Me chamem de egoísta

agora tem só pra mim!



"Ai que prazer
- Não cumprir um dever:
Ter um livro para ler,
E não o fazer!"
(Fernando Pessoa)

Ter uma pessoa para amar...

Hoje em nome da preguiça está tudo cancelado.

Não ir, só pelo prazer de não cumprir um dever... um pequeno ato de rebeldia degustado após uma semana estafante.

Ai que prazer...

Aos crentes, tementes à Deus, digo que não estou cometendo pecado algum. Cristo pregou a preguiça no seu sermão na montanha:

"Contemplai o crescimento dos lírios dos campos, eles não trabalham nem fiam e, todavia, digo-vos, Salomão, em toda a sua glória, não se vestiu com maior brilho."

Jeová, o deus barbudo e rebarbativo, deu aos seus adoradores o exemplo supremo da preguiça ideal - depois de seis dias de trabalho, repousou para a eternidade.

E pela leis naturais vou descansar!

Uma carta para mim

Luma, você ouviu ontem a Dª Rosa fazendo citações? Ela disse: "Do nascimento aos 18 anos, uma garota precisa de bons pais; dos 18 aos 35, precisa de uma boa aparência; dos 35 aos 55, de uma boa personalidade; dos 55 em diante, precisa de dinheiro"

Não sei de quem é a citação acima e não sei porque obedecemos tantas regras (eu ainda preciso dos meus pais, dos meus irmãos, amigos...), mas sei que a Dª Rosa, com os seus 63 anos, possui certa sabedoria. Respeito! Viu que não retruquei, apenas me resignei. Algumas regras assim, pode, se a pessoa for intransigente, dar pano para muita conversa. Não estou dizendo que a citação está errada, mas também não está de todo correta.

Na verdade, não vou fazer tempestade em copo d'água, a citação acima é a melhor das circunstâncias e vou dizer que, não é nada! Mas quando algo me tira do sério (lógico que não contei porque a Dª Rosa fez tal citação) relembro o texto "Menefregue, minha amiga"

Na vida, pode-se dizer que tudo é cumulativo. Assim, se não vencermos uma etapa, podemos até passar para outra, mas ficaremos 'travados' nesta primeira etapa e tudo será mais custoso na próxima etapa - trabalho dobrado de duas etapas em uma. Já ouvi algumas pessoas dizendo, "Quero recompensar meu filho, lhe dar muitas alegrias, ser bom pai, porque não tive isso" ou então "Dou para o meu filho, tudo aquilo que eu não tive" - enfim, se você não teve bons pais ou não teve pais na infância, terá uma sobrecarga de cobranças em querer ser um bom pai ou mãe. Se você não tem boa aparência, tenta compensar com outras qualidades, principalmente sendo mais "amável". Personalidade e dinheiro? hum... Faltou dizer que existem pessoas sortudas e comprando personalidade!



Álias, eu tenho dúvidas se a palavra "Menefregar" é verbo e lembro da primeira vez que a li. Também lembro do meu caderno de "Recordações" e do autor do texto, que com a caneta em punho, escreveu. Eu nunca mais vi esse meu amigo. A última vez que tive notícias, me disseram que havia virado monge - Por onde andará o Gustavo? Será que se colocar o texto dele no bloguinho, ele aparece? Vamos testar:

"Menefregue, minha amiga! Menefregue e tudo se ajeita. Inclusive aquilo que não tem jeito. Amigos? Ih, às vezes dão muito trabalho. Pais? Conseguem ser, em certos momentos, tão difíceis quanto os filhos. Compromissos? Adoram nos chatear. Para tudo isto e muito mais, só há uma solução: Dar de ombros e menefregar.

É preciso não levar à sério os problemas, principalmente os graves. Mas menefregar é uma arte sutil. Para quem vê de fora, parece ambígua e contraditória. É preciso menefregar sem transparecer que se o faz.

Quando é o caso, fecha-se a cara, bate-se na mesa, chama-se às falas. Por dentro é que se menefrega. Nada importa, mas é preciso fingir que algumas coisas importam. A seriedade é uma necessidade social. O menefreguismo é uma questão de foro íntimo. Afinal, não podemos deixar a felicidade à mercê das circunstâncias. Sempre hão de nos tentar aporrinhar, tanto os que nos detestam (porque nos detestam) quanto igualmente os que nos amam (apesar de nos amarem).

Problemas sempre o teremos. O que é preciso é não nos importarmos com eles. Afinal, se o planeta consegue continuar girando apesar de toda a maluquice que sobre ele impera, porque não podemos, nós continuarmos a sorrir olimpicamente, apesar de tudo e de todos?

O menefreguista é um vivedor contumaz, cultiva o riso por profissão de fé. Sabe que a vida é curta, e só vale com alegria. Cuida, muito e bem, das amizades e do amor. O resto dá de ombros."

Luma, você sabe o quanto gostaria de reencontrar seu amigo Gustavo, para lhe agradecer por este texto, que está gravado em você. Ah, e também lhe dizer que quando a barra pesa, dá de ombros e diz para você mesma:

Menefregue, minha amiga!! Menefregue!

Quero parabenizar a Elaine Gaspareto pelo aniversário do blogue "Um pouco de mim" e pela iniciativa de agregar seus leitores, convidando-os a escrever "Uma carta para mim".

Boa semana! Beijus,

Samba de Gringo

No último dia 15, comemorou-se um ano do ápice da crise financeira de 2008/2009, quando o banco norte-americano de investimentos Lehman Brothers com atuação global, declarou falência e tornou-se o marco zero da principal crise econômica americana desde o crash de 1929.

Ao pedir concordata, a Lehman Brothers Holdings Inc., um banco especializado em complexas operações e grandes investimentos - onde ninguém tinha conta e por isso, não possuíam cheques; mesmo assim, uma "Grande Bolha da Internet" com raízes em 2001, se espalhou pelo mundo afetando milhões de pessoas.

As perdas bilionárias em decorrência da crise, as especulações de que a carteira de ativos do banco valiam menos do que o estimado, fez a confiança da instituição em Wall Street cair. As ações do banco, no período de um ano despencaram 95% fazendo com que o crédito imobiliário para pessoas consideradas com alto risco de inadimplência (sistema de hipotecas subprime - valores de investimentos residenciais e comerciais) - tiveram que ser revisados para baixo, levando o banco a ter o maior prejuízo líquido da sua história.

A crise de crédito, com consequências negativas, para outras companhias e para clientes espalhados no mundo todo, que trabalhavam com o banco - assim como também, aqueles que trabalhavam com outros bancos, com fundos de pensão, fundos hedge, consumidores destas companhias e governos - foram afetados nesta 'marolinha' quando, se aproximaram das aplicações e estremeceram as bolsas, fazendo as ações despencarem vertinosamente em todo o mundo.

Um ano que o mercado se manteve confuso para desatar as complexas relações, entre as várias companhias envolvidas neste colapso embaraçoso, onde várias instituições financeiras ficaram no limbo, correndo o mesmo risco de quebra que acometeu o Lehman Brothers.

Ontem a ONU (Organização das Unidas), alertou para a baixa de oferta de alimentos existente no mundo, no nível mais baixo dos últimos 20 anos. E seu WFP (Programa Mundial de Alimentos), estimou que o número de pessoas famintas, este ano, irá ultrapassar a marca de um bilhão de pessoas. A ONU não tem a verba para a compra e distribuição de alimentos, o que fará a população carente, se tornar mais vulnerável.

No ano passado, Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, pediu à comunidade internacional que fizesse doação, de pelo menos US$ 2,5 bilhões para enfrentar o problema. Do contrário, as consequências nutricionais e surgimento de distúrbios sociais seriam sem precedentes.

Na ocasião, Robert Zoellick, diretor do Banco Mundial fez a promessa de que a sua entidade, criaria um fundo, destinado a financiar os países mais pobres e ajudar na agricultura.

Alguns países no mundo, limitaram suas exportações para garantir o abastecimento interno e tiraram restrições às exportações. O Brasil foi criticado neste requisito, continuando com as restrições e contribuindo para colocar em risco a oferta mundial de alimentos, aumento de preços e consequentemente, levando prejuízo às pessoas mais pobres do mundo.

Mas o nosso des(governo) não faz o que fala e em um paradoxo, nesta crise alimentar - porque é um grande exportador de alimentos, que anteriormente se mantinha na linha de frente, na liberalização do comércio mundial (Rodada Doha), agora adota medidas protecionistas, fazendo Lullinha dizer: "A crise de alimentos é passageira" - Não é o que Roberto Rodriguês, ex-ministro da Agricultura do governo Lulla acha (leia análise). Se não tivermos uma conduta global, a fome no mundo será generalizada!

Jacques Diouf, diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), pediu que fosse dado aos fazendeiros dos países emergentes, ajuda imediata para ampliar suas lavouras.

"Os fatos são claros. Um, precisamos providenciar dinheiro e alimentos para que as pessoas possam ter o que comer e para reduzir os custos para os pobres, de modo que eles possam ter acesso aos alimentos. Dois, temos de ajudar os agricultores a ter acesso ao que eles precisam para produzir."

O aumento da renda no setor agrícola é a melhor medida interna para se contornar a crise de alimentos, já que 75% dos pobres do mundo trabalham no campo.

E no Brasil acontece o estica e puxa! O governo oferece facilidades e depois as retira.

Flávio de Carvalho Pinto, presidente da Associação Brasileira dos Citricultores (Associtrus), em recente audiência, disse que os pequenos e médios produtores de cítricos do país estão deixando a atividade e que a crise no setor é grave. porque o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), "obriga" os citricultores, mesmo os de pequeno porte, a negociar diretamente com grandes/mega compradores internacionais.

Dizem que esta medida é para evitar dumping (venda a preços menores que os aplicados no mercado interno do país exportador) envolvendo as exportações brasileiras de suco de laranja, porém escutei um produtor, dizer que, estes megas compradores internacionais, ao fazerem suas propostas, oferecem pela caixa de laranja, um valor menor que o custo da produção e estariam subentendendo uma contra-oferta à este pequeno produtor, que no momento, estaria com dívidas até o pescoço.

Assim, de laranja em laranja, território brasileiro é vendido para grandes empresas internacionais de exportação de alimentos. Onde isto vai dar? Sabemos que as plantações de laranjas são bem grandes, principalmente no interior 'rico' do país.

Há quem diga que, a demanda interna diminuiu e por isso o preço também diminuiu, colocando a culpa no aumento do consumo de refrigerantes, isotônicos, bebidas lácteas e derivadas da soja.

Demorou! No boom da soja, onde os analistas de mercado projetam safra recorde este ano e os produtores brasileiros dizem ser uma cultura rentável (?) - os brasileiros aproveitam e consomem fartamente o produto, até exagerando:

tweet

A Milena Castino, que mora na Inglaterra, escreveu um post entitulado "Em tempos de crise", em seu blogue "Samba de Gringo", relatando como é conviver com a crise e seus ingredientes: desemprego, inflação e alto custo de vida no hemisfério norte. Os alimentos são a parte central desta postagem e fiz comentário em sua postagem:

Parece que a situação aqui está melhor! O Brasileiro, apesar das crises que passou ainda não aprendeu a não desperdiçar; joga no lixo coisas que não deveria jogar – tipo cascas e raízes. Enfim, eu não sou vegetariana, mas estou com um certo nojinho de comer carne, sabia? Por causa das coisas que lemos. A soja aí é muito cara? Tenho receita de bifinho de soja e de leite de soja, se quiser, te passo.

Como eu prometi para ela e o "Luz de Luma" é frequentado por pessoas que moram fora do Brasil e porque Lullinha diz que aqui não tem crise - Lullinha não viu o preço do leitinho das crianças - enfim, acho que as receitas serão apreciadas por todos. Ei-las:

Leite de Soja

Modo de fazer: Deixe a soja de molho na água durante a noite. Lave muito bem pela manhã, em várias águas. Para cada medida de soja, use 3 medidas de água. Bata no liquidificador, coe num pano e coloque para ferver.

Opções de sabor:

Tempere com uma pitada de sal e raspinha de limão. Pode-se usar ainda a erva-doce, a hortelã e outras ervas aromáticas para dar ao leite de soja um sabor especial. Para adoçar, um pouquinho de mel.

ou

4 xícaras de leite de soja
1/2 xícara de leite de coco
1/2 xícara de leite de aveia
pitada de sal
mel a gosto
Modo de fazer: Misture e bata no liquidificador.

Você pode adicionar frutas dando o sabor que melhor lhe agradar.

Esta receita foi a Jaqueline Amorim que repassou, do livro Recursos para uma vida Natural, Eliza M.S.Biazzi, ed. Casa Publicadora Brasileira, 1999. através do My Blog Health. Eu fiz para experimentar, gostei e entrou para a minha dieta.

Bifinho de Soja:

Hidrate a soja do mesmo modo como explicado para fazer o leite de soja (não ferva e retire o excesso de água) e coloque em uma bacia com um pouco de sal e amasse. Neste ponto a massa de soja é conhecida por: proteína de soja. Se você sabe preparar hambúrgueres em casa, faça a seu modo ou então, faça do seguinte modo:

Bata no liquidificador os temperos, cebola, alho, cheiro verde, pimentão e cenoura (se desejar) com um pouquinho de água, deixando o resultado não muito espesso. Coloque esta mistura junto com a proteína da soja, reservada. Bata um ovo e adicione à mistura - o ovo serve para colar os ingredientes, um ao outro e nas dietas de restrição à gema, pode-se colocar somente a clara.

Se a massa não ficar no ponto, coloque aos poucos, sovando, farinha de trigo integral ou não. Faça bolinhas grandes e depois achate-as, formando os bifinhos. Veja que a massa também pode ser transformada em almôndegas, substituindo a farinha por pão amanhecido ou farinha de rosca hidratada. Os não naturebas podem acrescentar bacon à massa. Frite em óleo quente ou faça em uma chapa, envolvendo a massa em farinha de rosca. Sirva a seu modo, com ou sem molho ou mesmo em sanduíches. Faça um teste com as crianças! Garanto que elas comem sem saber do que se trata!

No blogue d'As Rainhas do Lar, tem quase um caminhão cheio de receitas elaboradas com soja. Aproveitem o valor nutricional e 'milagroso' da sementinha!

Me conte, o que você faz para ajudar a combater a crise mundial, principalmente a crise de alimentos, a fome no mundo e qual a sua relação com os produtos alimentares industrializados?

Beijus,

Carimbador Maluco

...na tentativa de resolução de assuntos profissionais.
Mas, que stress...que burocracia!

ÊTA!! CARIMBADOR MALUCO!!
Durma-se com o barulho, de tanta gente carimbando!!



Uma notícia perdida num canto do jornal causou um arrepio: O Brasil fabrica 2,7 milhões de carimbos por mês. Quase 3 milhões de carimbos! Isso significa que, a cada mês, um em cada cinqüenta brasileiros ganha um carimbo. E há quanto tempo isso vem acontecendo? Anos, décadas, talvez séculos. Some essa montanha de carimbos e olhe ao redor: Somos uma nação de carimbadores. Milhões de nós passamos o dia carimbando ou sendo carimbados.

Dependendo do sujeito na escala burocrática, ele disporá de um suporte de carimbos, com vários carimbos pendurados, cada qual de um tamanho ou formato e, creio, com funções e dizeres diferentes. Daquele cabide de carimbos, ele tirará o carimbo ou carimbos adequados, porque, como se sabe, é raro o documento que não exija diversas carimbadas para seguir o seu curso nas mesas da burocracia. O fato de um sujeito controlar inúmeros carimbos não quer dizer que ele não seja o responsável pela carimbada defiinitiva, aquela que liberará seu documento na direção final.

Assim como os rios correm para o mar, todos os carimbos conduzem à um guichê. Ou deveriam conduzir. Mas, como certas empresas têm terror a fazer pagamentos, muitas vezes um documento adormece em uma gaveta, deixando de receber as carimbadas parciais que o encaminharão ao derradeiro carimbo e, daí, ao caixa. E, sem essas carimbadas, neca. Por isso, há quem pense que o pior inimigo do assalariado ou do prestador de serviços é o carimbo. Mas é uma injustiça: o carimbo não passa de um bode expiatório, um alvo fácil e inocente em quem jogar a culpa. Por trás do carimbo, há sempre (ou, no caso, deixa de haver) uma mão humana.

A não ser que tenha sido obrigado a isso pela burocracia superior, ninguém jamais mandou fabricar um carimbo com boas intenções. Fabrica-o para retardar uma ação, uma decisão, um pagamento. Daí ser assustadora a idéia de que, de trinta em trinta dias, esse absurdo de carimbos é despejado em território nacional.

São praticamente 100 mil carimbos por dia! E carimbos novos, que não invalidam a população de carimbos preexistentes. Se cada burocrata carimbar uma vez por dia durante as oito horas do expediente normal – e se usar apenas o seu carimbo novo – só aí já serão 900 mil carimbadas por dia no país. Mas é claro que qualquer burocrata carimba muito mais que isso. Donde o número final de carimbadas/dia não caberá em nenhuma calculadora.

Durma-se com tanta gente carimbando. Você não vê carimbos? Alguém carimbou pra você!

Há alguns anos, num desses governos anteriores, criou-se um ministério dedicado a exterminar carimbos: o da desburocratização. O titular era Hélio Beltrão. De uma penada, ele dizimou milhões de carimbos, condenando-os à cesta de lixo dos escritórios. A depender de Beltrão, não restaria um carimbo nesse país. Mas, com sempre, não o deixaram terminar o serviço. E, assim que ele virou as costas, os carimbos voltaram triunfantemente e estão aí até hoje, reproduzindo-se como coelhos.

Diz o recorte de jornal que há três mil pequenas empresas no Brasil para fabricar os quase três milhões de carimbos. Como cada carimbo é um produto personalizado, essas empresas não sofrem a concorrência dos importados e, por isso, vão todos muito bem de vida.

Outra coisa: elas fabricam carimbos para qualquer um, menos para o governo. Para isso, teriam de entrar em licitações “complicadas” e, mesmo que ganhassem, o governo demora pra pagar.

Porque o governo demora a pagar? - Carimbos demais na administração pública. Mas é desculpa! Quem presta serviços ao governo sabe da clausula de pagamento até o 5º dia útil, porém eles atrasam sempre o percurso da carimbada - as notas rodam pra lá e pra cá, até serem liberadas. Enquanto o tempo passa, você paga o pato, se não quiser levar a fama de mau pagador!

No mundo tem muita gente carimbando! E nos governos, muita gente coçando!!

P.S. Este texto já foi publicado no "Luz de Luma" no dia 29.o8.2005 e como sempre faço quando republico, mantenho os comentários originais. Saudade!! Muita gente não bloga mais! Veja se você já frequentava o "Luz"!

Lembrei deste texto ontem. Nossa!! Que país burrocrático!!

Todo homem é uma ilha, eu sou Ibiza

nick hornby

Febre de Bola (1997) - O Amor em Jogo (2005) - Um Grande Garoto (2002) - Alta Fidelidade (2000) - O que estes filmes têm em comum?

São todos filmes baseados em livros de Nick Hornby! Uma autor pop, mordaz e apaixonado, que consegue chocar, quando por exemplo, em seu livro "Febre de bola", compara sexo com futebol - tipo assim: Seu time não ganha um campeonato a muitos anos, ou melhor, muitos anos você espera o seu time ganhar o campeonato e, - Você, homem: se tivesse que escolher, entre assistir a vitória do seu time ou ter um orgasmo, o que escolheria? - Ele escreve:

"O orgasmo, embora obviamente prazeroso, é familiar, passível de repetição (duas horas depois, se você come bastante verduras) e previsível, principalmente para os homens - se você está fazendo sexo, já sabe o que está por vir, digamos. Talvez se eu tivesse ficado 18 anos sem fazer amor e renunciado à esperança de fazê-lo nos 18 anos seguintes, e aí de repente, sem mais nem menos, uma oportunidade se apresentasse... talvez nessas circunstâncias fosse possível recriar aproximadamente aquele momento."

Hum... depois os homens dizem, que nós mulheres pensamos menos em sexo do que eles.

Enfim, o livro não trata somente do torcedor fanático, ele é recheado de boas crônicas, que falam de sentimentos, costumes, reflexões sobre família, lembranças da infância e adolescência, valores, amores, amizade, justiça, política...tudo exposto com maturidade. Considero ser um prato cheio para conjecturas e bom para ser lido à dois!

Se em "A Febre..." ele descrevia sua trajetória autobiográfica, da infância à adolescência, até o momento de busca por uma carreira e uma companheira, no seu próximo livro "Alta Fidelidade" usou da complexidade humana para falar de música; do sarcasmo para falar do cotidiano; dos obsessivos para falar de banalidades, do paternalismo amoroso e das apelações neuróticas; do lado patético da vida sem ranzinzismos.

Rob, o protagonista, gostava de fazer listas, do tipo "top 5 músicas", "top 5 pés na bunda", "top 5 ex-melhores namoradas"...e por aí vai!

Eu lembrei de falar um pouquinho de Nick Hornby, depois que li uma entrevista que ele concebeu ao The Observer/guardian, no dia 6 de Setembro último, onde ele falou dos efeitos da liberação do MP3 em blogues - e este artigo, entrou na classificação dos artigos históricos. Vale a pena ler!

A frase título "Todo homem é uma ilha, eu sou Ibiza" é do personagem Will, do livro-filme "Um grande garoto" - Quem não conhece o autor Nick Hornby, pode escolher qualquer um dos livros da sua bibliografia, que terá garantia de boa leitura! Quem já leu e gostou, chega às livrarias brasileiras, no final do mês de Setembro - Juliet, Naked, título já disponível nos EUA e Inglaterra e que dizem ser uma continuidade de "Alta Fidelidade" - leia um trecho do livro.

...em quietude, sem solidão

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