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Eu sou pedra e você é a minha pedra

"Para nos libertar das expectativas dos outros, para nos devolver a nós mesmos, aí reside o grande, o poder singular de respeito próprio" [Joan Didion]

Uma amiga estrangeira disse-me que passou quatro anos de sua vida morando com outras sessenta mulheres em uma casa de fraternidade.

Não sei o que dizer sobre essa condição, afinal, não faz parte da minha realidade e achava que essa instituição tivesse sido extinta e somente existia em filmes americanos para adolescentes.

Ela explicou que quase todo americano tem uma opinião formada sobre essa instituição centenária, e que eles testemunham ou ouvem histórias mal-intencionadas, de traições e superficialidades, da maioria das mulheres que lá convivem.

Uma carta para mim

Luma, você ouviu ontem a Dª Rosa fazendo citações? Ela disse: "Do nascimento aos 18 anos, uma garota precisa de bons pais; dos 18 aos 35, precisa de uma boa aparência; dos 35 aos 55, de uma boa personalidade; dos 55 em diante, precisa de dinheiro"

Não sei de quem é a citação acima e não sei porque obedecemos tantas regras (eu ainda preciso dos meus pais, dos meus irmãos, amigos...), mas sei que a Dª Rosa, com os seus 63 anos, possui certa sabedoria. Respeito! Viu que não retruquei, apenas me resignei. Algumas regras assim, pode, se a pessoa for intransigente, dar pano para muita conversa. Não estou dizendo que a citação está errada, mas também não está de todo correta.

Na verdade, não vou fazer tempestade em copo d'água, a citação acima é a melhor das circunstâncias e vou dizer que, não é nada! Mas quando algo me tira do sério (lógico que não contei porque a Dª Rosa fez tal citação) relembro o texto "Menefregue, minha amiga"

Na vida, pode-se dizer que tudo é cumulativo. Assim, se não vencermos uma etapa, podemos até passar para outra, mas ficaremos 'travados' nesta primeira etapa e tudo será mais custoso na próxima etapa - trabalho dobrado de duas etapas em uma. Já ouvi algumas pessoas dizendo, "Quero recompensar meu filho, lhe dar muitas alegrias, ser bom pai, porque não tive isso" ou então "Dou para o meu filho, tudo aquilo que eu não tive" - enfim, se você não teve bons pais ou não teve pais na infância, terá uma sobrecarga de cobranças em querer ser um bom pai ou mãe. Se você não tem boa aparência, tenta compensar com outras qualidades, principalmente sendo mais "amável". Personalidade e dinheiro? hum... Faltou dizer que existem pessoas sortudas e comprando personalidade!



Álias, eu tenho dúvidas se a palavra "Menefregar" é verbo e lembro da primeira vez que a li. Também lembro do meu caderno de "Recordações" e do autor do texto, que com a caneta em punho, escreveu. Eu nunca mais vi esse meu amigo. A última vez que tive notícias, me disseram que havia virado monge - Por onde andará o Gustavo? Será que se colocar o texto dele no bloguinho, ele aparece? Vamos testar:

"Menefregue, minha amiga! Menefregue e tudo se ajeita. Inclusive aquilo que não tem jeito. Amigos? Ih, às vezes dão muito trabalho. Pais? Conseguem ser, em certos momentos, tão difíceis quanto os filhos. Compromissos? Adoram nos chatear. Para tudo isto e muito mais, só há uma solução: Dar de ombros e menefregar.

É preciso não levar à sério os problemas, principalmente os graves. Mas menefregar é uma arte sutil. Para quem vê de fora, parece ambígua e contraditória. É preciso menefregar sem transparecer que se o faz.

Quando é o caso, fecha-se a cara, bate-se na mesa, chama-se às falas. Por dentro é que se menefrega. Nada importa, mas é preciso fingir que algumas coisas importam. A seriedade é uma necessidade social. O menefreguismo é uma questão de foro íntimo. Afinal, não podemos deixar a felicidade à mercê das circunstâncias. Sempre hão de nos tentar aporrinhar, tanto os que nos detestam (porque nos detestam) quanto igualmente os que nos amam (apesar de nos amarem).

Problemas sempre o teremos. O que é preciso é não nos importarmos com eles. Afinal, se o planeta consegue continuar girando apesar de toda a maluquice que sobre ele impera, porque não podemos, nós continuarmos a sorrir olimpicamente, apesar de tudo e de todos?

O menefreguista é um vivedor contumaz, cultiva o riso por profissão de fé. Sabe que a vida é curta, e só vale com alegria. Cuida, muito e bem, das amizades e do amor. O resto dá de ombros."

Luma, você sabe o quanto gostaria de reencontrar seu amigo Gustavo, para lhe agradecer por este texto, que está gravado em você. Ah, e também lhe dizer que quando a barra pesa, dá de ombros e diz para você mesma:

Menefregue, minha amiga!! Menefregue!

Quero parabenizar a Elaine Gaspareto pelo aniversário do blogue "Um pouco de mim" e pela iniciativa de agregar seus leitores, convidando-os a escrever "Uma carta para mim".

Boa semana! Beijus,

SE eu morresse amanhã...[2]



Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida

E outra que é pensada

E a única vida que temos

É essa que é dividida

Entre a verdadeira e a errada.

(Fernando Pessoa)

Meu Deus, quantos erros podemos cometer na vida?
Aqueles quartos lá embaixo, completariam a minha felicidade?

Se você ganha uma land rover de lembrancinha, um presente de caráter estritamente pessoal, o que é farsa e/ou resignação?



Portanto, já que no postezito anterior, todísssimos concordaram comigo que, amizade boa é que vale a pena - comunico que só reatarei os vínculos de amizade quando receber mimos do porte acima, caso contrário, foi um prazer tê-los conhecido, mas não estou em busca de relacionamentos de superfície, sem sustância, entende?

Caso, ainda queiram reatar a amizade, minha cor predileta é a azul.



Enquanto escrevo este post uma amiga, aqui do lado diz: "Ah, você não mostra muito a sua faceta romântica, faz aí um post explorando isto"

Como assim...explorando? Não faço, porque não sou poeta e também não sou atriz. Não basta querer, tem coisas que vem de dentro. Mas lógico que sou docinho! Sei fazer docinho e depois dou a receitinha pro'cês...

Em inglês traduzimos carpe diem como "seize the day": colha o dia como se fosse um fruto maduro. Conheci um rapaz que propagava viver cada dia como se fosse o último. Palavras, não fosse o beijo dele. Como um beijo tão desesperado poderia conter em seu íntimo a filosofia de apreciar cada momento como se nada mais existisse na Terra?

Para mim, carpe diem é sinônimo de beijos longos e demorados, de pessoas que andam sem muita pressa, que falam devagar e que, em sua calma fazem as coisas com maior perfeição. Ao contrário do que se prega, de um viver inconseqüente que não se preocupa com o amanhã, a noção de "viva cada dia como se fosse o último" anda de braços dados com o conceito: "estude como se fosse viver pra sempre". Pois sem essa concepção de eternidade, o homem nada realizaria, pensando: "vou morrer mesmo!"

Every day in a life fills the whole life with expectation and memory.
Todo dia em uma vida preenche toda a vida com expectativa e memória.

Toda a minha vida está contida no exato momento em que estou vivendo. Todo o meu passado, tudo o que já vivi, todas as conversas que tive, todas as pessoas que conheci, todos os lugares que visitei, tudo está presente na minha vida, na minha memória, na constituição da pessoa que sou hoje. E o meu futuro? Da mesma forma, tudo que farei não existe, senão em forma de expectativas, também contidas no momento presente.

Observem o personagem de Jude Law, no filme: O Talentoso Mr. Ripley; ele é cativante e conquista todos ao seu redor. Sua namorada descreve seu comportamento:

"- quando ele está com uma pessoa, age como se só existisse aquela pessoa no mundo, somente aquele momento".

Ele é esperto, afinal, não há motivos para que ele se concentre em qualquer outra coisa, sua vida é aquele momento. As pessoas precisam se sentir especiais. Vai me dizer que você não?


imagens Photo Manipulation

*Meus selinhos já, já completam aniversário! Não reparem a demora em agradecer, ok?
Agradeço à todos e logo mais estarei agradecendo aos outros selinhos. Eu demoro, mas não falho!!

Boa semana!
Beijus,

...em quietude, sem solidão

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Algumas coisas não têm preço

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