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Me chamem de egoísta

agora tem só pra mim!



"Ai que prazer
- Não cumprir um dever:
Ter um livro para ler,
E não o fazer!"
(Fernando Pessoa)

Ter uma pessoa para amar...

Hoje em nome da preguiça está tudo cancelado.

Não ir, só pelo prazer de não cumprir um dever... um pequeno ato de rebeldia degustado após uma semana estafante.

Ai que prazer...

Aos crentes, tementes à Deus, digo que não estou cometendo pecado algum. Cristo pregou a preguiça no seu sermão na montanha:

"Contemplai o crescimento dos lírios dos campos, eles não trabalham nem fiam e, todavia, digo-vos, Salomão, em toda a sua glória, não se vestiu com maior brilho."

Jeová, o deus barbudo e rebarbativo, deu aos seus adoradores o exemplo supremo da preguiça ideal - depois de seis dias de trabalho, repousou para a eternidade.

E pela leis naturais vou descansar!

Precisamos discutir o prazer

pensar

Desde o momento em que passamos a possuir a capacidade de pensar e sentir, se por um lado nos permitiram que construíssemos uma civilização e atingíssemos o nível que chegamos, por outro lado serviu para tornar as nossas vidas muito mais complicadas.

Na Idade da Pedra, por exemplo, a vida do ser humano era bem diferente. As reações do seu corpo e as expressões dos seus "instintos" ("disposição para fazer determinada coisa e agir de uma dada maneira sem ter recebido treinamento, ensinamento, experiência ou aprendizado prévio, ainda que por pura imitação"), se tornaram fundamentais para a sua sobrevivência e de toda a sua espécie. O homem não civilizado estava às voltas com a necessidade de adaptação à própria natureza e de a ela sobreviver, e menos preocupado em defender-se dos outros homens e em adaptar-se às regras por eles criadas.

Com a dita civilização e vida social, o homem "civilizado" precisou mudar drasticamente. Ele passou a se preocupar muito mais em adaptar-se às regras vigentes e a defender-se dos seus semelhantes e de si mesmo, esquecendo, contudo, do seu verdadeiro "eu", ou seja, das suas necessidades básicas. Isso sem falar de sua natureza. Esta inclusive está longe de ser lembrada e valorizada. Tanto os seus "instintos" quanto às reações do seu corpo (que da sua essência não se modificaram), sofreram uma adaptação a essa nova e avassaladora realidade.

Passou, então, a não dar mais livre vazão às suas reações anteriores. Ou seja, seus instintos teriam que ser sufocados e/ou mascarados e o seu corpo não poderia, nem deveria reagir conforme o que está sendo solicitado. O que antes era benéfico e protetor passou a ser desastroso, destrutivo, inadequado e indesejável.

Não que o homem civilizado seja menos sadio ou mais infeliz que o não civilizado, porém, seus mecanismos mentais são mais complexos, e mais complexo é o seu esforço de adaptação.



Pelo fato de vivermos em sociedade e precisarmos interagir uns com os outros foram estabelecidas uma série de normas, proibições e regulamentos que quase sempre contrariam nossos mais fortes desejos e impulsos, ainda que inconscientes. Isto quer dizer que, quanto mais "civilizado" for o ser humano, menos instintivo será o seu comportamento e maior carga repressiva atuará sobre ele.

Para se adaptar, então a essa nova situação o homem civilizado teve e continua tendo que fazer inúmeras concessões, ajustamentos e na pior e mais comum das hipóteses reprimindo a ferro e a fogo os seus reais sentimentos. O seu prazer. E é aí que mora o perigo.

As próprias regras do convívio social e da educação nos induzem e condicionam a reprimir a expressão física e verbal, do que sentimos. O choro é um exemplo disso. Quem já não se atreveu algum dia a dizer para alguém: - Não chore não! As pessoas não têm a mínima noção do quanto o choro é importante para a saúde, do seu papel excretor das impurezas da alma.

O que se observa é que vivemos no "fio da navalha" tentando nos equilibrar entre sermos o que realmente somos ou representando aquilo que a sociedade escolheu para nós. Temos que ter o melhor carro, a melhor roupa e, na maioria das vezes pagando um preço altíssimo por isso. As doenças psicossomáticas estão aí pra não me deixar mentir. Elas são a prova viva do poder do não atendimento das nossas necessidades.

Cabe a cada um de nós querer ou não pagar o preço; o prazer como procura de alguma coisa perdida, como fuga de uma realidade ou busca pela felicidade?

Este texto faz parte do encontro mensal "Tertúlia Virtual". 
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Algumas coisas não têm preço

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