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Amigos...


amigas
As 'meninas' no almoço de Sábado: Olga, @Lalinne e Mia

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,

Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...

Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.

Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver a sua vida:

Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

Albert Einstein em "O milagre da vida"

O tema do encontro semanal do "Vida Simples" organizado pelo Mila's Ville desta semana é "Amigos" e diferentemente de Montaigne que se encerrou na torre de um castelo ao perder seu melhor amigo e dali criou para si vários amigos invisíveis e íntimos que compartilhavam da sua alma turbulenta - para concluir, quatro séculos antes da invenção da psicanálise; que precisamos antes de tudo, desnudar a nós mesmo para compreendermos a humanidade - Nós, com o caminhar da humanidade, não precisamos do hedonismo ou muito nos tornar eremitas para crer no valor das amizades. Os tempos são outros, o campo das ideias se desenvolveram, porém os sentimentos mais rudimentares perduram até mesmo entre os animais. A amizade é um desses sentimentos e, há quem diga que prefira a amizade de um cão, do que a amizade de um humano. Isto, não denota apenas incapacidade de escolher bem os amigos? Sei, sei! Também tenho um cão e amo ele, mas... cada ser ocupa o seu lugar, ã?

Mas até que ponto uma pessoa se entrega a uma amizade?

Vou copiar um trecho do que diz Montaigne sobre sua amizade por Etienne de La Boétie, onde faz comparações e/ou diferencia a amizade do amor. Você ao final poderá me responder a pergunta acima, dizendo qual o seu limite de entrega a uma amizade. Pois sim?

“Se compararmos a afeição com as mulheres à nossa amizade, não poderemos, embora nasça de nossa escolha, colocá-la no mesmo rol: seu ardor, confesso-o, é mais ativo, mais abrasador, mais áspero; mas vem de uma chama temerária e volúvel, ondulante e vária; é um ardor de febre, sujeito a acessos e a quedas, e, e que nos prende apenas por um lado. Na amizade, o calor é generalizado, temperado, aliás, e igual; um calor constante tranqüilo, feito de doçura e polidez, que nada tem de áspero nem de pungente.

Mais ainda: o amor não passa de um desejo impetuoso por algo que nos foge....Em verdade aquilo que nós damos comumente o nome de amizade não passa de conhecimento ou de familiaridade, estabelecido ao acaso ou por interesse, e através do qual nossas almas se comunicam.

Na amizade a que me refiro, mesclam-se as almas, e se confundem em tão completa união, que se apaga e não mais se descobre a costura que as prende. Se insistirem em perguntar-me por que eu o queria, sinto que não o poderia exprimir, senão respondendo: "Porque ele era ele e eu era eu"

(...)

...Nós nos procurávamos antes mesmo de nos termos visto, através de referencias ouvidas um do outro e que tinham sobre nossa afeição maior força do que as relações; creio que por disposição especial do Céu.

Abraçávamo-nos pelos nossos nomes e, no nosso primeiro encontro, que ocorreu por acaso durante uma grande festa na cidade, achamo-nos tão próximos, tão íntimos, tão ligados um ao outro, que nada nos pareceu, desse então, mais unido do que nós...

Desde o dia em que o perdi arrasto-me desalentado; e os próprios prazeres que se me oferecem, em vez de consolar-me, aumentam a amargura de sua perda.

Tudo dividíamos pela metade e hoje tenho a impressão de que lhe roubo a sua parte.

Já me achava tão acostumado e afeito a ser o segundo em tudo, que me parece ser agora apenas uma metade..."

Este “pobre animal” chamado homem, que vive alienado em um universo caótico, onde o que lhe resta é tentar compreender uns aos outros - o sentimento humanitário, amor fraternal, onde alegrias e tristezas são partilhadas e almas se compreendem - vem para acalentar e amenizar o cotidiano.

Mas até que ponto uma pessoa se entrega a uma amizade?

Voltando...

Certa noite, regressando para casa, o carro em que eu dirigia escapou completamente do meu controle, numa faixa reta e plana de estrada e em questão de segundos minhas reações foram para o espaço. Visualizei algo grande como uma espuma branca, ouvi gritos, um som forte, tonitruante e depois treva completa. Um rubro que logo passou a uma claridade diurna, quando senti que batia com a minha cabeça em algo, o rubro voltou e visualizei milhões de pequenas estrelas rodando, mas não senti dor.

sono eterno

Acordei em outro lugar com um peso enorme sobre o meu peito, mas não abri os olhos. Senti medo! Teria morrido? Gritei por minha mãe e caí novamente no escuro. Quando recobrei os sentidos, mesmo sem abrir os olhos, sentia a presença da minha mãe, que se aproximou assim que percebeu que eu acordava. Fez sinal para que eu não me movesse e a observei - a preocupação que demonstrava na expressão do rosto me fez constatar como os anos tinham passado sem que eu percebesse as mudanças na sua aparência. Sempre tivera a minha mãe como uma mulher enérgica, vibrante e cheia de energia.

Ali estava ela, parecendo mais velha e senti vontade de chorar. Engoli o choro e também a fala, quando senti que estava com muitas dores. Cruzamos o olhar e ela me disse: "Não se preocupe, você vai ficar boa". Repetiu: "Você vai ficar boa. Você é uma parcela, junto com seus irmãos, de tudo que eu tenho nesta vida; não se culpe, mas tome mais cuidado".

Foi um acidente, voltando pra casa... eu tinha pressa.

Enquanto estive ali no hospital, antes de ir para casa, pensei nas pessoas orgulhosas de portarem força de vontade para tomar decisões e a todo custo, levá-las adiante. Uma virtude, certamente! Mas até que ponto nossa vontade firme, nos faz donos de nosso próprio destino? Ou melhor, acreditar que sendo donos do destino, adquirimos ingenuamente a especialidade de enganar a nós mesmos. Ludibriamos o destino, porque para tomarmos decisões, estaremos à mercê de outras decisões. Sempre e mais e mais decisões, que nos desviam do curso que seria natural "viver". Nesta ilusão, destinamos a nos tornar manipuladores, que fazem o mundo parecer o que ele não é.

Se não olhamos para o universo ou para nós mesmos, esse movimento constante pode causar uma queda; o tédio se instalar e a sensação incomoda de que alguma coisa está fora do lugar - Nosso "eu" fugiu de nós.

Nada se torna mais insuportável que essa falsa liberdade, depois que a possuímos. Essa liberdade cobra que fiquemos amarrados em alguma outra coisa e infelizmente não podemos inventar o que vai nos prender. A vida nos dá essa prisão. Estamos presos à vida, ela nos dá e nos tira. Submissos, temos que aprender a dizer "sim" a vida e não tratá-la de forma leviana.

A vida, esse mistério vigoroso cheio de promessas, causa-nos medo se envereda por momentos que não compreendemos bem - cruciais e definitivos. Momentos que modificam a todos que estão ao seu redor e daí você descobre com dor, que em dado momento, neste labirinto, todas as portas são fechadas abruptamente.

A vida me faz vir aqui hoje - até mesmo pela promessa feita no post anterior - a dizer que ela me tirou a minha mãe, mas que me deu em troca, forças que eu não imaginava ter. Não vou mais sentir o cheiro da minha mãe, porém tenho muitas de suas histórias para contar, mesmo que sinta muita saudade do seu sorriso ao terminar de contar uma história.

C'est la vie.

Meu último mico

No consultório:

Lê revista bonequinha, lê! O mundo é pequeno e cabe dentro de uma sala de espera.

“David Reutens, da universidade de Melbourne divulgou o resultado de uma pesquisa em que defende que a intensidade sexual de uma pessoa é proporcional ao tamanho de sua amígdala"



Abra a boca, deixa ver o tamanho da sua amígdala. Não tem? Extraiu? Poxa! Deixa ler o resto...

A Austrália faz parte da Commonwealth britânica, portanto, essa pesquisa não é nenhuma surpresa.

Que é commonwealth?

Depois explico, vamos em frente!

Luma, deixa de ler essas besteiras, sabemos que alguns galanteadores expressam o que pensam entre a base e o meatro uretral – dão batidas no peito e emitem sons como: meu carro, minha fazenda, meu isso, meu aquilo – acham que a amígdala é um depósito de sêmem.

Terceira pessoa (o médico) entrando na sala e na conversa:

Só um aparte, a amígdala em questão não é essa que fica na garganta, é outra.

Ah, sim! Aqui fala em pessoa sem distinção de sexo. Onde mais a mulher tem amígdala.

[Luma quieta se afogando na amígdala]

*commonwealth

Você: sua melhor companhia



Ainda duvida?

Mais uma desnecessária cena de ciúme na varanda de casa...


Alguém duvida?
Se sim, qual é a sua fonte da juventude?

Surrupiado descaradamente do Dodô Azevedo no twitter - twitpic e tweet 
Aproveite a vida!!

"sem futuro nem passado / o presente é instante / a outro instante colado"

Se você quer que o Brasil mude, coopere.

vejo flores em você

Malu disse...

Todo mundo julga a ficção, mas poucos se atentam à realidade atrás da ficção. A Tavares Bastos nunca foi um morro violento, mesmo quando os marginais conviviam conosco. Mas a realidade é que eram marginais, bandidos, que serviam de exemplo para as nossas crianças. Nossos jovens não queriam os trocados ganhos com o suor dos pais e sim o dinheiro fácil e farto dos traficantes.

Tivemos alguns mortos, poucos se comparado com o noticiário de outros lugares. Mas todos sabiam que era uma questão de tempo. Então colocamos o tempo ao nosso favor. Com a instalação do BOPE, os marginais sairam da nossa comunidade. E agora, qual é o exemplo dos nossos jovens e crianças?

Temos uma escolinha de Ballet de onde quatro alunas foram selecionadas pela concorrida Escola Estadual de Ballet do Rio de Janeiro, nossas crianças tocam violino e violoncelo na Orquestra Infantil da Petrobras, um de nossos jovens foi recentemente escalado para jogar pelo Flamengo, temos um curso de cinema, de enfermagem geriátrica, de alfabetização para adultos, as novelas brasileiras e produções estrangeiras vêm gravar na nossa comunidade, gerando empregos e novas experiências para os moradores, temos noites de JAZZ & BOSSA NOVA, onde brasileiros e estrangeiros são bem recebidos para passar momentos agradáveis num lugar sem violência, sem drogas, sem medo.

Uma colega de trabalho me disse que tinha medo de denunciar bandidos e traficantes, de dar apoio aos policiais. Mas ela não tem medo de sua omissão destruir a vida de um inocente?

Acredito que a omissão das pessoas, devido ao medo, foi que provocou esta terra sem lei que vivemos. As pessoas tem medo de se unir para fazer o que é certo. Minha experiência como vizinha do BOPE me diz que devemos fazer o que é certo, dar o exemplo para os jovens, independente das consequências. O BOPE é uma instituição que tende a fazer efeito desde que conte com a nossa cooperação.

Vamos nos dar uma chance. Caso queiram nos visitar, todos serão bem vindos. www.jazzrio.com (grifo meu)

vejo flores em você 2

A Malu, deixou comentário (#c3416021371047547636) na postagem "Erro meu, mas problema seu" - relatando o seu posicionamento diário, como cidadã diante da realidade em que vive. As favelas existem, não como truque de computação para serem inseridas em filmes; as favelas no Brasil estão para as fabriquetas de fundo de quintal, assim como as elites estão para os sonegadores fiscais. Parece que nos acostumamos a tudo isto: violência, sonegação, corrupção, falta de fiscalização e ações que envolvem desvios de verbas, que seriam empregadas em obras de melhoria, da qualidade de vida do povo brasileiro.

Se em um filme, como o nacional "Tropa de Elite" criticamos a forma, que as favelas são invadidas e mostradas ao público - em produções internacionais, como "Hulk", também nos incomodamos com as imagens que são mostradas fora do país. Incomodamos e ficamos por isso mesmo? A favela como cenário de filme é real para nós, elas existem, são verdadeiras, assim como todo o resto que mostram do nosso país, mundo afora e que não gostamos, mas elas existem, são verdadeiras e incomodam.

vejo flores em você 3

Se incomodamos, não deveríamos fazer algo e trabalhar para resolver nossos problemas, ao invés de ficarmos reclamando, de uma realidade que 'enxergamos', mas só sofremos com elas, quando o 'vizinho' também enxerga? Se quisermos aparecer bem na fita, façamos o nosso dever de casa, assim iremos crescer e aparecer bem. Apenas reclamar quando estereotipam o nosso cenário ou caráter - se assim também fazemos - quando pintamos favelados com o nosso preconceito, como se todos fossem traficantes ou auxiliares destes, ou que traficantes sejam 'gente que nasceu malvada', gente que escolheu o tráfico por 'prazer na vilania' - o que ajuda a mudar o contexto? É preciso ter conhecimento de causa para se formar opinião.

A ofensa parte da ignorância por desconhecimento da verdadeira realidade.

Vocês leram no comentário da Malu, quantas instituições e pessoas colocam a mão na massa, para ajudar outras pessoas que são menos previlegiadas, mas que são dígnas, trabalham, choram, lutam, pagam suas contas, sobrevivem... somam fracassos, mas também somam vitórias.

vejo flores em você 4

Meus brios se melindram quando presencio preconceito contra brasileiros, partindo dos próprios brasileiros. Este preconceito acontece aqui no Brasil e também com brasileiros que moram fora do Brasil. Existe uma soma de bobagens - brasileiro que mora fora do país, já é olhado de esguelha se é 'vistoso' ou se casou com estrangeiro, piorou! Mas e quando as posições se invertem? Tipo, um brasileiro mora fora do país e se sente no direito de criticar os que aqui vivem?

Outro dia me mandaram um texto por e-mail, de uma blogueira brasileira que mora fora do país, fazendo críticas. Destaquei um trecho, que mais me interessou, o resto vocês podem ler no link de acesso.

"Então eu meio que criei essa definição para os brasileiros que são incapazes de fazer as próprias coisas. Que acham que fazer a própria comida é uma vergonha, um horror, é estar se rebaixando. Que precisa de escravinhos o tempo todo e que não sabe fazer nada sozinho (ou até sabe, mas acha uma vergonha)" Os ânus e as botas.

Eu pago os meus empregados religiosamente e isto me dá um certo direito de mantê-los, justo porque monetizo os seus préstimos, isto é precisar de escravinhos? Acho qualquer trabalho dígno, seja de um varredor de ruas ou limpador de latrinas - tanto no Brasil, quando no estrangeiro. Mas certos brasileiros colocam diferença entre limpar latrinas no Brasil e limpar latrinas no estrangeiro. Qual a diferença? Ah, pagam melhor? O trabalho em si não mudou, o 'escravinho' apenas mudou de país, então!

Sinceramente, não entendo. Alguém já saiu do país e ralou porque gostava? Ou foi por orgulho, que não se mantiveram em sua própria pátria, para não serem tachados de escravinhos? Eu sei que muitos vão com sonhos e retornam com pesadelos. Sei que muitos querem voltar e não voltam porque não encontrarão a mesma oportunidade de trabalho. Eu folgo em saber que essa realidade está mudando e que os brasileiros já não aceitam subempregos fora do país, porque oportunidades de emprego surgem com qualificação, tanto aqui no Brasil quanto lá fora. Aqui no Brasil, não empregam caixas de supermercado que não saibam somar, já na Inglaterra por exemplo, já o fazem!

Tudo é questão de posicionamento de idéias. Quando viajo para fora do país e me hospedo em qualquer hotel ou que seja aqui no Brasil, eu levanto e não faço a minha cama. Estou ali pagando uma estadia com serviços agregados e se não arrumo a cama, eu estou explorando escravinhos? Se vou à um restaurante, os empregados daquele estabelecimento são meus escravinhos? E porque não posso ter na minha casa, gente que faz as mesmas coisas, sendo que eu posso pagá-los?

Ah, só para sustento de fatos, quando acordo pela manhã, automaticamente arrumo a minha cama! Questão de hábito e melhor organização de idéias na primeira hora do dia. Arrumo minha cama e guardo as minhas coisas - os meus 'escravinhos' mantém a limpeza.

Bons exemplos geram atitudes positivas e o respeito por qualquer profissão - não é questão de ter calos na vida - é princípio passado no berço - respeito ao ser humano. Quem não respeita um empregado tem sérios problemas de auto-estima.

E no twitter:

twitter

Convite:

blogagem
Começou neste Domingo uma blogagem coletiva, organizada pela Ciça Donner do Blogue Papachibé e sua Égua - Sobrevivendo ao Despatriamento e sendo feliz:

"Você querido brazuca, e despatriado em algum lugar desse planeta (vale de outro planeta, desde que o blog, ou pelo menos o post referente a essa blogagem venha em português), conte para nós seu segredo de sobrevivência ao despatriamento. Queremos ouvir suas dicas de como lidar com os entreveiros de um país, povo, cultura e hábitos diferentes e até mesmo estranhos a nós E SER FELIZ"

Faça seu post e comunique a Ciça para que ela te adicione na lista de participação. Tá valendo postagens durante a semana!

The Maze inn

A Malu, que fez o comentário do início do post, deixou seu link (Jazz Rio) que é do site do Hotel "The Maze inn" - um hotel localizado no alto da favela Tavares Bastos, possui uma vista previlegiada e os turistas que querem conhecer o cotidiano, a vida na favela, principalmente estrangeiros, fazem esta opção.

Nesta favela não existe atuação de mílicias ou tráfico de drogas e o BOPE mantém sua sede ao lado do hotel. Este já foi cenário de clipes famosos, entre eles "Beautiful" de Snoop Dogg com participação de Pharell do The Neptunes. A favela também foi cenário das gravações de Hulk, Maré, nossa história de amor, Tropa de Elite e da novela Vidas Opostas.

A Revista Brasileiros fez uma matéria completa sobre o The Maze inn, cujo dono é um expatriado, jornalista e produtor de mais de 400 documentários, usou de sua boa vontade para melhorar a vida na comunidade e fazê-la apreciada e revisitada. O hotel é bastante conhecido fora do país e também merece ser prestigiado por nós brazucas.

Imagem do hotel: Revista Viagem

Bob Nadkarni e Malu, parabéns!

E você, siga os bons!

Li no ScriptuS: "A humanidade tem dupla moral: uma que prega, mas não a pratica, outra que pratica, mas não prega" (Rosseau)

Boa semana!

Uma carta para mim

Luma, você ouviu ontem a Dª Rosa fazendo citações? Ela disse: "Do nascimento aos 18 anos, uma garota precisa de bons pais; dos 18 aos 35, precisa de uma boa aparência; dos 35 aos 55, de uma boa personalidade; dos 55 em diante, precisa de dinheiro"

Não sei de quem é a citação acima e não sei porque obedecemos tantas regras (eu ainda preciso dos meus pais, dos meus irmãos, amigos...), mas sei que a Dª Rosa, com os seus 63 anos, possui certa sabedoria. Respeito! Viu que não retruquei, apenas me resignei. Algumas regras assim, pode, se a pessoa for intransigente, dar pano para muita conversa. Não estou dizendo que a citação está errada, mas também não está de todo correta.

Na verdade, não vou fazer tempestade em copo d'água, a citação acima é a melhor das circunstâncias e vou dizer que, não é nada! Mas quando algo me tira do sério (lógico que não contei porque a Dª Rosa fez tal citação) relembro o texto "Menefregue, minha amiga"

Na vida, pode-se dizer que tudo é cumulativo. Assim, se não vencermos uma etapa, podemos até passar para outra, mas ficaremos 'travados' nesta primeira etapa e tudo será mais custoso na próxima etapa - trabalho dobrado de duas etapas em uma. Já ouvi algumas pessoas dizendo, "Quero recompensar meu filho, lhe dar muitas alegrias, ser bom pai, porque não tive isso" ou então "Dou para o meu filho, tudo aquilo que eu não tive" - enfim, se você não teve bons pais ou não teve pais na infância, terá uma sobrecarga de cobranças em querer ser um bom pai ou mãe. Se você não tem boa aparência, tenta compensar com outras qualidades, principalmente sendo mais "amável". Personalidade e dinheiro? hum... Faltou dizer que existem pessoas sortudas e comprando personalidade!



Álias, eu tenho dúvidas se a palavra "Menefregar" é verbo e lembro da primeira vez que a li. Também lembro do meu caderno de "Recordações" e do autor do texto, que com a caneta em punho, escreveu. Eu nunca mais vi esse meu amigo. A última vez que tive notícias, me disseram que havia virado monge - Por onde andará o Gustavo? Será que se colocar o texto dele no bloguinho, ele aparece? Vamos testar:

"Menefregue, minha amiga! Menefregue e tudo se ajeita. Inclusive aquilo que não tem jeito. Amigos? Ih, às vezes dão muito trabalho. Pais? Conseguem ser, em certos momentos, tão difíceis quanto os filhos. Compromissos? Adoram nos chatear. Para tudo isto e muito mais, só há uma solução: Dar de ombros e menefregar.

É preciso não levar à sério os problemas, principalmente os graves. Mas menefregar é uma arte sutil. Para quem vê de fora, parece ambígua e contraditória. É preciso menefregar sem transparecer que se o faz.

Quando é o caso, fecha-se a cara, bate-se na mesa, chama-se às falas. Por dentro é que se menefrega. Nada importa, mas é preciso fingir que algumas coisas importam. A seriedade é uma necessidade social. O menefreguismo é uma questão de foro íntimo. Afinal, não podemos deixar a felicidade à mercê das circunstâncias. Sempre hão de nos tentar aporrinhar, tanto os que nos detestam (porque nos detestam) quanto igualmente os que nos amam (apesar de nos amarem).

Problemas sempre o teremos. O que é preciso é não nos importarmos com eles. Afinal, se o planeta consegue continuar girando apesar de toda a maluquice que sobre ele impera, porque não podemos, nós continuarmos a sorrir olimpicamente, apesar de tudo e de todos?

O menefreguista é um vivedor contumaz, cultiva o riso por profissão de fé. Sabe que a vida é curta, e só vale com alegria. Cuida, muito e bem, das amizades e do amor. O resto dá de ombros."

Luma, você sabe o quanto gostaria de reencontrar seu amigo Gustavo, para lhe agradecer por este texto, que está gravado em você. Ah, e também lhe dizer que quando a barra pesa, dá de ombros e diz para você mesma:

Menefregue, minha amiga!! Menefregue!

Quero parabenizar a Elaine Gaspareto pelo aniversário do blogue "Um pouco de mim" e pela iniciativa de agregar seus leitores, convidando-os a escrever "Uma carta para mim".

Boa semana! Beijus,

Uma experiência marcante em minha vida

«Quando eu era menino, os mais velhos perguntavam:

O que você quer ser quando crescer?
Hoje não perguntam mais.
Se perguntassem, eu diria que quero ser menino.»
Fernando Sabino


Quando a Mylla Gavão propôs uma blogagem coletiva nos dias 04 e 05 do presente mês, em comemoração aos 6 meses de existência do "Vidas Linha" com o tema: Uma experiência marcante de minha vida - Parei para pensar o que seria 'marcante', se tudo faz parte da própria vida e nela se dilui?

Por ter vivido intensamente todas as minhas fases, não posso reclamar da vida! Houveram mais alegrias que tristezas. Estas sempre estiveram agregadas a morte de um ente querido: na minha infância a perda de meu pai e no início da adolescência, a perda de uma amiga de infância - minha irmãzinha, a minha companheira de traquinagens.

As traquinagens seguiram mesmo assim e andei pelo mundo, conheci outras pessoas, outros lugares, culturas, povos - corri riscos de vida e duas quase morte.

Quando alguém morre, você é forçado a aceitar o acontecimento. A morte é coisa da vida! Mas e quando você sente a pessoa morrer somente para você? Isto acontece também quando paramos de confiar nesta pessoa - o que me fez rever todo o meu conceito de vida e perder a inocência.

Vocês podem me dizer, as pessoas não são iguais! Pois não são mesmo! Até porque os valores de lealdade são diferentes de pessoa para pessoa e o que carrego em mim, se choca!

E lembrando dos fatos, fiquei cheia de lágrimas - lágrimas que não saem. Lágrimas encurraladas, que se empurram nos olhos porque o coração frio, gela as lágrimas, não deixando que elas saem. Custa-me escrever isto, porque na realidade não gosto de falar de coisas tristes e de estar assim. Não adianta fingir, não adianta enganar-me que está tudo bem, que já esqueci. Custa-me viver certas situações. Não é algo que eu possa ou consiga mudar assim com um estalar de dedos. São caminhos que se tem que percorrer, daqueles com apenas uma via e que não permitem inversão de marcha. Faz-me bem despejar o recipiente das emoções aqui.

E apesar de, a vida tem me ofertado muitos momentos especiais, de quase felicidade.


Me identifico com o "Despertar da Consciência" de Saul Brandalise Jr. - Ele é atual presidente da Central Barriga Verde de Comunicação, ex-gestor da Perdigão (seu pai foi o fundador), figura marcante do empresariado brasileiro e quando seus filhos foram sequestrados em 1988, seu modo de pensar sobre a vida, mudou. Ele escreve artigos re-animadores, o último "Reclamar" - começa assim:

«Você já parou para pensar a quantidade enorme de pessoas que reclamam... Pois é, já se deu conta de que você e eu também fazemos parte deste enorme contingente de pessoas?»

Você pode parar para pensar e perceber que o que você reclama nas pessoas pode se tratar de uma deficiência sua em achar que tudo tem que ser perfeito. E porque as pessoas precisam ser perfeitas?

«Somos HUMANOS, portanto, como a própria palavra diz: HUM (um), MANO (irmão). Os sinais, as mensagens, estão na nossa frente e muitas vezes não as conseguimos ver. Sabe por quê? Eventualmente porque estamos com o nosso corpo cheio de mágoa (má água). Se o nosso corpo é 70 % água (líquido), imagine o que viramos... água podre. Quer mudar tudo isso? Então perdoe do fundo da alma. Faça sempre a boa intriga. Propaguemos coisas boas...»


Então já está dito e sem mexericos - estou trabalhando isto! São etapas de vida que se finalizaram, onde desfiz das trivialidades e percebi que a vida tem coisas tão mais importantes e que nós humanos nos preocupamos com imbecilidades! E quando nos colocamos diante da morte ou quase morte - sim, quando uma tragédia acontece, colocamos os pés no chão.

E digo mais, os gatos é que sabem gerir e viver a vida e, como dizia na contracapa de um dos livros do Saramago:

"Ainda não está provado que um Gato é um bicho!"

SE eu morresse amanhã...[2]



Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida

E outra que é pensada

E a única vida que temos

É essa que é dividida

Entre a verdadeira e a errada.

(Fernando Pessoa)

Meu Deus, quantos erros podemos cometer na vida?
Aqueles quartos lá embaixo, completariam a minha felicidade?

Se você ganha uma land rover de lembrancinha, um presente de caráter estritamente pessoal, o que é farsa e/ou resignação?



Portanto, já que no postezito anterior, todísssimos concordaram comigo que, amizade boa é que vale a pena - comunico que só reatarei os vínculos de amizade quando receber mimos do porte acima, caso contrário, foi um prazer tê-los conhecido, mas não estou em busca de relacionamentos de superfície, sem sustância, entende?

Caso, ainda queiram reatar a amizade, minha cor predileta é a azul.



Enquanto escrevo este post uma amiga, aqui do lado diz: "Ah, você não mostra muito a sua faceta romântica, faz aí um post explorando isto"

Como assim...explorando? Não faço, porque não sou poeta e também não sou atriz. Não basta querer, tem coisas que vem de dentro. Mas lógico que sou docinho! Sei fazer docinho e depois dou a receitinha pro'cês...

Em inglês traduzimos carpe diem como "seize the day": colha o dia como se fosse um fruto maduro. Conheci um rapaz que propagava viver cada dia como se fosse o último. Palavras, não fosse o beijo dele. Como um beijo tão desesperado poderia conter em seu íntimo a filosofia de apreciar cada momento como se nada mais existisse na Terra?

Para mim, carpe diem é sinônimo de beijos longos e demorados, de pessoas que andam sem muita pressa, que falam devagar e que, em sua calma fazem as coisas com maior perfeição. Ao contrário do que se prega, de um viver inconseqüente que não se preocupa com o amanhã, a noção de "viva cada dia como se fosse o último" anda de braços dados com o conceito: "estude como se fosse viver pra sempre". Pois sem essa concepção de eternidade, o homem nada realizaria, pensando: "vou morrer mesmo!"

Every day in a life fills the whole life with expectation and memory.
Todo dia em uma vida preenche toda a vida com expectativa e memória.

Toda a minha vida está contida no exato momento em que estou vivendo. Todo o meu passado, tudo o que já vivi, todas as conversas que tive, todas as pessoas que conheci, todos os lugares que visitei, tudo está presente na minha vida, na minha memória, na constituição da pessoa que sou hoje. E o meu futuro? Da mesma forma, tudo que farei não existe, senão em forma de expectativas, também contidas no momento presente.

Observem o personagem de Jude Law, no filme: O Talentoso Mr. Ripley; ele é cativante e conquista todos ao seu redor. Sua namorada descreve seu comportamento:

"- quando ele está com uma pessoa, age como se só existisse aquela pessoa no mundo, somente aquele momento".

Ele é esperto, afinal, não há motivos para que ele se concentre em qualquer outra coisa, sua vida é aquele momento. As pessoas precisam se sentir especiais. Vai me dizer que você não?


imagens Photo Manipulation

*Meus selinhos já, já completam aniversário! Não reparem a demora em agradecer, ok?
Agradeço à todos e logo mais estarei agradecendo aos outros selinhos. Eu demoro, mas não falho!!

Boa semana!
Beijus,

Só sei que nada sei

luzdeluma

Hoje quando acordei estava mal, parecia que estava de ressaca e antes de abrir os olhos, lembrei de minha mãe dizendo nestas ocasiões "Pare de ser boba"! Daí abri os olhos, o dia tava feio. Fechei os olhos e desejei voltar no tempo ou melhor, viver em um outro tempo, um tempo em que as pessoas eram "Felizes por estarem infelizes" - desgraça pouca era bobagem e tudo tinha uma outra dimensão, os crimes eram pequenos, como roubar galinha do vizinho; maconheiro era o pior sujeito posto no mundo e catástrofes, tragédias? Ah sim, teve o Titanic que afundou, as grandes guerras... é, acho melhor eu voltar para a realidade.

O excesso de informações nos atrapalha, de repente você pensa em tudo e nada ao mesmo tempo, vai assimilando como uma esponja e de pesada, estaciona. Foi isso que aconteceu hoje! Acordei saturada do mundo, pensando um monte de bobeira e entendi, compreendi quando o meu pai, pegava as varas de pescaria e sumia. O Silêncio faz falta!

Fiquei no silêncio e fiz minhas orações. Rezei para pessoas que eu não conheci e chorei pensando na tragédia do dia, nos sonhos não realizados e nas pessoas que sentirão saudades.

"Talvez eu não seja muito humano. O que eu queria era pintar a luz do sol na parede de uma casa" (Edward Hopper)

*A frase título do post é de autoria de Sócrates - veja video explicativo do porque da frase. A filosofia é relativa e Sócrates não tinha a certeza, eu também não!

Beijus,

Bobagem

A Rosamaria escreveu em seu blogue:

"Meu MP4 fica em cima da mesinha de cabeceira para o caso de eu perder o sono. Só assim não penso bobagem"
.

Ótima tática essa de ouvir música para não pensar bobagem.

Existe muita gente precisando ouvir música. Parece!


imagem wishes & heros

Qual música você está ouvindo agora e por quê?

Boa semana! Beijus,

+ preguiça [update]



Eh devagar
Devagarinho
Um carinho
Um coração
Braços que me abraçam
Com o sopro da paixão
Eh, devagar
Bem de mansinho
Um café
Um cafuné
Pernas pra que te quero
Correndo embaixo dos lençóis
A tarde se passa,
preguiça voraz
Dedos passeiam no relevo de meu corpo
que descansa em paz
Eh, vamos lá
Não diga as horas
Esqueça os dias
Quem somos nós
Pergunte novamente tudo às estrelas e aos sóis
E devagar,
Vou divagando
Não me levanto
Também, pra que?
Beijo,
bocejo num jardim da América do Sul
Quem nunca sentiu vontade de que o mundo girasse em torno de si?



Lembra-se dessa música do Biquini Cavadão?
MAIS PREGUIÇA (alvaro, bruno, miguel, sheik, coelho)



...assim muito à pressa começo a semana e também o resto da vida, que me anda a atrapalhar a bloguice!

Como dizia Scott Fitzgerald: "Suave é a Noite" e Camões: "Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos". Então, não vou esperar o carnaval, mesmo que na próxima quinta-feira já começa o Cabo Folia; não vou esperar tudo isto passar, para começar o meu ano. E já que estou citando, lembrei de Tancredo Neves que se referia aos brasileiros como "mais um bando de deserdados cujo patrimônio é a esperança".

Vadiamente também cito Machado de Assis: "Tudo acaba leitor; é um velho truísmo a que se pode acrescentar que nem tudo o que dura dura muito tempo"

Acabou o ano que passou. ACABOU. Então já sabem, se sumir de vossos bloguinhos, é porque ando muito ocupada!

[update] - Tô bege!!!
Eu não ia publicar nada sobre isto, mas a partir do momento que vi entre os linkados de um(a) farsante, muitos leitores/amigos blogueiros do "Luz", resolvi colocar a boca na trombone! Leia direitinho o texto e veja se você também não foi enganado(a) - A história de uma farsa. Assunto sério! Glória Perez não seria tão sórdida para criar um enredo como este! Como tudo começou, A farsa, cenas dos próximos capítulos...

Beijus,

Sanatazim Contente [update]

pezinhos

Gosto dos que não sabem viver,
dos que se esquecem de comer a sopa
(«Allez-vus bientôt manger votre soupe,
s… b… de marchand de nuages ?»)
e embarcam na primeira nuvem
para um reino sem pressa e sem dever.


Gosto dos que sonham enquanto o leite sobe,
transborda e escorre, já rio no chão,
e gosto de quem lhes segue o sonho
e lhes margina o rio com árvores de papel.

Gosto de Ofélia ao saber da corrente.

Contigo é que me entendo,
piqueno que te matas por amor
a cada novo e infeliz amor
e um dia morres mesmo
em «grande parva, que ele há tanto homem!»

Gosto do Napoleão-dos-Manicómios,
da Julieta-das-Trapeiras,
do Tenório-dos-Bairros

que passa fomeca mas não perde proa e parlapié...
Passarinheiros, também gosto de vocês!
Será isso viver, vender canários
que mais parecem sabonetes de limão,
vender fuliginosos passarocos implumes?
Não é viver.
É arte, lazeira, briol, poesia pura!
Não faço (quem é parvo?) a apologia do mendigo;
não me bandeio (que eu já vi esse filme...)
com gerações perdidas.


Mas senta aqui, mendigo:

vamos fazer um esparguete dos teus atacadores
e comê-lo como pessoas educadas,
que não levantam o esparguete acima da cabeça
nem o chupam como você, seu irrecuperável!

E tu, derradeira geração perdida,
confia-me os teus sonhos de pureza
e cai de borco, que eu chamo-te ao meio-dia...

Por que não põem cifrões em vez de cruzes
nos túmulos desses rapazes desembarcados p’ra morrer?

Gosto deles assim, tão sem futuro,
enquanto se anunciam boas perspectivas
para o franco frrrrançais
e os politichiens si habiles, si rusés,
evitam mesmo a tempo a cornada fatal!

Les portugueux...
não pensam noutra coisa
senão no arame, nos carcanhóis, na estilha,
nos pintores, nas aflitas,
no tojé, na grana, no tempero,
nos marcolinos, nas fanfas, no balúrdio e

...sont toujours gueux,
mas gosto deles só porque não querem
apanhar as nozes...


Dize tu: - Já começou, porém, a racionalização do trabalho.
Direi eu: - Todavia o manguito será por muito tempo
O mais econômico dos gestos!

Alexandre O´Neill, claro!

sorria!

Assim faço e quando encontro opiniões iguais a minha, dou maior apoio!

[update]- No próximo domingo, dia 31 de Agosto, Mônica Montone será entrevistada pela jornalista Renata Ceribelli no Fantástico (Rede Globo). Prestigiem!

"O que parece ser a decadência da cultura é o seu puro caminhar em direção a si mesma" — T.W. Adorno

Republicando - Da série: nada mudou.
Texto escrito originalmente em 23.03.2005

Hoje no finalzinho da tarde, resolvi sentar em um quiosque com amigos para tomar um chopinho. Nada como uma brisa do mar pra refrescar a alma, as idéias e espantar o calor. Papo vai, papo vem, cai o assunto BBB. Quem vai ficar com o milhão? Me senti como um espectador de partida de ping-pong. Não assisto ao programa e parece que a partir de agora, tenho por obrigação assistir. Senão fico fora da conversa. O Brasil inteiro assisti BBB?

Fiquei a pensar, enquanto ouvia ecos; Jean...Jean...Jean e de vez em quando; Pink...Pink...Pink e que se transformaram em Jean-ping e pink-pong...

Parece que a televisão aboliu de vez o tênue limite entre o real e o virtual. Todos os candidatos abrem mão de sua privacidade e a TV é autorizada a transgredir a privacidade alheia e os espaços físicos e psicológicos são invadidos. Tudo isso quando somado a uma hollywoodização do cenário, dando a ilusão ao telespectador estar tendo acesso ao "mundo real" dos outros como se fosse o "mundo verdadeiro". Qualquer ingênuo sabe que há algo de teatralismo histérico e exibicionismo dos participantes, já que todos sabem que estão sendo filmados, mas um quantum de gozo é obtido em ver. O voyerismo banal e compulsivo do telespectador certamente é maior que qualquer interesse científico ancorado na Psicologia Social, Antropologia ou Sociologia, até porque os personagens são uniformes.

Por sua vez o voyerismo é o oposto do exibicionismo, o indivíduo não interage com o objeto. No caso dos Reality Shows o termo é usado por extensão, não tendo que ter necessariamente contexto sexual como forma particular de prazer. A ação é substituída pelo olhar.

Alguém pode ressuscitar uma hipótese que diz que o reality show está se apropriando das pulsões perversas voyeristas do público que assiste aos programas, há um público faminto de intimidades alheias. Com a "tv realidade", o voyerismo saiu do universo vergonhoso; saiu da psicopatologia social e ganhou um espaço industrializado, publicamente aceitável e lucrativo.

Os programas de realismo show foram inspirado nos experimentos do Psicólogo Social, P. Zimbardo, décadas atrás e filmados primeiro em laboratório e depois reprojetados em uma casa montada, foram filmadas a maior parte das situações e depois levadas pela tv com a autorização dos participantes. Aqui passou no GNT, em 3 partes, com o nome de Zoológico Humano, onde o interesse parecia ser mais científico que comercial.

Mas antes deste experimento, o voyerismo já era um dos instrumentos básicos do cinema. Ainda na época do cinema mudo, Hitchcock e outros diretores afirmavam que quando se filma um close-up do ponto de vista de alguém, vincula-se o público aquela experiência. É a única forma de arte em que se exibe a mesma informação ao espectador e personagem simultaneamente.

Hitchcock com “Janela Indiscreta”, Kiestowsky com “Não Amarás” e Brian de Palma com “Dublê de corpo”, capturavam imagens de uma janela na ânsia do descobrimento de cenas inquietantes.

Por que o cinema e a televisão se utilizam do voyerismo?
“Padrões internos de prazer impõem a masculinidade como ponto de vista” (Mulvey) Isto posto, uma sociedade que se diz tão moderna, os mais velhos achando uma indecência tal conjunto de situações. Regredimos? A sociedade continua machista?

A mulher na cultura ocidental encara o “ser olhada” e por isso sua imagem é constantemente associada, na publicidade, à venda de produtos. A tela escala os homens como detentores do olhar e as mulheres como espetáculo – no caso em questão, a mulher se transforma em um bem de consumo.

UP! DATE! * A foto acima, foi só pra contrariar. O Mundo deixando de ser machista e os meninos, bens de consumo...
Pablo Espósito mostrando bumbum

Dinheiro compra dignidade?
Beijus,

Tributo ao tempo

Já disse que quando leio os comentários fico sujeita a algumas dúvidas. Essa interação faz aflorar sentimentos, pensamentos alegres e tristes. Falei de morte no último post. A verdade é que não educamos nossas crianças para aceitar a morte como o rumo certo da vida. Romantizamos a vida. E a religião pesa muito na cultura tradicional das idéias. Alguns espiritualistas têm a comodidade de acreditar em outras vidas, uma continuidade dessa, assim fica mais fácil aceitar a realidade e as injustiças terrenas. Podemos imortalizar a alma. Fala-se da vida, amor e coisas bonitas... afinal, falar de coisas tristes nos leva a colocar os pés no chão.

O lado romântico da vida é esse; acreditar que a terra é o último dos planetas e não que a vida não pode se transformar em íons. Talvez o melhor de viver seja, alguém fazer nós rirmos de nós mesmos e fazer uma voz crítica dentro de nós acabar por desmaiar. Somos todos volúveis, numa hora valorizamos demais a vida e em outra valorizamos demais a morte. A melhor saída é saber valorizar o tempo, o aqui e agora. Não peça perdão depois, não fique com vergonha e travado pra dizer “eu te amo”, não tenha medo de se mostrar ridículo...pequenos gestos fazem a diferença. Um sorriso pode mudar o rumo da sua vida.

Tinha uma propaganda na TV que dizia mais ou menos assim:

- Veneza desaparece 1 cm por ano, significa 1 cm a menos de Veneza a cada 365 dias...
- Amanhã no Central Park terão caído 15000 folhas...
- Neste mês, você encontra tulipas nas floriculturas. No mês que vem, talvez não.

Isto significa que a cada dia temos menos um dia de vida...

À seguir, publico um texto que escrevi para a Campanha do Cartão Visa (2003) que acompanhou o filme produzido pela Leo Burnett especialmente para a virada do ano de 2004 em homenagem aos 450 anos de São Paulo. Para ver o restante da nova campanha, clique aqui.

Dizem que a vida é curta, mas não é verdade.
A vida é longa pra quem consegue viver pequenas felicidades.
E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança traquina brincando de esconde-esconde.
Infelizmente às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando nãos:
a viagem que não fizemos, o presente que não demos, a festa à qual não fomos, o amor que não vivemos, o perfume que não sentimos.
A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador, quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, cavaleiro e não montaria.
E como ela é feita de instantes, não pode nem deve ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos.
Esta mensagem da Visa é um tributo ao tempo.
Tanto àquele tempo que você soube aproveitar no passado quanto àquele tempo que você não vai desperdiçar no futuro. Porque a vida agora. 

Beijus,
Luma.

P.S. Carinho especial aos meus amigos Nós por nós, que muitas vezes me puxaram as orelhas e botaram meus pés no chão. "Sem querer, querendo..."

Yvonne, Viva, Clark, Tesco, Audrey, Lize, Tatoo, Anna, July, Henrique, Marcos Penha, Flávia, Arthur e Lilás, Átila e Maringas (apesar de sumido). Esqueci de alguém?

Estão copiando o texto acima e dando autoria ao Dalai Lama... Fiquem espertos!

Tire os pés do chão

O que é melhor: ser demitido ou fazer uma bela viagem?

O presidente da Boeing foi demitido por manter romance com executiva. Ele assumiu para dar um jeito nas finanças da empresa e se empolgou com uma executiva. Harry Stoneipher tem 69 anos, casado, dois filhos, dois netos e acrescentou uma amante nessa listinha. A nota divulgada pela Boeing declarou que "O ato foi inconsistente com o código de conduta da empresa, os fatos refletem uma má capacidade de julgar e que lhe restringi de liderar a companhia". Norma da empresa e agora em casa? Será que também vai ser despachado do lar, doce lar?

Melhor que isso, quer dizer, para nós simples mortais, promoção certa na hora exata. A gol anunciou a redução de 56% no preço das passagens...As empresas aéreas querem cativar os clientes e estamos lucrando com isso. A Gol jura que não é redução e sim um alinhamento de preços.

A Vivo e a Gol lançaram campanha sobre serviços novos para clientes, agora pode-se fazer check in e comprar passagens pelo celular.

A Varig avisa por torpedo a partida do vôo. Para isso, basta fornecer o número do celular na hora da reserva. A informação contém o número do bilhete eletrônico, vôo, trecho a ser voado e horário da partida e possíveis alterações no vôo; troca de horário, data, ponto de embarque e desembarque e até mesmo o cancelamento.

A Infraero disponibilizou em seu site os diversos painéis (aqueles grandões dos aeroportos), que mostram vôos que chegam e saem em diversos aeroportos brasileiros em tempo real. Achei fabuloso que até do PDA dá para fazer isso.

Estou planejando o meu feriado e aí?

Voltando aquele assunto da infidelidade dupla...foi, não foi? Uma contra a empresa e outra contra a mulher. No caso da empresa, ele está fora até do conselho administrativo. A culpa deve ser do Viagra!

...em quietude, sem solidão

Leia o luz no seu celular
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Algumas coisas não têm preço

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