Keep Calm e pare de mimimi

Eu amei todos os cartazes que Paulo Márcio Ésper e Gustavo Saraiva fizeram para destacar os fatos marcantes da Rio+20, inspirados no "Keep Calm". Em especial, este ao lado.

Para quem não sabe, o slogan "Keep calm and carry on” foi produzido pelo Ministério da Informação da Grã-Bretanha com intenção de acalmar a população no caso de fracasso na 2ª Guerra Mundial. Além da antiga mensagem, ele tem sido usado em vários canais para repassar mensagens fofinhas e em brincadeiras, com foi usado para destacar os melhores momentos da conferência da ONU.

Nas duas semanas de conferência, alguns fatos foram marcantes, como a mobilização dos índios, Mahmoud Ahmadinejad isolado, a campanha pró-Toninhas, o discurso da nossa presidenta, as filas provocadas pelas mega exposições, as discussões sobre a erradicação da pobreza e os protestos dos "sem-roupas", entre outros.

Debates, discussões, reclamações e muito blá-blá-blá influenciados principalmente pelo secretário-geral da ONU quando criticou o documento inicial. A situação mais engraçada, foi ver a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, discutindo com manifestantes durante um debate e a pessoa que transmitia a "conversação" por sinais, que tentava apressadamente repassar todo o imbróglio para o público.



“Quero ver toninha” - Toninha, uma espécie de golfinho não muito conhecido que corre risco de sobrevivência por causa da pesca com redes, além da poluição, ganhou uma campanha.

Muito engraçada foi a foto estampada na primeira página do jornal "O Globo" onde um índio corria atrás de seguranças do BNDES com arco e flecha (Veja imagem). Ridículo ver o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, levar bronca do vereador da cidade de Caarapó, no Mato Grosso do Sul, Otoniel Ricardo Guarani, pela falta de atenção do governo na demarcação das terras indígenas.



Mahmoud Ahmadinejad, ficou isolado. A presidente Dilma se negou a encontrá-lo para uma audiência oficial e o prefeito do Rio, arrumou uma desculpa para não inaugurar uma réplica das colunas de Persépolis, doada pelo iraniano.

Os três dias decretados como feriado, não impediu que a cidade apresentasse um trânsito caótico, principalmente por causa dos protestos nas avenidas do centro da cidade e na Zona Oeste, onde os chefes de Estados e líderes mundiais se encontraram.



Na Marcha das Mulheres, as feministas deixaram os seios a mostra e na Marcha Global da Cúpula dos Povos, os integrantes do "Movimento Ocupa Rio" ficaram pelados. A brincadeira entre os gringos era saber apontar e falar rapidamente: Peludos, peladas, peludas, pelados...

A programação cultural paralela à Rio+20 tinham filas enormes, uma delas, começava no Forte de Copacabana e ia até o Arpoador, numa espera para entrar no evento de no mínimo três horas.



O documento da Rio+20 fincou compromisso com a erradicação da miséria para que todos tenham acesso à comida, este a meu ver, o grande avanço dessa conferência.

O cartaz "Ocupa tudo" foi uma homenagem a "Marcha Global da Cúpula dos Povos", onde 20 mil pessoas se reuniram na Avenida Rio Branco. Outra grande manifestação perto do Riocentro, reunindo moradores da Vila Autódromo e diversos movimentos sociais para protestar contra a remoção da favela em função da Olimpíada de 2016. Em menor número de manifestantes, também aconteceram manifestações em defesa dos direitos das mulheres, contra as grandes corporações e legalização da maconha.

No estande do Governo do Estado na Rio+20 foi instalada uma cabine que tirava fotos em chroma key, onde automaticamente era aplicado no fundo, um cenário da cidade do Rio de Janeiro, conforme a escolha do fotografado. As cores verdes eram anuladas, mantendo apenas o contorno dessa cor, resultando em fotografias bizarras.

Veja as melhores fotos com erros do cromaqui do Rio+20

Você tem alguma crítica ou elogio dessa Conferência?

Em tempo: Keep Calm, Sérgio!