Se você quer que o Brasil mude, coopere.

vejo flores em você

Malu disse...

Todo mundo julga a ficção, mas poucos se atentam à realidade atrás da ficção. A Tavares Bastos nunca foi um morro violento, mesmo quando os marginais conviviam conosco. Mas a realidade é que eram marginais, bandidos, que serviam de exemplo para as nossas crianças. Nossos jovens não queriam os trocados ganhos com o suor dos pais e sim o dinheiro fácil e farto dos traficantes.

Tivemos alguns mortos, poucos se comparado com o noticiário de outros lugares. Mas todos sabiam que era uma questão de tempo. Então colocamos o tempo ao nosso favor. Com a instalação do BOPE, os marginais sairam da nossa comunidade. E agora, qual é o exemplo dos nossos jovens e crianças?

Temos uma escolinha de Ballet de onde quatro alunas foram selecionadas pela concorrida Escola Estadual de Ballet do Rio de Janeiro, nossas crianças tocam violino e violoncelo na Orquestra Infantil da Petrobras, um de nossos jovens foi recentemente escalado para jogar pelo Flamengo, temos um curso de cinema, de enfermagem geriátrica, de alfabetização para adultos, as novelas brasileiras e produções estrangeiras vêm gravar na nossa comunidade, gerando empregos e novas experiências para os moradores, temos noites de JAZZ & BOSSA NOVA, onde brasileiros e estrangeiros são bem recebidos para passar momentos agradáveis num lugar sem violência, sem drogas, sem medo.

Uma colega de trabalho me disse que tinha medo de denunciar bandidos e traficantes, de dar apoio aos policiais. Mas ela não tem medo de sua omissão destruir a vida de um inocente?

Acredito que a omissão das pessoas, devido ao medo, foi que provocou esta terra sem lei que vivemos. As pessoas tem medo de se unir para fazer o que é certo. Minha experiência como vizinha do BOPE me diz que devemos fazer o que é certo, dar o exemplo para os jovens, independente das consequências. O BOPE é uma instituição que tende a fazer efeito desde que conte com a nossa cooperação.

Vamos nos dar uma chance. Caso queiram nos visitar, todos serão bem vindos. www.jazzrio.com (grifo meu)

vejo flores em você 2

A Malu, deixou comentário (#c3416021371047547636) na postagem "Erro meu, mas problema seu" - relatando o seu posicionamento diário, como cidadã diante da realidade em que vive. As favelas existem, não como truque de computação para serem inseridas em filmes; as favelas no Brasil estão para as fabriquetas de fundo de quintal, assim como as elites estão para os sonegadores fiscais. Parece que nos acostumamos a tudo isto: violência, sonegação, corrupção, falta de fiscalização e ações que envolvem desvios de verbas, que seriam empregadas em obras de melhoria, da qualidade de vida do povo brasileiro.

Se em um filme, como o nacional "Tropa de Elite" criticamos a forma, que as favelas são invadidas e mostradas ao público - em produções internacionais, como "Hulk", também nos incomodamos com as imagens que são mostradas fora do país. Incomodamos e ficamos por isso mesmo? A favela como cenário de filme é real para nós, elas existem, são verdadeiras, assim como todo o resto que mostram do nosso país, mundo afora e que não gostamos, mas elas existem, são verdadeiras e incomodam.

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Se incomodamos, não deveríamos fazer algo e trabalhar para resolver nossos problemas, ao invés de ficarmos reclamando, de uma realidade que 'enxergamos', mas só sofremos com elas, quando o 'vizinho' também enxerga? Se quisermos aparecer bem na fita, façamos o nosso dever de casa, assim iremos crescer e aparecer bem. Apenas reclamar quando estereotipam o nosso cenário ou caráter - se assim também fazemos - quando pintamos favelados com o nosso preconceito, como se todos fossem traficantes ou auxiliares destes, ou que traficantes sejam 'gente que nasceu malvada', gente que escolheu o tráfico por 'prazer na vilania' - o que ajuda a mudar o contexto? É preciso ter conhecimento de causa para se formar opinião.

A ofensa parte da ignorância por desconhecimento da verdadeira realidade.

Vocês leram no comentário da Malu, quantas instituições e pessoas colocam a mão na massa, para ajudar outras pessoas que são menos previlegiadas, mas que são dígnas, trabalham, choram, lutam, pagam suas contas, sobrevivem... somam fracassos, mas também somam vitórias.

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Meus brios se melindram quando presencio preconceito contra brasileiros, partindo dos próprios brasileiros. Este preconceito acontece aqui no Brasil e também com brasileiros que moram fora do Brasil. Existe uma soma de bobagens - brasileiro que mora fora do país, já é olhado de esguelha se é 'vistoso' ou se casou com estrangeiro, piorou! Mas e quando as posições se invertem? Tipo, um brasileiro mora fora do país e se sente no direito de criticar os que aqui vivem?

Outro dia me mandaram um texto por e-mail, de uma blogueira brasileira que mora fora do país, fazendo críticas. Destaquei um trecho, que mais me interessou, o resto vocês podem ler no link de acesso.

"Então eu meio que criei essa definição para os brasileiros que são incapazes de fazer as próprias coisas. Que acham que fazer a própria comida é uma vergonha, um horror, é estar se rebaixando. Que precisa de escravinhos o tempo todo e que não sabe fazer nada sozinho (ou até sabe, mas acha uma vergonha)" Os ânus e as botas.

Eu pago os meus empregados religiosamente e isto me dá um certo direito de mantê-los, justo porque monetizo os seus préstimos, isto é precisar de escravinhos? Acho qualquer trabalho dígno, seja de um varredor de ruas ou limpador de latrinas - tanto no Brasil, quando no estrangeiro. Mas certos brasileiros colocam diferença entre limpar latrinas no Brasil e limpar latrinas no estrangeiro. Qual a diferença? Ah, pagam melhor? O trabalho em si não mudou, o 'escravinho' apenas mudou de país, então!

Sinceramente, não entendo. Alguém já saiu do país e ralou porque gostava? Ou foi por orgulho, que não se mantiveram em sua própria pátria, para não serem tachados de escravinhos? Eu sei que muitos vão com sonhos e retornam com pesadelos. Sei que muitos querem voltar e não voltam porque não encontrarão a mesma oportunidade de trabalho. Eu folgo em saber que essa realidade está mudando e que os brasileiros já não aceitam subempregos fora do país, porque oportunidades de emprego surgem com qualificação, tanto aqui no Brasil quanto lá fora. Aqui no Brasil, não empregam caixas de supermercado que não saibam somar, já na Inglaterra por exemplo, já o fazem!

Tudo é questão de posicionamento de idéias. Quando viajo para fora do país e me hospedo em qualquer hotel ou que seja aqui no Brasil, eu levanto e não faço a minha cama. Estou ali pagando uma estadia com serviços agregados e se não arrumo a cama, eu estou explorando escravinhos? Se vou à um restaurante, os empregados daquele estabelecimento são meus escravinhos? E porque não posso ter na minha casa, gente que faz as mesmas coisas, sendo que eu posso pagá-los?

Ah, só para sustento de fatos, quando acordo pela manhã, automaticamente arrumo a minha cama! Questão de hábito e melhor organização de idéias na primeira hora do dia. Arrumo minha cama e guardo as minhas coisas - os meus 'escravinhos' mantém a limpeza.

Bons exemplos geram atitudes positivas e o respeito por qualquer profissão - não é questão de ter calos na vida - é princípio passado no berço - respeito ao ser humano. Quem não respeita um empregado tem sérios problemas de auto-estima.

E no twitter:

twitter

Convite:

blogagem
Começou neste Domingo uma blogagem coletiva, organizada pela Ciça Donner do Blogue Papachibé e sua Égua - Sobrevivendo ao Despatriamento e sendo feliz:

"Você querido brazuca, e despatriado em algum lugar desse planeta (vale de outro planeta, desde que o blog, ou pelo menos o post referente a essa blogagem venha em português), conte para nós seu segredo de sobrevivência ao despatriamento. Queremos ouvir suas dicas de como lidar com os entreveiros de um país, povo, cultura e hábitos diferentes e até mesmo estranhos a nós E SER FELIZ"

Faça seu post e comunique a Ciça para que ela te adicione na lista de participação. Tá valendo postagens durante a semana!

The Maze inn

A Malu, que fez o comentário do início do post, deixou seu link (Jazz Rio) que é do site do Hotel "The Maze inn" - um hotel localizado no alto da favela Tavares Bastos, possui uma vista previlegiada e os turistas que querem conhecer o cotidiano, a vida na favela, principalmente estrangeiros, fazem esta opção.

Nesta favela não existe atuação de mílicias ou tráfico de drogas e o BOPE mantém sua sede ao lado do hotel. Este já foi cenário de clipes famosos, entre eles "Beautiful" de Snoop Dogg com participação de Pharell do The Neptunes. A favela também foi cenário das gravações de Hulk, Maré, nossa história de amor, Tropa de Elite e da novela Vidas Opostas.

A Revista Brasileiros fez uma matéria completa sobre o The Maze inn, cujo dono é um expatriado, jornalista e produtor de mais de 400 documentários, usou de sua boa vontade para melhorar a vida na comunidade e fazê-la apreciada e revisitada. O hotel é bastante conhecido fora do país e também merece ser prestigiado por nós brazucas.

Imagem do hotel: Revista Viagem

Bob Nadkarni e Malu, parabéns!

E você, siga os bons!

Li no ScriptuS: "A humanidade tem dupla moral: uma que prega, mas não a pratica, outra que pratica, mas não prega" (Rosseau)

Boa semana!

Ecological Day

Quando da ocasião da blogagem coletiva "Meu consumo é Consciente" levantei a questão sobre sustentabilidade dos alimentos e finalizei o texto do seguinte modo:

O melhor lugar para se viver existe e cabe a você ajudar a definir as características deste mundo melhor! O que você tem feito?

Eu estava esperando por uma resposta, que veio através da Ângela Coelho:

"Por causa deste medo dos agrotóxicos estamos fazendo uma horta aqui em casa. Vamos cultivar o que iremos comer, daí teremos certeza do adubo usado. Beijos no teu coração.)

Tenho certeza que, se a Denise Rangel ou a Aninha Pontes tivessem passado por aqui, elas dariam esta sugestão, pois ambas são mulheres com 'mão boa' e possuem mini-hortas.

Eu sei que quando as pessoas pensam em plantar, pensam que isso é possível somente no campo. As cidades cresceram e com ela o número de edifícios de apartamentos - lugar onde se escolhe viver, devido a uma sensação maior de segurança.

Ainda tenho o previlégio de poder manter contato maior com a vida ao ar livre e sempre que permito, eu e meus amigos, chamamos as crianças para ajudarem no preparo dos alimentos.

colheita

As crianças se sentem valorizadas, ficam mais prestativas no dia a dia, a interação entre pais aumenta e princípios são repassados.

cozinhando

Porque é em torno do alimento que as famílias compartilham não só o alimento - é quando resolvem as suas maiores questões.

comendo

O alimento é valorizado, diante do ritual de preparo e as pessoas comem com satisfação. E o que dirão se participam do preparo da terra e acompanham o crescimento? Por certo tudo se resume em milagre da natureza, em nos ofertar frutos tão perfeitos.

Este contato com a natureza pode ser levado para dentro de sua casa, através das hortas domésticas, especificamente para o cultivo de legumes, verduras, ervas terapêuticas e temperos.

Nestas hortas verticais são utilizadas quantidades menores de terra e no resultado da produção, você sabe que houve higiene, o que proporciona uma alimentação saudável e a descoberta do prazer gastronômico. De quebra, como disse acima, as crianças aprendem a respeitar a natureza, além de funcionar como uma ótima terapia familiar e de relaxamento individual.

minha hortaA prática do plantio faz desacelerar a correria da vida diária e se encarado como lazer, cria vínculo com a natureza.

Morar em apartamento não impede o cultivo, mesmo que você não possua uma varanda, basta que tenha luz solar pelo menos durante duas horas por dia.

Se puder, pode integrar os cômodos, como eu fiz com um corredor, instalando uma fonte de água - veja imagem. Optei por vasos para poder remanejá-los melhor e serem mais decorativos - e, além dos comestíveis, as folhagens e flores também participam do tête à tête.

Antes de começar a minha hortinha, não achava nada fácil e com a prática, percebi que bastam alguns cuidados básicos, como regar todos os dias, podar e colher as ervas, as verduras e os legumes no tempo certo, adubar uma vez por mês e controlar as pragas.

Em pouco tempo você estará usufruindo de uma alimentação sem as impurezas dos agrotóxicos e muito rica. Ah, não fique esperando que as hortaliças e verduras cresçam muito - o tamanho nem sempre é igual ao que se encontra nos supermercados - por causa do espaço menor destinado ao plantio - porém o que falta em tamanho, sobra em qualidade.

apreciando

Que tals aproveitar o fim de semana para iniciar a sua hortinha? Boas dicas nos links a seguir:
É primavera!! Feliz Ecological Day!!
Bom fim de semana!
Beijus,

A Morte lhe caiu bem

James Dean

Hollywood tinha acabado de estender o tapete vermelho para James Dean, abrindo-lhe um caminho de fama e estrelato, quando um acidente de carro o matou. No dia 30 de Setembro de 1955, exatamente às 17h59 e segundo a detalhista perícia policial, o Porsche Spider prateado de Jimmy chocou-se contra outro carro na estrada de Salinas, perto de Paso Robles, na Califórnia.

James Dean morreu na hora e, de acordo com Humphrey Bogart, um de seus ídolos, “no momento certo”, “Se tivesse vivido não teria feito jus à imagem e à lenda criadas pela publicidade”, disse o astro de “Casablanca”.

Vivo James Dean era um artista promissor. Morto aos 24 anos, virou um mito idolatrado com minúcias mórbidas: Até as ferragens de seu carro foram postas em exibição, enquanto a sua imagem era vendida em uma série de produtos.

Até aquela tarde trágica, o público só o tinha visto brilhar nas telas em “Vidas Amargas”, adaptação do romance de John Steinbeck em que Dean vive um jovem torturado - O Diretor Elia Kazan tinha trazido o ator do Actor’s Studio, escola nova-iorquina de onde saíram, entre outros; Paul Newman e Marlon Brando.

Até então, Dean tinha feito alguns papéis na Broadway e umas poucas pontas no cinema. Mas seu carisma na tela era tão grande que, antes mesmo de “Vidas Amargas” ser lançado, o chefão do estúdio, Jack Warner, já fechava com ele um contrato de 7 anos.

James Dean só teve tempo de cumprir 7 meses, trabalhando em mais dois filmes: “Juventude Transviada” e “Assim caminha a humanidade”.

James Dean e Elisabeth Taylor

O primeiro foi lançado um mês após a sua morte e causou comoção, não só pela perda recente, mas pelo papel que lhe cabia: O do adolescente revoltado Jim Stark, que premonitoriamente libera sua frustração em corridas de carros. O papel contribuiu para transformá-lo em símbolo da juventude dos anos 50. Quem assistiu esse filme mais de 50 vezes para aprender os macetes de James Dean foi Elvis Presley, pois ele queria se tornar um ator dramático, além de cantor.

O Segundo, lançado, um ano depois, mostrava no fim o personagem de Dean envellhecido, como o ator jamais seria.

James Dean in Giant

As pessoas mais próximas já tinham previsto isso. “É belo demais para suportar o envelhecimento. Desaparecerá antes”, profetizara Kazan.

Nascido James Byron Dean - Byron foi homenagem da mãe ao poeta romântico inglês, em Marion, pequena cidade de Indiana - ele ficou órfão de mãe aos nove anos e foi educado pelos tios, até que decidiu tentar a sorte em Nova York. Quando criança, Dean foi muito mimado pela sua mãe Milred, que quando o colocava para dormir, pedia-lhe que escrevesse em um papel as coisas que gostaria de ganhar no dia seguinte e no outro dia, pela manhã, seus pedidos eram atendidos.

A morte da mãe o marcou profundamente, a partir disso, Dean passou a sofrer crises de insônia, que lhe valeram as marcantes olheiras. Ao todo o ator conseguia dormir apenas 4 horas diárias.

Reservado e agressivo, vestia-se sempre com jeans e casaco de couro. Bissexual em um tempo em que não existia a idéia de “assumir”, não ligou para o que as pessoas iriam dizer quando fez cena pública de ciúmes no casamento da atriz italiana Píer Angeli, que o abandonara.

Teve um caso com a suéca Ursula Andress e sua grande paixão não correspondida, no entanto, teria sido o ator Marlon Brando, que assediado explicitamente pelo rebelde sem causa, preferiu não cair em tentação. James foi um jovem igual a tantos outros, um mito como poucos.

James Dean e Marilyn
Como se cria um mito?

Mito é a narrativa de uma criação: conta-nos de que modo algo, que não era, começou a ser.

Na medida em que pretende explicar o mundo e o homem, a complexidade do real, o mito não pode ser lógico: ao revés, é ilógico e irracional. Apresentando-se de uma maneira que esconde uma verdade de outra verdade. A verdade profunda de nossa mente. Criamos ilusões. O nosso inconsciente se prende a ritos, por isso, copiar os trejeitos, penteados, pensamentos da época, o que estiver disponível.

Em resumo, o rito é a praxis do mito. É o mito em ação. O mito rememora, o rito comemora.

Mito vem de mitologia, o homem torna-se apto a repetir o que os deuses e os heróis fizeram "nas origens", porque conhecer os mitos é aprender o segredo da origem das coisas.

Todas as culturas têm seus mitos, alguns dos quais com expressões particulares. O ídolo expandi-se da esfera divina para a esfera humana com adoração não religiosa.

A geração contemporânea, é muito mais suscetível aos apelos visuais. Crescemos em frente ao visual, principalmente da TV e nada poderá apagar essa influência. Atualmente, a criançada continua crescendo com a TV ligada que, em alguns casos, ela vem aliada a outro companheiro ainda mais poderoso: O computador.

Naturalmente, estamos hoje muito mais interessados nas notícias do dia a dia e nos problemas do cotidiano. Valores eternos? Vida espiritual? Quem tem tempo pra isso no frenético mundo em que vivemos? O problema é que tais mistérios fazem falta. O ser humano é preso a rituais e esses se destinam a um mito e quem será o(a) eleito(a) da vez?

E agora vocês querem que eu responda a perguntinha lá de cima? Nananinanão essa perguntinha eu fiz para vocês!

*As imagens acima são do filme "Assim caminha a humanidade" (Giant) - filme que amo de paixão! Vale assistir, relaxar, se deliciar e refletir!

Beijus,

Bloggers e Consumidores

Outubro vem chegando, agitando a blogosfera! Já na primeira quinzena teremos três blogagens coletivas, a seguir:

bloggers e consumidores
  • Vida de Escritor: A Vanessa do Blogue "Fio de Ariadne" faz o convite: "No dia 12 de outubro de 2009, aniversário de Sabino, gostaria de reunir os amigos de blog para falar sobre ele e outros escritores que gostamos de ler e, mesmo que em sonho, gostaríamos de ser. Assim, se te agradar a idéia, escreva um post em 12 de outubro sobre seu autor preferido, vale citar trechos da obra, contar a vida, colar fotos e imagens. Escreva sobre aquele ou aquela que conta histórias com perfeição, do jeito que você sempre quis contar". Se interessou em falar do seu autor preferido? Faça sua inscrição até o dia 09 de Outubro [link de acesso]

  • Professores do Brasil: Blogagem promovida pelo Valdeir Almeida do blogue "Ponderantes", acontecerá no mesmo dia em que se comemora o Dia do Professor (15 de outubro). A causa é nobre para aqueles que se interessam pela educação no país, afinal, o professor é a célula mater deste processo e nós, mesmo aqueles que não são educadores, poderemos discutir a situação atual da classe ou postar "um texto crítico, um protesto, uma homenagem através de poesia, um relato sobre um professor que marcou sua vida, uma imagem, um vídeo ou o que sua criatividade desejar". Feito o convite, pau no teclado!! Demonstre sua satisfação (?), insatisfação, sua opinião!! Confirme sua participação! [link de acesso]

  • Blog Action Day 2009: Esta blogagem coletiva já é conhecida de todos, por estar presente na blogosfera à três anos. Cada ano é proposto um tema e este ano o tema será "Mudanças climáticas" - Visite a página oficial (em inglês) para fazer seu cadastro e saber das sugestões de postagens. Se sentir dificuldade no inglês, faça seu cadastro na página em inglês e corra para a página do Action Day Brasil. Sim, damos o nosso jeitinho e lá você pode encontrar tudo mastigadinho! Ah, garoto! Além da boa causa que será debatida, o bom desta blogagem coletiva, será constatar os bloguxos brazucas que metem o pau em blogagens coletivas, aderir a esta - que não deixa de ser 'blogagem coletiva' com a mesma finalidade das outras, onde se discute um tema, de preferência, até que ele se esgote! Dia 15 de Outubro, também! Acompanhe as ações também no vimeo e twitter.
Cansado de ouvir falar em twitter? Pois saiba que o twitter também está nas ruas!



Marc, tirou o passarinho da gaiola, espalhou pelas ruas e pelo número de trackbacks, o passarinho alçou inúmeros voos, inspirando a criatividade de muitos.

Gente, o negócio é soltar o passarinho!!

manual twitterNão se engane! O passarinho não é verde, mas o resultado parece ser o mesmo! Tem muita gente alegre com o trekinho e se você está perdidinho no twitter e quer entender um pouco mais, o Juliano Spyer do blogue Talk2 disponibiliza um manual, para principiantes e não tão principiantes assim - "para pessoas e organizações que querem descobrir e explorar o potencial do serviço" - clique na imagem ao lado, para ser levado à página. Também na tag twitter do blogue Talk2, você tem diversas informações adicionais, como: Como recuperar o nome de uma empresa no twitter e twittada patrocinada, entre outros.

Este manual já foi lançado no mês passado e estou indicando, por ser o melhor que está circulando por aí e também, devido ao grande número de pessoas que me mandam e-mails procurando por informações. Faça o download do manual, leia e guarde junto consigo para futuras consultas.

widgetsSe o seu passarinho azul caiu na rotina, aproveite e dê uma turbinada nele! A Lulu, por exemplo, gosta de passarinho rosa. Então, Lulu clique na imagem e procure o seu passarinho!

O blogue Widgets for Free - disponibiliza 502 ferramentas: widgets, buttons e ícons para chamar atenção de possíveis seguidores no twitter. O blogue também disponibiliza inúmeras widgets não relativas a twitter.

hagtagVocê navega pelo twitter e não sabe o porquê de algumas palavras (hagtag) aparecerem em uma lista (Trending Topics) na lateral do seu perfil ? Acesse o What the Trent? Digite a palavra e pronto! A explicação do porque a palavra estar na lista aparece logo em seguida.

O que não faltam na web, são blogues e sites mostrando uma enormidade de ferramentas para se usar integrado com o twitter ou para simples consulta.

Separei três links para você customizar o seu twitter:
  • No Youtube - vídeo ensinando a instalar background
  • Twitback - para personalizar o seu background - explicação minuciosa no TwiTip
  • Twitterback - mesma proposta, porém mais profissional.
Mais dois links interessantes:
  • SayTweet - Para azucrinar um chato ou brincar com um amigo
  • Planeta Twitter - Blogue brazuca, muito bom! Recheado de traquinagens para o twitter.
São tantas coisinhas para o twitter, que cansa!



Quem queria saber sobre a saúde do Max. Ele está super bem, continua tranquilo e por causa da anestesia que tomou, começaram a aparecer pêlos brancos - diz o veterinário "stress cirúrgico"- meu cão agora é um Sr.!

"A vida é como topografia, Haroldo. Há picos de felicidades e sucessos... pequenos campos da chata rotina... e vales de frustrações e fracassos..." Calvin.

Beijus,

Criatura do Cinema

eu e ela

Eu sei que disse que iria descansar, consequentemente não iria postá! Daí li postezito da Maria Augusta e deu coceirinha! Ó vício de blogar!!

brigitte antes e depois

A Brigitte Bardot está ficando velha,
envelheceu antes dos nossos sonhos.
Coitada da Brigitte Bardot,
que era uma moça bonita,
mas ela mesma não podia ser um sonho
para nunca envelhecer.
A Brigitte Bardot está se desmanchando
e os nossos sonhos querem pedir divórcio.
Pelo mundo inteiro
milhões e milhões de sonhos
querem também pedir divórcio
e a Brigitte Bardot agora
está ficando triste e sozinha.
Será que algum rapaz de vinte anos
vai telefonar
na hora exata em que ela estiver
com vontade de se suicidar?
Quando a gente era pequeno,
pensava que quando crescesse
Ii ser namorado da Brigitte Bardot,
mas a Brigitte Bardot
está ficando triste e sozinha

Tom Zé "Brigitte Bardot Lyrics"

Estigmatizada por "E Deus criou a mulher" e porque a beleza não é eterna, vale lembrar também, que foi um homem que criou Brigitte Bardot!

Brigitte BardotRobert Vadim não era bobo. Em 1956 este diretor francês lançou o seu primeiro filme, revelando ao mundo uma jovem atriz com quem se casara. Uma revelação e tanto: em ousadas cenas de nudez para a época, Brigitte Bardot virou estrela do dia para a noite com o filme "E Deus criou a mulher".

B.B. como ficou conhecida, já tinha 17 filmes no currículo, nenhum deles expressivo, quando fez o papel de Juliette, a moça que tem um caso com o irmão do rapaz com quem acabou de casar.

Vadim a descobrira, quando ela, aos 15 anos, aparecera na capa da revista "Elle" como uma espécie de debutante do ano - usando da oportunidade de ser filha de um industrial burguês de Paris e ter a mãe, como grande amiga de Helene Lazareff, fundadora da revista. Nesta época ainda usava seu nome de batismo - Camille Javal.

O Futuro cineasta ainda era assistente de produção e soube ali que esta seria a atriz de seu primeiro filme. Casou-se com ela três anos depois e foi planejando a sua obra, enquanto ela ganhava intimidade com a câmara em pequenos papéis.

brigitte bardotQuando rodou o filme, B.B. tinha 22 anos e aparentava menos e exalava sensualidade. Com seus lábios carnudos se juntando num beicinho que deixava os homens loucos e as mulheres morrendo de inveja.

B.B. era, em tudo, diferente das estrelas de cinema da época. Hollywood vendia ao mundo atrizes inacessíveis em vestidos vaporosos. Bardot usava sapatilhas baixas e vestidos de xadrezinho vichy, rosa e branco. Era uma "beleza afável", segundo a escritora Marguerite Duras.

Bardot colecionou papéis, maridos e amantes - já durante as filmagens de "E Deus criou a mulher", teve um caso com o ator Jean-Louis Trintignant, o que a conduziria ao divórcio de Vadim.

Ela lançou muitas modas para depois desprezar sua aparência e tentou suicídio 3 vezes. Na França, celebrizou Saint Tropez, onde se refugiou na sua praia particular, La Mandrague, após deixar o cinema.

Brigitte BardotNo Brasil, onde passou uma temporada no verão de 1964 com o namorado Bob Zagury, fez a fama de Búzios, então uma pacata aldeia de pescadores.

Não chegou a ser uma atriz estupenda, mas a sua presença na tela nunca era menos do que fascinante. Fez muitos filmes descartáveis e uns poucos que sobreviveram, como "O Desprezo", de Godard e "Viva Maria", de Louis Malle.

Em 1973, aos 39 anos, demonstrando estar descontente com a humanidade, disse adeus às telas e se lançou de corpo e alma às campanhas pelos direitos dos animais; defendendo causas como, o uso de animais em circos, venda de gatos e cachorros em classificados, fim das brigas de galo, touradas e uso de pele de animais para confecção de artefatos, incluindo os casacos de pele.

Em 1992 casou-se com o político francês de extrema direita, Bernard d´Ormale e em 2003 publicou o livro "Um Grito no Silêncio", fazendo uso de uma escrita amarga que provocou polêmica, onde foi acusada de exaltar preconceitos, entre eles, contra imigrantes, homossexuais e negros. Tornou-se uma vergonha para os franceses, por total descalabro.

brigitte bardotOs fãs preferem lembrar da jovem loira sexy dos anos 60 e aproveiando-se da data de 28 de Setembro, dia do seu nascimento, o Museu dos Anos30 em Boulogne-Billancourt na França, apresenta a partir do dia 29, uma exposição em homenagem à B.B.. A proposta é fazer uma viagem pela carreira da atriz, onde serão apresentadas fotografias realizadas por Richard Avedon, Andy Warhol, Pierre Boulat, Sam Levin e também correspondências trocadas com Jean-Paulo Belmondo, Valéry Giscard d’Estaing e Alain Delon.

Henry-Jean Servat, diretor da exposição disse que além de contar a vida de Brigitte Bardot, a exposição trata da história da França, pois B.B. foi uma personalidade que provocou mudanças de comportamento na época, influenciando a sociedade francesa.

B.B. está prestes a ganhar sua própria cinebiografia. Um dos filmes será lançado pelo quadrinista e agora diretor de cinema Joann Sfar e entitulado "Vie Heroique" e trará B.B. no auge da fama e beleza, interpretada pela atriz Laetitia Casta.

brigitte bardotNeste filme, porém, o personagem central é outro artista: Serge Gainsbourg, que além de músico, cineasta e ator, é um grande "pegador" nas horas vagas e não vagas.

Um outro filme, que também está a caminho, trata da vida da artista pelas mãos de Kyle Newman, onde Jaime King dará rosto à atriz.

B.B. está em todos os cantos da França - a capa da revista W Magazine de julho, com Daria Werbowy, Kate Moss e Lara Stone - aponta Lara Stone (veja foto) como a nova Brigitte Bardot, título anteriormente dado à Claudia Schiffer.

Já no desfile de inverno, coleção 2010 da Chanel, este make já havia aparecido e a W Magazine, aproveitou a 'inspiração'. Karl Lagerfeld também mostrou em sua coleção de 2007 alguma referência à B.B., já que segundo o próprio, usou Amy Winehouse, porque esta teria lhe remetido B.B. - já que considera Amy, o “negativo” de B.B.

A aparência de Lara Stone, muito lembra B.B., porém na atitude, prefiro apostar em Kate Moss ou Siena Miller como musas francesas que possuem um "Q" de Brigitte Bardot. Vejam este vídeo dirigido por Sofia Coppola, rodado em Paris, do comercial do Miss Dior Chérie.

desfile tecaJá no Brasil, no último desfile primavera/verão 2009/2010 do Fashion Rio, Helô Rocha da Têca disse ter se inspirado nas divas francesas - Jane Birkin e Françoise Hardy, com grande destaque para a leveza despojada de Brigitte Bardot em referência à Riviera Francesa, para elaborar a sua coleção.

Preparem-se meninas, as calças "Hot pant" (eca!) - justas nas pernas e volumosas no quadris retornam combinadas com regatas [veja as principais tendências para o próximo verão carioca]

Independente da moda, do cinema, interessante o modo como uma personalidade pode influenciar uma época - muitas pessoas não sabem, mas Brigitte Bardot foi o rosto que serviu de modelo para o busto de Marianne, personificação da República e a guardiã da Constituição Francesa. Brigitte Bardot envelheceu e deixou de ser apenas rosto e corpo, aliás, há quem diga que ela abandonou o próprio corpo.

A ridicularização que fazem em torno de sua degradação física e da opção de vida que fez, esbarra na concepção dos valores sociais, onde apenas a juventude artificial é exaltada, nos leva a acreditar que Brigitte Bardot tem consciência da sua importancia para uma época, em que a indústria cinematográfica se aproveitava da imagem da mulher para se promover e ela também se aproveitou disso, lógico! Principalmente quando divergiu da fórmula americana das divas hollywoodianas que portavam cabelos bem arrumados, roupas ajustadas e maquiagem carregada a la Marilyn Monroe. Vários clones de Marilyn haviam surgido, até que surgiu Brigitte Bardot, não era uma diva, era uma mulher de carne e osso, bem natural, com suas roupas simples e cabelos ao vento, sem laquê.

No texto Mega tons e sensualidade que escrevi, comparando o biquini à bomba atômica; já que ambos foram lançados em conjunto e 'causando' - o mulheril da época, constrangidas com as duas peças, deram nada para os "quatro triangulos de nada" - e Louis Read, um engenheiro mecânico quase afogou, aquela sua invenção inspirada em "Atol de Biquini", no pacífico sul, onde os americanos faziam testes nucleares.

Brigitte Bardot foi uma das primeiras 'corajosas' a usar um biquini e além desta peça do vestuário, é a responsável pela popularização da camiseta preta, do xadrez vichy, das sapatilhas Repetto, das calças capri e dos vestidinhos leves.

E até o dia 03 de Outubro, acontece a exposição “Brigitte Bardot e os primeiros paparazzi”, na Galeria James Hyman, em Londres, onde já estão reunidas 75 fotografias que marcaram “uma forma diferente de olhar para as celebridades e o início de uma nova cultura” de autoria de alguns dos mais famosos fotógrafos de celebridades nos anos 1950 e 1960.

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Indicação de leitura: O rosto no Cinema do blogue Cinema Europeu por Roberto Acioli de Oliveira - Este blogue é excelente! Um verdadeiro tratado sobre o cinema, para ser lido do fim para o início e acompanhar.

"Eu dei minha beleza e minha juventude aos homens. Agora dou minha sabedoria e minha experiência aos animais."(Brigitte Bardot)

Lembrando que, na vida cada um escolhe o seu caminho!

Boa semana!

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Algumas coisas não têm preço

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