Olhem bem o Woody Allen, ele provou que sabe fazer de maneira diferente, sem perder a originalidade...calma! calma! Não vou falar de filmes!
Para Woody não existe meio termo, uns amam, outros odeiam!
Se ele não fosse cineasta e lhe fosse dada alternativas de escolha, facilmente escolheria ser músico profissional e voltar no tempo. O clarinete é parente pobre do seu talento, pois a música morreu na altura em que ele atingiu a maioridade e foi justo quando o rock nasceu.
Woody Allen, o cineasta profissional que é também clarinetista de jazz amador.
Todas as segundas-feiras à noite no bar do
Hotel Carlyle, no Upper East Side de Manhattan, em Nova Iorque, ele é convidado especial e frequente de
Eddy Davis New Orleans Jazz Band. Neste lugar ele alimenta a sua paixão pelo jazz.
Woody Allen foi mais além nesta carreira quando realizou a primeira excursão européia em 1996, como músico - o que resultou no documentário
Wild Man Blues, assinado por
Barbara Kopple.
Allen (Allan Stuart Königsberg) completa hoje, dia 1º de Dezembro, 74 anos (1935) e disse certa vez, que não perde tempo em ouvir música elaborada após os seus vinte anos. Para ele que nasceu na época de ouro da música popular americana, a música parou na década de 50 - tempo em que, a música americana tinha um certo glamour e recebia bastante influência da Europa.
Assista
cantando (raridade) - muito cute! E
tocando clarinete ao lado de
Eddy Davis no Hotel Carlyle.
Quem assisti aos filmes de Woody Allen, sempre atenta para as músicas, cujas referências jazzistas são evidentes. Em
"Manhattan" as composições de
George Gershiwn ajudam na estrutura da narrativa. Em
"Através da Noite" conta a história de
Emmet Ray, um gênio esquecido do jazz e da guitarra, que desmaiava toda vez que via
Django Reinhard e por aí vai!
Vamos combinar que é difícil encontrar canções tão maravilhosas como as de
Irving Berlin, Cole Porter, George Gershwin ou Jerome Kern. Depois, veio o rock, onde a música americana tornou-se bastante egocêntrica:
I gotta be me, I did it my way.
A América teve
New Orleans Band que recuperou o chamado
dixieland, a primeira forma de jazz que atingiu grande popularidade, com nomes como
Sidney Bechet, Earl Hines ou
Louis Armstrong.
E lógico que tudo evolui, no caso do jazz não sei, não gosto desse jazz europeu atual, gosto mais das músicas "antigas" qualquer que seja o seu estilo. Da modernidade, nos resta pouca coisa para pular, ops! dançar.
Aproveitando para perguntar: Alguém aí sabe dançar de rosto colado, dançou alguma vez? (rs*)
As facilidades do mundo atual, acabam por desprezar hábitos que afinam o nosso espírito. O que dirá da afinidade ou habilidade com os instrumentos musicais?
Eu estava vagueando na internet atrás de um violão elétrico, quando dei de cara com um trombeta digital, que gera 20 sons e permite que os músicos aperfeiçoem o fingering da válvula, o tempo, as notas, e as mudanças da chave antes de aprender ao controle da respiração e à colocação mestre do mouthpiece de uma trombeta de bronze real.
Tem um altofalante interno poderoso, e as microplaquetas de memória internas que podem gerar estes 20 sons, incluindo sete trombetas, oito instrumentos de bronze (tuba e trombone), cinco woodwinds (oboe e Clarinet), cordas e uma voz humana sintetizada
Sussurando ou cantando no mouthpiece, você cria notas e tons exatos, com a opção de jogar longitudinalmente e acompanhar canções; 10 canções pre-carregadas e as que podem ser adicionadas à memória interna, usando o software incluído. Tem uma modalidade de treinamento que usa diodos emissores de luz, permitindo que você siga sugestões iluminadas na válvula e o acompanhamento, retarda para baixo ou pausa para cronometrar e seguir o tempo correto.
Veja bem, como complicaram a nossa vida. Seria tão mais fácil, só tocar Clarinete! Que dirá tudo que vem agregado ao resto.