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Lobistas na Casa Civil querem invadir sua casa

Lobistas: Nome que se dá ao grupo organizado de pessoas que objetivam influir nas realidades econômicas e sociais, através de mecanismos não propriamente econômicos, tais como greves, boicotes, manifestações, apelos à opinião pública, intervenções políticas, entre outros, na definição do geógrafo Max Derruau, e cujos resultados dependem da solidariedade e coesão de seus integrantes [wiki]


Paulus Potter “A pradeira”, de 1652.

Mito latino com prazo de validade vencida

Fidel Castro by toyib
Super Hero by Agan Harahap

Fidel Castro Ruiz queria ser revolucionário, mas lhe faltava dinheiro, e esse tipo de problema sempre o fez pensar nos Estados Unidos. Em 1940, escrevera ao presidente Franklin Roosevelt pedindo uma nota de dez dólares, porque nunca vira uma em seus 14 anos de vida.

Fidel meninoFidel era apenas um menino e não se sabe se Roosevelt acreditou, nem quantas notas Fidel conseguiu na viagem pela Costa Leste em 1955. O fato é que logo deixou Nova York para montar uma revolução e ganhá-la, quatro anos depois.

A carta enviada à Roosevelt pode ser uma pista para o esclarecimento de uma dúvida que foi crucial durante anos, e hoje é inteiramente acadêmica: Fidel era comunista desde a universidade - como seu irmão Raul - ou foi jogado nos braços de Moscou pela falta de habilidade diplomática de Washington?

A carta sugere fascínio pelos Estados Unidos ou pelo dinheiro dos Estados Unidos, numa versão mais cínica, mas, de qualquer forma, um desejo de ser notado pelo grande vizinho. Notado e aceito? E a falta de aceitação provocando ressentimento e ódio? Não há fúria no inferno igual ao ódio de um cubano desprezado? Se de perto nem sempre é confiável, a psicanálise à distância é apenas um jogo de salão.

O Jornalista americano Tad Szulc talvez seja o mais respeitado biógrafo de Fidel. Acompanha sua carreira, com diversas entrevistas pessoais, desde 1959. E é um veterano correspondente numa das regiões do mundo que os Estados Unidos menos conhecem de verdade: o seu quintal ao sul do Rio Grande.

Szulc, em "Fidel - um retrato crítico" de 1987, não sabe precisar o momento em que o cubano se tornou comunista. Afirma, no entanto, que o seu biografado era antiamericano desde muito jovem, e acrescenta que, ao tomar o poder, Fidel formou um governo moderado, mas de fachada: nas sombras funcionava um aparato comunista, que tomava as decisões realmente importantes.

Os anticastristas de Miami sempre disseram isso; mas diriam, fosse ou não verdade. Por outro lado, o historiador inglês Hugh Thomas sustenta que, antes de chegar ao poder, Fidel era um radical não comunista e não levado a sério pelos comunistas.

Aceitando a versão de Szulc, restaria pelo menos uma dúvida secundária: que tipo de marxista Fidel era desde criancinha? Fiel a Moscou, como se revelou, ou independente como Tito? Já pensava de saída em exportar a revolução, ou foi levado para este caminho pela intransigência americana - tragicamente acentuada pela imprudente aventura da Baía dos Porcos?

A dúvida pode ser irrelevante hoje, mas não é ociosa. Uma Cuba relativamente independente da URSS não receberia os mísseis que Kruchov para lá mandou em 1962. Sem a crise dos mísseis, Cuba não estaria amargando os bloqueios e a falta de relações comerciais com os EUA, por tanto tempo e a história seria outra.

Fidel jogando beisebol
Fidel Castro NY Times

Na história que aconteceu, Cuba era, na década de 50, uma quase província americana. Washington, mandava em Havana e famílias mafiosas mandavam nos cassinos. A posição estratégica da ilha talvez tornasse inevitável a dependência - e esta certamente fazia inevitável a germinação de forte sentimento antiamericano entre intelectuais e políticos.

A idéia de rebelião era fomentada, de um lado, pela situação econômica - o país, que já produzira um quarto do açúcar de cana do mundo, já não vendia mais do que um décimo - e pela tradição de governos corruptos. Segundo Hugh Thomas, depois da Segunda Guerra Mundial, Cuba tivera dois presidentes democráticos e um ditador - Fulgencio Batista, que assumira o poder em 1952. Os três tinham em comum a corrupção em alto grau.

É neste quadro que surgiu Fidel, jovem advogado de classe média, ex-líder estudantil. Em 1953, com a incompetência dos iniciantes, ele liderou um ataque suicida ao quartel de Moncada, em Santiago de Cuba. Passou dois anos preso e em seguida exilou-se.

Em 1956, Fidel e mais 80 homens, levados pelo pequeno navio "Granma", desembarcaram na costa leste da ilha. Era o começo da luta armada. Dezoito meses depois, os rebeldes eram 300, enfrentando com êxito tropas regulares na Sierra Maestra. Nas cidades, a decadência da oposição legal ao regime lançara muitos jovens na ilegalidade: começaram a se multiplicar atos de sabotagem, os quais provocaram repressão e tortura, as quais aumentarma a simpatia popular pelo jovem líder.

Os Estados Unidos apoiaram o ditador Batista enquanto foi viável e pareceu promissor. Mas cerca de um ano depois da viagem do "Granma", começaram a cortar os laços, até rompê-los efetivamente, com a suspensão do fornecimento de armas a Havana.

Depois, foi questão de tempo. Simultaneamente, Batista e o exército perdiam batalhas e Fidel ganhava adeptos nos diversos grupos revolucionários. A 1º de Janeiro de 1959, Batista deixa o país, supostamente rumo aos US$ 200 milhões que acumulara nos Bancos estrangeiros. E no mesmo dia, Fidel instala um governo liberal - com representantes de toda a oposição - em Havana.

A união durou menos de um ano. Ao longo de 1960 o partido comunista foi ocupando posições estratégicas no Governo, enquanto, em Miami, o ódio a Fidel era compartilhado por ex-partidários e ex-inimigos de Batista, que igualmente se detestavam.

Em Abril de 1961, o recém-empossado presidente John Kennedy autoriza a invasão de Cuba por exilados muito mal treinados pela CIA. O ataque mal passa da Baía dos Porcos, e serve apenas para apressar a definição pública de Fidel. Seis meses depois, ele se declara simpatizante do marxismo e começa a estreitar os laços com a URSS.

Era o fim das ações preliminares: Havana e Washington como que se congelaram nas atitudes recíprocas que perduram, assim como espelham atitudes, antes o que era bandido tornou-se mocinho, para com dedo em riste julgar alheios contrariando seus próprios delitos.

Eu tinha a maior vontade de entender-me com os Estados Unidos. Fui até lá, falei, expliquei nossos objetivos (...) Mas os bombardeios, por aviões americanos, das nossas fazendas açucareiras, das nossas cidades; as ameaças de invasão por tropas mercenárias e a ameaça de sanções econômicas constituem agressões à nossa soberania nacional, ao nosso povo" Fidel Castro, a Louis Wiznitzer.

A pergunta: Fidel Castro, a História o absolverá?

Fazendo coro com o Senador Suplicy - Lula deveria lembrar aos dirigentes cubanos a importância das liberdades democráticas, o que o estrupício não fará, depois das declarações primárias que deu e que só nos fazem envergonhar.

Blogue Congelado contra o vigilantismo na rede [update]


[update] O "Luz de Luma" estará congelado até o dia 14, em protesto contra a aprovação da PL 84/99, o Projeto Lei de cibercrimes do Senador Eduardo Azeredo, que tramita na Câmara.


No dia 14 acontecerá um ato público no Auditório Franco Montoro, na Assembléia Legislativa de São Paulo reforçando nossa vontade contra o dito projeto.


Participe do movimento! Poste o cartaz do movimento e se não puder comparecer à manifestação popular, congele o seu blogue em protesto!! [/update]


Diga um #Mega Não!! ao AI-5 Digital

A proposta é que blogues e sites fiquem sem atualizar suas publicações, mantendo na última página o cartaz da campanha, postado abaixo.

Este "congelamento" simbólico é uma alusão ao que acontecerá com a aprovação do projeto do Azeredo.

Envie o link de sua postagem do cartaz para o blogue Mega Não ou para @mega não no twitter para que possam divulgar os blogueiros ciberativistas. Acompanhe as postagens pelo twitter search com as tags #Mega Não!, #AI5digital e #AI5digitalnao.

Participe do Ato no próximo dia 14 de Maio em São Paulo! Se você não está em São Paulo, em frente à ALESP. Fortaleça essa iniciativa! Promova a campanha em seu blogue/site, divulgue, manifeste sua indignação, lute pela democracia!!

Se não tiver idéias para postar sobre o assunto, copie o post abaixo e cole em seu blogue, citando a fonte, exposta no final do texto.



"A Internet é uma rede de comunicação aberta e livre. Nela, podemos criar conteúdos, formatos e tecnologias sem a necessidade de autorização de nenhum governo ou corporação. A Internet democratizou o acesso a informação e tem assegurado práticas colaborativas extremamente importantes para a diversidade cultural. A Internet é a maior expressão da era da informação.

A Internet reduziu as barreiras de entrada para se comunicar, para se disseminar mensagens. E isto incomoda grandes grupos econômicos e de intermediários da cultura. Por isso, se juntam para retirar da Internet as possibilidades de livre criação e de compartilhamento de bens culturais de de conhecimento.

Um projeto de lei do governo conservador de Sarkozy tentou bloquear as redes P2P na França e tornar suspeitos de prática criminosa todos os seus usuários. O projeto foi derrotado.

No Brasil, um projeto substitutivo sobre crimes na Internet aprovado e defendido pelo Senador Azeredo está para ser votado na Câmara de Deputados. Seu objetivo é criminalizar práticas cotidianas na Internet, tornar suspeitas as redes P2P, impedir a existência de redes abertas, reforçar o DRM que impedirá o livre uso de aparelhos digitais. Entre outros absurdos, o projeto quer transformar os provedores de acesso em uma espécie de polícia privada. O projeto coloca em risco a privacidade dos internautas e,s e aprovado, elevará o já elavado custo de comunicação no Brasil.

Gostaríamos de convidá-lo a participar do ato público que será realizado no dia 14 de maio, às 19h30, em defesa da

LIBERDADE NA INTERNET
CONTRA O VIGILANTISMO NA COMUNICAÇÃO EM REDE
CONTRA O PROJETO DE LEI SUBSTITUTIVO DO SENADOR AZEREDO

O Ato será na Assembléia Legislativa de São Paulo e será transmitido em streaming para todo o país pela web.

PLENÁRIO FRANCO MONTORO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE SÃO PAULO
AV PEDRO ALVARES CABRAL S/N - IBIRAPUERA

O Ato também terá cobertura em tempo real pelo Twitter e pelo Facebook.

Contamos com a sua presença.

Comitê Organizador"

Este blogue ficará sem atualizar as postagens até o dia do referido ato.

Não se esqueça, uma idéia só se torna grande com a aceitação da maioria.

Liberdade para a Birmânia


imagem flickr group

Ontem, logo pela manhã, vi a chamada para a Blogagem Coletiva Mundial promovida pelo site Free Burma no blogue do João M. - Ane Aguirre convocava amigos da blogosfera brasileira a se unirem, pedindo pela liberdade da Birmânia.

"Cada blog participante fará um único post durante todo o dia, para chamar a atenção sobre Mianmar, a antiga Birmânia (Burma em inglês). Sem quaisquer posts que não um banner ‘Free Burma’ (libertemos a Birmânia), tentaremos fazer o equivalente virtual ao minuto – ou dia inteiro – de silêncio"

No período da tarde, já sentia a manifestação da blogosfera brasileira por esta causa nobre. Pra quem não sabe, a Birmânia é governada há 45 anos por militares, em regime de ditadura. Desde o dia 25 de Setembro, segundo a oposição birmanesa, encabeçada por monges, a repressão das manifestações provocou cerca de 200 mortos e 6.000 pessoas detidas pelas forças de segurança.

Os 27 embaixadores, representantes dos Estados-membros da União Europeia (UE), decidiram num acordo, avançar com todos os requisitos para que seja tomada uma decisão final no próximo Conselho de Ministros dos Assuntos Gerais e Relações Externas, marcado para 15 de Outubro, no Luxemburgo. Querem também pedir à Comissão Europeia que procure aumentar a ajuda humanitária na Birmânia.



A opressão na Birmânia chegou à níveis intoleráveis, principalmente contra os monges Shi-Kai-rui. Manifestações pacíficas foram reprimidas por militares com espancamentos, assassínios, detenções arbitrárias e desaparecimentos forçados.

O Conselho dos Direitos Humanos, em sessão extraordinária em Genebra, pediu às autoridades birmanesas que se contenham e liberte os encarcerados, bem como todos os prisioneiros políticos, incluindo Aung San Suu Kyi, prêmio Nobel da Paz, em 1991.

Opositores da interferência do Conselho de Segurança, como China e Rússia, acham que os problemas da Birmânia devem ser resolvidos internamente. Ambos os países possuem "rabo preso". A Índia democrática também é renitente em apoiar qualquer manifestação internacional, porque depende do gás e petróleo birmaneses.

Não vou me estender. Poderia falar de empresas francesas (processadas nos tribunais belgas e franceses pelo uso de trabalho escravo) e americanas que fizeram acordo de milhões de dólares por processo semelhante.

Muitos têm interesses em manter a repressão na Birmânia (me recuso a chamar o país de Myanmar, por ser um nome inventado pela ditadura militar que está no poder). O dinheiro pesa mais que a solidariedade.



Que essa revolta seja diferente da ocorrida em 1988, em que três mil pessoas foram mortas, para quê?

Liberdade!

Minha inscrição de participação na Blogagem Coletiva Mundial é 4873 - faça a sua também. Outras discussões no Digg!, technorati, facebook e slashdot - banners da campanha, pegue aqui.

UP! DATE! 14:00pm - YES!!! Foi ultrapassada a marca de 10.000 blogues inscritos que participam da Blogagem coletiva mundial - neste momento consta 10.028, inscreva-se também e participe desse movimento global à favor da democracia!


Beijus,
Luma

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