Pessoas são exemplos de força, talento e persistência. Cada um, a seu modo, faz algo de bom pela vida, numa análise das próprias emoções, lembranças, prazeres e sonhos, realizados ou não.
O resultado sempre comprova que a felicidade quase sempre está ligada em coisas simples como a boa mesa, família, amizade e natureza.
Quando leio os comentários deixados no "luz" fico sujeita a alguns questionamentos e essa interação fazem aflorar sentimentos, pensamentos alegres e algumas vezes tristes.
Tempos atrás, a mais ou menos três anos, o
Afonso (ainda blog*Spot) veiculou a preocupação "se" algum blogueiro amigo morrer e não ter alguém para avisar?! - É, alguns blogam sem que a família ou alguém próximo saiba - E nós leitores como ficamos, diante do sumiço do caríssimo blogger?
"Pois é,
E se eu, ou outro blogueiro qualquer, morrer de uma hora pra outra, como todo mundo vai ficar sabendo? Será que vão ficar vindo aqui e olhando o mesmo post por duas, três ou mais semanas, até desconfiar que algo aconteceu? O mais provável é que se pense em depressão, ou mesmo que desisti do blog e, num gesto que me tornaria um ser abjeto, não avisaria que desisti? Mas, e se tiver morrido?"
A verdade é que não somos práticos com relação à morte ou melhor, não nos educamos sobre a morte. Porque?
Certo que romantizamos a vida e a religião pesa muito na cultura tradicional das idéias. Cresce o número de pessoas que crêem em outras vidas, como forma de continuidade desta. Assim fica mais fácil aceitar a realidade e as injustiças terrenas, não?
Como podemos imortalizar nossa alma?
Fazemos isso em nossos bloguitos, quando demostramos através da escrita, a alma que existe dentro do nosso corpo. Se não escrevemos, comunicamos de alguma forma, falando da vida, sobre a vida, sobre o amor ou coisas que nos acontecem... outras pessoas passam pela vida caladas, sofrendo sozinhas com o enclausurando as idéias. Melhor, enclausurando a própria alma.
Porque falar de coisas tristes, nos leva a colocar os pés no chão?
O lado romântico da vida é este - acreditar que a terra é o último dos planetas e que a vida não pode simplesmente se transformar em íons, que somos eternos. Podemos rir de nós mesmos e conversarmos com a vozinha crítica dentro de nós que pode, a qualquer hora, desmaiar a verdadeira visão dos fatos.
Somos todos volúveis. Em uma hora valorizamos demais a vida e em outra valorizamos demais a morte. A saída é mesmo, saber valorizar o tempo, o aqui e agora - Não ter medo de parecer piegas.
Não peça perdão depois, não faça amor depois, não fique com vergonha e travado para dizer “eu te amo”, não tenha medo de mostrar-se "ridículo" ...pequenos gestos fazem a diferença. Um sorriso pode mudar o rumo da sua vida.
Tinha uma propaganda na TV que dizia mais ou menos assim:
- Veneza desaparece 1 cm por ano, significa 1 cm a menos de Veneza a cada 365 dias...
- Amanhã no Central Park terão caído 15000 folhas...
- Neste mês, você encontra tulipas nas floriculturas. No mês que vem, talvez não.
Isto significa que
a cada dia temos menos um dia de vida.
Dizem que a vida é curta, mas não é verdade. A vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades. E essa tal felicidade anda aí, disfarçada, como uma criança traquina brincando de esconde-esconde. Infelizmente, às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando nãos: a viagem que não fizemos, o presente que não demos, o perfume que não sentimos, a audácia que não tivemos!
Lembram da música: "...A jura secreta que não fiz, o beijo de amor que eu não roubei...”?
A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador, quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, cavaleiro e não montaria. E como ela é feita os instantes, não pode nem ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos.
Lembre-se do tempo que você soube aproveitar no passado e imagine aquele tempo que você não irá disperdiçar no futuro. Pra quê se preocupar com a morte? Pra você ela está distante, não é mesmo?
A vida é agora!