Ontem, logo pela manhã, vi a chamada para a
Blogagem Coletiva Mundial promovida pelo site
Free Burma no blogue do
João M. -
Ane Aguirre convocava amigos da blogosfera brasileira a se unirem, pedindo pela liberdade da Birmânia.
"Cada blog participante fará um único post durante todo o dia, para chamar a atenção sobre Mianmar, a antiga Birmânia (Burma em inglês). Sem quaisquer posts que não um banner ‘Free Burma’ (libertemos a Birmânia), tentaremos fazer o equivalente virtual ao minuto – ou dia inteiro – de silêncio"No período da tarde, já sentia a manifestação da blogosfera brasileira por esta causa nobre. Pra quem não sabe, a Birmânia é governada há 45 anos por militares, em regime de ditadura. Desde o dia 25 de Setembro, segundo a oposição birmanesa, encabeçada por monges, a repressão das manifestações provocou cerca de 200 mortos e 6.000 pessoas detidas pelas forças de segurança.
Os 27 embaixadores, representantes dos Estados-membros da União Europeia (UE), decidiram num acordo, avançar com todos os requisitos para que seja tomada uma decisão final no próximo Conselho de Ministros dos Assuntos Gerais e Relações Externas, marcado para 15 de Outubro, no Luxemburgo. Querem também pedir à Comissão Europeia que procure aumentar a ajuda humanitária na Birmânia.
A opressão na Birmânia chegou à níveis intoleráveis, principalmente contra os monges Shi-Kai-rui. Manifestações pacíficas foram reprimidas por militares com espancamentos, assassínios, detenções arbitrárias e desaparecimentos forçados.
O Conselho dos Direitos Humanos, em sessão extraordinária em Genebra, pediu às autoridades birmanesas que se contenham e liberte os encarcerados, bem como todos os prisioneiros políticos, incluindo Aung San Suu Kyi, prêmio Nobel da Paz, em 1991.
Opositores da interferência do Conselho de Segurança, como China e Rússia, acham que os problemas da Birmânia devem ser resolvidos internamente. Ambos os países possuem "rabo preso". A Índia democrática também é renitente em apoiar qualquer manifestação internacional, porque depende do gás e petróleo birmaneses.
Não vou me estender. Poderia falar de empresas francesas (
processadas nos tribunais belgas e franceses pelo uso de trabalho escravo) e americanas que fizeram acordo de milhões de dólares por processo semelhante.
Muitos têm interesses em manter a repressão na Birmânia (me recuso a chamar o país de Myanmar, por ser um nome inventado pela ditadura militar que está no poder). O dinheiro pesa mais que a solidariedade.
Que essa revolta seja diferente da ocorrida em
1988, em que três mil pessoas foram mortas, para quê?
Liberdade!
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UP! DATE! 14:00pm -
YES!!! Foi ultrapassada a marca de 10.000 blogues inscritos que participam da Blogagem coletiva mundial - neste momento consta
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Beijus,
Luma
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