Festim Diabólico e as engrenagens da arte de representar


manacleNa postagem anterior foi falado tanto em como criar filhos e da responsabilidade famíliar, que vasculhando a memória lembrei dessa história:

Dois filhinhos-de-papai de Chicago, nascidos milionários – Nathan Leopold, 18 anos, e Richard Loeb, de 17 – confessaram ter matado de pancadas um colega de 14 anos de idade, Robert Franks, por esnobismo intelectual e diversão.
Presos porque Leopold deixou cair seus óculos, um modelo raro, próximo ao corpo nu de Franks, escondido numa mata nos arredores de Chicago, os rapazes chocaram o mundo ao admitir friamente a sua culpa.
Os dois eram sexualmente ambíguos e emblemáticos de uma juventude rica dos anos 20: Universitários, endinheirados, simpáticos, viajados e às vezes brilhantes, mas sempre frívolos, esnobes e dominados pelo tédio.
Segundo contaram à polícia, Leopold e Loeb planejaram o “crime perfeito” por influência do filósofo Nietzche – como o conceito de super-homem – e para provar a sua superioridade intelectual sobre os investigadores.
A vítima, conhecida deles, foi escolhida ao acaso, à saída da escola.
Após o crime, tentaram receber US$ 2 mil de resgate do pai de Bobby Franks, mas a polícia descobriu o cadáver antes que o dinheiro pudesse ser entregue.
Leopold e Loeb não tinham qualquer problema financeiro. A cobrança do resgate era apenas uma forma de cortejar mais de perto o perigo, aumentando a “emoção” do crime. Ao confessar, a dupla não fez questão de atenuantes. Tratava-se apenas de “matar alguém”.
Pais e irmãos do assassinos chegaram a frequentar a lista de possíveis vítimas, mas foram descartados porque isso poderia expo-los como suspeitos.
Diante de tais confissões e da atitude permanentemente debochada dos réus durante o julgamento, o enforcamento de ambos era considerado uma certeza cristalina.
Eis que entrou em cena o personagem mais notável do caso: o Advogado Clarence Darrow, considerado o melhor de seu tempo nos EUA, defensor dos assassinos e da causa impossível. Perante um júri embevecido, Darrow expôs uma jóia de retórica forense à qual não faltou a ousadia de chamar os frios criminosos de “poor boys” ( “pobres rapazes” ).
Darrow poderia alegar insanidade mental. Não o fez. Reconheceu a incapacidade de seus clientes para o convívio em sociedade, mas condenou a pena de morte em tese, insinuou que o público queria a morte dos dois “porque eles são ricos” e fez um ataque brilhante ao sistema educacional americano. Depois sublimou o papel representado pelo juiz, o de guardião do bem estar da comunidade, para perguntar se o enforcamento dos réus configuraria tal benefício. Deu certo: Leopold e Loeb foram condenados a pena de prisão perpétua por 99 anos.

E tudo acabou na tela

Baseado numa peça de teatro “Rope’s end”, de Patrick Hamilton e escrita pouco tempo após o crime de Leopold e Loeb, o filme “Festim Diabólico” (Rope), de 1948, comete o seu próprio, digamos – crime cinematográfico. Alfred Hichcock, diretor e produtor, realizou um filme famoso por “não ter cortes” e ser rodado “num único plano-seqüência”.
Não é bem assim. Como cada rolo só comportava na época dez minutos de imagens, o que o mestre do suspense fez foi disfarçar habilmente os pontos de emenda. O Tour de Force contribui para o interesse histórico do filme, mas faz dele um dos mais lentos e teatrais do cinemático Hitchcock.
Da história real “Festim diabólico” aproveita apenas o perfil psicológico dos criminosos – homossexuais, bem-nascidos e intelectualmente esnobes – e sua motivação fútil para o crime, aí incluída a fascinação com o pensamento nietzschiano. O resto é invenção.
James Stewart faz o papel de um professor que desmascara a dupla. O filme traz ainda uma das aparições mais criativas do diretor em cena: o perfil de Hitchcock que surge, em néon, na fachada de um prédio em frente ao apartamento dos assassinos.

Bem, o final não é o mesmo da história real. Aliás, vocês devem saber que em se tratando de Hitchcock, nunca é o final que interessa, mas o percurso até lá.

Sei que o "Luz" é frequentado por 3 ou 4 estudantes de cinema. Aqui é explicado toda a estrutura complexa do filme como também todos os seus desafios técnicos.

Aos demais que ficaram interessados no filme, ele está disponível em dvd. E, se você ficou pensando na história que deu origem, não só no filme e peça teatral, mas em toda uma polêmica nos EUA; pense sobre os verdadeiros valores que devemos passar para nossos filhos e a importância do convívio familiar. Leia mais...

Beijus,

Este homem é apaixonado por essa mulher!! Alguém duvida?

melanie e bandeiras... Antonio Banderas, conhece as batalhas que a sua mulher, Melanie Griffith, já travou contra o álcool e as drogas. Tem medo que ela volte a trilhar este caminho infernal. Quando não está perto para vigiar, resolve usar de ameaças.

Melanie conta: "- Ele disse-me que vai pagar a uma pessoa para me vigiar para que eu não vá a todos clubes que existem por aí. Se eu ousar ir ele disse que se divorcia ou me mata."
Além do medo que ele tem da relação de Melanie com as drogas, dizem que ele é muito ciumento.



O Glamour é pra quem sabe lidar com ele.

Clique nas imagens para amplia-las


Melanie Griffith viciada em drogas, comprimidos e alcóolica.
Que melda!!

Qualquer um está sujeito a ter um caso na família. Como se prevenir? E se existe o problema o que fazer? Como sabemos se uma pessoa está usando drogas?
As razões que levam uma pessoa a usar drogas são: curiosidade, influência de amigos, fácil acesso e obtenção, desejo ou impressão de que todos os problemas podem ser resolvidos ou aliviados.
Soma-se a essas razões a fase altamente crítica da adolescência, com os seus questionamentos e busca de soluções para as suas inseguranças.
As drogas só escondem os problemas por pouco tempo.
No caso de Melanie, ela saiu aos 14 anos de casa para viver com o ator Don Johnson. Em 1994, separou-se definitivamente depois de várias tentativas de rompimento. Johnson foi para o centro de reabilitação Betty Ford para tratamento de alcoolismo e abuso de medicamentos.
Foi uma garota sem estrutura familiar, vivendo com um drogado.
Os pais têm papel fundamental na prevenção ao uso indevido de drogas. O exemplo fala mais forte. É importante que a família mantenha diálogo franco, compreensão e ternura, essa é a base para que os filhos cresçam seguros e felizes.
Tenha cuidado com as suas atitudes, elas podem ser copiadas pelas crianças!!
Abra espaço não só para seus filhos mas também para os seus amigos, trazendo todos para dentro de sua casa.

A família que cedo começa o diálogo com o filho, encontrará na adolescência a aceitação e uma facilidade em "negociar", proporciaonando assim a criação de um canal de confiança em mão dupla.
E principalmente, o mais importante em um trabalho de prevenção:

"Falar um ano antes do que cinco minutos depois"

Boa semana!!
Beijus

Espera, Amor - Espera!

Chego já!

Amnésia coital e Cigarros

Estava lendo a Caila e a Mônica e ambas falavam de uma tal amnésia. A Mônica cheia de dedos e a Caíla achando que "distante é um lugar que não existe", contudo elas sentiam um cheiro de cigarro no ar. Único ponto de minha discordância com a maravilha que escreveram: Não gosto de cheiro de cigarros, que diria no quarto. No máximo um Narghile na varanda. Bem, mas esse não é o ponto.

Por coincidência li uma Crônica do Ruy Castro (taradinho desde a infância, como se define) sobre a amnésia coital. Achei graça das coincidências e pensei: Isso está chamando para uma postagem. A Crônica está no livro: Amestrando Orgasmos.

"AMNÉSIA COITAL

Os ingleses – sempre eles – acabam de fazer mais uma impressionante descoberta: durante o ato sexual, o indivíduo sai completamente de ar. Esquece o próprio nome ou o nome da mulher que está com ele, não sabe direito o que está fazendo e, quando tudo acaba e ele acende um cigarro, não se lembra de quase nada que aconteceu. Talvez se lembre dali a uma hora ou no dia seguinte, mas aí já é tarde. Um cientista britânico deu a isso o horrendo nome de Amnésia Coital e publicou o resultado de sua pesquisa numa revista especializada. Especializada em ciência, digo. Pesquisa esta que ele fez com dezenas de casais da Inglaterra, sem explicar como.


Bem, essa é uma boa pergunta: como foi que ele fez? Imagino que tenha plugado eletrodos na testa dos homens e mulheres que serviram de cobaia. Se não, como ia saber o que estaria passando na cabeça daquelas pessoas durante o fabuloso ato? Mas, se foi assim, a situação ainda é mais grave do que parece. Tente visualizar a cena: você, na cama com uma mulher, só que um emaranhado de fios saindo-lhe entre os cabelos e orelhas, todos ligados a um aparelho fazendo blup-blup, ao pé da cama. A mulher está na mesma situação e ligada a outro aparelho fazendo blup-blup.

Tudo bem, há muitos homens e mulheres que são capazes de fazer sexo nos mais esdrúxulos contextos. Mas tente fazer isto concentrado para não se desplugar de uma geringonça ao pé da cama. Supondo que o homem e a mulher se empolguem e partam para posições mais criativas e menos ortodoxas, os fios se desplugam e lá se vai a pesquisa. Pois deve ter sido assim a pesquisa do inglês. Quantas vezes o chamado coito não terá sido interrompido para que um assistente grudasse novamente as ventosas na testa dos participantes? Sim, porque, sem dúvida, o casal estaria sendo observado pelo cientista e, no mínimo, um assistente, talvez dois. Talvez uma equipe inteira!

Enfim. Com todo esse desconforto, com trilha sonora de blups-blups e uma platéia no quarto, o sujeito ainda conseguiu se concentrar para ter amnésia coital. É extraordinário. Significa que amnésia coital existe mesmo, até nas situações mais adversas. Os cientistas ingleses precisam revelar quem foram as mulheres da pesquisa, que fazem os sujeitos ignorarem o bafafá científico à sua volta e ainda transar de tal maneira, que esquecem seus próprios nomes e os delas.

O que me intriga é que os cientistas ingleses tenham precisado de uma pesquisa tão complexa para chegar à mais conhecida das conclusões. Todo maior de 14 anos sabe que, durante uma relação sexual, o Q.I. é zerado e acontece não apenas a amnésia coital, mas a surdez coital, a cegueira coital, e toda a espécie de insensibilidade coital. Aliás, a parceira espera que, naqueles minutos de clímax, o cidadão fique definitivamente apatetado. O que não o desabona em absoluto, já que ele não está ali para citar Barthes ou Foucault, mas para fazê-la ver estrelas ou ouvir gongos imaginários.

Por sorte, essa amnésia é temporária. Mas – advertem os cientistas -, há casos em que ela pode se prolongar por algum tempo depois do orgasmo e durar até quinze horas. O que é tempo suficiente para que se dêem todas as bandeiras. Por exemplo: se o sujeito notar que sua mulher anda meio esquecida ultimamente, os cientistas recomendam que ele abra o olho. É muito comum a mulher voltar do dentista e não ter a menor lembrança se ele lhe obturou os caninos, extraiu-lhe os quatro sisos ou lhe fez um tratamento de canal. O conselho vale também para a mulher: desconfie do marido que não se lembra do resultado do jogo que foi ver no Maracanã.

Segundo as estatísticas dos cientistas, metade desses casos de amnésia suspeita acontece com pessoas na faixa dos 44 anos – idade do lobo, nos dois sexos. Isso significa também que, se você tem por volta de 20 e 30 anos e vive se gabando de ter uma memória perfeita e que é capaz de decorar até o catálogo telefônico, é porque não deve estar transando direito. Mas, por que estou dizendo isso? Esqueci.

Ah, sim, os ingleses. Uma psicanalista da equipe que fez a pesquisa interpretou a amnésia coital como uma reação à repressão sexual sofrida pelo indivíduo. “É uma forma encontrada pelo subconsciente para que o cidadão não assuma a responsabilidade pelo que está fazendo”, disse ela. Ou seja, a repressão sexual é tanta, que o homem ou a mulher se sente culpado por estar na cama com uma pessoa. Mas a amnésia o absolve, porque ele não sabe o que está fazendo.

Mais uma vez, ah, os ingleses. São um povo maravilhoso. Inteligentes, educadíssimos e têm um humor que eu particularmente adoro. Mas, exceto pelo café da manhã, comem muito mal. E são também muito malcomidos."

Agora já sabem, se ouvirem a famosa pergunta: "foi bom pra você?" duvidem da honestidade da pergunta. Eu estou contribuindo para a pesquisa; Foi bom pra você?

*Com relação ao que passei esses dias, fui a parte menos afetada. Fiquei triste pelo Max, pelos donos do Shine, pelas crianças envolvidas e decepcionada com a atitude de um ser humano. O Ato pra mim não teve explicação, como bem disse a Magui, pode ter sido inveja. Porque era um cachorro dócil, educado e bonito. Durante a noite era guardião da casa. A polícia acha que a casa está sendo visada para assalto. Se for esse o caso, tudo já está providenciado.
Eu estou "quase" bem. Obrigada pelo carinho e atenção que me deram. Tem coisas que a gente nunca esquece!

Beijus,

Quando eu me chamar saudade

Todo fim de semana Max vai para a ilha brincar com seu amigo e fazem quatro dias que ele está assim:


Não come.
Seu melhor amigo morreu.

Foi envenenado na Sexta-feira

Quando começou a passar mal ele estava lá.
Levamos o bichinho pra clínica e ele ficou esperando.
Passou o fim de semana procurando,
esperando ele chegar e quando cansava,
esperava mais um pouco

Meu coração ficou cortado, quem disse que os animais não possuem alma? Porque o ser humano não é investigado e punido quando mata um animal?

Maldade! Shine foi envenenado.
Quem fez isso não é humano! Não tem alma!

daqui a pouco eu volto!

...em quietude, sem solidão

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Algumas coisas não têm preço

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