Ops, alguém falou em guerra fria?

Hoje dei de cara com a seguinte manchete:
Acha que alguém pode estar pirando? No domínio do tempo histórico, a Guerra Fria foi muito dura e deixou-nos o medo e o pedido de que ela não volte a nos assombrar com seus demônios e vilões. Período em que a Terra tornou-se refém da tecnologia nuclear, capaz de aniquilar todos os seus habitantes, não uma só vez, mas dezenas vezes.

Kiss...

beijo
Porque hoje é sexta-feira...

As alegrias que o twitter me dá [update]

Lúcidos

Bye, bye, Outono!

Foi-se, finalmente o Outono, não sem antes fazer algumas grosserias e malcriações: trovejou, relampejou, choveu e inundou.

outono

Paixão antiga

Você certamente tem a sua sobremesa preferida e, - foi conversando com uma amiga, que contou de uma sobremesa favorita da sua mãe, uma receita ancestral! Tempo em que as famílias se reuniam no Domingo em torno da mesa, horas e horas gastas em conversas e desconversas. Dias em que as mulheres antes e depois da comida pronta, trocavam figurinhas, receitas e confidências. Os homens idem, só que a eles eram reservados os lugares onde a fumaça não era somente a do fogão - que lembrei da saudade.

Morre Saramago, o homem inédito! [update]

Saramago

Mas que puxa!

charlie brown

Dê utilidades para sua vuvuzela! [update]



Muito tempo depois de terminado o jogo e a TV desligada, a vuvuzela continua a ecoar em nossos ouvidos. Essa corneta dos diabos, soprada pelos torcedores para celebrar, em pouco tempo alcançou fama sem precedentes e rancor nesta Copa do mundo - uns amam, outros odeiam.

Faço parte da turma que aderiu ao ódio mortal às cornetas vuvuzelas e se sofistiquei o som da minha sala de tv, não foi para ouvir isto!

A solução de filtro para tv estará disponível somente em 2022, mas se você for uma pessoa curiosa e com algum conhecimento tecnológico, pode tentar uma gambiarra! Agora, quem acompanha os jogos por computador, pode baixar o software do GarageBand para filtrar a barulheira, disponibilizado por Daniel Imrich.

Por enquanto, estou usando a função #Mute. Ah, não sei se entro na chuva!

O meu palpite para este primeiro jogo do Brasil será de 3 a 5 gols para cima da Coréia do Norte. Que tals?

Update: Errei feio o placar, mas também! Maior retranca! Pra não dizer uma quase zebra!!
Elano e Maicon
Foto: Phil Cole/Getty Images

Apague o som da vuvuzela da sua TV: Encontrada uma solução!! Salve o jeitinho brasileiro!!

Bruno Garattoni dá as instruções: Entre no menu de configuração de áudio da sua televisão, vá até o equalizador gráfico (muitas das TVs fabricadas nos últimos 3 anos têm esse recurso) e abaixe completamente a frequência de 300 Hz. Isso ajudará a cancelar os sons da vuvuzela – cuja frequência é de 235 Hz. Esse ajuste deverá resolver o zumbido, ou pelo menos reduzi-lo um pouco.

Bom jogo and save the Galvão birds!

Neste dia não dirija...

vinda Cabo Frio

Escreva uma carta de amor!

De qualquer maneira seu coração bate, bate, bate... na pressa, ele pára de bater. Se for de emoção, melhor ainda! Mesmo que por um instante...

Bate coração!

Tum... ta... tum... ta... Você já experimentou colocar sua mão sobre seu peito e simplesmente sentir seu coração bater e pulsar? Esse é o movimento da vida, o movimento que representa a dialética da vida, do tudo e o nada.

A prosopopéia auditiva que inicia este ensaio representa dois movimentos fundamentais no coração, a sístole e a diástole. De uma forma simples, sem pretender esmiuçar todos os detalhes desse processo fisiológico, na diástole o coração recebe todo o sangue do seu corpo, enchendo suas cavidades internas. E seu coração se enche de sangue, de vida, de energia. Na sístole seu coração deixa o sangue (que entrou) vazar, esvaziar, fluir e nesse movimento suas cavidades voltam a ficar vazias, silenciosas e disponíveis. Verdade que existem quatro cavidades responsáveis por todo esse processo e que esse sangue depois vai circular por todo o seu corpo, mas o que interessa nesta metáfora é o simples movimento do coração, de encher e esvaziar.

Já reparou que sua vida também é feita dessas alternâncias? De que um dia você esta triste e outro feliz, que há vitórias e derrotas, que há dor e amor, que há vida e morte?

Seu coração é uma maquete da vida, e você, como um ser humano, repete os movimentos do coração durante toda a sua vida.

Que há de positivo e esclarecedor no exemplo do coração?

Há que você, inevitavelmente, terá momentos e experiências que lhe encherão de vida, de alegria, de vitórias e de satisfações, entretanto, você também vivenciará o desengano, a dor, o medo, a derrota e o sofrimento. E daí? Daí que seu coração lhe mostra como resolver isso. Ele não enche e esvazia, enche e esvazia? Então, você também pode fazer o mesmo.

Quando experimentar suas dores mais profundas, seus mais odiosos desenganos, suas derrotas mais avassaladoras, deixe que sua tristeza e sua angústia se dissipem em seu coração, permita que os sentimentos tristes vazem por sua vida, deixe que seu coração se esvazie, mergulhe na sua dor e deixe que esses sentimentos se consumam em si mesmos, perdoe a si mesmo, aceite suas derrotas e sua invencibilidade. Simplesmente, deixe que seu coração esteja vazio, silencioso e disponível, só assim ele poderá receber novos sentimentos e novas alegrias, como se o coração recebesse sangue novo, túrgido e vivo.

Para que a alegria, a esperança, o prazer e a energia voltem a habitar seu coração e sua vida, assim como o faz o coração, você pode vivenciar os sentimentos negativos, deixando que eles vazem por você, que eles se dissipem, que eles se consumam, porque o tudo não existe sem o nada, a vida não existe sem a morte, e sua felicidade não existe sem a tristeza.

Há diversas situações possíveis que destroçam seu coração, que apagam seu brilho, que fazem exaurir suas forças, que lhe mantém inerte, impotente e indefeso, entre elas é a ruptura amorosa, o fim dos seus relacionamentos.

Não há ruptura sem perda, sem tristeza e sem angústia, mesmo que o fim do relacionamento seja a melhor solução para você e para a outra pessoa, ainda assim, um pedaço de você se esmorece e se perde no amor frustrado.

Nesse momento, faça como seu coração, deixe que toda a tristeza, a dor, a angústia esvaziem por seu coração e por sua vida, permita a si mesmo um tempo para reconstruir o que desmoronou, aceite suas perdas, aquiete-se em sua angústia, e respeite, mais que tudo, respeite suas dores e seus sentimentos sem desprezá-los, sem tentar impedi-los, respeite seus movimentos internos para que seu coração volte a pulsar e a viver, porque é assim o movimento da vida, é assim que a sua natureza pode reagir.

Se puder, tente não reter os sentimentos negativos, não prenda em seu coração a tristeza, a angústia e a dor, não amargure as experiências desagradáveis, simplesmente sinta tudo isso como lhe seja possível sentir, mas deixe que eles se vão, permita que seu coração se esvazie, que tudo se dissipe, seja condescendente consigo mesmo e aceite que seu coração pode ficar vazio novamente, porque só assim ele poderá se encher de novo, só assim ele poderá voltar a ser feliz.

Esse processo de conscientização de si mesmo, das suas dores, dos seus sentimentos e de tudo aquilo que passa por você, será muito importante para que seu coração volte a bater, enchendo de vida, de brilho e de energia todo o seu corpo, abrindo sua mente e deixando que o presente se transforme num caminho de infinitas possibilidades, inclusive na chance de que você volte a experimentar a alegria, o amor, o prazer e a satisfação.

Tum... ta... tum... ta... seu coração nunca para de pulsar, porque é no pulsar da vida que você segue em frente!

O texto acima é de Michel Cutait e por favor, não copiar sem autorização expressa do autor! Fica esperto!

Conheci o Michel numa de minhas batalhas contra o plágio e, faz praticamente um ano que publiquei um outro texto dele - A metáfora do Bolo Queimado - e porque soube que iria compor um livro sobre relacionamento, fiquei no aguardo e não publiquei o texto acima. No mês passado ele ativou o "Life by M.", onde vocês poderão apreciar mais a leituras deste moço. Aqui sirvo de 'costela'.

Ah, esses meninos que falam de amor!! Em comemoração ao Dia dos namorados", o Rosivaldo Toscano, escreveu o texto "O Direito de Amar" e disponibiliza em sua página, o romance de sua autoria "O Escultor da Alma". Bom de se ler e sentir!

A Vanessa do Fio de Ariadne, propõe a escrita de cartas de amor para comemorar este dia, mesmo que você não tenha um amor, pois sente amor, não? Escreva a sua carta! Ela já escreveu a dela!

Feliz dia!! Comemore, mesmo se estiver só, comemore o amor!!

O PT há muito tempo não é mais aquele [update]

"É lamentável que o PT acabe refém de uma pessoa, que é o Lula. [Ele] Tem os seus méritos, mas todo mundo tem algum mérito; virou caudilho no partido, manda, desmanda, decide, todo mundo obedece. Não dá!"

"O PT de Minas tem pessoas e figuras importantes que poderiam ter se unido para fazer uma resistência. Não é possível que essas coisas passem assim sem que ninguém proteste"


As frases acima foram ditas por Sandra Starling, uma das fundadoras do PT (Partido Trabalhista) em entrevista, após entregar documentação ao Juiz Eleitoral de Santa Luzia, município da região metropolitana de Belo Horizonte, comunicando sua desfiliação do partido dos trabalhadores.

Clique também para ler na íntegra, a carta da professora e advogada, Sandra Starling, publicada no Jornal "O Tempo", em 09 de Junho de 2010, escrita ao se despedir do partido.

ADEUS AO PARTIDO DOS TRABALHADORES
“Manda quem pode, obedece quem tem juízo”


Não deixe de ler a carta, pois não foi escrita pela 'oposição' e sim por uma fundadora do Partido dos Trabalhadores!

Update:

"Para fazer a omelete é preciso quebrar os ovos. Mas não se exige sujar as mãos"

A citação acima é de Frei Betto, finalizando a "Carta a um amigo petista", publicada em 10 de Junho de 2010, no jornal "Estado de Minas" onde ele explica porque não apoia mais o PT e porque saiu do "Fome Zero"

Agradeço a Giovana por ter avisado da existência desta outra carta, publicada no Blogue da Lúcia Soares, que gentilmente abriu para nós que não somos assinantes do jornal "Estado de Minas". Obrigada!

Pensamento para o dia

Bom dia!

Há coisas conhecidas e coisas desconhecidas;
entre elas, ficam as portas.

Amigos...


amigas
As 'meninas' no almoço de Sábado: Olga, @Lalinne e Mia

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,

Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...

Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.

Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver a sua vida:

Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

Albert Einstein em "O milagre da vida"

O tema do encontro semanal do "Vida Simples" organizado pelo Mila's Ville desta semana é "Amigos" e diferentemente de Montaigne que se encerrou na torre de um castelo ao perder seu melhor amigo e dali criou para si vários amigos invisíveis e íntimos que compartilhavam da sua alma turbulenta - para concluir, quatro séculos antes da invenção da psicanálise; que precisamos antes de tudo, desnudar a nós mesmo para compreendermos a humanidade - Nós, com o caminhar da humanidade, não precisamos do hedonismo ou muito nos tornar eremitas para crer no valor das amizades. Os tempos são outros, o campo das ideias se desenvolveram, porém os sentimentos mais rudimentares perduram até mesmo entre os animais. A amizade é um desses sentimentos e, há quem diga que prefira a amizade de um cão, do que a amizade de um humano. Isto, não denota apenas incapacidade de escolher bem os amigos? Sei, sei! Também tenho um cão e amo ele, mas... cada ser ocupa o seu lugar, ã?

Mas até que ponto uma pessoa se entrega a uma amizade?

Vou copiar um trecho do que diz Montaigne sobre sua amizade por Etienne de La Boétie, onde faz comparações e/ou diferencia a amizade do amor. Você ao final poderá me responder a pergunta acima, dizendo qual o seu limite de entrega a uma amizade. Pois sim?

“Se compararmos a afeição com as mulheres à nossa amizade, não poderemos, embora nasça de nossa escolha, colocá-la no mesmo rol: seu ardor, confesso-o, é mais ativo, mais abrasador, mais áspero; mas vem de uma chama temerária e volúvel, ondulante e vária; é um ardor de febre, sujeito a acessos e a quedas, e, e que nos prende apenas por um lado. Na amizade, o calor é generalizado, temperado, aliás, e igual; um calor constante tranqüilo, feito de doçura e polidez, que nada tem de áspero nem de pungente.

Mais ainda: o amor não passa de um desejo impetuoso por algo que nos foge....Em verdade aquilo que nós damos comumente o nome de amizade não passa de conhecimento ou de familiaridade, estabelecido ao acaso ou por interesse, e através do qual nossas almas se comunicam.

Na amizade a que me refiro, mesclam-se as almas, e se confundem em tão completa união, que se apaga e não mais se descobre a costura que as prende. Se insistirem em perguntar-me por que eu o queria, sinto que não o poderia exprimir, senão respondendo: "Porque ele era ele e eu era eu"

(...)

...Nós nos procurávamos antes mesmo de nos termos visto, através de referencias ouvidas um do outro e que tinham sobre nossa afeição maior força do que as relações; creio que por disposição especial do Céu.

Abraçávamo-nos pelos nossos nomes e, no nosso primeiro encontro, que ocorreu por acaso durante uma grande festa na cidade, achamo-nos tão próximos, tão íntimos, tão ligados um ao outro, que nada nos pareceu, desse então, mais unido do que nós...

Desde o dia em que o perdi arrasto-me desalentado; e os próprios prazeres que se me oferecem, em vez de consolar-me, aumentam a amargura de sua perda.

Tudo dividíamos pela metade e hoje tenho a impressão de que lhe roubo a sua parte.

Já me achava tão acostumado e afeito a ser o segundo em tudo, que me parece ser agora apenas uma metade..."

Este “pobre animal” chamado homem, que vive alienado em um universo caótico, onde o que lhe resta é tentar compreender uns aos outros - o sentimento humanitário, amor fraternal, onde alegrias e tristezas são partilhadas e almas se compreendem - vem para acalentar e amenizar o cotidiano.

Mas até que ponto uma pessoa se entrega a uma amizade?

E o cinema se desen(cantou) e falou.

"Meu chapa, se você tem que perguntar, então nunca vai saber".
Louis Armstrong, quando lhe pediram para definir o jazz - Porque jazz não se defini, senti!

O jazz, que nascera mais ou menos junto com o século passado, chegou à segunda geração dando um salto qualitativo como poucos haveria dali em diante. O responsável pela inovação foi o trompetista e cantor Louis Armstrong, nascido em Nova Orleans, berço do gênero, em 1900, apelidado "Satchmo" em referência à sua "satchel mouth", literalmente "boca de sacola", pelo tamanho dela.

Nos tempos de menino prodígio, Armstrong desenvolvera a autoconfiança que o levou, quando tornou-se líder de sua própria banda - os Hot Five - em 1925, a inaugurar a era das longas e melodiosas improvisações e do canto puramente rítmico e sem sentido - duas marcas amplamente imitadas e que acabaram por se confundir com a própria essência do jazz. Mas tarde, aperfeiçoado por Ella Fitzgerald, esse canto improvisado e sem palavras ficaria conhecido como "scat".

Nas décadas de 20 e 30, o Harlem também era palco da inusitada mistura de artistas extra-classe e bandidos de elite. O Cotton Club sintetizava esse estranho amálgama: no palco, a nata da música e da dança, como Duke Ellington, o próprio Louis Armstrong, Lena Horne (que morreu no último dia 10 de maio) e o sapateador Bill Robinson. Todos negros. Na platéia, alguns dos mais violentos mafiosos americanos, como Lucky Luciano e Dutch Schultz, e astros consagrados de Hollywood, como Charles Chaplin e Gloria Swanson. Só brancos.

Você que assistiu o filme Cotton Club, pode sentir a atmosfera da época. Em plena era do jazz, o Cotton Club de Nova York se transformou na meca do gênero, justo porque foi ali que Duke Ellington e sua banda, tiveram a sua estréia. A casa, no Harlem, era frequentada, como disse acima, exclusivamente por brancos de alto poder aquisitivo e oferecia finas iguarias, mas foi a música que a fez ficar para a História.

Edward Kennedy Ellington nasceu em Washington em 1899, em uma família negra de classe média. Primogênito mimado, desde criança orgulhava-se de falar e vestir-se bem. Não demorou a receber o apelido de Duke (Duque). Estudava piano desde os 7 anos e, aos 17, começou a tocar ragtime num café. Sua primeira banda, The Washingtonians, experimentou mais baixos do que autos na sua cidade natal e em Nova York. A explosão veio com a missão de substituir King Oliver, um monstro sagrado do jazz, no Cotton Club.

A orquestra de dez integrantes que Duke formou então ficaria no lugar até 1932, exibindo seu naipe de aperfeiçoamentos e invenções: o uso da voz humana como instrumento de sopro e a maior utilização do contrabaixo, entre outros. O Duke compositor teve o seu primeiro sucesso em 1930, com "Mood Indigo" (originalmente "Dreamy blues"). Seguiram-se por mais de trinta anos clássicos como "Solitude", "Sophisticated lady", "In a sentimental mood" [links de vídeo]

Alguns anos antes de morrer, de pneumonia, em 1974, ele se dedicava com fervor à música sacra. Sobre ele, dizia seu amigo e também músico Billy Strayhorn: "Duke toca piano, mas o seu verdadeiro instrumento é a orquestra"

O jazz fez história também no cinema e por causa dele, o cinema se encantou...

“Esperem um pouco! Vocês ainda não ouviram nada!”

Al Jolson

Essa frase, ditas pelo grande astro branco (pintado de preto) Al Jolson no filme “O Cantor de Jazz” [vídeo], que estreiou em 1927, anunciou em alto e bom som, o começo do fim da era do cinema mudo.

As primeiras tentativas de sincronização da imagem com o som datam do final do século passado. Empresas e inventores independentes desenvolveram diversas técnicas, mas os problemas só foram solucionados por completo nos anos 20.

Nessa época, Lee Deforest, técnico dos laboratórios Bell, inventou um sistema baseado em discos fonográficos, no qual os motores do projetor e do sonorizador eram sincronizados por meios mecânicos. Outros inventores conseguiram registrar a trilha sonora na própria película, dispensando os discos e o maquinário adicional, mas isso sacrificava a qualidade do som.

A Warner Brothers – na época um jovem e ousado estúdio de Hollywood – apostou no sistema de discos, prontamente batizado de “Vitaphone”. Este foi usado pela primeira vez no filme “Dom Juan”, em 1926, para registrar a trilha sonora executada pela filarmônica de Nova York.

A princípio “The Jazz Singer” também teria apenas música e efeitos sonoros gravados, isso se Al Jolson, a estrela do filme, não tivesse pegado o microfone durante a sonorização e dito a célebre frase – “You ain’t heart nothing yet!” – um bordão que costumava usar em seus shows. O incidente acabou convencendo os irmãos Warner a substituir os tradicionais quadros de legendas por diálogos falados. Era uma iniciativa arriscada, mas que poderia salvar os estúdios da falência eminente. Não havia nada a perder. Al dublou 4 cenas, incluindo canções.

O filme conta a história do filho de um cantor de sinagoga que decide deixar a família para tentar a vida como artista da Broadway. Na estréia, ocorrida em 6 de Outubro de 1927, em Nova York, a platéia veio abaixo. O público simplesmente não esperava ouvir vozes, muito menos canções. A Frase dita por al Jolson pegou a todos de surpresa. O filme não só representava a era do cinema mudo, como também dava pistas do início da era dos musicais de Hollywood.

Mesmo com o sucesso de “O cantor de Jazz”, muita gente não acreditava no futuro do cinema falado. Charles Chaplin, por exemplo, dava três anos, para a “mania” dos filmes sonoros passasse e o público voltasse a dar atenção ao que realmente importava.

Carlitos, você estava errado.

Em tempo: Começou o 8º Rio das Ostras Jazz & Blues!

Serão 3 dias do maior festival de Jazz & Blues do país! Confira a programação no site!

Quem estiver por perto, não deixe de prestigiar e mesmo que você ache que o Jazz não seja a música para você escutar, dê uma chance!

...em quietude, sem solidão

Leia o luz no seu celular
get click

Algumas coisas não têm preço

finalista the weblog awards 2005finalista the weblog awards 2006
finalista the weblog awards 2007weblogawards 2008

Me leve com você...

facebooktwitter

Copyright  © 2021 Luz de Luma, yes party! Todos os direitos reservados. Imagens de modelo por Luma Rosa. Publicações licenciadas por Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial- Vedada a criação de obras derivadas 2.5 Brasil License . Cópia somente com autorização.

Tem sempre alguém que não cita a fonte... fingindo ter aquilo que não é seu.

Leia mais para produzir mais!

Atenção com o que levar daqui. Preserve os direitos autorais do editor