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Direito das Crianças

Carta Aberta ao Conar #BlogagemColetiva #desocupaCONAR [update]

Minha infância - fragmentos

luzdeluma

Pequenas Vaidades

LuzDeLuma

Amamentação como prevenção da obesiddade

ph&lu

Em defesa da Infância II - Diga não a violação dos seus direitos

luzdelumaNo Brasil é estimado que mais de meio milhão de crianças e adolescentes, saídos à pouco da puberdade ou até mesmo antes dela, são levados para o mercado da prostituição.

Catorze, catorze anos,
Doze anos, doze anos

Imagine um gringo daquele tamanho
Em cima da criança pobre nordestina,
Sufocada, magricela, seca, pequenina,
Ah, Nossa Senhora minha
(...)
A Prostituição Infantil Barata
É a criança coitadinha do Nordeste
Colaborando com o Produto Interno Bruto
E esse produto enterra bruto
(...)
A grana da Europa que bate na porta
Doutor pouco se importa se ela seja porca
Vêm o godo, o visigodo, o germano,
o bretão
Eita, globarbarização
(...)
Tom Zé

luzdelumaPenso nos vôos semanais que chegam aos aeroportos brasileiros, principalmente nos do Norte e Nordeste do país, trazendo turistas sexuais, vindos atrás de prostitutas infantis e que são recebidos com festas nos aeroportos com a proteção das autoridades locais.

Em 1989, aprovou-se a Convenção sobre os Direitos da Criança, que entraria em vigor no ano seguinte e entre suas formulações, está escrito: “Os Estados-partes tomarão medidas legislativas, administrativas, sociais e educacionais apropriadas para proteger a criança contra todas as formas de violência física ou mental, abuso ou tratamento negligente, maus-tratos ou exploração, inclusive, abuso sexual, enquanto estiver sob a guarda dos pais, do representante legal ou de qualquer outra pessoa responsável por ela” (Artigo 19, 1).

No Brasil, o progresso veio com Constituição de 1988 e dois anos mais tarde, pela Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990, foi criado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Na Magna Carta brasileira está disposto, “é dever da família, da sociedade e do Estado, assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão” (CF, artigo 227, caput), adiante “a lei punirá severamente o abuso, a violência é a exploração sexual da criança e do adolescente” (CF, artigo 227, § 4.º).

Temos leis exemplares para países do chamado 1.º mundo, porém isto não impede, as mais diversas violações dos direitos humanos.

Como escreveu Ivan de Carvalho Junqueira em seu artigo "Ainda o mito do rebaixamento penal":

"O respeito à criança e ao adolescente é pressuposto fundamental à recepção do próprio Estado Democrático de Direito, pluralista e defensor dos direitos humanos"

Citando outros autores:

luzdeluma"A criança é o elo mais fraco e exposto da cadeia social. Se um país é uma árvore, a criança é um fruto. E está para o progresso social e econômico como a semente para a plantação. Nenhuma nação conseguiu progredir sem investir na educação, o que significa investir na infância. Por um motivo bem simples: ninguém planta nada se não tiver uma semente. A viagem pelo conhecimento da infância é a viagem pelas profundezas de uma nação. Isso porque árvores doentes não dão bons frutos" (O cidadão de papel: a infância, a adolescência e os direitos humanos no Brasil. São Paulo: Ática, 1998, p. 17)

luzdeluma"Pedófilos, estupradores e assassinos de mulheres são regados pelo caldo de cultura dessa sociedade neoliberal que só reconhece os valores do mercado financeiro, pois troca o coração pelo bolso e suprime a ética em nome da estética. E o mais grave é que insistem em nos convencer que liberdade de expressão é a TV invadir os nossos lares intoxicando crianças com pornografia e violência" (Frei Betto, idem, p. 238)

Se o Estado não cumpre o seu papel, seremos vigilantes e cuidadores de nossas crianças. E os filhos dos outros, entregaremos para Deus?

"A sociedade neoliberal, fundada na competitividade e no êxito egolátrico, favorece o desamor, pois instaura concorrência onde deveria haver solidariedade e, em se tratando de riquezas, aumenta a acumulação engendrando a exclusão. Na impossibilidade de mercantilizar o afeto, ela acena à libido" (Gosto de uva: escritos selecionados. 2. ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2003, p. 238)

repetindo...Na impossibilidade de mercantilizar o afeto, ela acena à libido.

O sexo é uma forma de substituir a falta de afeto, não há dúvidas. Contanto que seja em idade de "Juízo" e de comum acordo. Já no caso da pedofilia, tenho uma dúvida e quem sabe alguém pode me ajudar - Não há alguma coisa estranha nos dados que apresentam as estatísticas, afirmando que um pedófilo assim o é porque também foi vítima da pedofilia? Então me explique, porque dizem que as maiores vítimas dos pedófilos são as meninas?

Hoje é o último dia da blogagem coletiva "Em defesa da Infância".
Os links dos participantes estão listados aqui e, se o seu nome não constar na lista, avise para que possa adicioná-lo.
Ainda há tempo de você participar! Participe, as crianças agradecem!
Leia + o que é o Alerta Amber?
Beijus,

*Imagens protegidas por direito autoral, cópia somente mediante autorização.

Em defesa da Infância II



Uma seqüência de fotos mostra ela acorrentada sendo violentada. A mão dela está totalmente roxa. Deveria estar há um dia amarrada para ficar nesse estado. A sensação é que a alma daquela criança já não está mais ali

Estas imagens mudaram a vida de Anderson e Roseane; eles estavam conversando em uma sala de bate-papo quando as imagens pipocaram na tela do computador. As imagens mostravam uma menina de 6 anos sendo estuprada. Chocados criaram o site Censura, de denúncias contra a pedofilia na internet e com apoio da Secretaria Especial de Direitos Humanos (Sedh) do Governo Federal e a adesão de internautas do mundo todo, o site deu origem à Campanha Nacional de Combate à Pedofilia online.

Baixe a cartilha "Navegar com segurança"

Existe um comércio que alimenta a pedofilia onde fotos e videos de crianças são vendidos e chegam a movimentar U$S 5 bilhões por ano no mundo. Também constam dados de uma pesquisa realizada nos EUA, dizendo que de cada 5 crianças que navegam na internet, uma recebeu proposta de pedófilo e uma a cada 33 já se comunicou, através de telefone e recebeu dinheiro ou passagem para se encontrar com o criminoso.

“Uma empresa pode abrir um site de pedofilia no exterior e cobrar via cartão de crédito o download das fotos. Diversas empresas ligadas ao mercado do sexo anunciam nesses sites, que para manter os “clientes”, contratam especialistas em aliciar, estuprar e fotografar crianças. A pedofilia online alimenta a violência na vida real”



Pais e filhos inconscientes dos perigos da rede são presas fáceis de pedófilos. Uma criança ingenuamente não identica um adulto se passando por um amiguinho da mesma idade. Retire o computador do quarto da criança, coloque em local onde possa estar vigiando sempre. Olhe sempre o histórico de navegação antes de fechar o computador para saber os passos que seu filho deu dentro da web. Computador no quarto também é veículo para o tráfico da pornografia infantil.

*Indicação de leitura: Risco digital
*Imagens Jill Greenberg
*Palavras destacadas Anderson Miranda



Se você não quer presenciar o sofrimento de um criança, previna-se!

Como evitar a pedofilia: Dicas a pais e professores para o uso seguro da Internet:
  • Coloque o computador que estará conectado na Internet numa área de uso comum.
  • Envolva-se: peça às crianças para mostrarem-lhe como o computador funciona e como é utilizado na escola; participe em sessões de chat, Messenger e ICQ.
  • Estabeleça um acordo com as crianças acerca dos conteúdos e informações que não poderão ser buscadas – sexo, racismo, violência, palavrões, pornografia.
  • Defina um tempo máximo de acesso à Internet. Diga às crianças que escrevam e leiam seus e-mails off-line. Desconfie se a criança passar mais de duas horas diante do computador.
  • Discuta a respeito do download de arquivos – esteja ciente que é possível receber arquivos infectados por vírus de computador. É recomendável não fazer download de arquivos de uma fonte desconhecida.
  • Encoraje as crianças a relatarem sobre textos, imagens ou mensagens perturbadoras às quais elas tiveram acesso usando a Internet ou que foram recebidas por e-mail. Defina conseqüências detalhadas caso a criança visite deliberadamente sites inadequados, mas nunca as puna por acessos acidentais. Abertura e diálogo funcionam melhor do que censura e silêncio.
  • Explique às crianças que senhas, endereços, números de cartões de crédito, números de telefones e e-mails são informações pessoais e nunca devem ser dados a ninguém via Internet.
  • Ensine também às crianças a evitarem o envio público, especialmente em salas de Chat e serviços de mensagens instantâneas, de qualquer informação de caráter pessoal que sirva para identificá-las e expor seus hábitos de vida (escola onde estuda, local de trabalho dos pais, rotina diária, etc.) Estas informações podem ser perigosas na mão de pessoas mal intencionadas.
  • Explique às crianças que nem todos na Internet são quem dizem ser. A criança nunca deve marcar um encontro com alguém da Internet sem antes obter a autorização dos pais. Predadores de crianças tentam fazer com que suas vítimas pensem que eles são amigos confiáveis e muitas vezes se fazem passar por crianças.
  • Mesmo com a autorização dos pais, se a criança for encontrar alguém que conheceu na internet, deve marcar o encontro para um local público e ir acompanhada de um adulto responsável.
  • Conheça os amigos virtuais das crianças. É possível estabelecer relações benéficas na internet, mas é preciso lembrar que existem muitas pessoas com más intenções.
  • Contate seu provedor de internet e descubra outras medidas de segurança disponíveis e como usá-las num computador doméstico ou nos computadores da escola.
  • Se necessário, opte por programas que filtram e bloqueiam sites. Encontre um que se ajuste às regras estabelecidas. Uma indicação é o NetFilter Família.
  • Denuncie. Sempre que desconfiar de pedofilia on-line ou pornografia infantil, lembre-se que é crime
Este texto faz parte da blogagem coletiva "Em defesa da infância" que acontece entre os dias 18 a 25 de maio.

Esta campanha foi inspirada na blogagem coletiva "Contra a pedofilia em defesa da infância" realizada anteriormente pelo "Luz de Luma" e com muito prazer participo, dando continuidade ao meu desejo de que as crianças vivam integralmente suas infâncias.

Participe da blogagem coletiva! (veja chamada na sidebar) Existem muitos temas além da pedofilia que pode desenvolver. Que tal falar do trabalho infantil, por exemplo? (tadinha da #Maísa)

Abaixo links dos participantes, que irei adicionar aos poucos. Fique atento e me avise se o seu link não constar da lista! Boa blogagem!

Em defesa da infância

Luz de Luma, Yes party!

Este dia é dedicado a todas as crianças do mundo que desapareceram. Foi neste dia em 1979, que desapareceu um menino de 6 anos chamado Ethan Patz.

Quantas crianças desapareceram, deixando uma imensa dor dilacerando as entranhas de seus pais? Que rastro é esse de dor e de perguntas constantes: Onde estará, estará vivo, morreu, sofre, estará enterrado, onde está?

Seja qual dor, sofrimento ou agonia, mas se desapareceu, onde está? Far-lhe-ão mal? Voltarei a vê-lo? Vive em constante sobressalto, em constante o quê? Vive?

Imagino a dor destes pais, entendo a revolta, a impotência diante do fato, principalmente quando não conseguem ajuda. Porque seres humanos fazem mal, física e psicologicamente a indefesas crianças? Porque justo as crianças, seres tão frágeis?

Isto pode perfeitamente acontecer com qualquer criança, seu filho, sobrinho ou vizinho, mas penso principalmente nas crianças já desaparecidas. Como conseguem os pais sobreviverem sem os gestos, o riso, o choro, as caretas, o suave respirar daquele ser que viram nascer, que protegeram nas noites febris, que ficaram a escutar o suave respirar até que fossem vencidos pela exaustão, que dariam a vida por ela.

Será possível sobreviver a esta dor?

clipped from www.alesc.sc.gov.br

ORIENTAR É PREVENIR

Converse sempre com a criança. Explique que você precisa saber com quem e aonde ela vai estar. Peça que deixe endereço, telefone e o nome de uma pessoa responsável. Determine a hora em que ela deve estar de volta.

Quando a criança estiver brincando na rua, procure ficar atento. Compartilhe essa tarefa com seus vizinhos. Ensine que ela nunca deve se afastar de casa sem dizer para onde vai e muito menos sem pedir permissão.

A carona ainda é o meio mais comum para o desaparecimento de crianças. Explique que, mesmo que a criança conheça a pessoa que está oferecendo a carona, só deve aceitar depois de pedir permissão.


Chega de boatos e dúvidas sobre crianças desaparecidas.

Agora que o governo federal criou o site Crianças e Adolescentes Desaparecidos, você pode ajudar: Toda vez que receber um e-mail sobre criança desaparecida, verifique nesse site se a informação verídica, e, ao invés de divulgar o desaparecimento de apenas uma criança, divulgue também o endereço do site.


No Brasil não existem dados oficiais que determinem a quantidade de crianças e adolescentes desaparecidos anualmente, contudo, dos casos registrados, um percentual de 10 a 15% permanecem sem solução por um longo período de tempo, e, às vezes, jamais são resolvidos. Visando dar visibilidade a esta problemática a Secretaria Especial de Direitos Humanos, desde 2002, constituiu uma rede nacional de identificação e localização de crianças e adolescentes desaparecidos, com o objetivo de criar e articular serviços especializados de atendimento ao público e coordenar um esforço coletivo e de âmbito nacional para busca e localização dos desaparecidos. Hoje temos cadastrados no site da ReDesap 1.247 casos de crianças e adolescentes desaparecidos no país. Desde sua criação já foram solucionados 725 casos, sendo que se constatou que uma das causas mais comuns de desaparecimento é a fuga do lar por conflito familiar.

Divulgue fotos de Desaparecidos em seu blogue Click Aqui

Luz de Luma, Yes party!Pedimos ajuda mais uma vez para divulgação de nosso Movimento Pela Criação do Alerta Amber no Brasil. O Alerta Amber é um alerta nacional de crianças desaparecidas dos EUA. Queremos que um alerta semelhante seja implementado em nosso país. Em cerca de 75% dos raptos, a criança é morta nas primeiras horas por seus seqüestradores e cerca de 10 a 15% das crianças desaparecidas podem jamais ser encontradas. A criação de um cadastro e alerta efetivo de crianças raptadas poderia mudar esse contexto, salvando vidas, quando a notícia do desaparecimento da criança fosse alardeada rapidamente, principalmente pelos meios de comunicação. Recentemente, o Deputado Alfredo Kaefer apresentou, na Câmara dos Deputados, projeto de lei para criação do alerta nacional. Queremos pressionar para que seja rapidamente aprovado e efetivado.

Divulgue e passe essa idéia adiante.

Envie uma mensagem para os Deputados Federais e Senadores de seu Estado solicitando que seja criada uma lei semelhante ao Alerta Amber no Brasil. Clique aqui e aqui para entrar em contato com nossos representantes.

"A criança é o princípio sem fim. O fim da criança é o princípio do fim. Quando uma sociedade deixa matar as crianças é porque começou seu suicídio como sociedade. Quando não as ama é porque deixou de se reconhecer como humanidade.

Afinal, a criança é o que fui em mim e em meus filhos enquanto eu e humanidade. Ela, como princípio, é a promessa de tudo. É minha obra livre de mim. Se não vejo na criança, uma criança, é porque alguém a violentou antes, e o que vejo é o que sobrou de tudo que lhe foi tirado. Diante dela, o mundo deveria parar para começar um novo encontro, porque a criança é o princípio sem fim e seu fim é o fim de todos nós." Herbert de Souza (Betinho)

Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Este dia foi criado pela Lei Federal 9.970 com objetivo principal de mobilizar e convocar toda a sociedade a participar da luta para prevenção e combate à violência sexual contra crianças e adolescentes.

Faz-se necessária a conscientização nacional, de que o simples ato de denunciar, rompe todo um ciclo de violência, protegendo deste modo nossas crianças e adolescentes do seu agressor.

Esta violência manifestada de várias formas, através de abuso e exploração sexual dentro da própria família ou em casos para fins comerciais, como prostituição, pornografia e tráfico; causam danos irreparáveis ao desenvolvimento físico, psíquico, social e moral, trazendo conseqüências penosas por toda a vida das crianças e adolescentes. Levando-os muitas vezes, ao uso de drogas, a gravidez precoce indesejada, distúrbios de comportamento, condutas anti-sociais e infecções por Doenças Sexualmente Transmissíveis.

Mas tão grave como esses atos violentos, o silêncio da sociedade é o maior agressor. Essa indiferença que dá ao agressor a proteção pela impunidade e lhe garante a repetência da violação às suas vítimas.

Denuncie. Enfrente com seriedade o desafio de proteger a criança. Lembro-lhes que, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, todo cidadão tem o dever de notificar os casos de abuso de que tiver conhecimento aos órgãos competentes.

Quando leio discursos como o de Ferrari e Kaloustian, dizendo que “A família brasileira (...) está presente e permanece enquanto espaço privilegiado de socialização, de prática de tolerância e divisão de responsabilidades, de busca de estratégias de sobrevivência e lugar inicial para o exercício da cidadania sob o parâmetro da igualdade, do respeito e dos direitos humanos (...) é a família que propicia os apartes afetivos e, sobretudo, materiais necessários ao desenvolvimento e bem estar dos seus componentes (...) é em seu espaço que são absorvidos os valores éticos e humanitários, e onde se aprofundam os laços de solidariedade”, concordo plenamente. Mas e quando vejo notícias como essas:

O desempregado Edson da Silva Bernardo, de 26 anos, está preso desde domingo no 2º Distrito Policial de Londrina, no norte do Paraná, acusado de ter espancado a filha, de apenas 39 dias, que chorava e não o deixava dormir, provocando-lhe a morte. A criança sofreu fratura nos dois fêmures, trauma craniano e luxação em um dos ombros. A princípio, a mãe, Andréa Michele da Silva, de 24 anos, é apenas testemunha do crime. Revoltados, populares saquearam e colocaram fogo na casa de madeira em que eles moravam. A criança J. S. B. foi levada ao Hospital Infantil, por volta das 8h30 da manhã. Os pais disseram que ela tinha caído do colo da mãe quando a colocava no carrinho de bebê. "No primeiro atendimento concluiu-se pela incompatibilidade entre o resultado das lesões e a história anunciada pelos pais da vítima", disse o delegado Moreira. Comunicada, a polícia passou a investigar o caso ouvindo os pais em separado. Segundo Moreira, foi a mãe quem decidiu contar a verdade e disse que a invenção da história foi feita a pedido de seu marido. O delegado acentuou que, depois, o próprio pai acabou assumindo ter espancado a criança, embora dissesse não se lembrar com precisão do que acontecera e que não tinha controle de seus atos, em razão de tomar medicamentos de uso controlado. "Vamos requisitar um exame de sanidade mental", adiantou Moreira. Fonte: Estadão

Uma menina de apenas 10 meses foi violentada sexualmente pelo padrinho, na noite do último domingo, no Parque São José. Segundo a Polícia, a mãe do bebê teve que se deslocar até um hospital, para receber atendimento médico, e precisou deixar a filha na companhia dos padrinhos, que residem no mesmo prédio de apartamentos. De acordo ainda com a Polícia, vizinhos ficaram preocupados com o choro insistente da criança e decidiram verificar o que estaria ocorrendo. Diante de um grande sangramento no bebê, os vizinhos decidiram chamar a Polícia. Antes da chegada dos policiais, outras pessoas souberam da ocorrência e tentaram linchar o padrinho da menina. Acusado e vítima foram conduzidos ao Instituto Doutor José Frota, no Centro. A criança se encontra na emergência da Pediatria, onde foi constatada a violência sexual. Segundo a Polícia, a menina foi submetida à cirurgia para reconstituição do órgão genital. Já o acusado continua na enfermaria do hospital sob escolta policial. Vizinhos acusam a madrinha da criança de cumplicidade no crime. De acordo com relatos feitos no 12º Distrito, delegacia de plantão da área, a madrinha foi flagrada lavando a calcinha da menina e ainda teria escondido debaixo de uma cama um lençol com uma grande mancha de sangue da criança. Fonte: Jornal O Povo

Avô engravida a neta de 10 ano - basta não é? me recuso a transcrever a notícia. Os interessados em saber do caso, acessem o blogue do André, onde está analisada e bem comentada.

Muito mais que vergonhar, esses tipos de crimes são afronta à sociedade. Ficou indignado? Denuncie o agressor. Não quer se envolver? Você é um caso sério.

Durante esses dias o blogue Diga Não À Erotização Infantil e a Comunidade Diga Não À Pedofilia convidam todos os blogues e sites amigos da criança a participarem de duas blogagens coletivas nos dias 18 e 25 de maio.

Contamos mais uma vez com a força da blogosfera para a discussão de assuntos relevantes para a construção de uma sociedade mais justa em que os direitos sejam respeitados de forma igualitária.

Este é um assunto que não se esgota. Então seja solidário e participe desta empreitada! Não precisa postar hoje, publique amanhã ou depois, mas participe!

Amigos da infância: Rosácea, Denise Rangel, Cidão, Andréia Lino, Zeca, Andréa Motta, Profª Cristiana de B. Passinato, Mel, Marcus Madeira, Caleydoscope Eyes, Silvano Vilela, Blog de enfermagem Pediátrica, Eliana Massih, Marcos Lima, Netinho, Maria Caroline Belline, Marcos Lima, Jen, Cláudia Gonçalves, Dois em Cena, Chepy Aguivê, Willian Mendes, Luci Lacey, Cecília Helena, Ceci, Sônia Horn, Caderno Mulher, Lolita, Laura Diz, Veridiana Serpa, Cotidiano e outras coisas, Walkíria Masiero, Andréa Voûte, Desabafo de Mãe, Flávio, Sotaque Mix, Daiane Vasquez, Neli Alves, Carol, Sheila Felix, ...

Beijus,
Luma

Você sabe dizer não?

A incapacidade de condições técnicas e de consciência dos tribunais brasileiros de aferir o grau de culpabilidade de um acusado é notado quando a dosemetria da pena ocorre numa verdadeira aplicação de “pena por atacado”.

O operador do direito, representado por uma gama de juízes, que se apoiam em promotores de justiça que fazem uso do “clamor público” ou de caprichos pessoais para a aplicação da lei,  persistem em uma mentalidade primitiva.

Essa mumificação do direito por “doutrinadores” que repetem obras arcaicas, se esquecem do fundamento primordial, do compromisso do estudo e da observação do ser humano em seus aspectos sociais intrínsecos e extrínsecos (psíquico-social-cultural).

Este compromisso, de lege ferenda, de apontar sugestões e soluções na observância do homem, dá ao operador do direito, o compromisso de ajudar na construção de uma sociedade mais civilizada, condizente com o ideal humanitário, justo, fraterno, solidário e alicerçada no ordenamento jurídico, estará sempre inspirado na teoria do direito mínimo e na máxima justiça social.

Mas, se os operadores do direito nada fazem e se nós “publico” não aclamamos, fica a sociedade estagnada, parada, desanimada, somente a reclamar daquilo que precisa ser feito?

Não vou dizer o que cada um deve fazer ao olhar para o lado e perceber só desgraças e coisas ruins, sendo que o contrário poderia estar acontecendo se assim, cada um cumprisse com o seu dever de cidadão.

Uma pequena análise, um pensamento passado à frente, uma indignação, um gesto, são contribuições para a construção do pensamento coletivo. E este é o ponto inicial para a nossa trajetória.

Diga não à Violência Infantil!


clipped from Blogagem coletiva em Defesa da Criança - Dias 18 e 25 de maio - Eis o convite:

O Blog Diga Não À Erotização Infantil e a Comunidade Diga Não À Pedofilia convidam todos os blogs e sites amigos da criança a participarem de duas blogagens coletivas nos dias 18 e 25 de maio.

Dia 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e foi instituído pela Lei 9.970. A idéia surgiu em 1998 quando cerca de 80 entidades públicas e privadas, reuniram-se na Bahia para o 1º Encontro do Ecpat no Brasil. Organizado pelo CEDECA/BA, representante oficial da organização internacional que luta pelo fim da exploração sexual e comercial de crianças, pornografia e tráfico para fins sexuais, surgida na Tailândia, o evento reuniu entidades de todo o país. Foi nesse encontro que surgiu a idéia de criação de um Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil.

Foi escolhido o 18 de maio em homenagem à menina Araceli. Seqüestrada em 18 de maio de 1973, Araceli Cabrera Sanches, então com oito anos, foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família capixaba. Muita gente acompanhou o desenrolar do caso, desde o momento em que Araceli entrou no carro dos assassinos até o aparecimento de seu corpo, desfigurado pelo ácido, em uma movimentada rua da cidade de Vitória. Poucos, entretanto, foram capazes de denunciar o acontecido. O silêncio da sociedade capixaba acabaria por decretar a impunidade dos criminosos.

Dia 25 de maio é o Dia Internacional Das Crianças Desaparecidas. A data refere-se ao dia do rapto do menino americano Etan Patz, em 1979. Etan tinha seis anos e jamais foi encontrado. Em 1983, os EUA reconheceram a data. Na Europa a data foi introduzida pela ONG Child Focus, após o caso Marc Dutroux, belga que raptou, estuprou e matou seis meninas. No Brasil o símbolo maior da luta pelas crianças desaparecidas é Arlete Caramês, mãe de Gulherme, desaparecido desde 17 de junho de 1991.

Como participar da Blogagem Coletiva e de nosso movimento

No dia 18 de maio próximo faça em seu blogue um texto sobre exploração sexual, abuso sexual, pedofilia, perigos na internet ou qualquer tema que promova a defesa dos direitos da criança.

Repassa informações para alertar como podemos reconhecer quando uma criança está sendo abusada, como e onde denunciar ou alertando pais e crianças sobre os perigos da internet e proteste! Exija o fim da impunidade ou de qualquer crime contra crianças.

Quem tem orkut ajude a divulgar o Movimento, colocando em sua página a imagem dessa fita no lugar de sua foto, na semana de 18 de maio. Veja mais informações na aqui. Sent with Clipmarks

http://diganaoaerotizacaoinfantil.files.wordpress.com/2008/03/campanha-alerta-amber-brasil.jpg

Ajude também a divulgar o Movimento pela criação do Alerta Amber no Brasil - que se trata de um alerta nacional adotado nos EUA e que gostaríamos, fosse implementado no Brasil. Este alerta funciona através de um cadastro único onde o rapto de crianças, seria imediatamente veiculado nos meios de comunicação em conjunto e imediatamente após o desaparecimento [mais informações]

Kate e Gerry McCann, pais de Madeleine McCann conclamaram a União Européia (UE) com seus 27 países-membros do bloco, a elaborarem um mecanismo parecido com o Alerta Amber, o uso deste sistema de alerta internacional que responde no caso de crianças seqüestradas. Vocês blogueiros moradores de outros países estão convidados a participar também, afinal, a violência contra a criança é um problema mundial.

Confirme a sua participação na blogagem aqui no "Luz de Luma", no "Amigos da Blogosfera" ou no blogue mentor da blogagem "Diga não a Erotização Infantil". Contamos mais uma vez com a força da blogosfera para a discussão de assuntos relevantes para a construção de uma sociedade mais justa em que os direitos sejam respeitados de forma igualitária.

Seja solidário e participe desta empreitada!

Beijus,
Luma

Comente aqui também!

Pedofilia erótica, você concorda?

Tem gente que sente prazer com o olhar de pavor de uma criança. Porque essa pessoa sente isso?

Como todos os casos onde há anomalias de condutas, o autor tem que reconhecer o erro, para que o trato seja reconhecido como tal, do contrário, é crime!

Um crime que pode ser tratado como doença. Isso é correto?

Qual a sua opinião? O que você faria, se soubesse que uma criança de sua família está sendo molestada sexualmente por um adulto? Qual seria a sua conduta? Você já pensou que essa possibilidade acontece nesse exato momento? A vítima pode não ser a sua criança, mas a do vizinho, do amigo, de qualquer um, ninguém está livre desta praga que cresce dia após dia. Mostre que você está atento!

Quando fiz o selinho que hoje acompanha a blogagem coletiva, não o fiz com o intuito de associá-lo à pedofilia erótica. Como sabem, convivo bastante com crianças e quis fazer uma homenagem à essas pessoinhas - que ficaria aqui no "Luz", só e simplesmente. Só que o destino me fez saber de um caso horroroso e entrando em contato com a família, pude presenciar uma dor sem igual. Me coloquei no lugar da mãe e a acompanhando em medidas práticas, encontrei pelo caminho, muitas histórias parecidas. Dores compartilhadas.

Como freiar isso? Como ajudar uma criança que se sente culpada e que carregará esse sentimento por toda a vida?

Primeiro quero explicar que o termo usado - Pedófilo significa amigo das crianças. Se a conotação é sexual, o termo correto a usar é pedofilia erótica ou pedosexualidade, mas as pessoas fazem uma ligeira confusão com isso e ficou na prática o uso do termo, erradamente como "Pedofilia".

O "Luz de Luma" funciona como a minha voz no mundo. Quando propus a blogagem e usei o termo que a ilustra, fui visitada sistematicamente pelos computadores da polícia federal. Sinal de que eles estão atentos a tudo que acontece no ciberespaço. Mas e nós, cumprimos a nossa tarefa em casa? Seus filhos usam computadores sozinhos? Cuidado.

Fiz um outro selinho, sem o nome do "Luz de Luma" - fiquem à vontade para escolherem qual querem usar na blogagem coletiva. É, para quem não sabe vai acontecer uma blogagem coletiva no dia 14 de Fevereiro. Confirmem a participação nos comentários.



Você sabe identificar no comportamento de uma criança que ela está sendo molestada? Como se prevenir e procurar ajuda quando precisar? [veja as respostas]

No último dia 20, o jornal "Tribuna de Minas" publicou uma matéria de Ana Cláudia Barros e Daniela Arbex, contendo informações sobre uma rede de pedófilos que estaria agindo no Orkut. O acesso ao jornal é restrito à assinantes e quem puder acessar, use o link.

Como sou muito boazinha, transcrevo aqui para vocês: PRESTEM ATENÇÃO!

Crianças e adolescentes de Juiz de Fora estão sendo atraídos para uma rede de pedofilia no Orkut, que “rifa” fotos na internet.
As imagens de meninos e meninas são obtidas por adultos escondidos atrás de “fakes”, falsos perfis de crianças, com o objetivo de se aproximarem delas e persuadi-las a trocar fotografias e vídeos por meio do site de relacionamentos e também do MSN, programa de bate-papo que permite conversas em tempo real.
O material é compartilhado e usufruído por criminosos que fazem da perversão sexual não só um meio de obter prazer, mas de ganhar dinheiro.
Incluídos nessa rede, muitos garotos acabam sendo induzidos a fazer sexo virtual ou marcar encontros reais que podem resultar em abuso e violência.
Alguns pedófilos chegam a pedir pela web receitas para dopar suas vítimas.

Para tentar desvendar o obscuro universo dos pedófilos, foi criado um perfil falso de um garoto de 12 anos, atraindo, em menos de 24 horas, 22 “amigos”, diversos deles adultos disfarçados de adolescentes, conforme acabou revelando um pedófilo que disse viver em Juiz de Fora. Durante a conversa, o homem, que apresentou-se como um adolescente de 14 anos, percebeu estar "teclando" com outro adulto. Muitos, no entanto, sequer fazem questão de disfarçar a idade, como um homem de 40 anos que não recuou após saber a idade do personagem, sugerindo uma conversa reservada no MSN, que se revelou obscena.

Por meio de busca no site de relacionamentos, a Tribuna também identificou garotos de classe média da cidade, moradores de bairros como o Bom Pastor, que mantêm estreito vínculo com criminosos da internet, embora possam não saber disso. Através do perfil de um adolescente do município, chegou-se a outras 15 pessoas, entre adultos e jovens de Barbacena, São João Del Rey, Rio de Janeiro, Fortaleza e comunidades de outros países.

Cardápio de fotos

A pesquisa mostrou que essas comunidades exibem desde fotografias caseiras de crianças na praia, postadas na internet pelos próprios pais, até “cardápios” de fotos que incluem não só poses sensuais de garotos, mas sexo explícito e grupal praticado com adultos. A investigação foi iniciada em dezembro do ano passado, quando a equipe de reportagem teve acesso a dois inquéritos policiais instaurados na Delegacia de Menores para apurar o assédio de pedófilos a meninas entre 10 e 17 anos por meio do Orkut.

Em um dos casos, a estudante M., de apenas 10 anos, chegou a ser molestada virtualmente. A dois meses de completar 11 anos, a moradora da Zona Leste da cidade levou um susto ao entrar no site de relacionamentos Orkut. Na página de recados da menina, um homem aparentando mais de 40 anos e que se apresentava como “Gostoso” assediava e ameaçava a criança, exigindo que fizesse sexo com ele. A mensagem grotesca chocou os pais da garota que, preocupados, decidiram procurar a polícia. “Fomos surpreendidos, porque pensávamos que, em casa, nossa filha estaria segura”, comentou o pai da menina, por telefone.

Acesso ilimitado potencializa riscos

Ignorando os riscos na internet, muitos pais não impõem restrições ao uso da tecnologia. Embora o Orkut seja, em tese, restrito a maiores de 18 anos, o site é amplamente freqüentado pela população infanto-juvenil. Sem monitoramento, meninos e meninas acabam tornando-se presas fáceis para grupos criminosos de pornografia infantil. “Quero trocar vídeos e fotos, me adiciona no MSN”, avisa um pedófilo que se apresenta no Orkut por meio de uma foto que exibe um corpo franzino e infantil. Outro é claro em suas intenções: “Quero transar com moleques entre 8 e 12 anos.”

Em mais uma página, o pedófilo, que tem um álbum de meninos nus entre 6 e 12 anos, pede a uma criança que mande fotos suas. “Quando minha mãe sair, vou colocar as fotos”, avisa, inocente. Ainda no Orkut, outro se apresenta com perfil fictício. “Tenho 13 anos, você é simplesmente lindo”, assedia. Algumas crianças reagem assustadas.”Tá louco, irmão”, questiona um menino de 10 ao receber o recado. Outros são ainda mais diretos. “Oi, lindo. Me adiciona! Quero tirar a sua cuequinha”, escreve o pedófilo de mais de 40 anos que, com a certeza da impunidade, chega a mostrar o rosto e fotos de sua família.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a pena para quem apresenta, produz, vende, fornece, divulga ou publica, por qualquer meio de comunicação, inclusive internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente, varia de dois a seis anos de reclusão, além de multa. A delegada de Menores, Maria Pontes, que preside os dois inquéritos sobre o crime praticado contra meninas de Juiz de Fora no Orkut, considera a situação preocupante. "Na internet, crianças e adolescentes têm contato com um mundo perigoso, capaz de facilitar crimes, como o de abuso sexual.” Entre os casos investigados por Maria Pontes está o de um usuário do site de relacionamentos que assediou B., adolescente de 17 anos. Como ela bloqueou seu acesso, ele “roubou” a imagem de B. e criou uma comunidade de travestis, a partir de sua foto. Além da exposição, ela foi ridicularizada publicamente, inclusive na escola, sofrendo prejuízos sociais e emocionais.

Desesperados, os pais de B. recorreram não só à polícia, mas a Google do Brasil. “Nossa filha é uma menina inocente, criada sob todos os padrões morais da família e que não teve sequer seu primeiro namorado. Nós, pais, estamos aflitos para ver o nome de nossa filha fora dessa comunidade”, escreveram. Apesar da intervenção do Ministério Público e da Vara da Infância e Juventude, a página levou mais de dois meses para ser retirada do ar.

Uso de sites para prática de crimes

Uma pesquisa, elaborada pela organização não-governamental SaferNet Brasil, revelou que, em 21 meses (entre 2006 e 2007), houve o registro de 50 mil páginas, criadas por brasileiros, para a prática de crimes contra os direitos humanos. Destas, 40%, ou seja, 20 mil, divulgavam pornografia infantil. Os dados foram apresentados no final do ano passado, durante o 2º Fórum de Governança da Internet, no Rio de Janeiro. De acordo com a ONG, o cerco à pedofilia na Europa está provocando a migração para o Brasil de redes criminosas.

Muitos destes crimes são praticados no Orkut, conforme comprovou a SaferNet em relatório, com 150 páginas, produzido em 2006. Após sofrer ações na Justiça, a Google Brasil afirma ter intensificado a vigilância sobre os conteúdos veiculados. De acordo com o diretor de comunicação corporativa da empresa, Carlos Félix Ximenes, a tarefa é feita por uma equipe nos Estados Unidos. “Temos um time de suporte que fala português e faz buscas ativas. As denúncias dos usuários são muito importantes neste processo.”

Apesar da relativa facilidade encontrada pela Tribuna para identificar pornografia infantil no site, Ximenes argumenta que os casos de pedofilia diminuíram. “Recebemos, por semana, cerca de 20 mil denúncias de crimes no Orkut. Destas, apenas 5% são, de fato, crime. O restante são ofensas ou situações que não colocam o usuário em risco. Dos 5%, o principal motivo de remoção de páginas são os 'spammers' (aquele que envia propagandas eletrônicas não-autorizadas). Em seguida, temos nudez, mensagens de ódio e pornografia. Apesar disso, 99% da utilização do site é considerada positiva.”

O diretor, entretanto, faz um alerta: “Hoje, o maior problema são as conversas instantâneas, em que há trocas de arquivos. Os pedófilos arrastam a criança para bate-papos on line, nos quais têm maior influência e sedução sobre ela. Muitas vezes, obtêm fotos dela nua e depois a chantageia, obrigando-a, até mesmo, a marcar encontros. É um pessoal que tem uma atuação bastante elaborada. A única forma de interromper isso é por meio de parcerias e trocas de informação.”

Sobre a freqüência de crianças e adolescentes no Orkut, teoricamente restrito a maiores de 18 anos, Ximenes reconhece limitações que impossibilitam o controle. “Atualmente, não temos ferramenta que comprove quem a pessoa é. A gente se baseia na palavra do usuário. Sempre houve abusos na internet, abusos controlados pela própria comunidade. Os pais devem ajudar na vigilância, e os jovens precisam ter responsabilidade. É uma questão de auto-regulação.”

Rede internacional

O avanço da pedofilia no país está obrigando ações mais enérgicas por parte das autoridades. No final do ano passado, a Polícia Federal desencadeou a maior operação de combate a esse crime realizada até então, a primeira deflagrada por iniciativa brasileira. A ação, batizada de Carrossel, envolveu 14 estados (entre eles, Minas Gerais) e o Distrito Federal. Os agentes recolheram vasto material contendo pornografia infantil e prenderam três suspeitos, dois em São Paulo e um no Ceará. As investigações mostraram que a rede de pedófilos era formada por usuários de 78 países.

Virgindade é ‘leiloada’ em comunidades

Como se não bastassem os perigos a que estão expostos na internet, muitas vezes são os próprios jovens que se colocam em risco, já que postam fotos caseiras com forte apelo sexual. A Tribuna encontrou em uma das comunidades do Orkut um tópico no qual uma adolescente da cidade oferta sua virgindade. “Tenho 17 anos e estou querendo perder a minha virgindade (...). Se a regra do jogo é assim, quero transar com moleques de 15 a 22 anos daqui de Juiz de Fora. Então, se tiver alguém interessado, deixe um recado aí, e a gente marca”, diz. Outra menina com o mesmo propósito deixa o endereço do MSN. Um suposto adolescente do município se habilita. “Vamos marcar”, diz enviando o e-mail para uma conversa mais reservada.

Para o médico Lauro Monteiro, editor do site Observatório da Infância, o monitoramento de sites de relacionamento, bem como da internet, precisa ser discutido. Fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia), Monteiro explica que, por ser muito suscetível, o adolescente é presa fácil de predadores que usam a internet para seduzir meninos e meninas. “É sempre perigoso falar sobre o controle, mas se existe uma faixa etária para que a criança assista a determinados programas na TV, porque não ter o controle da internet? Precisamos intensificar o debate. Embora não ignore os benefícios e as vantagens da web, também sei que esse é um meio extremamente barato e perigoso de divulgação de idéias, entre elas a apologia à pedofilia”, analisa.

Ataque moral

Autor do livro "Pedofilia: A inocência ferida e traída", Milton Rui Fortunato destaca as conseqüências deste crime. “O pedófilo pode não tocar fisicamente a criança pela internet, mas a ataca moralmente, causando prejuízo semelhante ao sofrido por uma pessoa molestada." Pai de uma mulher de 29 anos, portadora de síndrome de Down, que sofreu abuso sexual na escola aos 11 anos, o escritor luta para que a sociedade civil se conscientize e se mobilize no enfrentamento ao problema. “Quando alguém que a gente ama passa por isso, experimentamos um sentimento horrível de raiva e descrença no ser humano. É preciso denunciar, porque a impunidade e o silêncio estão contribuindo para o crescimento da pedofilia. Por isso, a participação da sociedade no combate a esse crime é fundamental”, diz Milton. A responsabilidade dos pais também é enfatizada pelo autor do livro. “Os pais precisam ensinar aos filhos a usar essa ferramenta.”

Já uma militante que ajuda a denunciar o crime no Orkut, que prefere manter o nome em sigilo por segurança, diz que, se a legislação existente sobre o tema não é cumprida, cabe à família impor limites. “Já que não há respeito pelas regras, então, que os pais procurem saber o que os filhos fazem na internet e adotem um pacto de respeito e sinceridade quanto à utilização da rede.”

Tópicos de discussão retirados de comunidades do Orkut:

* "Vídeos de 'leks' (moleques)"
"Deixe aqui seu MSN pra gente trocar videos."

* "Procuro 'mlks' (moleques) até 15 anos"
"Tenho 24 anos, se tiver alguém de SP a fim de algo na real, deixa o MSN."

*"Dopar amigos"
"Pessoal, tenho amigos de 12 e 13 anos que vão dormir às vezes na minha casa... Alguém sabe como posso dopá-los para fazer tudinho com eles?"

Até o dia 9, havia nove respostas. Em duas delas, internautas indicavam nomes de calmantes e como deveriam ser usados. Em outra, a pessoa alertava sobre o risco de uma parada cardiorespiratória e sugeria a alternativa de embriagar os meninos ("Já fiz isso e deu certo."). Os demais indicaram outros meios, como brincar de luta ou pedir a permissão das crianças. Em nenhum momento, a pouca idade dos garotos foi criticada.

* "Pra quem curte jovens pelados = P"

A pessoa fornece o link de um site com crianças e adolescentes nus.

* "Flog de meninos novinhos na net"

O criador do tópico deixa o endereço de um fotolog com " fotos de garotos baixadas de flogs ou do Orkut." Na mesma comunidade, há uma enquete sobre a idade dos frequentadores. Dos 347 integrantes, 249 haviam respondido até o dia 9 de janeiro. Cinqüenta e nove por cento revelaram ter entre 10 e 17 anos. O restante declarou ter mais de 18 anos, sendo que 13% disseram ter mais de 21 anos.

* Enquete encontrada em uma comunidade: "Você prefere meninos com qual idade?"
Em um universo de 438 votos, 15 pessoas afirmaram preferir garotos de 5 a 10 anos, e 236 responderam que gostam de meninos de 11 a 16 anos. Um dos integrantes chega a alertar: "Atenção moderador, esta enquete é pedófila. Retire-a do ar."

Trecho de conversas via Orkut, mantidas entre suposto pedófilo e o personagem de 12 anos criado pela Tribuna:

Personagem: "Oi, você é de JF?"
Pedófilo1: "Sou sim. Tenho 14 anos. E você?"
Personagem: "Faço 13 no mês que vem. Você é o da foto?"
Pedófilo1: "Não. E você, não tem foto sua? Em que bairro você mora ? Eu sou de São Mateus."
Personagem: "No Bom Pastor.
(...)
Personagem: "Você parece ser maneiro. Vou te pedir uma dica: como faço para saber se é um Orkut de adulto disfarçado de adolescente? Nada contra adulto, mas gosto de saber com quem estou falando."
Pedófilo1: "É muito fácil. Tudo que estiver no seu perfil (que é de adulto disfarçado tanto quanto o meu), você vai reparar...(risos)."

Como denunciar:

Acesse a página da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos (www.denunciar.org.br) e preencha um formulário anônimo. Após o envio, o internauta recebe um número para acompanhar, por meio do site, o andamento da denúncia.

Como solicitar a retirada de uma página do Orkut:

O internauta deve mandar um e-mail para help@orkut.com, passando informações sobre o caso. Segundo a Google Brasil, a remoção, em geral, ocorre em 24h.

A Tribuna optou por não publicar informações que facilitem o acesso ou identificação dos sites, comunidades e perfis citados.


Leia também: Contra a pedofilia, em defesa da inocência e "Brasil contra a pedofilia"

Estarei listando os links dos bloggers que confirmarem a participação. Até o momento, entre os que estão participando e divulgando, temos mais de 100 blogues cadastrados. São eles:

1.Amigos da Blogosfera,
2.Lys,
3. Andréia Motta,
4. Tânia Defensora,
5. Sahmany,
6. Carlos Fran,
7. Cidão,
8. Rosane,
9. Claudia Pit,
10. Leonardo Rocha Pena,
11. Mário Leal,
12. Ronald,
13. Jorge Araujo,
14. David Santos,
15. Chicoelho,
16. Tito Lívio,
17. Marco Ferreira,
18. Rafael Rap,
19. Taliesin,
20. Ru Correa,
21. Carlos Jr.,
22. Maria Augusta,
23. Simone Zelner,
24. Luci Lacey,
25. Vitória,
26. Evellyn,
27. Cilene Bonfim,
28. Veridiana Serpa,
29. Silvano Vilela,
30. Grace Olsson,
31. Lino Resende,
32. Elisabete Cunha,
33. Dullim,
34. Daniela Pontes,
35. Chá verde com limão,
36. Aninha Pontes,
37. Júnior (Frigideira),
38. Aju,
39. Patty (Palavras),
40. Fabíola,
41. Meiroca,
42. Fábio Max,
43. Rodrigo Villasboas,
44. Diego Pacheco,
45. Nemias,
46. Letícia Coelho,
47. Lúcia Freitas,
48. Rui Nelson,
49. Sonia,
50. Flávio (Opiniaum),
51. Victor Fontana,
52. Samantha Shiraishi
53. Bruna (Aliciante)
54. Marcos Pontes,
55. Luciane,
56. Príncipe Tito,
57. Sérgio Ricardo,
58. Teresa Freire,
59. Dª Anja,
60. Roberto Balestra,
61. Dario Velasco,
62. Juca,
63. Sérgio (Em branco e Preto),
64. Mirella,
65. Blog Desabafo de mãe,
66. Oscar,
67. Flainando na web,
68. Gente sem saúde,
69. Pedro Ivo,
70. Cilene Bonfim,
71. Fabiana,
72. Aline Silva Dexheimer,
73. Val Barbieri,
74. Juzinha,
75. Dono do Bar (DB),
76. Rosamaria,
77. Flávia (Vivendo em Coma)
78. Odele Souza
79. Lunna Montez'zinny,
80. Nério Júnior,
81. Paula Góes (Global Voice)
82. Herika,
83. Chuvinha,
84. Georgia Aegerter,
85. Adri-Dri-Drika,
86. Olá,
87. Maria,
88. Ana Cranes,
89. Leonor Cordeiro (Dança das palavras),
90. O mundo encantado de Cecília Meireles,
91. Madalena Barranco,
92. Mara Fortuna,
93. Luiza Helena,
94. Mônika Mayer,
95. Turmalina,
96. Everson,
97. Edson Marques,
98. Maria Laura,
99. Fernanda,
100. Elvira Carvalho,
101. Chawca,
102. Jens,
103. Ricardo Rayol,
104. Amigona,
105. Janaína de Almeida,
106. Naldy,
107. A Abiose Maringaense,
108. Oliva Verde,
109. Ziggy,
110. Miguel,
111. Rui Nelson,
112. Heloisa,
113. Maria Clarinda,
114. Pegasus,
115. Caleydoscope Eyes,
116. Cristiane Fetter,
117. Paula Barros,
118. Rakel Macedo,
119. Tony,
120. Miosótis Óbidos,
121. Lucas Ghellere,
122. Sônia Horn Nascimento,
123. Renata Christina,
124. Cláudia,
125. Sclair,
126. Tati Sabino,
127. Landinho,
128. Ana Paula,
129. Áurea,
130. Garfio,
131. Xico Lopes,
132. Anunciação,
133. Tina,
134. Mutumutum,
135. Karina,
136. Lúcia Helena F. Moura,
137. Teresa Freire,
138. Raul Rudoisxis,
139. Willian Mendes,
140. Maria da Conceição Banza,
141. Meyviu,
142. Laura,
143. Rosa Silvestre,
144. Pata Irada,
145. Vrouw não deixou link,
146. Parvinha,
147. Sombra do Sol,
148. Kleverson Neves,
149. Jake,
150. Euza Noronha,
151. Arco-íris,
152. Ecclesiae Dei,
153. Taty Ferreira,
154. Júlio Moraes,
155. Afonso, o Chato,
156. Regina Célia Simões,
157. Gighiggi,
158. Tomavana,
159. Cristina,
160. Tanya,
161. Daniel Mafinski Biz,
162. Sophia Mar,
163. Rodrigo Reis,
164. Nadja,
165. Luíza Gaivota,
166. Ingrid,
167. Sérgio Issamu,
168. Antonio Madrid,
169. Peciscas,
170. Maria Augusta,
171. Looking4good,
172. Ricardo Cobra Martinez,
173. Teo Victor,
174. Gustavo Chaves,
175. Pena,
176. Sérgio Coutinho,
177. Fernando Cury,
178. Baby, fazendo a diferença,
179. Isabel Filipe,
180. Ana Sofia,
181. Andréa Sig Mundi,
182. Sandra Mora,
183. Marcos Santos,
184. Gabriel Ruiz,
185. Cármen Neves,
186. Alanna Blogada

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