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Consultório sentimental

- É a próxima porta à esquerda, entre sem bater!



- O que está sentindo?

Cabe em meu coração um não sei como, cheio de segundos ou
um não sei, como que passa dos limites.

- Sintomático, está com a doença dos espaços incomensuráveis. Trataremos dos poços nômades ou começará a tropeçar em poemas.

ã...



Na postagem anterior, uma simples frase gerou opiniões bem variadas, assim como deve ser a visão que cada um tem do amor. Uns acreditam piamente, tanto que amam demais, vezes demais, reciclam seus sentimentos e não era de espantar, ficaram contrariados com a frase de Machado de Assis.

Aqueles que seguiram ao pé da letra, foram tão criticados como o próprio Machado; são os mais românticos que acreditam em somente um amor verdadeiro. Os que se dizem mais traquejados, que pulam de galho em galho, não acreditam no amor? Poxa! parece que estes, mesmo não acreditando são os que mais sofrem. Não é contraditório?

O amor é simples e os relacionamentos somente se complicam quando um dos envolvidos não ama o outro na mesma intensidade. Querem colher florzinhas, é?

Na verdade recebi vários e-mails de pessoas que queriam dividir com mais privacidade algumas experiências. Selecionei alguns depoimentos e com a permissão dos envolvidos - não vou citar nomes - exponho para que dêem suas opiniões:



Como no "Luz" a maioria se frequenta, irão identificar alguns autores dos e-mails - somente dois dos comentários que escolhi não são de blogueiros, mas deverão opinar sem relevar a pessoa, ok?

Particularmente penso que confundiram amor com pessoa ideal. O sentimento nem sempre vem junto com aquilo que idealizamos, mas é capaz de atualizar conceitos antigos e ensinar Estamos aprendendo e já sabemos que, não se ama aquilo que não se conhece, que amor só vem com tempo e dedicação, sem isso, não é amor.

Desculpe o amor, mas a estréia é da paixão! Se conseguirem unir os dois por long, long time; um alimentará o outro e pronto, agora não tem mais volta!!

Boa semana!
Beijus,
Luma

Eu estou solteira e... gosto disso!



Depois das duas últimas postagens, recebi e-mails e mensagens no plugoo de pessoas que estão sozinhas, não estão amando e que estão muito bem, mas se sentem incomodadas diante das cobranças sociais para que exista alguém ao seu lado. É uma postura errada, que começa desde cedo quando, por exemplo, alguém pergunta à uma criança se ela tem namorado (a). Este assunto merece um outro post, mas a tônica agora não é essa.

Conheço gente que é bem feliz sozinha e, não é egoismo, não querer ter alguém exclusivo. Essa sensação de liberdade não é nada moderno, quem não conhece alguém que faz a figura do eremita ou da tia solteira? Engraçado que do tio solteirão quase ninguém fala, não é mesmo? Isto também merece um post, mas a tônica também não é essa.

Existe uma grande diferença entre ser solteira (o) ou estar solteira (o) depois de um casamento. Insatisfações à parte, já que muitas vezes quem está solteiro (a) quer estar casado (a), quem está casado (a) quer estar solteiro (a) e isto também merece um post mas agora, a tônica também não é essa.

Vamos lá! Porque é bom estar solteira (o)?

Ao contrário da vontade e oportunidade de estar solteiro (a), a carência emocional pode ser uma doença, um estágio passageiro, uma coisa que lhe imbutem na cabeça, mas para as pessoas "resolvidas" com elas mesmas, o descompromisso é sinônimo de fazer o que quiser, na hora que quiser e com quem bem quiser.

Independente do agir, do poder fazer coisas, estar solteira (o) é poder dedicar-se exclusivamente à você. Convenhamos que sobra mais tempo!

Partindo de alguns princípios, resolvi participar de uma promoção do vitrine capital e contar em 5 linhas o lado bom da solteirice (mesmo sabendo o lado bom de amar e poder contar com a pessoa amada em todos os momentos da vida) - As melhores frases estarão disponíveis para votação pelos leitores do site no dia 12/06 e os autores das 4 mais votadas ganharão presentes exclusivos!!!

Mas se você não quiser participar da promoção do site, me conte! Mesmo para as (os) casadas (os) não lhes passa momentaneamente o pensamento "Ah se eu fosse solteira (o)" por suas cabecinhas? Aqui não vale o pensamento contrário "Ah, se eu tivesse um (a) namorado (a)" e veja bem, estamos no campo das suposições e pode falar à vontade, ninguém vai achar ruim com você! hehehe

* E quem estiver na Cidade do Rio de Janeiro, show especial do dia dos namorados! Sol na Boca que apresenta show cheio de romantismo, lirismo e grandes surpresas. Acesse o site e no dia dos namorados, mesmo solteiros, bebam poesia, música & humor.

O Show acontece no Canequinho Café (anexo ao Canecão Petrobras)
Av. Venceslau Brás, 215 – Botafogo
Tel.: (21) 2105 2000
Datas: 12, 18 e 25/06 e 9, 16, 23, 30/07 (quintas-feiras)
Horário: 21h
Ingresso: R$ 20,00

Mande um e-mail para Mônica Montone confirmando sua presença e receba 50% de desconto na bilheteria.

Gente, depois das primeiras apresentações, o show fez tanto sucesso que os poetas Claufe Rodrigues, Mano Melo, Mônica Montone & banda, foram convidas a permanecer por mais dois meses. Então, amanhã reestréia!!

Sucesso!

Beijus,

Luma

Estou ligada num futuro blue - Um mito preenche uma carência?

Além da notícia veiculada no último dia 21, assisti em uma dessas mesas redondas de Segunda-feira, o questionamento sobre qual era o motivo de David Beckham ser ídolo e se ele sabe mesmo jogar bola. Seus principais atributos desportivos são atribuídos a capacidade de rematar de longa distância - especialmente na marcação de livres diretos - e a precisão nos cruzamentos da direita, mas também uma inesgotável reserva de energia.

Calma meninas! Não vou falar de futebol... Este rapaz que reúne riqueza, talento e beleza, ocupa um lugar especial na vida de muita gente pelo mundo e principalmente na Inglaterra.

A Inglaterra é país rico, esquisito e carente de ídolos. Mas não é só a Inglaterra que vive esse momento de carência de ídolos contemporâneos.

As pessoas querem se sentir especiais e por isso buscam modelos para seu comportamento. Os ídolos e os heróis seriam referencial na dramatização de situações de vida para que cada um compare seu próprio sucesso ou fracasso frente a sociedade. Os ídolos projetam o desejo coletivo.

Geralmente encontramos o ídolo dentro de assuntos de nosso interesse: Esporte, religião, literatura, política, música e por aí vai. Os Adolescentes seriam os que mais precisam de ídolos? Antes de qualquer escolha, nosso pai ou mãe; amorosos, dedicados e divertidos supririam a qualquer carência de exemplos e heróis. Se faltam exemplos dentro de nossa casa, a carência faz as pessoas procurarem por um "espelho"?

*Amigos da Luci, 100 querer - Ela está precisando de vocês!

Meus EU'S


Boa semana!

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O exercício das pequenas coisas II

Estou com visitas em casa e não tive muito tempo para me dedicar à blogagem coletiva em comemoração ao Dia Mundial da Água. Visitei poucos participantes e durante a semana estarei lendo as postagens restantes. Vocês que não participaram, ainda há tempo. É, ainda temos água.

E por causa do feriado, a minha postagem "O exercício das pequenas coisas" não fez muito sucesso. Assim pensei, porque foi o post que menos resultados visíveis teve em toda a história do blogue. Que engano! O número de pessoas que acessam o blogue é bem diferente daquele que apenas lê ou daquele que além de ler, também comenta.

Eu fiquei impressinada com o número de acessos. Fui entender quando acessei o Get Clicky e constatei de onde vinham tantos leitores.

Clique na imagem.


Buzz Tracker - Permalink

Sabe qual o segredo? Não ter preguiça para montar o texto no blogue. A falta de referência não dá credibilidade e muito menos retorno. Citar fontes de pesquisa e adicionar links, enriquecem a postagem. Também não basta citar a fonte de pesquisa, é necessário adicionar o referido link.

No dia que escrevi o texto que comentei acima, li uma matéria na Rolling Stone que entitulava "Amy Winehouse, a diva e seus demônios - Ela está apaixonada e no topo das paradas. Agora, precisa sobreviver a isso tudo". A matéria foi escrita por Jenny Eliscu e a versão traduzida você lê aqui.

Quem nunca fez uma loucura por amor, atire uma pedra! Não vou falar da Amy Wino. Não sei se ela sobreviverá ou mesmo se lembrará de tudo que acontece agora. De uma maneira geral, podemos nos arrepender de atitudes ou mesmo de ter confiado em alguém, enquanto que estivermos "influenciados" por um sentimento perdemos a razão.

Não precisamos adivinhar o que se passa no interior das pessoas, mas um entendimento do sofrimento dessas pessoas, podem gerar sentimentos de compaixão que realmente, nos fazem sofrer.

Lembro também de algumas personagens femininas dos livros de Isabel Allende e da forma como as suas vidas caminhavam para um destino acompanhadas de visões e adivinhações.

Associei a menina a personagens que não existem na vida real e sinto pena pelo seu destino.


E eu tenho que me lembrar de muitas coisas hoje!

Uma delas é dar os parabéns pelo aniversário de blogue do BHY. Coincidentemente a Amy foi fundo musical do nosso primeiro encontro.

Encontro de mineiros, bom demais!!
De lá pra cá foi muito bom conviver com ele. Cativante, inteligente e educado! Mais qualidades estragam!

Pra variar cheguei atrasada na festa...


Beleza feminina X Satisfação masculina?



Quando pequeno Narciso foi levado pelos pais para consultar um adivinho, este professou:

“Este menino viverá até quando conhecer a si mesmo, isto é, ao ver sua própria imagem”

Narciso cresceu e tornou-se belíssimo e ignorado da própria beleza. Muitas ninfas dele se apaixonaram, inclusive Eco.

Esta ninfa era conhecida pela sua inteligência e gosto de falar. Era companhante da deusa Diana nas caçadas e tinha o péssimo defeito de nas discussões ter sempre a última palavra. Além disso era muito fofoqueira e numa de suas fofocas desagradou a deusa Juno, que assim ordenou:

“De hoje em diante você perderá a fala, a não ser para o que tanto gosta – dizer a última palavra. Mas terá que repetir a palavra de outra pessoa”

Quando Eco viu Narciso apaixonou-se imediatamente. Entre as ninfas apaixonadas, Eco era a mais assídua e enfastiava Narciso pela maneira estranha de expressar.

Eco passou a sofrer. Narciso a maltratava, mas ela não conseguia ficar longe dele. Os deuses do Olimpo não gostaram da situação e revoltados, resolveram transformar Eco em uma rocha forte.

A deusa da vingança, Némesis, solidária de Eco, desejou que Narciso chegasse junto a uma fonte e visse seu rosto refletido.

Assim aconteceu. E ele nunca mais conseguiu sair dali, ficando a contemplar seu próprio rosto e em vão tentando apoderar-se daquela imagem refletida. Assim ficou até morrer e naquele lugar, nasceu uma flor chamada Narciso.

Parece uma história para crianças...

Narciso pagou pela vaidade.

Eco, apesar de inteligente, caiu no mesmo erro. Apaixonou-se pela beleza.

A nossa libido é retirada dos objetos do mundo exterior para ser investida sobre o ego – O termo não é mais usual e as perturbações a ela associadas foram reagrupadas nas psicoses. Resumindo: Ter tesão somente pela superficialidade também é doença.

O conceito de beleza, em destaque a feminina tem sido alterado ao longo dos tempos. Nos primórdios costumavam achar-se belas as mulheres de formas arredondadas e voluptuosas. A gordura era sinônimo de formosura e as mulheres mais magras eram vistas quase como "mulheres incompletas".

Quem é que se importava com as "banhas"? Deviam ser tempos felizes, comiam o que lhes dava na realíssima gana sem preocupações de linha. Muito pelo contrário, quando mais cheinha melhor.

Depressa este conceito de beleza deixou de ser moda, vieram as calças para as mulheres, as mini-saias e era preciso ter uma silhueta elegante. No entanto as tendências não ficam por aí.

Hoje há quem consiga ver beleza em mulheres musculosas. Demasiado musculosas diria eu... Palavra que gostaria de saber como se sentem os homens normais - entenda-se homens normais aqueles cujos músculos são apenas os que Deus lhes deu - ao lado de Rambozinhas como estas...


Google imagens
Malha-se muito com pesos. Ganha-se músculos, pernas e braços. Perde-se cintura e busto. Perde-se as formas femininas. Talvez por isso, a moda de bustos de silicone - colocar o que sumiu no meio dos músculos. Tá certo!



Sabe-se que quem não está bem consigo mesmo, não está bem com o mundo. Afinal, você é o centro do seu universo, o começo de tudo.

Gostava mesmo de saber... e depois de tanto delírio, o que falta?


Tudo bem. Vamos malhar para sermos saudáveis e termos uma velhice digna!

Porque no final dá nisso mesmo.

...e vai ter que tirar o silicone, não cai bem velhinha com peitão!

E talvez colocar silicone no colírio.

Ah, tá...

Vai indo que eu já vou.

Google imagens

Maria Augusta, você não tem jeito!

Sim, ela se supera a cada dia em delicadeza, percepção e na boa vontade de passar para nós aquilo que sabe. E escreveu o texto "Irradiando liberdade", que ao final, a mim irradiou encanto, muito encanto.

Fiquei pensando nas corajosas mulheres de outrora, mulheres bem nascidas, educadas nas melhores escolas, tradicionais de cortesia e descrição, que tinham tudo para acomodarem-se em enfastio de bolos e chás, a trocar conversas fúteis a la Bovary, e no entanto, preferiram lutar por um lugar ao sol.


Museum of London

Emmeline Pankhurst, que figura na imagem acima, e suas filhas Christabel e Sylvia, foram levadas a criar um movimento independente, na Inglaterra, em 1903, como resposta de quem a anos tentava inscrever na plataforma dos partidos políticos o direito do voto feminino.

Era o fim de um século e no engatinhar do novo século que nascia, ainda sem personalidade, inseguro, arrastando consigo as sequelas de esgotamento do espírito da época passada, que a criação da "Associação Política e social das mulheres da Inglaterra" respondeu ao desprezo dos políticos.

O clima de indignação era tão grande que se transformou em atos violentos que buscavam chamar a atenção dos políticos. Começava a quebra-quebra de seções eleitorais e urnas, deixando Londres estupefata. Afinal, eram moças bem nascidas!

Os confrontos levaram à cadeia mais de cem mulheres, que ao se verem atrás das grades, não desanimaram e fizeram greve de fome. Estava claro para os políticos que aquela luta tinha vindo para ficar. Um exemplo, que incentivou todo o continente europeu e os Estados Unidos. Estava lançada a semente de toda uma revolução do século XX, o movimento feminista, que sem pretensões épicas, sem bandeiras ou soldados, lutava contra os danos do ridículo com que as mulheres eram sistematicamente atacadas.

Hoje em dia acho graça nas mulheres que dizem, não sou feminista, sou feminina. Mas ao contrário de conceitos retrógrados, é somente por causa do feminismo que essas mulheres conseguem exercer hoje a sua feminilidade com plenitude. O natural é ser feminina, assim como é natural o homem não ser mais machista. A beleza de ser mulher, está em ser diferente do homem e ser complementar à ele.

E Maria Augusta, Marie Curie, foco da sua postagem, foi a principal culpada disso tudo acontecer. Explico:

Veja que tudo aconteceu no ano que Marie Curie, arrancara o Nobel de Física à Academia Sueca. Neste ano as universidades do Reino Unido passaram a acolher jovens desejosas de reeditar as glórias de Marie Curie.

A ciência abria suas portas, como já fizera com a arte, mesmo que Camille Claudel quebrasse pedra por pedra e pinçasse a imagem de sua loucura, para escapar do esmagador Rodin, mestre e amante.

E foi assim, abrindo portas que quarenta anos depois, Simone de Beauvoir conseguiu convencer com o discurso "Ninguém nasce mulher", nos tornamos por invenção dos homens, o feminino in absentia.

Ainda havia o ranço do século XIX, a privação da liberdade, do silêncio de opinião, da prisão no lar, enfim, presas a um corpo que tinha nascido para a submissão, vítima da natureza que lhe dera maternidade ao preço da cidadania, que Freud creditou o feminino, castrado e invejoso do potente e masculino, fazendo Coco Chanel nos presentear com o Tailleur, terninho para as mulheres que trabalhavam fora de casa.

Virgínia Wolf, foi a única no seu tempo a formular o que seria o legado do século XX, tema revitalizado nos anos 70 - A descoberta que a humanidade é feita de sexos diferentes e não apenas de um para se modelar.

Virgínia pedia a todos os escritores que levassem uma flor ao túmulo de Jane Austen, porque só ela, ousara escrever como mulher, a primeira a falar dessa diferença com orgulho, que antes era sufocado, pisoteado por um mito de inferioridade.

A maternidade, graças a contracepção, saiu do campo da natureza para o campo da cultura, uma pílula transformando o destino em escolha humana. Uma brecha que abalou todo o edifício da relação entre os sexos. Pois com a contracepção foi introduzido no espírito feminino a mais subversiva convicção - nosso corpo nos pertence!

A liberação do prazer e do desejo rompe aquilo que se preparava desde as heresias medievais, que acusavam as "bruxas" ora de libertinagem e ora de excessiva curiosidade pelos mistérios do corpo.

A diferença sem hierarquia questionava a liberdade entre os sexos, desorganizava a mais permanente das regras humanas, quebrava um paradigma milenar e as mulheres emergiam para a humanidade visível.

Mas foi somente no ano de 1994 que refunda-se uma nova civilização, a mulher sai definitivamente do claustro da idade média e diante de protestos fundamentalistas, que na Conferência de Viena sobre os direitos humanos, que a comunidade internacional declara: Os direitos das mulheres são direitos humanos.

Portanto, faz pouquíssimo tempo que conquistamos direitos plenos ou seja, nada acontece do dia para a noite. Há de ter persistência e respeitos aos ideais.

Concluindo, o século XXI é o resultado, aquele em que homens e mulheres, pela primeira vez na história, se olharão nos olhos de igual para igual. Olhando nos olhos, perceberão o quanto são diferentes e verdadeiramente iguais. Serão próximos, leais e mais felizes.

Você homem que chegou até aqui, não está mais tão perdido e entende um pouquinho mais o espírito feminino.
Você mulher, use essa liberdade conquistada com parcimônia.

Obrigada, Maria Augusta!

Boa semana!
Beijus,
Luma

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Hipocondria do coração, medica-se a mente



É mais fácil escrever algo triste e niilista, do que alguma coisa de esperançoso e positivo.

O lado luminoso e criador da vida exige sempre mais de nós. Isso não força ninguém a ser o "engraçadinho" e não nos custa nada ver o lado bom da vida, contanto que não seja um "bobo-alegre".

Querer rever o sentimento de tristeza ou alegria, é uma coisa. Ser triste ou alegre, é uma outra coisa.

The Future of Nostalgia (Svetlana Boym) é um livro apaixonante, que procura traçar a história dessa "hipocondria do coração" iniciada com o sentimento obsessivo de retorno ao passado. Detectado por um médico suiço dos finais do século XVII em alguns soldados mercenários e que sobreviveu ao tempo até se transformar numa das características essenciais da modernidade. Num trajeto centrado de inúmeras leituras e de experiências pessoais, que decifra esta "doença social e emoção criativa" até às ruas das "cidades nostálgicas" do mundo pós-comunista, como São Petersburgo, Moscovo ou Berlim, construindo por sobre sinais omnipresentes aquilo que ficou para trás.

O livro valoriza o passado, mostrando que este pode não interferir negativamente na maneira que enxergamos o presente e projetamos o futuro. Penso diferente.

Daí me vi apegada em nostalgia, culpando a saudade e as coisas que antes deixei pra trás. Amanhã conto!

Adiantando um pouco, é quando temos a sensação de que poderíamos ter usufruído mais, sugado até a última gota. A sensação é de um pulo no tempo. Poderíamos ter vivido mais aquele momento.

Sábado postei uma brincadeira que nem todo mundo entendeu. O Eclipse foi secundário. Neste fim de semana também consegui terminar de ler as 285 postagens dos participantes da blogagem coletiva. Legal que o pessoal continua postando sobre o tema.

"...E é por isso que eu não aceito
Eu não aceito ver você, assim retrocedendo
Abrindo mão dos sonhos, fantasias
Por essa covarde covardia
Muito menos pagando o preço dos nossos pecados
Nem se fosse dez centavos"

Trecho da música "Foto Polaroid" de Isabella Taviani
Não confundam com "Polaroides" de Celso Fonseca, que também é linda!

"...a gente tem quase tudo pra não dar certo!"

Boa semana!
Beijus,
Luma

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Aconselho clicar para ampliar...

E abrir o horizonte!




O fim de semana foi de praia e de amigos. Vejam se moro ou não no paraíso?

Eu tenho um amigo pessimista e com um péssimo defeito: sempre faz mal interpretação das palavras alheias.

Ele sabe disso e tenta corrigir. Só que a correção que faz é um pouco desastrosa. "Pior a emenda que o soneto" (Manuel Maria Barbosa du Bocage). Quem não o conhece, pensa que está o tempo todo puxando o saco. É desculpa pra cá, é desculpa pra lá! Um pouco constrangedor, para ele e para quem o tempo todo, também tem que dizer "Não foi nada!"

Pedi para que fosse fazer um exame. Talvez seja disritímico e nunca é tarde para mudar.

Dizem que é a primeira impressão é a que fica. Eu pergunto: porque nunca lembramos do bem, mas do último mal que sofremos? Uma pessoa pode nos ser cara a vida toda, sempre agir corretamente e por cargas d'água comete um deslize. Basta para que isso manche sua imagem pelo resto da vida.

Não quero conviver com pessoas perfeitas. Isso deve ser um tédio, mas penso que devemos tomar cuidado com aquilo que dizemos ou guardamos na gaveta. Já não escrevo "besteiras" em post-it. Vai que morro amanhã? Posso ser mal interpretada pela pressa e nem sempre é o que se diz que passa na mensagem, mas como o dizemos. A entonação a grande culpada.

Quando redigimos um texto, podemos transmitir idéia errada, dependendo da colocação dos pontos e vírgulas, principalmente. A pontuação é a leitura expressiva do texto, nela transpomos a melodia da palavra e o rítmo da leitura. Vejam:

"Um homem rico, agonizando no seu leito de morte, pediu papel e caneta e escreveu assim:

"Deixo os meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres"

E morreu antes de fazer a pontuação da frase. A quem deixava ele a fortuna? Ora vejamos...

O sobrinho fez a seguinte pontuação:

Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

A irmã pegou no papel e na caneta e foi pondo a pontuação. O resultado foi o seguinte:

Deixo os meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

O padeiro pediu o papel e, puxando a brasa à sua sardinha, pontuou assim:

Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

Por último, chegaram os pobres da cidade e afinal também sabiam pontuar...

Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro?Nada! Dou aos pobres."

Um tempo atrás recebi a parábola acima e é sabido que cada um interpreta como quer e dentro de suas necessidades.

E é assim a vida - Nós é que colocamos os pontos e as vírgulas.
E isso...faz toda a diferença!

Aniversário do Blogue não. Aniversário de São Paulo



A Maria Augusta, Osc@r Luiz, Renata Emy e Ronald, vieram dar os parabéns pelo aniversário do Blogue. É amanhã, gente! Mas sabem que até eu faço confusão? Não sou muito boa nesse negócio de datas. Nasci com 7,5 meses e meu pai me registrou com 9. Foi o que ele achou mais certo. Isso gerou muita confusão. Confusão que já tinha na família. Minha mãe nasceu em Maio e foi registrada em Outubro. Ou foi o contrário? Não sei, sei que agora, por causa da dúvida, comemoramos duas vezes ao ano. Porque ela faz questão de não desvendar o mistério; é festeira! E eu, para não ficar no prejuízo, também exigi comemoração duas vezes no ano. E acho que o blogue está camaminhando para isso. Em todo o caso, começam hoje as comemorações.

Hoje é aniversário de São Paulo, cidade que faz parte da minha história; foi lá que vivi o meu primeiro amor e que fiz a minha pós-graduação. Eu me sinto, mesmo não nascendo lá, um pouco paulistana. Um sentimento metropolitano que carregamos até quando estamos no meio do mato.

A foto acima é do Pátio do Colégio São Paulo. Marco inicial da História. Em 25 de janeiro de 1554 era um barracão entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí, onde Manoel da Nóbrega, junto com os jesuítas pretendiam converter os índios ao cristianismo.

A condição de cidade veio em 1711, porém a cidade praticamente parou por todo o século 18, por causa do desenvolvimento das cidades mineiras de Vila Rica, Sabará e São João Del Rey, quando os bandeirantes exploravam as minas de ouro.

Em 1828, quando foi fundada a Faculdade de Direito a cidade voltou a ter projeção nacional e somente no final do século 19, a aceleração do crescimento se estabeleceu com o desenvolvimento da cultura do café e da industrialização.

Do antigo colégio (foto) sobrou somente uma parede de taipa. Hoje, ele abriga um museu que deveria ser conhecido por todo visitante ou morador de São Paulo.

A Lunna Montez'zinny postou textos sobre a História de São Paulo, que lhe valeram uma pesquisa minuciosa, pra não dizer preciosa e que eu acompanhei com muito gosto! Recomendo! E hoje, dia de comemoração do aniversáro da cidade, os 15 artigos estarão no formato impresso, publicados com apoio do Santander.
Parabéns Lunna por sua dedicação!!
[Hoje, excepcionalmente ela também publica no NOSSA VIA]

Dizem as boas regras blogueiras que não devemos copiar um texto inteiro de outro blogueiro, mesmo que sejam respeitados os direitos autorais. Essa "novidade" foi nova pra mim! :=))) até porque fragmentos de textos perdem muitas vezes o sentido, quando não é lido dentro de um contexto. As regras são para serem quebradas e quero deixar aqui registrado um texto do Ian Black.

"Oba, vamos fazer um blog!!!

O que eu ando percebendo ao longo desse bem parido 2008 é uma quantidade absurda de gente disposta a 'fazer um blog'. Há de se ter grande cuidado na hora de trabalhar com a ferramenta, e um deles é não acreditar que desenvolver uma estratégia de relacionamento baseada na ferramenta blog é basicamente abrir uma conta no Wordpress e sair escrevendo qualquer coisa. Uma empresa que deseja investir num projeto do gênero deve, antes de mais nada, saber o que quer da vida, ou melhor, do blog.

Primeiro: para se ter um blog, é preciso de um blogueiro, e dos bons. Alguém que escreva bem, que goste de escrever e com isso se relacionar com as pessoas. Alguém que saiba responder artigos em outros blogs ou às dúvidas das pessoas numa rede social. E estes são apenas os requisitos básicos. Ser blogueiro é muito mais do que isso. E isso tem um preço. Se você não está disposto a pagá-lo com gosto, é melhor continuar apenas idealizado"

Eu sublinhei as partes do texto que achei mais importantes, justamente porque aí entra o respeito que temos que ter com qualquer pessoa, nos blogues ou na vida. Os "sabichões" sempre levam pernadas!

Sobre responder artigos em outros blogues; até um não sei é resposta. O errado é comentar assunto diferente da proposta da postagem. Este é um tipo de atitude "esnobe" que deprecia o trabalho do editor do blogue.

As pessoas mais inteligentes que conheço, dizem sempre não sei, você me ensina, me explica. Porque será?

*Vejam na postagem anterior a lista de pessoas que já aderiram a blogagem coletiva agendada para o dia 14 de Fevereiro "Contra a pedofilia, em defesa da Inocência". Estão esperando o que? Que alguma criança de sua família seja molestada? Participe!

Bom fim de semana!
Parabéns ao bloguinhú!
Beijus,
Luma

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Um bis para a estupidez



O comercial acima, da marca de chocolates Cadbury, colocou a Grã-Bretanha em polvorosa no final do ano passado. Exemplo de que nem sempre o cliente é respeitado pelo departamento criativo de publicidade. E de quebra, Phill Collins é retratado como um macaco.

Foram muitas emoções.

Ontem o tempo parou por doze horas.

Horas que fiquei anestesiada, como se o que estivesse acontecendo, não estivesse na realidade.

Como se a vida fosse um filme e eu ali, de platéia. Só agora consigo colocar o pé no chão.


Resolvemos tudo, pra tudo damos um jeito e chega a morte e nos dá uma rasteira.


(Pausa para um balanço)



As pessoas.

Há pessoas que não fazem nada. Pessoas que só reclamam. É, e agora começou uma temporada chatinha de gente que repete: "Eu não gosto do natal" - Alguns não gostam com motivos justos; associam a data à fatos tristes ocorridos na mesma época.

Há pessoas que reclamam por reclamar. Mas se há de ter natal todos os anos, pensem nas crianças (crianças e animais sentem segurança com a rotina) e tornem o natal agradável, oras! Esse tédio acumulado, um enfastio pela vida, me deixa pau!



A Cilene a pouco tempo publicou um artigo dizendo que crianças e adolescentes na Noruega estavam deixando a escola, via atestado médico, alegando depressão e angústia. Logo em seguida a BBC publicou um artigo dizendo que o cérebro infantil poderia ser estimulado por ácido Omega-3 e que os cientistas da Universidade Helse Bergen de Haukeland, afirmavam que uma colher de óleo de fígado de bacalhau, todos os dias, poderia reduzir a depressão em até 30%.

Vocês já tomaram isso? Querem judiar das crianças! Brincadeira. Sabemos que o Omega-3 está relacionado com a saúde, detém certos tipos de câncer, que esse ácido graxo faz o cérebro evoluir 3 anos em crianças e que o bacalhau, vai desaparecer daqui 15 anos.

Não é só na Noruega, a juventude mundial está em crise, pedem socorro e a sociedade atual parece não ouvir. As taxas de suicídio e depressão crescem ano a ano.

É um sinal de que a vida torna-se cada vez mais difícil de ser vivida? Vejo isso nos programas destinados aos jovens, como seriados - dúvidas existenciais, o papel diante da vida e as dificuldade em se tornar adulto. As letras das músicas são relacionadas a fugas, numa rebeldia diferente da que tratavam o rock n roll dos anos 80 - em que poderiam até falar em quebrar tudo, mas colocavam as neuroses para fora; algumas bandas chegavam a quebrar guitarras como forma de expressão.

Hoje a revolta é fria e amarga. Prestem atenção, por exemplo, nas letras de Eminem, Fort Minor ou Linkin Park ou nas músicas que aparecem em paradinhas - as mulheres são hipersexuadas, nada doces e não exibem sorriso. Muito triste isso!

…Help!…

- E o povo chorando nos estádios?
- Luma, isso sempre aconteceu!
- Esse povo que chora nos estádios, são os que gostam de natal!
- Eu gosto de natal e nunca chorei num estádio.
- E você, já foi no estádio em dia de decisão?

Foram muitos jogos, muitas emoções, o coração já não aguenta mais um joguinho que seja. O campeão foi encontrado, entregaram-se as faixas e agora vamos todos descansar. E daqui uns meses, depois de todos refeitos, voltamos cheios de vontade para mais uma temporada, mais um ano de emoções.

Que vos parece? Você pode optar por deixar de ver o jogo e não torcer pelo time. Ou ver e se decepcionar, ou ver sem torcer e parecer feliz com qualquer resultado. Quanto ao jogo, quem não marca: Sofre!

Mais uma vez, como muitas vezes este ano, aconteceu isso mesmo; criaram oportunidades, não marcaram, levaram com eles. Deu vontade de gritar uns belos de uns palavrões — fiquem descansados, não fiz isso.

E depois não de gosto criticar os jogadores, mesmo os sonsos. Foram jogos desgastantes, lutaram, empenharam-se, fizeram tudo para chegar, pelo menos ao final — e conseguiram! (Faz de conta)

Graças a Deus! Sim, porque apesar de o título já ser uma miragem, ainda podemos e devemos — que me desculpe — chegar ao 2º lugar. Ao contrário da maior parte do pessoal que anda por ai, por esses foruns, acredito que chegaram lá! Ano que vem, tem mais!

- De que jogo, de que campeonato está falando, Luma?
- De qualquer campeonato. Todo ano é a mesma velha história.

Mas a vida é diferente do futebol; não tem dois tempos ou segunda chance. Você pode até ensaiar a jogada, mas se perder, perdeu definitivamente. Se vive apenas uma vez. Aconteça!

O que é pornografia?

"Sou um prisioneiro de desejos e luxúrias. Minhas musas, vivas e mortas, envolvem-me em devaneios eróticos. Inspiram-me, sugam cada gota de minha espermática criatividade. Nas solitárias madrugadas sou assombrado pelas mais profanas fantasias. A devassidão lasciva me toma em seus braços e leva-me. Sou tragado por bocas, seios, bucetas. Sou atraído pelo piscar indecente do cu. Penetro cada orifício com violenta permissividade. Não só uma, mas duas, três, dezenas de vezes me esvaio em porra. Tenho visões. Amarras e torturas, doces torturas. Aqueço-as no derreter de uma vela. Afago-as no toque suave da enregelada água. Trios, quartetos, quintetos. Pura orgia, bacanal pecaminoso e despudorado. Sou prisioneiro, de todas as musas. Que me inspiram, em masturbações libertinas, hoje e sempre"(Ricardo Rayol em Prelúdio)

Cada indivíduo constrói sua fantasia editando experiências eróticas infantis, quase sempre esquecidas em condições únicas e pessoais. Outros indivíduos desconhecem as suas fantasias justo por tê-las reprimido ou simplesmente porque não as reconhecem, camuflam de si a ponto de imaginar que não as têm, não verbalizam, não explicitam. A sexualidade acaba por ser a base inconsciente de toda e qualquer competição.

No caso do homem, ser humano, a sua base inconsciente está nos desafios, na concorrência ou humilhação.

Por isso, vez ou outra sabemos de histórias de homens "machos" que se encontram com amigos para destricharem as suas travessuras sexuais; a competição masculina de sugestionar ser melhor dotado anatomicamente ou ter melhor desempenho sexual que outro homem. Em outras situações, presenciamos a luta desesperada de um homem por riquezas - como se os carros de luxo pudessem de alguma forma compensar o seu desempenho sexual.

No caso da mulher, vemos um teatro de variedades; mulheres de 50 anos agindo como se tivessem 18 e adolescentes de 14 agindo como mulheres de 25. As meninas românticas agindo como piranhas de filmes pornô e por aí vai.

E um dia ainda falo dos garotos da classe média, que agem como os vilões que a mídia nos mostra todos os dias.

Canso de ver no dia a dia, pessoas numa versão arrogante, egoísta, bruta e auto-suficiente. Recentemente a Yvonne fez uma postagem desabafo, se referindo a intolerância "Ninguém tem o direito de apontar o dedo na cara de ninguém e falar o que bem entende. Eu tenho preconceito contra um monte de coisas e nunca, jamais, em tempo algum vou sair por aí detonando a vida alheia. O nome disso é educação e respeito pelo outro".

A Yvonne está certa em falar de um assunto que a incomodou, assim como esse post é sobre algo que me incomodou, que adiante falarei. A verdade é uma só, por mais que algo nos incomode, ao outro pode incomodar em nada. No caso da Yvonne, ela se referiu a um caso ocorrido na blogosfera, que em um sistema de comentários, "ALGUÉM" feriu a moral de outra pessoa que, infelizmente, ainda não faz parte da blogosfera. A pessoa que feriu moralmente a outra, simplesmente "esqueceu" do ato insano. Porque?

Simplesmente porque essas pessoas se sentem mais especiais que as outras, são as mais sábias, estão em seus castelos refratários alheios aos sofrimentos dos outros, elas pensam que não erram. Quem convive com essas pessoas, muitas vezes se cala, para não ter que ouvir mais um "dono da razão" e o ego desse tipo de pessoa vai crescendo - a história da competência e humilhação que falei acima, saca?

È inerente à auto-estima, constatar no cotidiano que pessoas com qualidades e defeitos estão interpretando pessoas "perfeitas". Mas acredite, o talento está em pessoas modestas e autênticas. Pessoas são mistura de afeto e solidão, humor e dor, sem essa coisa "poser" ou "fake", de levarem o personagem tão mais à sério do que a essência natural de cada um. Na hora que o bicho péga, quero ver dar a outra face.

A essas pessoas intolerantes que não conseguem se desvencilhar dos ranços, das gorduras, das teias de aranhas - isso é pornográfico! Aconselho que tentem ser um pouco mais alegres, simplesmente agindo um dia diferente do que normalmente agem. Verá que você continuará a ser a mesmíssima pessoa, porque as verdades não são absolutas, é preciso ter uma certa flexibilidade para evoluir. O fato de transgredirmos as nossas próprias regras, só denota que a cada dia evoluímos um pouco mais.

Pornografia é isso! É o lado errante que cada um tem e que tenta esconder, porque causa incômodo, não será aprovado pela sociedade ou pela opinião pública. É pois, a sujeira que existe dentro de cabecinhas que no escuro "pecam".

Aê!! Pornografia!!

A frase acima, li em um comentário do post anterior, se referindo a fotografia que coloquei para ilustrar "O Caminho de Swann"; que se sentia subjulgado por um amor e o seu maior desafio era vencer esse sentimento. A foto era para retrar isso, infelizmente também foi vista como pornográfica.

Eu não vi caráter obsceno na foto, mesmo que ela possa sugerir uma ação. Até porque a minha ignorância diante dos mistérios da vida, me faz saber que a infelicidade se perde muitas vezes na falta de exclusividade, pela impossibilidade física de dois corpos estarem ao mesmo tempo, em um mesmo lugar. Isso é pornográfico?

"Diga-me o que te proíbem e saberás o que desejas"

*Aqueles que não conhecem o Ricardo Rayol, autor do texto inicial da postagem, não se assustem! Ele tem essa mania de posar de Lobo mau, mas é um doce! Editor dos blogues: Jus Indignatus, A cor da Letra, Heitor Caolho, Memórias Póstumas de um puto prestimoso, Juarez, o Cabrito Montês e participando também do Livro Aberto e PseudoPoemas.

**O Marco do Antigas Ternuras, lança nessa Segunda-feira, dia 12, o livro "POPULARÍSSIMO – O ator Brandão e seu tempo". Para quem está na cidade do Rio de Janeiro, a noite de autógrafos será no Centro Cultural Memórias do Rio (Avenida Gomes Freire, 289 – Centro – quase na esquina de rua do Senado), a partir das 19hs.
Quem não puder comparecer e quiser adquirir o livro, mande um e-mail para o Marco - popularissimoarrobagmailpontocom - o livro é puro luxo com ilustrações, fotografias e apresentação feita pelo ator e diretor Domingos Oliveira.

Boa semana!
Beijus,
Luma

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Vazio. Frio. Como às vezes. Só as almas.

luzdeluma

Nem só de gelados e bolas de Berlim degustados no calor do verão vive uma mulher!
Amiga(o), a vida é assim...


"Eu não vou estar aqui pra sempre,
você não mais receberá notícias minhas,
você nunca nunca mais,
mesmo repetindo: nunca nunca mais,
eu não vou estar aqui pra sempre..."

Assim dizia o bilhete de despedida que ela nunca entregou. O último e desnecessário adeus. Não precisavam de mais despedidas e eles já haviam despedido várias. Mas aquele 'adeus' era o primeiro e definitivo adeus dito em alto e vítreo som, como qualquer adeus ansioso por liberdade.

Foi quando ela parou de dormir. Porque dormir também é saber dizer adeus. Dar serenidade ao dia que terminou. Ficar inteiro, pronto e confiante para o próximo despertar. Acordar vigilante e disposto para o futuro. Quem se afoga, sente o tempo correr para trás. Impossível dormir. O corpo pede socorro, a mente não desliga e o passado vai espalhando raízes de hera pelos pensamentos. Mesmo os novos pensamentos se formam como os antigos: errados, vazios e sombrios. É impossível dormir! desligar-se para ter que esquecer aquele último instante. E ver os dias se acabando com uma vontade incontrolável de jogar-se num vazio. Ela queria pegar as horas e fazer delas simples sucessões de fatos, um emendado no outro, cinco, dez, dezenove dias valendo por um só. As semanas, os meses - horas e mais horas - e o pensamento ainda sente, e afirmaria até, que foi anteontem, o tempo não passou! Aquilo não era ela. Seria um filme, a vida lhe pregando peças?



Desculpe por ligar assim tão tarde, ou tão cedo, já que são cinco da manhã, mas eu precisava ouvir a tua voz e te dizer que... era assim que ela gostaria de começar a conversa. Nó na garganta, covardia. Não rolou.

A conversa que nunca conseguiu ter, para não admitir desespero. Jamais teria coragem para ligar tão cedo ou tão tarde. Jamais teria condição de se perdoar. Mesmo sabendo que tanto silêncio assim a mataria.

Eu teria feito qualquer coisa para você voltar se achasse que faria diferença!! Me pede e eu faço!! Faça qualquer coisa...alguma coisa.

E ela gritaria na frente de todo mundo, quando o visse cara-a-cara novamente, e sentiria os joelhos dobrarem-se, o laivo de vida que restava de orgulho. Tá. Esse prevaleceu. Ela não fez. Não deixaria que ele a visse naquele estado. E só conseguia pensar na ausência dele, obcecada em colar os cacos da sua extensa e frágil coleção de imagens, de fatos, de explicações por ter dado errado.

Não é melhor perder mais alguma coisa importante antes de afirmar que bastou? Porque quer mais? Você não acha que perdeu o bastante, acha? Você precisa de muito mais colhões pra aprender, não é? O que você escolhe? Passe no departamento de RH para pegar seu upgrade, ok? Você sempre foi racional, porque agora essa confusão de emoções? Faça você alguma coisa!

Eu jurei que não ia mais te escrever, perdoa, é que eu mantenho os olhos desviados, mas a cabeça não desliga nunca... assim começaria outro bilhete que ela não deixaria na porta dele, uma declaração de amor tão irrevogável quanto os seus delírios; um bilhete e uma única rosa vermelha já bem aberta, quase despetalando, que murchasse rápido.

luzdeluma

Como ela gostaria que esse amor, essa doença, esse susto, esse pavor passasse... desmanchando, murchando, despetalando, sem deixar nem o cheiro, apodrecendo pra servir de adubo pra um futuro que ela já desistiu de esperar.

luzdelumaEle:
"Você atravessando aquela rua vestida de negro
E eu te esperando em frente a um certo Bar Leblon
Você se aproximando e eu morrendo de medo
Ali, bem mesmo em frente a um certo Bar Leblon"

- Não precisa conferir. Vá em frente sem olhar pra trás e não duvide nem por um único segundo de qualquer coisa, pois é assim que é. Eu vou estar sempre aqui. Assim terminaria a promessa eterna e definitiva, a estranha dedicatória que nunca viria a ser publicada.

Será sempre angustiante não poder voltar aquele instante, aquele instante em que fui mais feliz...

luzdelumaEla:
"Quando eu atravessava aquela rua morria de medo De ver o teu sorriso e começar um velho sonho bom
E o sonho, fatalmente, viraria pesadelo
Ali, bem mesmo em frente a um certo Bar Leblon"

Ele: "Vamos entrar"
Ela: "Não tenho tempo"
Ele: "O que é que houve?"
Ela: "O que é que há..."
Ele: "O que é que houve meu amor,"
Você cortou os seus cabelos..."
Ela: "Foi a tesoura do desejo,
Desejo mesmo de mudar"

O desejo de mudar. Como tudo passa! Passa a dor, passa o medo e um amor morto sempre fortalece outro que há de vir sempre mais forte.

Amem crianças! Amem quantas vezes puderem. Porque tem lógica um amor substituir outro. Ou não. Ou então, tenham muitos amores, amem mais que um amor. Na realidade gostamos mesmo é do amor - Amém!

*Este postezito foi feito para uma pessoa que ama muito, porém me omito para preservar a sua identidade.
**Citação em vermelhito da música "Tesoura do Desejo" de Alceu Valença.

Fim de semana de festas

postagem com atualização

Ontem fui em uma comemoração de aniversário. Improvisada, de surpresa, como deve ser! Estava ótimo! Como tem escorpiano nesse mundo - incluindo eu - será que percebo a quantidade somente porque sou do signo?

Hoje é aniversário da Cilene, amanhã do DO e da Dani. E Domingo do Biajoni. Terça-feira da Francy...Parabéns crianças! Não se excedam, heim?

Tenho uma história para contar sobre o livro do Bia "Virgínia Berlim" - Esse livro fugiu de mim quatro vezes. Quatro pessoas chegaram em casa e começaram a ler, não deu tempo de terminar e pediram "Posso levar?" - Leva e trás de volta, porque ainda não li.

Enquando isso fiquei ouvindo o CD que acompanha o livro num estado gestacional. Agora estou ouvindo Lament (Nick Cave). O CD é a trilha sonora da história, que começa com Must i paint you a picture? (Billy Bragg)

Most important decisions in life
are made between two people in bed.
I found that out at my expense
As decisões mais importantes na vida
são tomadas por duas pessoas na cama.
Custei a descobrir isso.

Virgínia Berlim é na realidade um grande conto, com personagens do nosso dia a dia, pessoas que aparentemente são donas da situação e que têm a solidão companheira por opção. Até que a opção, pela vida organizada se espatifa no subjetivo e interfere no desenrolar da matéria. Ou seria o contrário? Quando o imprevisível ataca e nos faz ficar de quatro, especulando para que alguma coisa aconteça; que alguém bata à porta, que o telefone toque ou que a morte possa determinar o fim de tudo. Um ponto de referência.

A morte como solução que sacude a vida e determina o começo de novas resoluções. Ela acabaria com o marasmo de que nada acontece. Não é o fim, é apenas o começo de uma nova etapa, de uma nova história de vida.

I never would have started if i'd known
That it's end this way
But funny thing, i'm not all sad
That it stopped this way
Eu nunca teria começado se soubesse
Que terminaria dessa maneira.
Mas, que engraçado: eu não estou de todo triste
Que tudo tenha terminado dessa maneira

The Bed (Lou Reed)

"...Virgínia pulou em minha frente e me beijou profundamente. Passou os braços por minhas costas e enfiou a sua língua em minha boca; aquela saliva quente e doce..."

"- Se ainda um segundo apenas nos tívessemos visto, para sempre estaríamos comprometidos"

Trechos de "Virgínia Berlim - Uma experiência" - Não se intimide e encomende pelo selo Os ViraLata

E para lembrar: Em 19 de Outubro de 1913, também nascia Vinícius de Moraes, nosso poeta e compositor.

E se eu vou começar o meu inferno astral? Ok! já começou sem o meu consentimento. Foram noites sem dormir e serão outras. Preciso saber o que é sobreviver em horários descoordenados para decidir aspectos banais e prosaicos da minha vida. Os motivos das últimas noites sem dormir todos já sabem.

Eu também sei que qualquer rosto é um deus que cria o mundo conforme o seu olhar. Cada pessoa é especial dentro de sua especialidade. Vamos comemorar o aniversário de nosso nascimento.

Sei que quando declina a tarde, torna-se breve o piar dos pássaros; os rostos se descobrem dos movimentos das sombras e nos tornamos pessoas com desejos. A noite reserva segredos, sonhos e sombras; é porque o rosto é nômade e vive no deserto de pensamentos que redesenham vontades, objetos e loucuras.

Percebem o sentido de toda a florescência?

Olhando pela janela observo o pouso dos insetos, o bater das asas dos pássaros, percebo que tal como as palavras, permanecem os sonhos à espera de asas que possam levar ao crepúsculo retido no infinito. O Infinito à espera de um poeta alado. Que leve, transporta sonhos, orvalhos de Outono que se foi, filosofias das pedras, explosões de desejos e beijus. Um dia beijarei o infinito.

Hoje, vejo dedos em declinação, apagando traços de chuva miudinha que passou pela madrugada. A quietude da natureza e a nossa pressa. Sei que em gestos apressados recolho palavras oblíquas e de outra boca quero deslizar palavras de chuvas torrenciais.

Porque cada manhã é um novo começo e temos sempre motivos para acordar, nem que seja para provar que há motivos para crer.

UP! Date! Óiaaaaa! onde achei o "Luz"

Todo mundo sabe que faço confusão com aniversários. Já dei os parabéns para a Márcia, um mês antes do aniversário dela. Não lembro de datas, ainda mais aniversários e tento contornar isso. Achei que estava entrando nos eixos e, não é que errei a data do aniversário do DO? É dia 04 viu? Acertei agora, DO?
Também não entendo nada de signos. Portanto se converti algum libriano em escorpiano, me desculpem!

UP! Date 2! 11:30am (Sábado) - E que bela confusão eu fiz aqui! Culpa das noites sem dormir? pode ser! O DO também tem culpa; colocou lá no blogue uma contagem regressiva e bem sei que ele é do meu signo. Vou explicar: Hoje dia 20 é aniversário de 5 anos do blogue dele e dia 04 é o aniversário dele, propriamente. Cinco anos, DO...eu chego lá?? Parabéns!

UP! Date 3! Domingo, dia 21 estréia no canal CNT (TV aberta canal 9 ou na NET canal 22), às 14:00 horas (hora de Brasília) o programa infanto juvenil Fator X, do mais novo diretor do pedaço, nosso amigo blogueiro Zé Viana. Será uma dupla estréia. Parabéns Zé! É muito bom contar isso pra toda a gente!

Bom dia crianças!
Bom fim de semana!
Beijus,
Luma

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Sofre quem quer, não é assim?

Vergonha do quê?
Eu amo, desamo, sofro e gozo.
Normal.
Bem, não pulei de prédio, não fiz tatuagem com o nome dele, não saí choramingando por aí.
E daí? Não ligo a mínima, ou eu gosto muito ou não gosto nada.
Não existe "meio amando, meio se apaixonando"...

Ressaca Moral



- Oi, como vai?
- Sobrevivendo...

Esta é a resposta que mais escuto durante a semana. Ninguém mais diz "Tudo bem".

Tudo bem com você?

O ano passado eu institui o dia 22 de Agosto como o Dia do Saco Cheio. Alguém se lembra? Digam, como poderemos comemorar? Aceito sugestões...
Parabéns Veridiana pela excelente resultado da blogagem coletiva!

Férias para quem?



Esta época do ano, realmente é improdutiva para muita gente. Quando pensamos que passaram todos os feriados e que vamos deslanchar, vem as férias escolares. Talvez a região sul do país precise mesmo dessas férias, afinal, se o frio por lá castigam adultos, imaginem como sofrem as crianças.

Mas essas férias no meio do ano não me cabe, como sei, não cabe para muitos pais, principalmente as mães que ficam divididas entre o trabalho e a casa. Não seria melhor juntar tudo para o fim do ano e a família integralmente sair de férias?

Eu tinha tirado uns dias de folga, recompensas de finalizações, mas o dever me chamou de volta. Voltei para casa. Também tinha prometido para Larika passar uns dias com ela. Resultado: a mãe dela não tinha com quem deixá-la. Sobrou pra quem?? E já que ela fica tão boazinha comigo, porque não imendar um fim de semana e fazer uma viagem à dois?

A bonequinha veio Quarta-feira. Chegou eufórica e não tinha sono. Desenhamos, quer dizer, eu desenhei. Porque ela manda. Meus zoinhos tão, que tão!



Queria lhe dar presentes e ela se encantou com uma cadeirinha...



- Larika, essa eu não dou!
- Porque Dinda?
- Porque é cara Larika, cara para uma boneca.
- Não é para a boneca, é para mim.
- Não é não Larika, você não vai sentar nela.
- Vou sentar a minha boneca nela.
- Mas a sua boneca nem...olha, é cara. 140 reais eu compro aquela botinha linda que você gostou, quer ver ela de novo?
- Não, eu quero a cadeirinha.
- 140 reais nós fazemos juntas algumas coisas...
- Não quero, quero a cadeirinha.
- Tá bom. Perdeu a chance. Não vai ganhar nada!

(...) Deixei falando sozinha, sai de perto. Meia hora depois veio atrás.

- Dinda, vamos sair?
- Não. (olha eu fazendo bico e cruzando os braços, chateaaaada...)
- Porque não?
- Porque quero ficar olhando para aquele meu frasco de perfume, aquele ali em cima, tá vendo? Tenho medo de sair e ele se evaporar.
- Tá louca? Ele tá fechado.
- Sua boneca tem que sentar na cadeirinha e porque o meu vidro de perfume não pode querer se evaporar?
- Eu não quero mais a cadeirinha. Vamos fazer o seguinte? Eu coloco a minha boneca para vigiar o frasco de perfume e a gente sai. (...ela imitando adulto!)
- Então, tá! (...eu imitando criança!)

E comprei para ela a Coleção L&PM Pocket do Snoopy

Ela pensa mesmo que manda! Eu penso que decido! Passaremos o fim de semana juntas. Seus pais subiram a serra. Férias de quem mesmo?

Você não tem um notebook ou não sente seguro em levá-lo consigo em algumas viagens, mas precisa de acesso à sua área de trabalho, aos seus arquivos do seu computador, onde estiver? Nada de disquetes ou coisa parecida. Isso você também pode perder! Vi essa dica no Lifehacker - um desktop on-line com vários serviços, rápido, gratuito e com ícones que apontam para vários serviços.
Um dos ícones é o “Hard Drive”: por ele você armazenar até 1 GB de dados gratuitamente e se caso precisar de mais espaço, daí sim precisa pagar. Além desse ícone, você tem vários outros, como leitor de RSS, tocador de áudio, editor de textos, etc.
Para utilizar o DesktopTwo você precisa do plugin do Flash no navegador, java, Acrobat Reader, permissão de pop-ups no browser, liberação de cookies e, lógico acesso à internet.
Pude testar a semana passada e gostei! Vai ficar melhor quando o google comprar! hehehe

Você completa a arte! Eu já chamei uma turma de amigos para juntos acessarmos a página e tentarmos completar a arte. O Site do Museu de Arte de São Paulo (MASP) tem o conceito interativo "A arte só existe se houver público para vê-la" dentro dessa perspectiva, quanto maior o número de pessoas acessando a obra de arte, ela melhor será visualizada. Os quadrados se juntam como um quebra cabeça. A cada acessada uma nova obra é mostrada. Clique e não deixe essa idéia morrer.

Blogger in Draft - Oficialmente mais um recurso sai do rascunho do blogger e entra como mais um elemento de página - Se você usa o New Blogger, vá até a área de elementos de página "modelo/layout" e configure o mais novo quadro de enquetes. É bonitinhos, agora não mais precisam acessar sites especializados em enquetes. E em breve, já em testes, o sistema de buscas; buscas na web, no blog, na lista de links do blogue, na lista de link das postagens.

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Não poderia deixar de transcrever um trecho de um texto de Karel Kosik para que possam refletir e saber precisar em suas vidas, o que realmente significa o momento de tragédia que estamos passando:

"A morte do outro, do próximo, não ameaça nos desestruturar: ela é quotidiana, superficial, pouco significativa. Ela nos chega no meio de múltiplas imagens, sucessivas informações e sensações confusas; em seguida, desaparece, sem deixar traços"

O texto "sobre a possibilidade ou a impossibilidade do trágico no nosso tempo" foi traduzido por Leandro Konder e se encontra aqui, na íntegra. Vejam como, mesmo nos negando, a banalização e a domestificação da morte, entranha nossos lares e faz tudo parecer acontecimentos passageiros. Será esse mais um acontecimento passageiro?

Diante do acontecido, além das medidas de praxe, o que esse acontecimento vai mudar em sua vida? Você quer, "deseja" mudar algo nela ou na vida do seu pais? Então, vai tomar alguma atitude?

Quem está em São Paulo, não esqueça! Neste sábado, 19:30, no Canto da Madalena, lançamento da edição digital de Radical Rebelde Revolucionário e de papel de Liberal Libertário Libertino, do Alex Castro. E logicamente Virgínia Berlim, de Biajoni. Mas se não puderem ir, peçam os livros pela editora Os Viralata.
Feliz dia do amigo!
Bom fim de semana!
Beijus,
Luma

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Superfície Superficial

Foto: Alexander Raditya

Numa conversa com um amigo, ele confessou uma certa dificuldade em encontrar uma pessoa que queira compartilhar um relacionamento sério. Não que ele seja um cara descartável, longe disso. Mas disse da falta de tempo para namorar que o levava a ter relacionamentos superficiais e que, para se ter uma pessoa exclusiva, essa sempre exigia mais atenção e dedicação, blablablabla, resumindo: ele tem umas meninas que "pegam" ele de vez em quando. Ele disse que elas "pegam". Ele não vai mais à caça. Ele não chega a conquistar. Isto é confortável de um lado e incômodo de outro. Principalmente quando entram sentimentos maiores e a família na jogada. Quem não tem uma tia que sempre pergunta: "Não pensa em ter sua própria família?".

Eu brinquei, quis saber o tamanho das meninas que "pegam" ele, se elas o colocam no colo, fazem naninha...esse menino é mesmo mimado! mas, sabem qual a verdade? Se o coração está vazio, preenchemos com superficialidades.

A Raquel fez uma postagem - Quem inventou o "ficar" - e que mostrou claramente que para ela e várias amigas, ficar é altamente sofredor "Passei minha adolescência vendo minhas amigas sofrerem por causa dos "ficantes" (...) Hoje eu tento entender por que as pessoas se escondem até mesmo atrás dessa modalidade. Dizem que é pra aproveitar o melhor do namoro sem estar namorando, curtir só "o filé mignon" da parada. O que eu realmente acho é que as pessoas não estão afim de assumir responsabilidades porque, convenhamos, um relacionamento amoroso é uma responsabilidade (ou pelo menos deveria ser). É mais fácil então ficar solteiro, arrumar um (a) peguete, leva pra jantar, leva pro motel e liga de vez em quando pra marcar presença, quem sabe chama pra sair no fim de semana, se os amigos/amigas não tiverem uma night bombante na carta da manga (...) Como se ficando, a gente não se apegasse. Não criasse laços. Não sentisse ciúmes. Não sofresse do mesmo jeito. Então pra que inventaram isso?"

Eu dei o meu pitaco lá. Acho que ficar sempre existiu, só que não tinha esse nome. Com algumas diferenças, as pessoas eram mais discretas e tinham mais respeito umas com os outras; não eram cara dura como hoje. Hoje fica-se com mais de um (a) na mesma noite. Antes a preocupação com a imagem do outro era maior; a mulher não contava para ninguém, para não correr o risco de ficar "falada" - e o homem também não falava, pelo medo de ter que assumir compromisso mais sério.

Alguns podem achar que esse tipo de relacionamento é hipócrita. Mas pensem bem; hoje em dia, todos dão satisfações de sua vida particular para pessoas que não são íntimas. Quer dizer, a vida dessas pessoas são públicas e consequentemente caem na vulgaridade. A cada ficada, elas se perdem. Se dão tanto para os outros que de si fica pouco. Por isso, tanta gente fútil, sem sal e principalmente, com baixa auto estima.

E não pensem que somente as mulheres se revoltam com isso! O Ordisi contou uma historinha, do amigo da prima que quase não cruzou a porta da casa, olha que galho?! E deu de cara com um amante da amante. A raiva foi tão grande, tão grande e, como ele se lembrava bem, que "havia lambido aquele corpo por dentro e por fora", mas que aquele era um corpo sem alma. Ele pegou uma faca de corte na cozinha e em rápidas passadas chegou defronte a cama king size. E com muitas facadas extraiu as vísceras do colchão, lógico! Ele não é louco. hehehe pelo menos só o colchão teve traumas...físicos.

As pessoas querem viver o imediato, o presente. "Vivem" sem pensar, sem saber o que é intimidade.

Não deixem de ler, o excelente texto "Os Amélios" de J.F.

Bom dia!!

Beijus,
Luma.

Será que sou ingênua?


Esta é uma pergunta e a segunda parte de uma frase.
Se fosse para responder secamente, eu diria: A ingenuidade morreu a muito tempo.

A frase toda: "eu, ao menos, não acredito em puxa-saquismo em blog...Será que sou ingênua?"

Quem escreveu foi a Nena - Homepage em 07.03.07 - 8:10 pm # - Eu avisei anteriormente, e os leitores do "Luz" sabem que, vez ou outra colocarei um comentário aqui para que seja discutido. Assim como o comentário do Dácio virou um post.

A frase veio a calhar. Ontem na viagem estava pensando em como as pessoas chegam até nós e como elas se consolidam, participando mesmo que subjetivamente, em pensamentos da nossa vida. Pois sim, que Nena pode ser a única pessoa que conheço que ainda mantém uma certa ingenuidade.


Não coloco em dúvida os motivos pelos quais ganhei as indicações e prêmios, acredito na sinceridade, porque a maioria dos que me deram acompanham o "Luz" a muito tempo e existe carinho recíproco.

Existe puxa-saquismo em blogues? Sim, como em qualquer outro lugar. Esse puxa-saquismo pode ser do bem ou do mal. Eu, por exemplo, sou a maior puxa-saco de quem eu gosto. Sou ferrenha defensora daquilo que acredito.

Verdade também, como já comentados por outros blogueiros, esses prêmios vieram como forma de carinho, só que agora, passada a novidade, começaram a pipocar novos prêmios. Alguns blogueiros já encarando como fábrica de links. Eu não vou entrar no mérito da questão. Só vou encerrar esse assunto, pedindo que pensem bem antes de passar esses prêmios para frente. Eu aceito de bom grado, adoro os mimos, mas tem gente que encara isso como um estorvo. Vá lá!

Continuando com os mimos... meu irmãozinho Dilberto, pessoa genial (de gênio, mesmo!) - me acordou hoje, dizendo: "Você sempre teve uma imagem de nuvens plácidas pra mim, independentemente das felicidades em gotas..."

"Pézinhos de lã" aproveita então o momento e fica quietinha em nuvens!

Bom dia!! Beijus,
Luma


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