Lady Day
Se estivesse viva, Billie Holiday estaria completando 100 anos. Em seu leito de morte recebeu voz de prisão por posse de narcótico. Não foi presa, dois policiais se mantiveram na porta de seu quarto até o seu fim. Morreu antes de se tornar um sucesso para o público e a legislação que tratava o dependente químico como bandido ser mudada.
Uma carreira regada a álcool e drogas não levava a crer que Billie Holiday teria uma vida longa. Mas a morte aos 44 anos, em 17 de Julho de 1959, pareceu injusta e precipitada para a maior cantora de jazz de todos os tempos. Sem exageros. No competitivo mercado da música americana, Billie Holiday conseguiu ser uma notável unanimidade, respeitada por instrumentistas, copiada por dezenas de cantoras e admirada por um círculo de fãs que se renovava a cada geração - as gravadoras mantêm dezenas de títulos em catálogo permanente - Um dos músicos com quem trabalhou, o trompetista Dizzie Gillespie, dizia que o seu canto vinha das entranhas. Se Billie fazia rolar lágrimas em quem a ouvia, talvez fosse porque também tinha chorado muito.
Elenora Fagan Gough - seu nome verdadeiro - nasceu em 07 de Abril de 1915, filha de dois adolescentes, o guitarrista Clarence Holiday e uma empregada doméstica, Sadie, abandonada pelo companheiro. Esse foi só o primeiro de uma coleção de traumas: No bairro negro de Baltimore, onde a mãe a deixou morando um tempo com parentes, era espancada frequentemente pelos tios. A bisavó, única pessoa que aliviava o seu sofrimento, morreu abraçada a ela. Aos 10 anos, teve o primeiro contato direto com o racismo: estuprada por um branco, ela, a vítima, foi acusada de corrupção e enviada para uma casa de correção de menores.
O resto veio naturalmente: aos 12 anos já se prostituia, entregando dinheiro a gigolôs e consumindo drogas, nessa época ainda leves. No meio de tanta desgraça, encontrou salvação na música, que escutava nas vitrolas dos bordéis onde, garota, fazia faxna.
Aos 17 anos, depois de mais uma prisão, decidiu abandonar a vida de prostituta; entrou em uma espelunca no Harlem e pediu para cantar. Revirou as entranhas e arrancou lágrimas dos fregueses. Durante uma apresentação, um produtor musical, John Hammond, se encantou com a voz da bela moça. Do dia para a noite, Billie passou a frequentar estúdios de gravação e os melhores palcos da época, como o Cotton Club. Virou uma estrela. Costumava dizer que não queria cantar, mas fazer da garganta um instrumento, como Louis Armstrong usava o trompete.
Com o saxofonista Lester Young, um dos maiores instrumentista da época, autor do galante apelido Lady Day, Billie teve um relacionamento amoroso e profissional perpetuado em várias gravações. Ela não sabia ler nem uma nota, mas não precisava. Sua técnica era insuperável; distorcia as linhas melódicas e pairava sobre o tempo original da música, geralmente baladas urbanas, criando um estilo único. Quando não estava cantando, porém, apanhava do mundo. Nas excursões com a orquestra de Artie Shaw, só de brancos, não podia comer nos restaurantes de beira de estrada em que paravam. Relacionamentos com homens violentos, álcool e heroína (que lhe custou várias prisões), levaram-na à morte por cirrose hepática. Nos últimos anos de sua vida, a voz acusava maus tratos e ficou mais áspera, mais cansada, mas nunca menos tocante.
Sei que você nunca tem tempo... Dessa seleção de músicas, a primeira: Gloomy sunday é uma música proibida. Falei dela no post "Domingo Sombrio". Cada uma das músicas tem uma história. Como eu gostaria de falar sobre elas...
Os discos preferidos dos fãs de jazz são os primeiros, onde muitos músicos consagrados tocaram com Lady Day. Na verdade, antes da sua morte, ela não era venerada pelo público e nunca teve uma música nas paradas de sucesso. As gravadoras a queriam para ganhar prestígio dentro do meio musical, entre os músicos que a admiravam. Quem entendia de música, queria acompanhá-la em pelo menos uma canção.
No mais, não acredite em tudo que lê sobre a maior cantora do jazz... O filme "O acaso de uma estrela" é totalmente falso, assim como as biografias escritas por William Dufty. Até mesmo Diana Ross que teve indicação ao Oscar, se prestou a representar Billie Holiday em versão Motown alheia a tudo o que ela foi. Não um produto comercial!
*A foto que ilustra esse post foi retirada do livro "Blue Notes in Black and White: Photography and Jazz" de Benjamin Cawthra
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Comentei e nao apareceu aqui.
ResponderExcluirVou escrever novamente. Li a biografia dela e o filme "O ocaso de uma estrela" com Diana Ross, um show, mas uma vida realmente, marcada pela tragedia, adorei seu post sobre Billie, beijinhos.
ResponderExcluirUma vida marcada por tragédias mas uma estrela com seu canto maravilhoso
ResponderExcluirNem todas as tragédias foram suficientes para fazer calar um grande talento
Luma o posta está espetacular,
Beijos
Que excelente postagem, Luma. Eu li no Ancelmo Gois que a Rosa Maria Colin a interpretaria numa peça teatral (ou filme, não lembro ao certo). Uma figura marcante. Bjs e boa semana.
ResponderExcluirAhhh, amo blues, amo jazz.... Tenho uma pequena coleção de cds, que para mim combinam perfeitamente com 'happy hour'.
ResponderExcluirComo não amar Lady Day?
Dona de uma voz naturalmente melodiosa e eternamente apaixonante!!
Teve uma vida atormentada, em uma época onde o racismo imperava abertamente na sociedade...
Quando descobri a cantora, adorava ver suas fotos antigas, com gardênias brancas nos cabelos...(eu até tentei plantar uma vez, mas não foi para frente...eu tinha um cachorro chamado Pink Floyd que simplesmente cavava todo o jardim deixando as plantas tombadas com as raízes ao sol...kkkkk).
Grata, Luma, pela lembrança dessa cantora maravilhosa!
Adorei a postagem, adorei Lady Day.
Tenha uma semana bem bonita,
beijinhos,
Lígia e =^.^=
e.t. adorei ouvir Lady Day.
ExcluirA música pode transmitir fortes sensações e no jazz nos deixamos levar até o fundo da alma!A sua descrição desse mito que o representa ficou esplêndida bem como a crítica ao filme biográfico,aliás, tenho também notado que grande parte das biografias transformadas em filmes se tornam sensacionalistas e comerciais.
ResponderExcluirAbraço fraterno,boa semana pra ti!
De tirar o fôlego, Luma! A vida nunca é linear como quando é contada, escrita, então fiquei imaginando os entremeios, as entrelinhas de sua vida e de tantas que vivem situação semelhante, sem serem A Voz.
ResponderExcluirUm minuto de silêncio
Gostei de saber mais sobre ela. Que voz que tinha esta mulher, mas que vida paradoxal! Teve tudo e não teve nada. Uma pena, porém deixou sua marca no mundo da música!
ResponderExcluirBjs
Sempre um prazer ler seus textos minha querida Luma!
ResponderExcluirPassei para soprar beijos para você!
Gosto desse estilo de música, assim como o blues e já vou deixar aqui aberto para ouvir na hora do almoço.
ResponderExcluirQue vida triste! Como é difícil tentar se superar e mostrar seu valor diante de tanta desgraça, violência e racismo... Pena ela nunca ter vivenciado o sucesso.
Abraços e ótima semana.
Trágica e sublime! Apaixonei-me por sua voz quando nem entendi direito o que era jazz. Fala ao mais fundo da alma da gente. Grata pela lembrança do seu aniversário, Luma!
ResponderExcluirNão conhecia essa vida trágica e de grande talento Luma!
ResponderExcluiraté fui ao youtube para descobrir a cantora, efetivamente a voz dela é de grande profundidade, um exemplo de uma das suas canções que ouvi:
https://www.youtube.com/watch?v=h4ZyuULy9zs
abraços
Angela
Sempre admirei sua voz. Adoro Jazz.
ResponderExcluirPena ela não ser entendida e feliz desde criança....muito triste sua vida.
Boa semana.
Beijos.
Há vidas que dariam um belo de um filme!
ResponderExcluirEsta tem tudo isso!
Não sou apreciadora de Jazz!
Bj amigo!
Uma vida de dificuldades e sofrimentos, que teve um final pleno de tristeza..
ResponderExcluirUm abraço, Élys
Oi Luma!
ResponderExcluirOuvindo a bela voz de Lady Day não dá para imaginar que ela tenha passado por todo o sofrimento que passou! Pena que ela se foi tão cedo, entregue a este mundo dos vícios.
Luma, eu consegui pegar o banner da 10ª edição do BookCrossing Blogueiro via face e o outro já tinha nos meus arquivos da edição passada, então, divulguei nos meus dois blogs, na barra lateral!
Bjs e boa semana! =)
Vivendo e Aprendendo
Fotos e Prosas
Linda voz!
ResponderExcluirAcabei de assistir a uma reportagem sobre sua vida, pobreza e vício!
Lindo seu post!
bjus e uma semana de muita luz,amiga!
http://www.elianedelacerda.com
Não conhecia a história desta moça atormentada não.
ResponderExcluirÉ incrível que ela tenha sobrevivido a tudo isso.
Uma vida digna de um romance.
Não conhecia nada dela até ver seu post, muito legal, eu só sabia que o Renato Russo era um dos fãs dela, parabéns pelo post.
ResponderExcluirArthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com
Oi Luma, gosto da Billie Holiday, tenho vários CDs, mas sua voz me soa sempre melancólica, como se houvesse uma dor em cada nota. Talvez um reflexo da vida dura que ela teve...
ResponderExcluirBjs
Olá querida Luma!
ResponderExcluirUma estrela, marcada por tragédia e sofrimentos.
Infelizmente no mundo artístico muitos carregam esse carma
da prostituição, drogas e outros vícios, além do preconceito.
Quanto a sua pergunta sobre o polvilho eu prefiro usar o doce o polvilho azedo tem um cheiro forte e não deixa as receitas gostosas.
Alguns supermercado vende a goma hidrata já vem prontinha p/ fazer as tapiocas.
Ótima semana e td de bom pra ti!
Bjs no seu ♥
Oi Luminha,
ResponderExcluirNão conhecia a história.
Parece que o mundo das drogas
abraça essas pessoas com talento e beirando ou
ja fazendo sucesso. de Elvis até Chorão quantos não fizeram
do seu corpo abrigo de alcool e droga.
uma pena.
Bjs
Olá Luma!!!
ResponderExcluirEu confesso que não conhecia nada dela até então,
porém gostei muito do post e dela.Gosto desse estilo de música!
Você sempre com ótimos post!
Bjus mil
http://simplesmentelilly.blogspot.com.br/
Boa noite Luma.
ResponderExcluirNão conhecia o sofrimento da cantora, um belo poste, bem esclarecedor, de uma pessoa com bastante talento onde as drogas destruir uma vida promissora. Uma abençoada noite.
Abraços.
Aqui ouvindo uma seleção dela e me deparo com um post sobre a diva eterna do jazz. Amo! Summertime, que foi regravada por vários cantores, é a minha preferida.
ResponderExcluirBeijos, Luma!
Oi Luma , maravilhoso! Feliz Aniversário 100. Para Billie Holiday ! Eu gostaria de viajar no tempo para vê-la cantar no Café Society, 1 Sheridan Square, Greenwich Village. Beijos :->
ResponderExcluirOi Luma!
ResponderExcluirNunca fui fã de jazz mas, eu gosto de B. Holiday , tenho alguma coisa dela entre meus preciosos CDs ... o engraçado é que, sempre achei que tinha algo de proibido em sua voz ... acredito que em muitas de suas interpretações ela deveria estar chapada.
Beijos amiga . ;)
Uma história bastante tocante, uma grande artista que fez da arte um lenitivo para sua dor, não conhecia a história, sempre muito bom vir aqui e aprender um bocadinho, bjos Luconi
ResponderExcluirGosto da musica antiga. É uma pena que por trás de um grande artista tem sempre uma historia de vida sofrida que acaba os levando a um fim trágico. É triste, mas parece que eles nascem com um dom, mas sob uma funesta estrela. Bjos.
ResponderExcluirLuma,
ResponderExcluirTudo começou errado desde a gestação que, resultou numa história triste de vida. Com uma voz tão linda e talento, mas foi dominada pelos vícios.
Billie será lembrada por muito tempo, apesar da morte precoce.
Obrigada pelo carinho de sempre, e pela contribuição ao meu desafio. Rs
Abraços
Olá Luma! No jazz tenho a Nina Simone como companhia diária. Nestes dias, em comemoração aos 100 anos de Lady Day, tenho me aproximado mais aos seus trabalhos. Conhecer sua trajetória, imprime um brilho todo especial a essa mulher. Abs
ResponderExcluirGostei de ler e saber mais da história de Billie... Grande mulher apesar de... "Cantava com as entranhas", do sofrimento exalava bonitas canções e gritos de vida...
ResponderExcluirUma boa 4ª feira, Luma... Abraço
Que triste...uma pessoa talentosa e brilhante com uma história tão pesada e cheia de traumas e tristezas...
ResponderExcluirÓtimo post, Luma!
Beijo
www.leticiatomsik.com
Adorei esse post sobre a Billie Holiday muito justo e informativo! Parabéns!
ResponderExcluirVida triste que ela teve, mas uma estrela mesmo assim.
]bjos
Gostei de ler o seu texto , de me informar e, neste momento, ouço a música que nos ofereceu! Que vida terrível teve essa deusa!
ResponderExcluirBeijo da Nina
Infelizmente este é um mal que parece atacar todos aqueles que tem o dom divino de cantar. Eu nunca fui muito de ouvir Jazz, mas já ouvi algumas músicas dela, e sua voz é mesmo incomparável.
ResponderExcluirPost lindo e perfeito Luma.
Bjus
Lia Christo
www.docesletras.com.br
Que lindo Post amiga Luma!
ResponderExcluirBillie Holiday é eterna!
Sou fã de boa música, sou fã do Jazz e adoro ouvir Lady Day! Uma voz inesquecível e inconfundível!
Parabéns pelo Post!
Oi Luma,
ResponderExcluirEu particularmente não gosto de jazz,
mas inegavelmente Billie Holiday, foi dona de uma belíssima voz.
Fiquei tocada com a história de vida dela.
Pôxa que triste... foi vítima de sofrimentos diversos.
Eu desconhecia isso.
Um abraço e estarei postando sobre o BookCrossing Blogueiro
dia 17 de abril, aí já aproveito e escrevo sobre os livros que vou esquecer dia 16.
Até \o/
Querida Luma,
ResponderExcluirQue historia de vida! Não é a toa que cantava vindo das "entranhas", havia dor e expressar é aliviar. Uma pena que para aliviar tenha se entregado às drogas. E as drogas e o alcool já levaram muitos artistas. Uma pena.
Bjs
Sofrimento enfrentado por muitos negros. Uma cantora de primeira grandeza, um reconhecimento póstumo. Confesso que não conhecia detalhes de sua vida. Impossível não nos sensibilizarmos com o que ela passou. Gostei muito de sua postagem. Bjs.
ResponderExcluirNão sou grande apreciadora de Jazz, logo nada sei sobre os representantes. Acredito que tenha sido uma vida sofrida. No final dos anos 60 vivi em Lourenço Marques, actual Maputo. Fiz algumas viagens à África do Sul. Na altura os brancos andavam por um lado da rua, os negros por outro. O simples facto de um negro pisar o passeio dos brancos podia ser condenação à morte.
ResponderExcluirUm abraço
Uma bela homenagem a esta negra que teve o mundo aos pés e os cães nos calcanhares. Discriminada e levada a loucura, mas ficou sua voz.
ResponderExcluirPrefiro lembrar dela cantando Blue Moom.
Um show de postagem Luma.
Abraços e bela noite amiga.
Bjus de paz.
Oi Luma querida... Eu sou a Maria. Eu comecei um blog e você foi super linda em ter me postado comentários, no Fala simples. Com certeza você não lembrava mas para mim foi importante!!
ResponderExcluirAgora criei um blog com uma amiga.. e gostaria muito que você pudesse lê-lo, começamos agora.
Obrigada por todo seu carinho, seu cantinho é lindo!
http://flordoocidente.blogspot.com.br/
Amo Jazz, Luma, e amei mais ainda em conhecer um pouco mas da história de Billie Holiday.
ResponderExcluirBeijos de boa noite.
Oi, Luminha,
ResponderExcluirRecentemente eu 'guardei' esta mesma foto da Billie Holliday, num dos meus painéis do Pinterest. Eu já pensei em escrever também sobre ela, pois acho fascinante que alguns seres humanos possam - como certas plantas - brotarem em gretas de rochas ou de lugares impossíveis, embelezando o local. Quem mexe com jardinagem sabe o quanto é difícil manter uma planta viçosa e bonita, pois elas são muito delicadas e vulneráveis. No entanto, a gente às vezes depara com plantas que requerem grandes cuidados, em locais inesperados, em que elas não são cuidadas absolutamente. Acho que foi assim com esta grande artista. Mas, o fato é que, independentemente de tudo por que passou, ela nos deixou um maravilhoso legado.
Beijo
Luma, não sabia da sua história sofrível, me fez lembrar a história de Edith Piaf.
ResponderExcluirMuito triste...
Tenha uma boa noite1
Bjoooooo.
Eu gosto muito dela Luma, mas não conhecia a história.
ResponderExcluirMuito bacana saber.
Um beijo e uma ótima semana.
Lester Young e Billie...wow que dupla poderosa!!!
ResponderExcluirApesar de não ser apreciadora de jazz, reconheço a magnitude do género, seja no instrumental, seja na interpretação. Uma voz única.
ResponderExcluirSobre a vida que levou, nem comento. Entendo que não é fácil o equilíbrio entre a vida pessoal e artística...
Gostei imenso da postagem (como sempre, aliás)
Bjuzz, Luma :)
Querida Luma
ResponderExcluirGosto muito de jazz e ouvi muito esta voz, mas nunca imaginei que pertencesse a alguém tão sofrido!
Obrigada pela biografia.
Um beijinho
Beatriz
Oi Luma!
ResponderExcluirBH é a minha preferida de todos! Eu adoro a voz dela e o jeito que canta.
Mas curiosamente, nunca me interessei em ler a vida dela. Portanto, adorei ler este seu post. Agradeço muito pela partilha.
Um beijo!