Foto: Alexander RadityaNuma conversa com um amigo, ele confessou uma certa dificuldade em encontrar uma pessoa que queira compartilhar um relacionamento sério. Não que ele seja um cara descartável, longe disso. Mas disse da falta de tempo para namorar que o levava a ter relacionamentos superficiais e que, para se ter uma pessoa exclusiva, essa sempre exigia mais atenção e dedicação, blablablabla, resumindo: ele tem umas meninas que "pegam" ele de vez em quando. Ele disse que elas "pegam". Ele não vai mais à caça. Ele não chega a conquistar. Isto é confortável de um lado e incômodo de outro. Principalmente quando entram sentimentos maiores e a família na jogada. Quem não tem uma tia que sempre pergunta: "Não pensa em ter sua própria família?".
Eu brinquei, quis saber o tamanho das meninas que "pegam" ele, se elas o colocam no colo, fazem naninha...esse menino é mesmo mimado! mas, sabem qual a verdade? Se o coração está vazio, preenchemos com superficialidades.
A
Raquel fez uma postagem -
Quem inventou o "ficar" - e que mostrou claramente que para ela e várias amigas, ficar é altamente sofredor
"Passei minha adolescência vendo minhas amigas sofrerem por causa dos "ficantes" (...) Hoje eu tento entender por que as pessoas se escondem até mesmo atrás dessa modalidade. Dizem que é pra aproveitar o melhor do namoro sem estar namorando, curtir só "o filé mignon" da parada. O que eu realmente acho é que as pessoas não estão afim de assumir responsabilidades porque, convenhamos, um relacionamento amoroso é uma responsabilidade (ou pelo menos deveria ser). É mais fácil então ficar solteiro, arrumar um (a) peguete, leva pra jantar, leva pro motel e liga de vez em quando pra marcar presença, quem sabe chama pra sair no fim de semana, se os amigos/amigas não tiverem uma night bombante na carta da manga (...) Como se ficando, a gente não se apegasse. Não criasse laços. Não sentisse ciúmes. Não sofresse do mesmo jeito. Então pra que inventaram isso?"Eu dei o meu pitaco lá. Acho que ficar sempre existiu, só que não tinha esse nome. Com algumas diferenças, as pessoas eram mais discretas e tinham mais respeito umas com os outras; não eram cara dura como hoje. Hoje fica-se com mais de um (a) na mesma noite. Antes a preocupação com a imagem do outro era maior; a mulher não contava para ninguém, para não correr o risco de ficar "falada" - e o homem também não falava, pelo medo de ter que assumir compromisso mais sério.
Alguns podem achar que esse tipo de relacionamento é hipócrita. Mas pensem bem; hoje em dia, todos dão satisfações de sua vida particular para pessoas que não são íntimas. Quer dizer, a vida dessas pessoas são públicas e consequentemente caem na vulgaridade. A cada ficada, elas se perdem. Se dão tanto para os outros que de si fica pouco. Por isso, tanta gente fútil, sem sal e principalmente, com baixa auto estima.
E não pensem que somente as mulheres se revoltam com isso! O
Ordisi contou uma historinha, do amigo da prima que quase não cruzou a porta da casa, olha que galho?! E deu de cara com um amante da amante. A raiva foi tão grande, tão grande e, como ele se lembrava bem, que "havia lambido aquele corpo por dentro e por fora", mas que aquele era um corpo sem alma. Ele pegou uma faca de corte na cozinha e em rápidas passadas chegou defronte a cama king size. E com muitas facadas extraiu as vísceras do colchão, lógico! Ele não é louco. hehehe pelo menos só o colchão teve traumas...físicos.
As pessoas querem viver o imediato, o presente. "Vivem" sem pensar, sem saber o que é intimidade.
Não deixem de ler, o excelente texto "
Os Amélios" de
J.F.Bom dia!!
Beijus,
Luma.