Já disse que quando leio os comentários fico sujeita a algumas dúvidas. Essa interação faz aflorar sentimentos, pensamentos alegres e tristes. Falei de morte no último post. A verdade é que não educamos nossas crianças para aceitar a morte como o rumo certo da vida. Romantizamos a vida. E a religião pesa muito na cultura tradicional das idéias. Alguns espiritualistas têm a comodidade de acreditar em outras vidas, uma continuidade dessa, assim fica mais fácil aceitar a realidade e as injustiças terrenas. Podemos imortalizar a alma. Fala-se da vida, amor e coisas bonitas... afinal, falar de coisas tristes nos leva a colocar os pés no chão.
O lado romântico da vida é esse; acreditar que a terra é o último dos planetas e não que a vida não pode se transformar em íons. Talvez o melhor de viver seja, alguém fazer nós rirmos de nós mesmos e fazer uma voz crítica dentro de nós acabar por desmaiar. Somos todos volúveis, numa hora valorizamos demais a vida e em outra valorizamos demais a morte. A melhor saída é saber valorizar o tempo, o aqui e agora. Não peça perdão depois, não fique com vergonha e travado pra dizer “eu te amo”, não tenha medo de se mostrar ridículo...pequenos gestos fazem a diferença. Um sorriso pode mudar o rumo da sua vida.
Tinha uma propaganda na TV que dizia mais ou menos assim:
- Veneza desaparece 1 cm por ano, significa 1 cm a menos de Veneza a cada 365 dias...
- Amanhã no Central Park terão caído 15000 folhas...
- Neste mês, você encontra tulipas nas floriculturas. No mês que vem, talvez não.
Isto significa que a cada dia temos menos um dia de vida...
À seguir, publico um texto que escrevi para a Campanha do Cartão Visa (2003) que acompanhou o
filme produzido pela Leo Burnett especialmente para a virada do ano de 2004 em homenagem aos 450 anos de São Paulo. Para ver o restante da nova campanha,
clique aqui.
Dizem que a vida é curta, mas não é verdade.
A vida é longa pra quem consegue viver pequenas felicidades.
E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança traquina brincando de esconde-esconde.
Infelizmente às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando nãos:
a viagem que não fizemos, o presente que não demos, a festa à qual não fomos, o amor que não vivemos, o perfume que não sentimos.
A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador, quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, cavaleiro e não montaria.
E como ela é feita de instantes, não pode nem deve ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos.
Esta mensagem da Visa é um tributo ao tempo.
Tanto àquele tempo que você soube aproveitar no passado quanto àquele tempo que você não vai desperdiçar no futuro. Porque a vida agora.
Beijus,
Luma.
P.S. Carinho especial aos meus amigos
Nós por nós, que muitas vezes me puxaram as orelhas e botaram meus pés no chão. "Sem querer, querendo..."
Yvonne, Viva, Clark, Tesco, Audrey, Lize, Tatoo, Anna, July, Henrique, Marcos Penha, Flávia, Arthur e Lilás, Átila e Maringas (apesar de sumido). Esqueci de alguém?
Estão copiando o texto acima e dando autoria ao Dalai Lama... Fiquem espertos!