram paradas no tempo, não fizeram sucesso em suas épocas e somente depois do rei morto, elas ganharam notariedade - porque o pensamento embutido era avante e sem juízo para aquele tempo e/ou sem o endosso do popularesco.

Escrever "é ter a companhia do outro de nós que escreve. Portanto não te comovas muito, mesmo que ele se queixe. Porque abaixo dessa lamentação está o vazio infinito da infinita desistência ou desinteresse onde a palavra já não chega. Quando o que escreve aí desce, a morte tem a sua possibilidade. Porque deixa de ter significação"

Faltou inspiração? Leia, observe, investigue, seja curioso, abstraía o pensamento, mas tome cuidado com a alteridade, onde o pensamento do outro parece tomar maior peso e ser levado ao patamar de 'bem comum mundial' - o que a mídia tanto faz.

Virgílio Ferreira"Todo o escritor que é original é diferente. Mas nem todo o que é diferente é original. A originalidade vem de dentro para fora.

A diferença é ao contrário. A diferença vê-se, a originalidade sente-se. Assim uma é fácil e a outra é difícil.

A diferença é uma fórmula, a originalidade é uma forma ou mais do que isso um modo de se ser.

Para se ser diferente vai-se ao alfaiate ou à modista.

Para se ser original vai-se ter com Deus no momento de nos fabricar.

É fácil escrever-se sem pontuação ou com pontos e vírgulas em vez de pontos finais, ou escrever com minúsculas depois desses pontos, ou atirar com as palavras à arrebatinha e dispô-las como caírem, ou escrever ondeado em vez de a direito, ou cortar a prosa aos bocados e dispô-los em vários tamanhos, ou deixar as páginas em branco ou a preto, ou fazer qualquer sorte de piruetas como um palhaço de circo.

Agora o que é difícil é sentir de um modo novo, recriar um mundo por sobre o que já foi recriado, ver o que os cegos constitucionais não enxergam.

Pôr seja o que for de pernas para o ar não deixa de ser o mesmo por estar ao contrário. E se se usarem óculos inversores, ele volta a estar de pernas para baixo. Mas o escritor ou qualquer artista original torna visível um dos possíveis invisíveis para uma nova visibilidade. E essa nova visibilidade é que é diferente na maneira profunda de o ser. Ou então diremos de alguém que não é original mas um original. É o que dizemos habitualmente e com suavidade de um tipo apancadado. Somente se o dizes de um palhaço da arte o apancadado és tu"


O que está grifado em azul, é de autoria de Vergílio Ferreira, pensamentos de seu livro póstumo: Escrever (Edição de Helder Godinho/Bertrand Editora) - que indico a leitura.

Este escritor-pensador, antes de morrer, disse: "Vou entrar e escrever no paraíso"- mas ainda, deixou o rascunho final, do seu parecer sobre a morte e que são as palavras finais no livro citado acima:

"Uma vida longa é uma vida curta porque são restos de nós que ela vai aproveitar. Amores que se perderam, projectos que se esgotaram, mesmo alguma glória que também pôde acontecer, são no fim a degradação, o esvaimento do espírito, a abjecção da sordidez e humilhação. Morrem jovens os que os deuses amam. Deve ser verdade. Para que eles recolham a si o que é mais belo e triunfal da vida. E é só".

imagem: A Memória Inventada


Ah, sim! ...Os poetas. Estes não se comparam aos escritores, estão em outra dimensão - não são humanos, são divinos!

[update] Gostaria de esclarecer que este texto não desmerece qualquer escritor, muito pelo contrário, ele tem a intenção clara de incentivar pessoas que não se sentem capazes de seguir a profissão. Aos que entenderam erradamente, por favor, leia o texto anterior.

Sugiro a leitura do texto: Oficinas literárias: validade, fins, limites e aos interessados, que se inscrevam em alguma das oficinas espalhadas pelo país - Seleção de Oficinas de escrita criativa. Você pode ter nascido um bom 'contador de estórias' mas um escritor forma-se, por isso estude!

*Bateu saudade da Tina Oiticica - num clique lembrei da palestra de Frederico Coelho "Escrita, arquivo e afeto na obra de Hélio Oiticica" e tenho certeza que, se a Tina estivesse viva, estaria aqui, lembrando da labuta de seu pai.

Beijus,

Continhos Galantes

por Dalton Trevisan. Só para abrir o apetite!


«– Depois te beijava da ponta do cabelo até a unha encarnada do pé. Cada pedacinho escondido de teu corpo. Afastava essa coxa branquinha de arroz lavado em sete águas. E me perdia no teu abismo de grandes lábios rosa.
Agora a mãozinha quente e molhada.
– Sou homem de certa idade. Com a minha vivência faria você sentir prazer até no terceiro dedinho do pé esquerdo. De tanto gozo sairia flutuando pela janela sobre os telhados da Praça Tiradentes. […] Quer experimentar hoje?
– Próxima vez eu resolvo.
– Por que não agora? Já está aqui. Tão fácil. Até chovendo. Mais aconchegante.
– Hoje não.
– Você é que sabe. Só não creio na tua frieza. Tudo me diz que é moça fogosa. Essa boca vermelha e carnuda. É de quem gosta. Mais uma coisa, anjo, enquanto eu falava, o teu narizinho abria e fechava…»

Até o dia 04 de Setembro acontece a I Bienal do Livro em Curitiba. No último sábado, dois imortais da Academia Brasileira de Letras estiveram juntos, Moacyr Scliar e Carlos Heitor Cony, discutindo o gênero "Romance" com o especialista da obra de Dalton Trevisan, Nelson Vieira.

Cony: “Dalton teve a ousadia de nomear seu livro de estréia de Novelas nada exemplares, parodiando as Novelas exemplares, de Cervantes. Otto Maria Carpeaux foi o homem mais inteligente que conheci, mas não teve a sensibilidade de perceber o talento de Dalton Trevisan quando criticou ferrenhamente o livro” [leia mais]

Para saber mais do Melhor de Dalton Trevisan.

O romance continua sendo uma deliciosa futilidade?

Beijus,

Meu ídolo!!

albert camusA primeira vez que cheguei ao Juvenília foi através de uma pesquisa que fazia sobre Albert Camus. Fiquei intrigada com o autor dos textos que assinava/assina Camus. E naquela época, o texto lá era sobre o desarmamento. Isto a mais ou menos...ichi!! isso foi a muito tempo! Ele, Camus gosta muito, muito mesmo de Albert Camus.

Comecei a prestar atenção na blogosfera e constatei que muita gente tem admiração pelo escritor e filósofo argelino. Também tenho admiração, que não chega a ser uma idolatria. Contrariando o título, não tenho ídolos.

E como o tema do Tertúlia Virtual deste mês é "Meu Ídolo", resolvi homenagear essa personalidade que nasceu neste mês de Novembro e que completaria no dia 07, 95 anos se estivesse vivo.

**Uma coleção de camisetas muito bacana - Clique na imagem.



Cada camiseta traz na frente, uma frase escrita em inglês sobre o esporte e atrás o nome do autor e se futebolista, o número. Vejam algumas:

"Futebol se joga com a cabeça" - Cruyff
"Tudo no futebol é complicado pela presença de um time adversário" - Sartre
"O gol passa por uma série de fases independentes da vontade do homem" - Marx
"Futebol é o jogo bonito" - Pelé

E como não haveria de ser: "Tudo que sei com mais segurança sobre moralidade e obrigações, eu devo ao futebol" - Albert Camus

É preciso um pouco de demência e de luar para encarar esse mundo! 

...em quietude, sem solidão

Leia o luz no seu celular
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Algumas coisas não têm preço

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