Guardar livros, pra quê? [update]

Todos nós sabemos da situação que se encontra a educação no Brasil. Não vou traçar panorama algum para não vos massacrar, só queria que olhassem à volta, os livros que ocupam as vossas estantes e analisassem o tempo em que cada um deles não é aberto.

Alguns destes livros podem ter valor afetivo e outros estão ali somente para ocupar espaço e, se não servem mais para vocês, poderiam servir para outras pessoas, não é mesmo?

Passei a tarde de hoje em uma organização de estante, envolta em recordações emanadas de cada volume e das lembranças de como cada um dos livros chegou em sua mão e o por que, de cada um ocupar aquele espaço. Depois da organização, restaram livros sem apego, livros que não mais interessavam ou que nunca mais interessarão, alguns ofertados impessoalmente para divulgação.

Às vezes acontece dos livros não poderem nos acompanhar, como quando mudamos de casa, cidade ou país. O que vejo são pessoas entulhando a casa dos pais ou procurando guarda-livros, mas para quê? Se o livro não é precioso, porque não doamos?

Onde posso doar meus livros?

Existem diversas alternativas e uma delas são os cursinhos pré-vestibulares populares, voltados para a população de baixa renda, que normalmente aceitam doações. Veja outras alternativas:
  • Bibliotecas municipais, basta entrar em contato com a Secretaria Municipal de Cultura de sua cidade.
  • No Rio e em São Paulo os livros didáticos também são aceitos, mas antes de levar os livros, é recomendável telefonar para agendar as doações. Os endereços e telefones você pesquisa no site das secretarias municipais de cultura.
  • No Estado do Rio de Janeiro, o Instituto Educarte lhe dá a comodidade de recolher em casa as doações e ainda mantém endereços por quase todo o Estado.
  • A ONG Oficina de Cidadania (av. Sete de Setembro, 88, sala 614, tel. (71) 8863-4615) em Salvador, onde é oferecido aos jovens de baixa renda curso pré-vestibular gratuito, também busca os livros em domicílio.
  • Em São Paulo, o Núcleo de Consciência Negra da USP (av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, trav. 4, bl. 3, tel. (11) 3091.4291)
  • Em Belo Horizonte, a Associação Pré-UFMG (r. São Paulo, 990, tel. (31) 3212-6807)
  • O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) faz campanha nacional para abastecer suas bibliotecas e recebem doações. Você deve ligar para a secretaria do movimento de seu Estado e saber onde ficam os postos de entrega e dependendo do Estados, eles recolhem no domicílio.
  • Raquel, do Maionese sugere outros locais para doação, troca e venda de livros usados, confira!
  • O Blogue "O que elas estão lendo" está com uma proposta legal para fazer os livros circularem. Embarque nesta!
  • Sebinho nas canelas!! Dica do Pablo, do blogue Cadê o Revisor? Feira de troca de livros infantis que acontece no Parque Lage (Rio de Janeiro), nos finais de semana, com direito a café da manhã. Vai perder essa?
  • [update] Projeto "Livro sem Fronteiras" - Por essa você não esperava!!
Não deixe que seus livros 'morram' na estante! Dê vida à eles, faça-os circular e espalhar bons momentos!

Ah! E dia 10 de Setembro, começa a Primavera dos Livros! Centro Cultural São Paulo, entrada gratuita!

Refletindo:

Nossa vida é contínua comunicação. Com a educação ou aprimoramento desta capacidade comunicativa, ampliamos nosso relacionamento com o mundo, compreendemos melhor a realidade e consequentemente poderemos transformá-la. É pela troca de experiências e intercâmbio de indagações que analíticamente discutimos nosso dia a dia. Talvez, esse seja o maior motivo do sucesso dos blogues.

Aqui nos organizamos com mais propriedade no espaço virtual! E comunitariamente nos ajudamos. Pois sim?

Perspectiva

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Uma questão de ponto de vista

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Nosso país é lindo!

- Luma Cadê você?
- Tô aqui, uai! Relaxando e passeando um pouquinho! Vou republicar umas fotos que fiz de Cabufa, pra você morrer de inveja!!


Quase ninguém na praia, o dia amanheceu nublado...


Quem conhece Cabo Frio, logo identifica o Canal do Itajuru que corta esses dois morros, em um deles fica o Mirante do Morro da Guia. Ao lado, se prestarem atenção fica a capela de Nossa Senhora da Guia, Construída em 1740 pelos padres Franciscanos.



Aqui o Forte São Mateus, a História da cidade está diretamente ligada às batalhas travadas com piratas de outros países: portugueses, ingleses e holandeses para domínio da terra rica em madeira, mão-de-obra indígena e litoral propício para operações portuárias. A primeira viagem de exploração foi feita em 1503 por Américo Vespúcio, navegador que trabalhava para a Coroa Portuguesa. Aí começam as controvérsias e polêmicas da História do Brasil – leia aqui – Américo Vespúcio seria o primeiro grande mentiroso?


Depois dessa, fui para o meu destino!

Nosso país é lindo! Ele merece o povo que tem?
Fiquei aqui filosofando e lembrei de CREONTE, que disse que o homem bom não quer ser igualado ao mau.

Creonte foi o primeiro democrata que após criar o “decreto” passou à tirania, confirmando que o poder, corrompe. As tragédias gregas eram resolvidas com sangue, daí surgia a figura do herói.
A tragédia Antígone já antevê, através do gênio de Sófocles, o antagonismo entre Lei e Justiça e o problema da vigência das leis injustas.

Se o Brasil é um país de leis injustas: quem as criam são quem as aplicam? Um Estado não pertence a uma única pessoa.

Os heróis brasileiros não dão sangue pelo Brasil, se destacam na maioria por ganharem $$$$$. País de gente esperta, de gente deslumbrada? Ou teria o brasileiro, sangue de barata?

Semana da Pátria. Alguém se lembrou do que é pátria? Ah, tá...a palavra esta gasta e perdeu o seu significado. Mas reflitam um pouquinho com o texto abaixo de Bertolt Brecht (1898-1956)

Quem faz a história?

Quem construiu a Tebas das sete portas?
Nos livros constam os nomes dos reis.
Os reis arrastaram os blocos de pedra?
E a Babilônia tantas vezes destruída
Quem ergueu outras tantas?
Em que casas da Lima radiante de ouro
Moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros
Na noite em que ficou pronta a Muralha da China?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.
Quem os levantou?
Sobre quem triunfaram os Césares?
A decantada Bizâncio só tinha palácios
Para seus habitantes?
Mesmo na legendária Atlântida,
Na noite em que o mar a engoliu,
Os que se afogavam gritaram por seus escravos.
O jovem Alexandre consquistou a Índia.
Ele sozinho?
César bateu os gauleses,
Não tinha pelo menos um cozinheiro consigo?
Felipe de Espanha chorou quando sua armada naufragou.
Ninguém mais chorou?
Fredrico II venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem venceu além dele?
Uma vitória a cada página.
Quem cozinhava os banquetes da vitória?
Um grande homem a cada dez anos.
Quem pagava as despesas?
Tantos relatos.
Tantas perguntas.

Indico a leitura do post "Os heróis não morreram" do blogue "A Itinerante".

Uma experiência marcante em minha vida

«Quando eu era menino, os mais velhos perguntavam:

O que você quer ser quando crescer?
Hoje não perguntam mais.
Se perguntassem, eu diria que quero ser menino.»
Fernando Sabino


Quando a Mylla Gavão propôs uma blogagem coletiva nos dias 04 e 05 do presente mês, em comemoração aos 6 meses de existência do "Vidas Linha" com o tema: Uma experiência marcante de minha vida - Parei para pensar o que seria 'marcante', se tudo faz parte da própria vida e nela se dilui?

Por ter vivido intensamente todas as minhas fases, não posso reclamar da vida! Houveram mais alegrias que tristezas. Estas sempre estiveram agregadas a morte de um ente querido: na minha infância a perda de meu pai e no início da adolescência, a perda de uma amiga de infância - minha irmãzinha, a minha companheira de traquinagens.

As traquinagens seguiram mesmo assim e andei pelo mundo, conheci outras pessoas, outros lugares, culturas, povos - corri riscos de vida e duas quase morte.

Quando alguém morre, você é forçado a aceitar o acontecimento. A morte é coisa da vida! Mas e quando você sente a pessoa morrer somente para você? Isto acontece também quando paramos de confiar nesta pessoa - o que me fez rever todo o meu conceito de vida e perder a inocência.

Vocês podem me dizer, as pessoas não são iguais! Pois não são mesmo! Até porque os valores de lealdade são diferentes de pessoa para pessoa e o que carrego em mim, se choca!

E lembrando dos fatos, fiquei cheia de lágrimas - lágrimas que não saem. Lágrimas encurraladas, que se empurram nos olhos porque o coração frio, gela as lágrimas, não deixando que elas saem. Custa-me escrever isto, porque na realidade não gosto de falar de coisas tristes e de estar assim. Não adianta fingir, não adianta enganar-me que está tudo bem, que já esqueci. Custa-me viver certas situações. Não é algo que eu possa ou consiga mudar assim com um estalar de dedos. São caminhos que se tem que percorrer, daqueles com apenas uma via e que não permitem inversão de marcha. Faz-me bem despejar o recipiente das emoções aqui.

E apesar de, a vida tem me ofertado muitos momentos especiais, de quase felicidade.


Me identifico com o "Despertar da Consciência" de Saul Brandalise Jr. - Ele é atual presidente da Central Barriga Verde de Comunicação, ex-gestor da Perdigão (seu pai foi o fundador), figura marcante do empresariado brasileiro e quando seus filhos foram sequestrados em 1988, seu modo de pensar sobre a vida, mudou. Ele escreve artigos re-animadores, o último "Reclamar" - começa assim:

«Você já parou para pensar a quantidade enorme de pessoas que reclamam... Pois é, já se deu conta de que você e eu também fazemos parte deste enorme contingente de pessoas?»

Você pode parar para pensar e perceber que o que você reclama nas pessoas pode se tratar de uma deficiência sua em achar que tudo tem que ser perfeito. E porque as pessoas precisam ser perfeitas?

«Somos HUMANOS, portanto, como a própria palavra diz: HUM (um), MANO (irmão). Os sinais, as mensagens, estão na nossa frente e muitas vezes não as conseguimos ver. Sabe por quê? Eventualmente porque estamos com o nosso corpo cheio de mágoa (má água). Se o nosso corpo é 70 % água (líquido), imagine o que viramos... água podre. Quer mudar tudo isso? Então perdoe do fundo da alma. Faça sempre a boa intriga. Propaguemos coisas boas...»


Então já está dito e sem mexericos - estou trabalhando isto! São etapas de vida que se finalizaram, onde desfiz das trivialidades e percebi que a vida tem coisas tão mais importantes e que nós humanos nos preocupamos com imbecilidades! E quando nos colocamos diante da morte ou quase morte - sim, quando uma tragédia acontece, colocamos os pés no chão.

E digo mais, os gatos é que sabem gerir e viver a vida e, como dizia na contracapa de um dos livros do Saramago:

"Ainda não está provado que um Gato é um bicho!"

Continhos Galantes

por Dalton Trevisan. Só para abrir o apetite!


«– Depois te beijava da ponta do cabelo até a unha encarnada do pé. Cada pedacinho escondido de teu corpo. Afastava essa coxa branquinha de arroz lavado em sete águas. E me perdia no teu abismo de grandes lábios rosa.
Agora a mãozinha quente e molhada.
– Sou homem de certa idade. Com a minha vivência faria você sentir prazer até no terceiro dedinho do pé esquerdo. De tanto gozo sairia flutuando pela janela sobre os telhados da Praça Tiradentes. […] Quer experimentar hoje?
– Próxima vez eu resolvo.
– Por que não agora? Já está aqui. Tão fácil. Até chovendo. Mais aconchegante.
– Hoje não.
– Você é que sabe. Só não creio na tua frieza. Tudo me diz que é moça fogosa. Essa boca vermelha e carnuda. É de quem gosta. Mais uma coisa, anjo, enquanto eu falava, o teu narizinho abria e fechava…»

Até o dia 04 de Setembro acontece a I Bienal do Livro em Curitiba. No último sábado, dois imortais da Academia Brasileira de Letras estiveram juntos, Moacyr Scliar e Carlos Heitor Cony, discutindo o gênero "Romance" com o especialista da obra de Dalton Trevisan, Nelson Vieira.

Cony: “Dalton teve a ousadia de nomear seu livro de estréia de Novelas nada exemplares, parodiando as Novelas exemplares, de Cervantes. Otto Maria Carpeaux foi o homem mais inteligente que conheci, mas não teve a sensibilidade de perceber o talento de Dalton Trevisan quando criticou ferrenhamente o livro” [leia mais]

Para saber mais do Melhor de Dalton Trevisan.

O romance continua sendo uma deliciosa futilidade?

Beijus,

...em quietude, sem solidão

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