Escrever é um ato solitário
"Os escritores são os guardiões da memória, e isso é o que você deve tornar-se, se você quiser deixar algum tipo de registro de sua vida"
Sempre me referi ao "Luz" como uma das minhas fontes de memória. Cada post conta uma história sem calendário. Também mantenho agendas onde anoto desde lista de compras até um pensamento que me ocorre, além é claro, dos compromissos. Depois de um tempo, eventos do futuro passam a ser eventos do passado e o blogue também passa a ser uma agenda de eventos passados.
Tenho outros locais de escrita onde também registro fatos passados, rascunhos de histórias e onde posso ter a liberdade de anotar pareceres até mesmo no estilo Teo Pereira e outras baboseiras que me divertem bastante. São os pequenos detalhes do dia que nos dão a sensação de controle de nossas ações e ajudam na administração do tempo que passamos por essa vida.
Alguns livros foram escritos à partir de anotações, tornando público aquilo que secretamente poderia ser suspeito pela circunstância.
A escrita nos liberta diante de uma sociedade que dita normas de conduta. Se você escolhe passar tempo sozinho, pode ser considerado triste ou mesmo esquisito. Esse é um mundo enlouquecido pelas wikis e colaborações interdisciplinares. Aquele que prefere a solidão e uma vida mais privada é visto como excêntrico no melhor dos casos. Presume-se muitas vezes que quem prefere a solidão deve sofrer de ansiedade social, tédio e alienação.
Você ouve o tempo todo: Nós, seres humanos somos animais sociais. Precisamos passar o tempo juntos para sermos felizes e funcionais, e se quisermos extrair 'benefícios' emocionais devemos manter relações íntimas e nos associarmos em grupos, além de participar em projetos coletivos que nos tornariam mais inteligentes e criativos. Ter amigos nos torna emocionalmente maduros e mais capazes de lidar com a dor e estresse... Tudo certo!
Passar um tempo sozinho, pode ser muito bom, pois certas tarefas e processos de pensamento são melhores realizados sem ninguém por perto. Isso vale para a pessoa mais motivada socialmente. Esse tempo sozinho é importante para o desenvolvimento de nossas habilidades e também dos nossos limites sociais, da nossa personalidade - é onde podemos ter foco e pensamento criativo.
Se quisermos tirar o máximo proveito do tempo que passamos com as pessoas, devemos nos certificar de que estamos gastando o suficiente do mesmo tempo longe dessas pessoas. Assim como o exercício físico regular e uma alimentação saudável fazem nossas mentes e corpos funcionarem melhor, os especialistas em solidão sabem o quanto é bom estar sozinho para alimentar a saúde mental.
Um estudo de Harvard em curso indica que as pessoas formam as memórias mais duráveis e precisas, se elas acreditam que estão experimentando algo sozinhas. Outro estudo indica que uma certa quantidade de solidão pode fazer uma pessoa mais capaz de empatia para com os outros. E enquanto ninguém contesta que muito isolamento possa ser insalubre, uma certa quantidade de solidão ajuda os adolescentes a melhorar o humor e ganhar boas notas na escola. Alguém duvida?
Há tanta ansiedade cultural sobre o isolamento que, muitas vezes, deixamos de apreciar os benefícios da solidão. Há algo muito libertador em "ser" por conta própria e ter a capacidade de estabelecer controle na forma como gastamos o nosso tempo.
Descobrir o que é solidão e como isso afeta nossos pensamentos e sentimentos nunca foi tão crucial, pois nos dias atuais, a experiência de estar sozinho está sendo transformada drasticamente, à medida que mais e mais pessoas passam os dias e as noites permanentemente conectado com o mundo exterior, através de telefones celulares e computadores. Numa época em que ninguém é mais do que uma mensagem de texto ou um e-mail, a distinção entre "sozinho" e "juntos" tornou-se irremediavelmente embaçada, assim como os benefícios potenciais da verdadeira solidão estão começando a se tornar mais claros.
Solidão tem sido ligada à criatividade, espiritualidade e poder intelectual. Os líderes das grandes religiões do mundo - Moisés, Maomé, Buda e Jesus - todos tinham revelações cruciais durante os períodos de solidão. O poeta James Russell Lowell identificou a solidão como "necessária para a imaginação"; O psiquiatra britânico Anthony Storr lembra Beethoven, Kafka e Newton como exemplos de gênios solitários.
Mas o que realmente acontece com a mente das pessoas quando estão sozinhas? Por mais que possamos exaltar a solidão, ela ainda se mantém no abstrato e imposta às pessoas, que ficaram sem escolha, sozinhas no mundo. A nossa compreensão da solidão passa pela livre escolha e aceita quando não é forçada. Tirando as duas opções anteriores, a terceira é tratada como uma doença incurável e na pior hipótese é alguém que tem a alma negra.
A psicologia moderna não ajuda, quando espera respostas que tendem a tratar a solidão como mais um problema do que a solução para muitos conflitos interiores. A imagem de que uma pessoa possa enlouquecer de solidão passa pelo entendimento de que viver já é uma loucura.
"Não se pergunte por que as pessoas enlouquecem. Se pergunte por que não enlouquecem diante do que podemos perder num dia, num instante" - Grey's Anatomy
Muitas pessoas possuem uma visão artificialmente estreita do que é estar sozinho, em regime de isolamento e privação sensorial. Veja os astronautas e pessoas na Antártida - Elas estão muito ocupadas para sentirem solidão?
O Professor de Harvard Daniel Gilbert, um líder no mundo da psicologia positiva, supervisionou recentemente um intrigante estudo que sugere que as memórias são formadas de forma mais eficaz quando as pessoas pensam que estão experimentando algo individualmente. Este estudo foi conduzido especialmente pela preocupação que os pais têm sobre crianças que gostam de brincar sozinhas.
Greg Feist, um professor de psicologia da Universidade Estadual de San Jose, escreveu sobre a ligação entre criatividade e solidão, partindo do princípio do vagar da mente: Quando deixamos o nosso foco se afastar das pessoas e das coisas ao nosso redor, quando somos mais capazes de nos engajar no que é chamado de metacognição, ou seja, o processo de pensar crítico e reflexivo sobre os nossos próprios pensamentos. Não foi surpreendente nesse estudo descobrir que quando os adolescentes estavam sozinhos, relataram sentirem-se muito menos autoconscientes. Por isso, eles querem estar em seus quartos, longe do olhar de outras pessoas para serem eles mesmos.
O que pode ser extremamente bom para a saúde quando tomado na dose certa, mas é tão fácil de usar como um comprimido branco isolado. Muita solidão é inequivocamente prejudicial e amplamente debilitante. Mas "muito" pode ser para uma pessoa e para outra "apenas o suficiente".
Solidão deve ser uma escolha: as pessoas devem decidir quanto tempo querem interagir com outras pessoas, em vez de serem forçadas contra sua vontade em momentos que deveria dedicar para si mesmo. Pais sobrecarregados podem não precisar de incentivo para quererem tempo sozinhos e mesmo encarando como desejável, nada fazem para compartilhar as responsabilidades de divisão do tempo para afazeres da casa ou com os filhos com a outra parte responsável.
Os casais seriam menos frustrados no casamento se tivessem tempo para se dedicarem à si mesmos. A questão para eles é construir vidas frenéticas, onde não caiba o silêncio. Mas para milhões de pessoas que vivem ocupando o tempo produtivo de outras pessoas e ainda exigindo mais esforço, como deixar de lado atividades que não resultam em nada ou que possam piorar as relações - como exemplo a troca de ligações ou mensagens com conversas vazias em que apenas uma parte detém o prazer de falar, não entendendo que para escutar é preciso olho no olho. Algumas questões que dizem respeito apenas à nós, podemos resolver sem envolver o outro. Nesse caso, conversar com o espelho surte melhor efeito.
Quando você se der conta do tempo precioso das pessoas, entenderá que a criança e o adolescente - que ainda não possuem os vícios da vida adulta, desejam entender esse sentimento solitário e por isso, às vezes eles forjam uma nova identidade mais clara do que aquela que não compreendem, seja na brincadeira ou no comportamento. Se você não vive o processo de entender o sentimento da solidão, nunca se libertará e será sempre alguém dependente emocionalmente de outras pessoas, que por vezes, nem sempre precisam ser gente, mas apenas bonecos.
A solidão como dificuldade de estabelecer conexões com os outros merece investigação, pois a ansiedade social é causada pela falta de coragem de se expor. Se ela não consegue passar um tempo sozinha. como poderá nutrir sua vida?
Você só é capaz de conectar-se com pessoas e estar sempre disponível, se fizer pausas (autoconhecimento). Do contrário, tenderá a ter relacionamentos rasos e sem vínculos.
Se nada disso for possível, recolha-se no seu canto e tente escrever. A escrita é um elo entre a realidade e a imaginação que ajuda a coordenar fatos e sentimentos. No papel tudo fica mais claro.
"Para ser escritor é necessário imaginação e coragem. Embora seja um ofício extremamente necessário, é muito pouco estimulado. Pela sociedade, pelos familiares, pelo dinheiro. Imaginação e Coragem. Principalmente porque quando faltar a coragem, só a imaginação poderá lhe salvar. E quando faltar a imaginação, você terá que contar com a coragem para seguir adiante" - Gabriel Pardal em "O Escritor no Exílio - As Dicas e Angústias na Busca por Disciplina e Método"
Para complementar nossa reflexão, a Roseli Pedroso indicou um vídeo, onde o ator Ricardo Darín fala sobre o destino e a solidão, discorre sobre suas perdas e as utopias do mundo contemporâneo. Imperdível! [assista]
Para complementar nossa reflexão, a Roseli Pedroso indicou um vídeo, onde o ator Ricardo Darín fala sobre o destino e a solidão, discorre sobre suas perdas e as utopias do mundo contemporâneo. Imperdível! [assista]
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Oi Luma
ResponderExcluirVocê nos trouxe um tema complexo que envolve , inclusive, individualizar a solidão para poder qualifica - la.
Considero as relações o meu sentido de vida, contudo incluo nelas a conexão comigo mesmo. De acordo também com sua citação, sem o autoconhecimento não se consegue criar pontes com o outro.
O ato da escrita é uma das formas mais frutíferas que descobri para tocar o meu ser, bem como para a organização do pensamento e criação.
Ótimos pontos você abordou para se pensar sobre os atos solitários tão necessários para a nossa saúde mental. bjs
Hola Luma , brilhante! Solidão é o melhor amigo de um escritor - o melhor amigo do artista. As pessoas trabalham melhor com a sua própria "cave" tempo - meditação, reflexão , oração, yoga , a concentração, o que funciona . Um precisa de tempo para absorver a vida , o tempo , a memória , a gravidade , a idade , o contexto , a observação , sentimento, pensamento. Eu ficaria louca sem tempo e espaço sagrado para a solidão. Cheers, beijos ~>
ResponderExcluirSou escritora e gosto da quietude da noite onde todas as ideias afloram e você é livre para sentir a liberdade. Não acho a solidão ruim. É apena uma condição que você escolhe. Muitas vezes é sozinha que consigo escrever meus melhores posts. Gosto de pessoas, de estar no meio de tudo, mas sempre tenho o meu espaço onde estou por minha conta e é muito bom. Bjos, uma linda quarta-feira.
ResponderExcluirEita que esse post promete!
ResponderExcluirAssim como a Juliana, não acho a solidão ruim, sempre amei a solidão, desde criança.Mesmo quando brincava de bonecas, preferia sozinha.Cresci e continuei a preferir ficar só.Jamis gostei de aglomeração, de vez em quando sei que é preciso ver gente, falar, com alguém, mas ainda assim prefiro a solidão. Ficar sozinha em meu quarto, lendo um bom livro,quando não estou na net.A solidão pra mim é como um bálsamo em minha vida, um bálsamo curador de meus estresse apos um dia de trabalho no hospital em que trabalho,e mesmo em dias de plantão me amarro ficar sozinha entre um intervalo e outro. \minha mãe diz que sou assim porque tenho muitas pessoas ao meu redor e se eu fosse viuva, veria como é triste ficar sozinha,uma coisa é eu ficar sozinha porque quero, a outra é a que nos foram impostas.Bem espero que essa solidão que ela fala esteja em um futuro bem distante. Mas que amo a solidão isso eu ñ posso negar.
Amei o texto! Bjss e fica com Deus
Que legal,Luma! E uma frase destaco:Solidão deve ser ESCOLHA! E um tempinho à sós faz muito bem sempre e nos revigora, enche de inspiração! Adorei te ler, como sempre! bjs, chica
ResponderExcluirLuma, que sensação agradável você me proporcionou ao falar do seu blog: histórias sem calendário, fontes de memória. É que eu precisava reafirmar isso para mim mesma porque estou num momento questionador em relação ao meu blog.
ResponderExcluirE também aforei saber que, enfim, estão estudando e tirando a solidão dos porões negros que a meteram e eu poderei então ser considerada normal!
Necessito de solidão. Já viajei sozinha apenas para ficar no hotel eu e só eu. Vez em quando faço as malinhas das crianças e elas vão desfrutar de aventuras rurais e eu da minha solidão. Excelente post!
Ah! Colhi um título das tuas leituras e deve chegar ainda esta semana: Por escrito da Elvira Vigna. Beijo!
Luma...tal como a Chica...seria bom que a "solidão fosse uma escolha"!!!
ResponderExcluirPenso que só resulta se for isso mesmo!
Não concordo que a escrita seja um ato solitário pois envolve...outros elementos...outras emoções...e até partilhas!!!
Bj amigo
Luma, texto fantástico!!!!!
ResponderExcluirA solidão é nossa companheira, pois a arte existe produto de reflexão, ela não existe e pronto....precisamos nos afastar, olhar, ouvir, observar e questionar para em seguida montarmos nosso escrito!!!!
A escrita é um ato extremamente solitário, é produto individual de observações
sobre a humanidade e suas emoções.
Escrevo sempre no papel, tenho um caderno, ou melhor, dois cadernos para ser franca!!!!
Bjus e lindo demais,amiga!!!!
http://www.elianedelacerda.com
se puder. vote no meu blog
http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2015/01/votacao-blog-do-ano-ii.html
Entendo pouco, mas tenho uma escritora em casa. Eu às vezes não a compreendo , mas é pq não tenho este dom! Eu concordo em ser solitária pq ela precisa da paz dela para produzir.
ResponderExcluirÓtima 4ª feira para vc!
Obrigada pela visita
Beijos Coloridos em 2015!!!♥♥♥
http://www.unhassemprecoloridas.blogspot.com.br/ ( não tenho hábito de colocar endereço, mas me informaram que meu perfil está dando erro, me desculpe isto é para facilitar)
Oi Luma!
ResponderExcluirQue reflexão! coincidentemente inicio o post de hoje lá no cafofo falando um pouco da minha introspecção... Fim de dezembro e janeiro, senti vontade de sair do ar, pelo menos da net, a solidão me dá inquietude, é o momento que vem mil histórias e invenções na cabeça, tenho até dificuldade em fazer meditação por isto, esvaziar a mente não é fácil, tem que ser um exercício lento e constante.
Gosto de escrever, mas não sou escritora rsrsrsrs mas já sonhei em ser na adolescência... O ato físico de escrever é realmente solitário, mas o sentimentos, emoções e imaginações são múltiplas!
Um dia luz para vc!
Bjooooooo
Ah! Amei a imagem!!!
ResponderExcluirLuma, quem nasce em família grande considera a solidão uma dádiva. Compartilhar tudo, desde a atenção dos pais, até a cama, por ex., como eu fiz, gera um desejo intenso pela solidão. Sempre gostei de ficar sozinha, mesmo que não o tempo todo. A única coisa que ainda não fiz, em benefício meu, foi viajar sozinha, ficar em um quarto de hotel ou em um apartamento, totalmente sozinha e em lugar desconhecido, a ser explorado.
ResponderExcluirEscrever, certamente é um ato solitário, mesmo pq o silêncio é necessário para que o pensamento deslize. Não entendo quem goste de música para ouvir, enquanto cria algo. Para mim não funciona.
Ótimo texto, como sempre. Para ler e reler.
Beijo.
(É vc, na foto? Linda.)
Oi Luma!
ResponderExcluirHoje você tocou num ponto que eu sempre escolhi para mim. Na infância, gostava quando todos saiam de casa e eu ficava sozinha, rs. Na escola, trabalhos em grupo... gostava de combinar tudo e... eu fazia o trabalho sozinha. Até hoje, momentos sozinha me atraem. Minhas artes... só consigo quando estou sozinha.
Grande beijo
Ah, aquele mimo que ganhei, ela disse que é uma esponja ( washcloth ), não conhecia, coisas do sul, rs.
Oi Luma, bom?
ResponderExcluirEu sempre pensei que a vida de todas (sem exceção) daria uma boa história, um bom livro ou um bom filme ... claro, nem todos tem o "dom de escrever" - alguns escritores permaneceram eternos ... e vs conseguiu tocar no meu dilema, exatamente agora, quero e preciso escrever, mas me sinto despreparado ...
The Neighbourhoods
http://theneighbourhoods.blogspot.com.br/
Querida Luma, nem preciso te dizer que amei o seu post, né?! :)
ResponderExcluirPois esse é o meu mundo desde que entrei para a literatura, mas sempre intercalando a solidão da criação com o movimento do resultado para não enlouquecer de vez... rsrsrs Adorei!
Beijo, beijoooo!
She
Amei seu post. Eu sempre gostei muito de ficar sozinha. Em tudo...Mesmo na infância, minhas brincadeiras eu sempre gostei de estar só. Tem dias que quero tirar para ficar só comigo mesma, ir ao cinema só, passear no shopping, ir a uma livraria. Adoro!! E também amo interagir com os outros, mas esse tempo comigo é essencial!
ResponderExcluirBeijos
Adriana
Olá querida Luma, boa tarde!
ResponderExcluirPra quem tem o dom de escrever precisa de silêncio e solidão.
As vezes gosto de ficar só, gosto de ler um bom livro e deixar os meus pensamentos fluírem.
Ótima postagem! Você só traz bons conteúdos, belos textos, adoro!
Um grande beijo, sucessos sempre! ♥
Oi Luma
ResponderExcluirCom certeza , não era uma das coisas que mais gostava de fazer,
mas que se tornou muito praserosa com o tempo que estou no blogue
aprendi e me apaixonei.
beijinhos
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
Esse documento é uma verdadeiro e real seguimento de quem conhece do assunto.
ResponderExcluirMatéria muito bem elaborada e conscientemente perfeita.
Gosto de tudo isso.
Abraço
Ah, já ia esquecendo, publiquei seu link no Feed Turbo: http://www.feedturbo.com/luz-de-luma-yes-party-43600.link
ResponderExcluirSolidão é necessária de vez em quando mas de um modo geral ela não me agrada nem um pouco..rs.
ResponderExcluirParabéns pelo seu texto!
Obrigada por brincar junho lá nos Bichinhos, querida
Um grande beijo de
Verena e Bichinhos
Que texto. Ser escritor é muito mais do que escrever.
ResponderExcluirE escrever as vezes requer somente dor e coragem.
Não tem o imaginário, tem a tatuagem na alma.
Eu que agradeço a sua companhia.
beijus
Olá Luma,
ResponderExcluirExcelente análise da solidão e da sua importância no processo de criação, no estudo e nas relações. A ausência de interferências permite a introspecção que vai proporcionar ao cérebro a focagem nas coisas verdadeiramente importantes no momento, sem dúvida alguma.
Muito bom e muito boas as citações.
bj amg
Luma querida, essa sua postagem vem em excelente hora. Hora em que tenho pensado muito e discutido muito sobre a necessidade da solidão. Tenho vivido algumas experiências solitárias que tem me feito um bem incrível. E caiu em minhas mãos o tema debatido pelo ator argentino Ricardo Darín, onde ele fala justamente da sua necessidade de solidão. Amei! Assim como amei suas palavras que, como sempre nos inspiram e nos leva a reflexão. Obrigada querida! Ah! Segue o vídeo:
ResponderExcluirhttps://www.facebook.com/video.php?v=831771163532346&pnref=story
Bjs
segue o endereço correto:
ResponderExcluirhttp://canalbrasil.globo.com/programas/sangue-latino/videos/3928201.html
Creio que uma boa dose de solidão é sempre salutar, desde que não seja imposta. Podemos ficar solitários dos outros mas nunca de nós mesmos. São os momentos do auto-conhecimento, da reflexão, da imaginação, da criatividade... Monteiro Lobato trancava-se no escritório para escrever. Há dois dias estou às voltas com os netos, o que muito me satisfaz, mas quem pode escrever, ou refletir, ou criar assim? Abraço, Luma.
ResponderExcluirÉ a solidão que inspira os poetas, cria os artistas e anima o gênio. (Henri Lacordaire) Mas devemos ter o cuidado de não nos tornarmos solitários, pois "a solidão é fera, a solidão devora. É amiga das horas prima irmã do tempo, E faz nossos relógios caminharem ... lentos...
ResponderExcluirOi Luma, você tocou num ponto super importante pra mim - Preciso de vários momentos de solidão.
ResponderExcluirPara escrever é preciso ter sentimentos, boa escrita e imaginação. Mas para transparecer os sentimentos de forma completa, é preciso ter dom, paixão por escrever. Ótimo texto, ótimas dicas como sempre. bj y
Tive uma época da minha vida em que escrevia imenso, os filhos na escola, o marido a trabalhar e eu podia dedicar-me plenamente à escrita,hoje não encontro essa paz para escrever.
ResponderExcluirSempre excelente textos e conselhos amiga Luna.
beijinho
Fê
Oi Luma, estou voltando de férias e vim matar as saudades dos seus textos sempre tão ricos e inspiradores, como esse...
ResponderExcluirTambém tenho um caso sério com a escrita e a leitura, desde criança. Sem esses momentos de quietude teria enlouquecido.
As pessoas hoje vivem colecionando vivências, mas elas só se transformam em experiências se houver um tempo de repouso, contemplação e silêncio para que elas possam ser assimiladas, caso contrário elas se perdem como folhas ao vento, não é à toa que tantas pessoas se queixam de vazio, de falta de sentido, não há tempo para aprofundar e nutrir.
É muito bem ver que nem todos estão nessa toada, que há pessoas como nós que valorizam a riqueza dos momentos de solidão.
Grande abraço
Estou com tantas anotações e meu blogue tão empoeirado e eu com tanto tempo para escrever que estou quase fazendo terapia para saber o que me impede de escrever!
ResponderExcluirDesde que ele nasceu nunca passei tanto tempo em casa: 6 meses. Tudo bem, na maior parte dele, estava doente, mas em vários dias, não. Mesmo assim...nada de ir lá :-(
Ow dor!
Luma, uma boa reflexão. As vezes impomos às crianças que sejam sociáveis. "Você precisa interagir meu filho"... E se ela quer, pelo menos naquele momento, ficar sozinha? Estamos tão bitolados com o "ser sociável" que nos esquecemos que a solidão é preciosa... E pras crianças também! É preciso respeitar isso e não força a barra com eles...
ResponderExcluirE não é com ela, no silêncio que acreditamos falar melhor com Deus? Como pregam e aprendemos, Ele não se encontra melhor no silêncio e na paz?
Pois bem! Eu sou muito comunicativa. Conversadeira, adoro a presença de amigos, mas como você falou, a gente se acostuma a isso e não sabe mais viver tão independente, sozinho e se deprime quando não é solicitado ou não está rodeado de gente por um tempo...
Mas tenho gostado da solidão, da tranquilidade de pensar em algum lugar que eu esteja sozinha, principalmente depois que comecei a escrever muito....
A solidão revigora sim.. ou nos faz nos perder de vez!
Beijos querida Luma!!!
*Tô de olho nas imagens - se é que me entende! :)
sabe, eu não vejo a solidão como algo ruim. pelo contrário, eu até gosto dos meus momentos sozinha. mas, claro, tento (TENTO) não julgar quem prefere estar cercado de pessoas.
ResponderExcluirOi Luma!
ResponderExcluirLi grande parte do seu texto lembrando da foto que você postou, onde me prendi por um bom tempo. Ela fala por si só!
Eu concordo plenamente que é na solidão, mas solidão mesmo, sem ruídos e se possível ao ar livre, pode me acontecer uma avalanche de pensamentos altamente produtivos e até mesmo solução para um problema encruado na memória.
Creio que foi por isso que Cristo passou um bom tempo no deserto!
Claro também, que desejar viver solitário para sempre, não sou favorável, mas de vez em quando, isso faz um bem!
Beijos!
VitorNani & Hang Gliding Paradise
Uma excelente reflexão sobre o que nos leva a escrever sobre tudo e, assim, deixar registadas todas as incidência da Vida!
ResponderExcluirSaudações poéticas!
Ultimamente estou gostando muito de ficar só!
ResponderExcluirObrigada pela dica do sal amargo , fui lá ler o blogue da sua amiga!.
bjsss e obrigada pelo carinho!
Um dos posts que mais me preencheu: 1. tenho vários registos de memória que conservo (agendas, bloquinhos onde escrevo, datando sempre, dossiês de mimos, blogue...) pois sempre entendi que seriam o guião da minha vida.
ResponderExcluir2. por vezes interrogava-me porque gostava de estar só, embora seja uma pessoa sociável; nunca gostei de perder tempo com pessoas ou conversas que não "soubessem conversar", isto é, que não me estimulassem intelectualmente; a leitura deste post e a divulgação de estudos, validou o que já pensava sobre a matéria.
Grata, Luma, pela excelência...
Bjoss :)
Luminha, o seu post me fez lembrar da música "Condicional", dos Los Hermanos. Desse trecho, em especial: "Os dias que eu me vejo só são dias que eu me encontro mais."
ResponderExcluirAcho que as pessoas andam cada vez mais com medo de ficarem sozinhas consigo mesmas, por isso nunca se calam nem se aquietam, mergulhando em várias atividades e grupos que em nada, ou pouco, lhe acrescentam. Ao contrário, apenas as afasta de si mesmas.
Eu acredito que, sim, viver em sociedade, ter amigos e estar com alguém é maravilhoso, se o relacionamento não for raso e forçado. Mas também acredito que cada um precisa de um tempo para si mesmo, para "se encontrar mais", para criar, recriar e se autoconhecer. Quando a gente se conhece, pode se comunicar melhor, se entregar melhor ao que se propõe a fazer.
A solidão não é de todo mau. Cada caso é um caso e deve ser entendido individualmente.
Devemos ter nossos momentos de solidão, assim como devemos descobrir o prazer de viver ao lado das pessoas.
Um abraço!
Blog || FanPage
Olá!
ResponderExcluirPrazer em conhecer seu blog.
Que belo texto, uma linda reflexão!
Beijos!
Escrever é, sim, um acto solitário, mas não o é qualquer acto criativo?
ResponderExcluirBeijinhos, amiga
Que texto incrivelmente bom! Solidão é visto como algo ruim, mas nem sempre o é.
ResponderExcluirMuito bom o texto e bom demais, também, saber que há pessoas que entendem nossa necessidade de solidão! :)
ResponderExcluirAbraço!
Muitas pessoas encontram-se solitárias ainda que estejam sempre entre amigos, vivem uma solidão de alma, porque ainda não encontraram a si próprias para se fazerem companhia, as vezes a solidão é necessária, precisamos nos afastar um pouco para ver as coisas de forma mais clara!
ResponderExcluirOi Luma, bn!
ResponderExcluirAdorei o estilo "Teo Pereira" kkkkk, acho que vou começar minhas anotações nesse estilo tb e salve-se quem puder kkkkk
Quanto ao bolo, a receita leva mesmo 2 colheres de sopa de fermento e ele rende bem. Eu sempre faço a metade da receita e me rende uma forma de buraco na medida que eu coloquei no blog (média). O do post, eu fiz a receita inteira pq queria dar um p/o meu zelador...
Fica muito bom!
Ah, no dia seguinte tive que fazer outro p/um vizinho que provou o do zelador e queria comprar, como eu não vendo, dei um de presente p/ele tb e aí fiz a metade da receita (é um vizinho muito querido).
Bjsssss querida e uma bela noite p/vcs
Um texto muito interessante Luma. Eu nunca serei escritora, pois não gosto da solidão. Mais a solidão assusta-me. Acho que neste momento se morre mais de solidão em Portugal do que com qualquer doença..
ResponderExcluirUm abraço e me desculpe não ver o vídeo, mas neste momento não é possível.
Oi Luma, que riqueza de texto, vários ângulos...adorei!!!
ResponderExcluirEu amo minha solidão, mas gosto de momentos de cumplicidade também, afinal a gente sempre lembra dos momentos de felicidade ao lado de pessoas importantes para nós.
Preciso da solidão para escrever, mas não necessariamente para as ideias surgirem, de alguma forma o que escrevemos são impressões e sentimentos sobre todo o "resto"...que não é solidão.
Assim que der verei o vídeo com calma!
Valeu pela visita e comentário, beijos!
Ok.
ResponderExcluirLuma, desculpe pela demora em responder.
Infelizmente não sei. Não sei como o tango chegou a Cuba e à França.
Sou capaz de reproduzir os chistes mais comuns. Que o tango surgiu às margens do Rio da Prata, em especial entre o proletariado de Buenos Aires no Caminito. A grande questão sobre a origem de Carlos Gardel (seria nascido no Uruguai? na França? Bom, em qualquer lugar, menos na Argentina)...
Mas no início do século XX, a maneira mais comum das divulgações culturais costumava ser através dos marinheiros, não?
Dizem que foi assim que o futebol se tornou difundido pela América do Sul. Através de marinheiros ingleses praticando o esporte entre eles. E o futebol se tornou popular no Brasil, no Uruguai e na Argentina (apesar de Charles Miller). Numa peça musical recente, foi dito que Lupicinio Rodrigues gostava de dizer que suas composições se tornaram conhecidas no Rio de Janeiro, por conta de marinheiros que saíram de Porto Alegre cantando as músicas dele.
Sinto não poder dar uma resposta mais consistente.
Abraço.
OI, Luminha,
ResponderExcluirJá no início da leitura eu pensei logo em Jesus e em todos os líderes espirituais que tiverem de ter seus tempos de isolamento e meditação, para obter as respostas de que necessitavam, mas logo em seguida você os citou, rsrs.
Pessoalmente eu acho a solidão fundamental; não sei ser eu mesma sem bons períodos só. Para quem escreve a solidão é essencial, e isso já foi mencionado por grandes escritores. Eu acho, inclusive, que as outras artes também, exigem uma dose de solidão. Há porém uma diferença entre as - digamos - solidões: há a solidão real, que muitas vezes machuca e há a solitude, que é o isolamento voluntário (e até feliz! rsrs) daqueles que buscam conhecer a si mesmo, examinar os próprios pensamentos e a própria alma. Este isolamento é muito necessário para o crescimento de qualquer pessoa.Eu cheguei a esses conceitos há muitos anos, em meus estudos das disciplinas espirituais. Posteriormente eu li o livrinho do Richard Foster, A celebração da Disciplina que, em linguagem simples, aborda um pouco este assunto.
Um beijo
Solidão equilibrada é saudável e traz muito crescimento... Escrever é uma maneira de extravasar sentimentos e emoções que precisam de asas para libertação...
ResponderExcluirTexto muito bom para refletir e aprender!
Quem gosta de ler e escrever aprecia a solidão!...
Beijos, Luma... Tudo de bom neste fim de semana...
Escrever é preciso, viver não é preciso... mais ou menos como navegar.
ResponderExcluir:-)
Concordo que solidão não é mal mas também nem sempre é bem. É como escrever, é como navegar. Tudo é preciso se nos faz falta e nos ajudar a completar o vazio que nós somos.
Até breve.
Tão boa a sua reflexão, Luma!
ResponderExcluirQuem passa muito tempo sozinho tende a sentir que pode enlouquecer, mas é um embuste, porque a vida em sociedade tem o mesmo potencial de enlouquecimento.
Beijinhos e boa companhia :)
Escrever é tudo de bom mesmo! Passar um tempo sozinho, consigo ou em outros pensamentos, é excelente. E se eu não passasse tanto tempo comigo, certamente não teria o desempenho formal que tive no periodo escolar e academico. Como quase tudo na vida, prescinde de uma "medida certa". Escrever sempre foi um recurso de uso do tempo, mais do que de cobertura da solidão. Era uma época com a internet no começo e horarios determinados para acessar. Meus momentos comigo estão mais na ida pro trabalho e volta pra casa [agora, somente à pé], no banho e nos dias de plantoes da 1ª dama.
ResponderExcluirbjos!
Escrever Luma é maravilhoso. E ler o que foi escrito com alma por alguém, é igualmente maravilhoso!
ResponderExcluirBjus
http://simplesmentelilly.blogspot.com.br/
Luma tens razão em relação ao autoconhecimento, este só se concretiza se estiver só consigo mesmo e a escrita é uma excelente ferramenta para isso.
ResponderExcluirQuando você diz que "esse tempo sozinho é importante para o desenvolvimento das nossas habilidades...é onde podemos ter foco e pensamento criativo", postei hoje no face, coincidentemente, esta passagem de um grande escritor, que encaixa exatamente nessa loucura que se tornou estar online e disponível o tempo todo:
"Compaixão requer empatia, que por sua vez, exige foco nos outros. Quando vivemos absortos em nós mesmos, simplesmente não percebemos as outras pessoas. Podemos passar por elas com absoluta indiferença em relação a suas aflições. Mas no instante em que notamos, podemos nos sintonizar com elas, perceber seus sentimentos e necessidades, e expressar nossa preocupação empática.
(...)
Sentimentos morais derivam da empatia, e reflexões morais exigem tempo e foco. Há quem tema que uma das consequências do fluxo frenético de distrações que enfrentamos hoje seja uma erosão da empatia e da compaixão.
Quanto mais distraídos estamos, menos podemos expressar empatia e compaixão."
Do livro FOCO - A atenção e seu papel fundamental para o sucesso, de Daniel Goleman,
Luma, como você é grandiosa nas suas palavras.
ResponderExcluirSó tenho a concordar quando diz que um escritor tem que ter seus momentos solitários.
Não sou escritora, mas meus pensamentos fluem melhor quando estou sozinha.
A solidão "boa" é aquela em que podemos optar.
Xero
Oi Luma! A sua postagem me lembrou um livro que gostei demais: "O poder dos quietos". Sou suspeita para falar de solidão, gosto dela, gosto da minha companhia! Beijo! Renata
ResponderExcluirOlá amiga, linda postagem refletiva!
ResponderExcluirUm grande abraço,Marie.
OLÁ LUMA
ResponderExcluirRealmente que tem um dom de escrever precisa muita paz e um bom silêncio. vc como sempre espetacular. Um feliz final de semana. Um bj
Ana
Oi Luma, amanhã o Brasil do Bem vai ter uma nova "tag" que é "Links Para Visitar" e tomei a liberdade de indicar teu texto que está incrível como tudo o que postas. Beijos!
ResponderExcluirJaneisa
http://www.brasildobem.net
Solidão é como o veneno e teriaga, depende da dosagem para ser um ou outro. Bjs
ResponderExcluirQuerida Luma
ResponderExcluirEscreva,escreva sempre.
É um prazer lê-la.
Quanto à solidão,nem demais nem de menos.Gosto muito de ter tempo só para mim, mas fico muito aflita quando penso nos milhares(milhões?) de pessoas que se encontram na mais completa solidão,(principalmente idosos)para sempre, sem que isso tenha sido uma escolha!
Um beijinho
Beatriz