Entre abraços, sussurros, afagos e beijinhos, Argentina diz que é hora de endurecer relação com o Brasil, diz "
Clarín":
O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Rafael Bielsa,reuniu embaixadores argentinos neste fim de semana para discutir um assunto específico: um endurecimento nas relações com o Brasil. Néstor Kirchner, está cansado das travas econômicas brasileiras, da falta de apoio do governo à Argentina no FMI e do papel central que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer exercer na região. Para ele o Brasil quer ocupar quantos cargos houver nas organizações internacionais, seja na ONU, seja na FAO (Organização de Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), seja até mesmo no Vaticano (rs*). Mesmo tendo fronteira com a Venezuela e estando perto do Equador, as ambições do Brasil na América Latina são desmesuradas .As divergências do Brasil com a Argentina vão além do futebol, mas foi na copa de 1978 que o Brasil inventou a "Vitória Moral".
De lá para cá muita coisa mudou, a Argentina deixou de ser a detentora de metade da economia da América Latina, ficando hoje com um crescimento pequeno em vista de tempos passados. O Brasil está dando a volta por cima e da Argentina já comprou suas maiores empresas no ramo de Petróleo, bebidas e cimento.
O lugar-comum "o futebol é uma caixinha de surpresas" não foi criado na copa do mundo de 1978, mas bem que poderia ter sido. Realizada na Argentina assolada pela inflação e governada por uma junta militar, o mundial foi vencido pela dona da casa, numa disputa em que houve uma grande dose de fatos, no mínimo, surpreendentes.
O mais esquisito foi a eliminação do Brasil, após os argentinos, nas quartas de final, derrotarem os peruanos pelo improvável placar de 6 a 0.
Desde a queda do treinador Osvaldo Brandão, que disputara as eliminatórias, a seleção brasileira era comandada por Claúdio coutinho, o preparador físico de 1970, um estudioso que introduziu no futebol termos como "overlapping" e "ponto futuro". Com uma campanha medíocre, o time seguiu aos trancos até vencer a Polônia, na segunda fase, por 3 a 1, e ficar a um passo da final.
A Argentina, que fazia parte do mesmo grupo, tinha o mesmo número de pontos ganhos que o Brasil e jogaria mais tarde no mesmo dia. Precisaria vencer os peruanos por uma diferença de quatro gols para tirar os brasileiros do páreo e jogar a final com a classificada Holanda.
Uma missão possível, mas muito difícil, principalmente porque o Peru não vinha fazendo feio. Deu-se que a Argentina meteu os quatro e ainda fez mais dois gols, por via das dúvidas. Há quem diga que isso nada tem a ver com o fato de Quiroga, o goleiro peruano, ter nascido na Argentina.
Seja como for, seus conterrâneos acabaram se sagrando campeões do mundo ao vencer a Holanda por 3 a 1, na prorrogação. O Brasil, por sua vez, teve que se contentar com o terceiro lugar, ao bater a Itália por 2 a 1, encerrando a sua participação na copa, sem ter perdido um único jogo e com os mesmos 11 pontos obtidos pela campeã.
Num mundial sem grandes estrelas, o jeito foi a seleção brasileira se autoproclamar também campeã, só que "moral". Esquisitices à parte, a copa da Argentina ficou na história do esporte brasileiro pela despedida de Rivelino da Seleção e pela intervenção do presidente da CBD, o almirante Heleno Nunes, na escalação do time, barrando Zico e Reinaldo para escalar Jorge Mendonça e Roberto Dinamite.
Mario Kempes, da Argentina, foi o artilheiro da Copa, e marcou dois gols na final contra a Holanda. A pouco tempo "parece" que houve uma retratação, no sentido de que teve uma marmelada...
No Post do dia 25 de Abril, fiz a pergunta: Será que o Brasil obteria apoio dos países vizinhos para assumir uma representação regional? O meu chute seria para 3 países que se oporiam a lideraça brasileira: Argentina, México e Venezuela...
Dá para imaginar qual será o próximo?
Beijus,