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Eu exijo "Ordem e Progresso"



Ontem estava caminhando entre os blogues e li um comentário que se referia à Blogagem Coletiva como uma Bobagem Coletiva. Não quero entrar nos previlégios que esse brasileiro possa ter para se sentir tão diferente da maioria da blogosfera, visto que é blogueiro. Tão superior que não respeita uma manifestação democrática, talvez o verdadeiro "Palhaço que espalha alegria" que o nosso presidente descreveu ao criticar adolescentes que o vaiou em ato público, portando nossos conhecidos "nariz de palhaço". As vaias ocorreram ontem no Norte do Estado do Rio de Janeiro. O nosso presidente tomando as dores do atual governador do Estado, pediu para que esse não levasse em consideração, pois aqueles eram "jovens, desprovidos de consciência política", não sabiam o que faziam. "Perdoai eles não sabem o que fazem" disse o todo poderoso!

O Fato ocorreu em uma cerimônia de inauguração de um centro de ensino técnico federal em Campos, os "jovens" eram professores pleiteando efetivação de concurso público e não como Sérgio Cabral qualificou "meninos pequeno-burgueses que reclamam de barriga cheia".

Que país bagunçado! Que baderna! Presidente da República e Governador de Estado em bate-boca! Será que colocaram os "adolescentes" de castigo?

"Ordem e Progresso" - lema Positivista que os discípulos brasileiros de Augusto Comte inseriram na bandeira da "República do Brasil" em 1889, começava uma nova fase sociológica no desenvolvimento histórico da sociedade brasileira com formas antipatriarcais de industrialização e de urbanização da vida brasileira.

Monarquia substiuída pela República: Os barões e monarcas se tornaram diplomatas e estadistas. Os novos "coronéis" do interior substituiram os antigos barões, como chefes políticos. Dança das cadeiras, cabides de empregos? Isso vem de longe!

Neste ensaio de "Ordem e Progresso", no ethos brasileiro, foram agregadas algumas características de brasilidade: capacidade de acomodação, de pactos e acordos firmados, do desejo de ligação com o poder e sentir-se um ser exótico e telúrico.



O Barão do Rio Branco, antes de se tornar Ministério das Relações Exteriores, ficou à frente do Ministério de propaganda e se encarregou de formar a imagem do Brasil no mundo. Numa dessas propagandas, Mr. J. C. Oakenfull, direto da Inglaterra deu o significado ao nosso "Ordem e Progresso" - em título de matéria - "Ordem e Progresso, the Brazilian motto typifies the policy of the nation to-day" - era dada a largada para o ideal do Mote:

"Her conquests have been won by arbitration, in place of war. She has settled almost all her frontier questions and is able to turn her attention to internal development and this is proceeding at a pace almost inconceivable. The iron horse us stalking over the land".

Também naquela época membros do governo se utilizavam de meios de propagandear idéias, nem sempre verdadeiras. Apesar de toda essa propaganda, até o fim da Primeira Grande Guerra Mundial não houveram benefícios para os operários das fábricas e nem para o trabalhadores de plantações de cana de açúcar que substituíram os escravos. E o que aconteceu com os escravos? Foram para o lixo social, desprezados pelos políticos e desassistidos pela Igreja Católica e Clero. Fato este considerado o mais negativo de nossa história.

Questão social? Só foi existir quando aqui repercutiram as agitações anarquistas, socialistas e proletárias da Europa dos primeiros dias de após Guerra. A nossa "Ordem e Progresso" sempre esteve subjulgada aos anseios vaidosos do poder.

Desde aquela época da adoção do mote "Ordem e e Progresso" até os dias atuais o Brasil ainda tem problemas para conciliar a ordem com o progresso, quer íntima ou quer pública.

Quando o escândalo do mensalão veio à tona, escutamos muitos falarem que aquela era a hora de redesenhar o país. Não aconteceu nada até agora.

O Brasil precisa urgente de uma reforma. Não vou falar das instituições políticas - instituições "imexíveis" - mas precisamos modernizar o Judiciário. O sistema precisa de reformulações imediatas!

Estamos enjoados das injustiças. A mídia nos incendeia com escândalos e crimes que logo caem no esquecimento. A população idealiza: apuração nos processos, sem danos à apuração da verdade.

No Brasil, acreditar na justiça significa aguardar anos por uma sentença. Os motivos para tanta morosidade e ineficiência são muitos. Faltam recursos e pessoal qualificado - a polícia, também despreparada, também não está equipada e a estrutura judiciária é pouco ágil.

Já falei aqui no "Luz" do exemplo do que ocorre na França, em que há uma descentralização através do Juizado de Instrução; enquanto um juiz assume o comando da investigação policial, o outro julga o caso. Essas medidas aproximariam o Brasil da justiça administrada no primeiro mundo.

Resta saber se o país, em sua totalidade, será capaz de reunir vontade política necessária para analisá-las e colocá-las em prática. Como cidadão, não podemos simplesmente cruzar os braços e ver o tempo passar. Precisamos exercer o termo "cidadania".

Não sabem por onde começar? Indico que leiam um texto excelente do blogueiro Márcio Pimenta.



Este texto faz parte da Blogagem Coletiva promovida pela Veridiana Serpa. Veja abaixo a lista de participantes. (Se o seu nome não constar na lista, avise!)

1. Tina - Blue Moon
2. Fernando - Cronicanet
3. Ricardo Rayol - Jus Indignatus por Ricardo Rayol
4. Cilene Bofim - Distant Daily
5. Leo Tody - Videoadoração
6. Silvano Vilela - Plug Br
6.5 Silvano Vilela - Plub Br
7. Luci Lacey - Hippos
8. Andre Neves - Melhoramento constante
9. Mélica - Blog da Mélica
10. Robson Sciola - Recanto do Velhinho Rabugento
11. Jacque - Tricotando
12. The God speed (PV) - Buona Ventura
13. Marília Alvarenga - Alvarenga sempre
14. Saramar - Escrevinhações
15. Jack Jaws of Heaven Aré - Couro de Jacaré
16. Jefferson - Caçador de Mentes
17. Regina - Bella Mistura
18. Maria Augusta - Le Jardin Éphémère
19. Nilza - Do Avesso
20. Pétala - Por entre Pétalas
21. Lino Resende Blog Lino Resende
22. Alexandre Costa - Fábrica de Histórias
23. Cláudia Pit - Blog Cláudia Pit
24. Bárbara - Veines Noires
25. Kall - Meu tempo
26. Oscar Luiz - by Osc@r Luiz
27. Silvana - Pata Irada
28. Cris Soares - Clave de Sol
29. Fabian Rodrigo - Viajei no livro
30. Samantha Shiraishi - Atualidades sob os olhos de mãe, jornalista e cidadã
30.5 Samantha Shiraishi - A vida como a vida quer
31. Rodrigo S. Toledo e Adriana Saba - RodrigoSToledo
32. Ronald - Blog do Ronald
33. Simone Zelner - Blog da Simone
34. Aline Dexheimer - Blog Dex
35. Fábio Mayer - Blog do Fábio Mayer
36. Tati Sabino - Déjù Vu
37. Rodrigo Amaral - Parole, Parole
38. Meiroca - Pensiere e Parole
39. Eduardo - Varal de Idéias
40. Nana Hayne - Banana con Peperoncino
41. Tel - Tel do Brasil
42. Veridiana Serpa - Firma Produções
42.5 Veridiana Serpa - Geek Chic
43. Ale - Photos e Fatos
44. Marcelo Telésforo - Tô Zuanu
45. Brazilians Abroad - Brasileiros no Estrangeiro
46. João Bosco - Blog do João Bosco
47. C Antônio - Blogando Francamente
48. Sizenando - Sizenando, cartuns, cartuns & cartuns
49. Nick Ellis - Getting Better
50. Rosa - Rosa 147
51. Flávio - Opiniaum
52. Rafael - Aletômetro
53. Serjão - Serjão comenta do céu
54. Rafael Reinehr - Casa Rafael Reinehr
55. Sanduba - Coisas do Sanduba, Sociedade e Conhecimento
56. Rafael Dourado - Netlus
57. Mônica Montone Fina Flôr
58. Mário Leal - Apoio Fraterno
59. André Wernner - Blog do André Wernner
60. Turmalina - Cartas de Tarot
61. Ulisses Losz - Asas da imaginação
62. Francy e Carlos - Cenas do Cotidiano
63. Lúcia Freitas - LadyBug Brasil
64. Patricia Ramos - Miss Simpatia
65. Jeanne Geyer - Consciência e Vida
66. Anderson Costa - andersoncosta.org
67. Gleise - Ricota com água
68. Luciana Monte - Dia de Folga
69. Luma Kimura - LumaKimura
70. Ernani Mota - Blog do Ernâni Motta
71. Patricia Haddad - S.O.B.R.E.T.U.D.O
72. Deby - Por um segundo
73. Dennes Oliveira - Cidadão Carioca
74. Simone - Cartas sem selo
75. Talarico Ross - Um Canarinho na Terra do Urso de Ouro
76. Jamine Bruno - Jamine Bruno - Passeando pela Europa
77. Máris - Beth - Blog das amigas
Participe também!
Boa blogagem!
Beijus,
Luma

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Refresh!

Refrescar a memória não é viver do passado, mas tentar enxergar com lucidez erros cometidos. Em tempos de violência, a imaginação e desobediência tenta nos invadir. No entanto, nas tentativas de consertar erros passados, o nosso futuro nos apresentará menos obstáculos?

Na Wikipédia, está escrito assim:


Falando em Wikipédia...Li no Blogue do Paulo Villela um apelo para que a Wikipédia não acabe, assim diz o texto:

Ajude a manter a Wikipédia no ar - mesmo sem colocar a mão no bolso!
O BR-Linux.org lançou uma campanha para ajudar a Wikimedia Foundation a manter a Wikipédia no ar. Se você puder doar diretamente, é sempre a melhor opção. Mas se não puder, veja as regras da promoção do BR-Linux e ajude a divulgar - quanto mais divulgação, maior será a doação do BR-Linux, e você ainda concorre a um pen drive!

Se não quiser participar da promoção e quiser doar diretamente, esse é o link. No mais, como bem diz o texto do Br-linux: "levando em conta o objetivo da promoção, que é fazer uma divulgação *positiva* do levantamento de fundos para a Wikipédia". VALEU!! Agora é com vocês. Vamos salvar aquilo que está dando certo!

Voltando ao objetivo inicial dessa postagem...

A ONG Transparência Brasil divulgou esta semana, uma pesquisa sobre a tentativa de compra de votos nas últimas eleições. Mais de oito milhões de pessoas admitiram terem sido procuradas para vender o voto. Mas não sabemos ao certo quantas venderam. As consequências dessa estupidez se reflete na obrigação que temos de aturar políticos mal intencionados. A corja responsável diretamente pelos crimes ocorridos nos últimos tempos. O último, mostra claramente a indignação popular. Na hora do crime ocorrido, a culpa é do criminoso, mas e antes? O que levam pós-adolescentes a atentarem contra a vida, contra o sentimento de humanidade?
Não vi mais na tv falarem de responsabilidade no desabamento do metrô em São Paulo. Onde estão os culpados? E onde está a dignidade das famílias que perderam tudo? O que dizer das famílias do edifício Palace II naquele tenebroso Carnaval de 1998? 9 anos se passaram, os culpados estão na cadeia? Como vivem os antigos moradores?
Existem fatos mostrados em noticiários, mas e aqueles que acontecem todos os dias e que a população anestesiada faz vista grossa? Porque somos um pais pobre e por causa disso temos que exergar o sofrimento com naturalidade?
Aqui perto da minha casa tem uma escola municipal e vejo mães obrigadas a dormirem na porta da escola para matricularem os seus filhos; Vejo também hospitais e pronto socorros públicos não funcionando como deveriam ser; Nas Delegacias de Polícias o que imperam são os crimes passionais, que envolvem discussões domésticas e que terminam invariavelmente em tragédias. No mais o que acontece nesta cidade são pequenos furtos. Mas vejam bem, todos os crimes cometidos pela população persiste uma carência de autoridade. Falta fornecer ao povo o mínimo: educação, saúde e segurança. Aquilo de básico que o ser humano precisa. A família anda prejudicada neste BRASIL. Nós não temos uma classe política à altura de nossas necessidades.
O brasileiro está longe de ser aquele povo de outrora, feliz, cheio de esperança e alegre. E a quem vamos culpar? A cretinice da elite política que colocamos no poder?

O crime organizado também impera dentro das grandes empresas. Na obra do metrô em São Paulo, a tragédia já estava anunciada. Os consorciados estavam em seus escritórios refrigerados, enquanto o trabalhador braçal recebia pacífico ordens de continuar colocando a sua vida e a de outros em riscos. A indignação chega quando leio a manchete: Punição pelo acidente no Metrô-SP é remota, diz jurista

“Postergar a justiça é negar a democracia”
Robert Fitzgerald Kennedy (1925-1968) procurador geral da justiça (1961-1963) e senador dos EUA (1965-1968), morreu assassinado.

Impunidade, até quando? No Brasil, dinheiro fácil e privilégios impensáveis estão sempre ligados, de alguma forma, a tragédias.


Enjoado de tanta injustiça, o país não suporta mais a seqüência de escândalos que incendeia a mídia e que logo em seguida, cai no esquecimento. Na madrugada de Domingo, 22 de fevereiro, quando um tremor seguido de desmoronamento fez ruir o edifício Palace II, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, desabrigando 120 famílias e matando oito pessoas, mais uma história absurda se somou à lista das tragédias brasileiras que mostram que o país está muito longe, ainda, de contar com os meios para prevenir uma calamidade ou punir com a presteza necessária os culpados pelos erros que resultaram nesse e agora em mais um novo crime; o tal buraco do metrô em São Paulo.

TJ absolve Sérgio Naya e engenheiro por desabamento do Palace 2- A decisão foi adotada por cinco votos a zero. Um dos laudos apresentou como causa do desabamento um erro de cálculo que foi atribuído ao projetista.

Nove anos após o desastre, Sérgio Naya continua livre e fazem dois anos que deixou de pagar hospedagem em hotéis para os que ficaram sem moradia. Por onde ele anda? A última vez que o vi foi na tv e sendo entrevistado. Quem não se lembra quando lhe ofereceram uma bebida em copo de plástico e ele recusou, alegando que seria "coisa de pobre".

Os crimes no Brasil, são chamados fatalidades.

Essas vitimas, na busca por justiça e indenizações, vêm se juntar a outras que há anos participam da mesma batalha. Como sobreviventes do Bateau Mouche, barco que naufragou no reveillon de 1989, no Rio, matando 53 adultos e duas crianças; os familiares dos 99 mortos no acidente aéreo do Fokker da TAM, em outubro de 1996, em São Paulo; o mais novo acidente envolvendo a queda do Boeing da Gol, vôo 1907 e que culturalmente, as investigações teimam em não admitir a imperícia; ou os compradores dos imóveis em construção da Encol, que, ao quebrar, enterrou o sonho da casa própria de milhares de familiares.

Esse retrato desesperador de impunidade, onde engrossa uma galeria de vilões causadores de tragédias que atingem centenas de milhares de pessoas. No caso de Sérgio Naya, ele está envolvido em 888 processos na justiça e até o momento, a única sansão que sofreu, foi ficar oito anos sem disputar eleições.

Ainda existem outros casos que devem ser lembrados:
- Massacre do Carandiru, onde 121 policiais militares responsáveis pela matança de presos ocorrida em São Paulo, ainda permanecem nas ruas;
- Eldorado de Carajás, em Abril de 1996, onde 19 sem-terra foram assassinados por 155 PMs do Pará, que estão em liberdade. As viúvas nada recebem a título de indenização;
- Anões do Orçamento, onde 80 deputados e senadores foram investigados na CPI do orçamento. Dois dos lideres da chamada máfia do orçamento renunciaram a seus cargos, apenas um terceiro foi cassado e ninguém foi preso.

Bem, não vou listar todos os casos, que se tornariam maçantes, mas existem os mais novos casos, que todos estão cansados de verem expostos na mídia. A mídia cumpre a sua parcela e os cidadãos, estão assumindo as suas responsabilidades diante dos fatos apresentados? O brasileiro continua fugindo das famijeradas burocracias, sempre procurando pelas facilidades. Os políticos no já tradicional "wishful thinking"; A facilidade do toma lá dá cá. Inaugurou-se uma nova fase em que tudo termina em CPI. Um novo sabor de pizza.

Enquanto isso, todo dia 11 de cada mês, um grupo de mulheres se reúne em frente ao Osasco Plaza Shopping, na cidade de Osasco, onde uma explosão matou 42 pessoas e feriu 400, no dia 11 de Junho de 1996 fruto da ganância.

No Brasil, acreditar na justiça significa aguardar anos por uma sentença. Os motivos para tanta morosidade e ineficiência são muitos. Faltam recursos e pessoal qualificado, a polícia, despreparada, também não está equipada e a estrutura judiciária é pouco ágil. O número de juízes é ineficiente. No Brasil, há um juiz para cada 27 mil habitantes; nos EUA, eles são um para cada 7 mil. Os réus contam com um numeroso arsenal de recursos, o que faz com que um processo leve, em média, cinco anos para chegar ao Supremo Tribunal Federal, que é a instância mais alta do nosso poder judiciário.

Os onze ministros do STF convivem com um acúmulo histórico de trabalho: recebem por dia 3 mil processos. Para limpar as suas mesas, eles precisam julgar 17causas por dia, tarefa humanamente impossível. Fica fácil assim, entender por que um processo como o do edifício Palace II, no Rio de Janeiro pode levar mais de 10 anos para transitar em julgado.

O que o brasileiro espera é poder um dia acordar e saber que a justiça está sendo cumprida. Que o pesadelo da impunidade acabou e que alguns dados possam mudar:

- 98 % das pessoas condenadas pela justiça estão entre as que não puderam pagar um advogado;
- Que a justiça brasileira mande algum responsável por mortes humanas em grandes tragédias para a cadeia;
- Que as 103 delegacias de polícia da cidade de São Paulo esclareça acima dos 3% de crimes registrados por ano;
- Que pare de crescer os números de processos arquivados;
- Que as vagas de juizes sejam finalmente ocupadas por candidatos preparados em juízos de primeiro grau, em tribunais estaduais, regionais e superiores;
- E se for pedir demais, que os 11 ministros do STF consigam chegar a julgar 40 mil processos por ano.

Porque já existe um consenso entre a população, advogados e juristas que o sistema judiciário precisa passar por reformulações imediatas.
Algumas tentativas já foram feitas, como é o caso dos juizados de pequenas causas, Delegacias da Mulher, serviços de atendimento às crianças e adolescentes e o código de defesa do consumidor. São processos incontestáveis, embora ainda falte muito para se chegar ao que a população considera ideal: agilidade nos processos, sem danos à apuração da verdade.

Do meu ponto de vista, o caminho ideal seria a descentralização. Deve-se colocar um juiz na periferia, para que fique por dentro dos problemas da população. Também é preciso restringir o número de recursos e aproximar a segunda instância da primeira.

Na França, por exemplo, existe o juizado de instrução, onde um juiz assume o comando da investigação policial enquanto outro julga o caso. Tais medidas, sem dúvida, aproximariam o Brasil da justiça administrada no resto do mundo. Resta saber, se o país, como um todo, será capaz de reunir a vontade política necessária para analisá-las e colocá-las, enfim, em prática.

Sugestão de leitura: A tragédia da Gol e seus reflexos jurídicos e sociais

Boa semana! Boas reflexões!
Beijus

UP! DATE!
Divulgue isso entre teus amigos Luma:
Amanhã terça feira dia 13 de fevereiro, proponho uma blogagem coletiva, um luto geral pela morte do menino João Helio. Dediquei a ele uma flor, uma frase, um carinho.
Conto com você, Beijos
Meire
Homepage 02.12.07 - 1:30 pm #

Vamos nos mobilizar!

Violência - O terror vem de fora, enquanto que o horror vem de dentro

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Em dias nublados você reza pra que o seu chefe vá pro raio que o parta!
Chega em casa, briga com o cachorro, com a mulher e os vizinhos.
Para alguns partir da agressão verbal para a física, é um pulo!
Essa violência está ligada à frustração e baixa auto-estima
A mente de um bandido é diferente?
Sim e não.
Até onde vai a sua capacidade de pensar?
Um bandido não se horroriza com o ato de aterrorizar

Os argumentos irracionais e ilógicos, são capaz de justificar quase tudo na mente de um apaniguado. Não vamos delirar com os bandidos. Para aqueles que não entendem o porquê do Estado zelar mais pelos criminosos do que por suas vítimas, excelente artigo aqui.

Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência
Que ás vezes fico pensando
Que a burrice é uma ciência.

Fui polícia, fui soldado,
Estive fora da Nação,
vendo jogo, guardo gado,
Só me falta ser ladrão!...

Deixam-me sempre confuso
as tuas palavras boas,
por não te ver fazer uso
dessa moral que apregoas.

Não sou esperto nem bruto
nem bem nem mal educado:
sou simplesmente o produto
do meio em que fui criado.

Eu não tenho vistas largas,
nem grande sabedoria,
mas dão-me as horas amargas
lições de filosofia.

Se o hábito faz o monge
e o mundo quer-se iludido,
que dirá quem vê de longe
um gatuno bem vestido?

Sei que pareço um ladrão...
mas há muitos que eu conheço
que, sem parecer o que são,
são aquilo que eu pareço.
O Poeta Cauteleiro - António Aleixo


Impunidade - banalização dos valores socio-morais - o prazer de agir contra as regras estabelecidas - descriminação econômica


Temos que parar de produzir criminosos. Para isso, o governo tem que dar apoio à manutenção da estrutura familiar. Temos que manter os criminosos existentes, o mais tempo possível dentro das prisões. Sem querer comparar, mas já comparando; o país que se considera o mais livre do mundo é o recordista em prisões. A população de presidiários nos EUA, é a maior em qualquer outro país. Sendo que o seu índice é dez vezes maior que a média em outros países industrializados. Esses números são resultado da guerra às drogas nos anos 80. As grandes cidades, tal qual o que acontece agora no Brasil, haviam se tornado campos de batalha ocupados por gangues e traficantes de drogas. Na época, uma pesquisa mostrou que dois terços dos americanos aceitavam abrir mão de parte de sua liberdade se fosse esse o preço da vitória contra o crime. Atualmente, os governos dos Estados e da União repensam uma política que tornou as ruas mais seguras, mas pesa cada vez mais nos orçamentos.
É caro manter um preso dentro da cadeia. A população nos presídios cresce 7% ao ano, os gastos tendem a ficar insuportáveis. Para desacelerar o inchamento dos presídios é necessário mudar as leis.

O Brasil precisa urgente, mexer no Judiciário. Estamos enjoados das injustiças. A mídia nos incendeia com escândalos que logo caem no esquecimento. E essas pessoas envolvidas, porque não estão na cadeia? São criminosos. Do meu ponto de vista, Sergio Naya e Marcola são iguais. Ambos lesam cidadãos. Sergio Naya estava envolvido em 888 processos na justiça e, a única sansão que sofreu foi ficar oito anos sem poder disputar eleições.
Temos outros exemplos de impunidade:
  • Massacre do carandirú: 121 policiais militares responsáveis pela matança de presos, permanecem nas ruas.
  • Eldorado do Carajás: Em Abril de 96, 19 sem terra foram assassinados por 155 PMs dp Pará, que estão em liberdade. As viúvas, nada receberam à título de indenização.
  • Anões do Orçamento: mais de 80 deputados e senadores foram investigados na CPI do Orçamento. Dois dos líderes da chamada máfia do orçamento renunciaram de seus cargos, apenas um terceiro foi cassado e ningém foi preso.
Esses casos são antigos, mas servem para mostrar que, no Brasil a justiça não é igual para todos. É consenso entre a população - Queremos uma justiça mais ágil

O sistema judiciário precisa passar por reformulações imediatas. Algumas tentativas já foram feitas. Foram criados os Juizados de Pequenas Causas, Delegacias da Mulher, serviços de atendimento às crianças e adolescentes e o Código de Defesa do Consumidor. São progressos incontestáveis, embora ainda falte muito para chegar ao que a população considera ideal: apuração nos processos, sem danos à apuração da verdade.
No Brasil, acreditar na justiça significa aguardar anos por uma sentença. Os motivos para tanta morosidade e ineficiência são muitos. Faltam recursos e pessoal qualificado, a polícia, também despreparada, também não está equipada e a estrutura judiciária é pouco ágil.
O Caminho é a descentralização, criando um Juizado de Instrução, como ocorre na França, onde um Juiz assume o comando da investigação policial enquanto outro julga o caso. Essas medidas aproximariam o Brasil da justiça administrada no primeiro mundo. Resta saber se o país, como um todo, será capaz de reunir vontade política necessária para analisá-las e colocá-las em prática. Como cidadão, não podemos simplesmente cruzar os braços e ver o tempo passar.
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Participam dessa postagem coletiva, originada pela Laura: Albinha, Alena, Alessandra, Alexandra, Alexandre, Ana, Ana, Anna Flávia, Andréa N., Beth Salgueiro, Bia Badaud, Burtonesca, Camila, Carla Charmosa, Carla Linhares, Carla Rodrigues , Carlos, Carol, , Cilene, Cíntia, Cláudia, Claudia, Claudio, Cláudio Eugênio , Cris, Cris, Cris Passinato, Dani, Denise, Denise Arcoverde, Diana, Do, Do Ás ao Rei, Elaine Paiva, Elayne, Elena, Elizabeth, Ellen, Ellen Muniz, Erik The Red, Euza Noronha, Fernanda Ruiz, Flávia, Flávia sereia, Flavio, Flavio Prada, Grace Olsson, Guga, Helena Costa, Inagaki, Ingrid , Jannine, Jasmine, Jeanne, Jim Ritz, Josinha, Junio, Junior, Kafé Roceiro, Kátia.suiça, Keila, a loba, Leila, Leila, divulgação, Lia, Liliana Alvez, Lino Resende, Lizhy, Lou Salomé, Luci, Lucia Malla, Lula, Maitê, Mani, Marcia Clarinha, Marco, Marco Aurélio, Marcos Pontes, Marcos Pardim, Maria, Marilena, Marina W., Marshall, Marta Bellini, Mary, Morcego no Ar, Nemo Nox , Neto , Neuma, Nilza, Olívia, Paty_nunes, Patty, Paulo, Paulo Augusto, Pedro Paulo Rangel, Regina, Regina Always, Re_ventania, Ricardo, Santos PassosSayô , Senhora Dai, Sérgio, Soninha , Stephanie, Telma, Tertu, Tina, Turmalina, Valérie, Vanessa, Vânia, Vânia Beatriz, Vera, Wilson, Yvonne, , Zeca ...os links não estão fechados. Avise se o seu não estiver aqui!

Boa blogagem!

"- Se entrega, Corisco!

Eu não entrego não!
Eu não sou passarinho pra viver lá na prisão (...)”
Perseguição, de Sergio Ricardo e Glauber Rocha,
do filme Deus e o Diabo na terra do sol.

No dia em que viajei, passei por uma banca para comprar jornais. Vi a manchete do Jornal "O Dia" e pensei: "Poderia ser a fotinha seqüência da que postei outro dia; a do garoto enfrentando os policiais"... Mas o cenário anterior era em São Paulo e o "Futuro do pequeno Davi ficou na Linha Amarela".

O Povo tá castigado, tá sofrido...
Tá um rolo danado na França, Bélgica e Alemanha.
O Mundo tá alvoroçado.
Até no futebol! O que era pra ser uma alegria, acaba sendo trágico e daí começam os boicotes aos estádios.
Porque há tanta raiva no mundo? Desigualdade social. O homem é um bicho a cata de Poder. E o poder ronda desde as classes mais baixas até entre os Santos. Tô falando isso porque o meu santo é forte!

Há muitos anos, lá no reino dos Céus, Deus desapareceu durante sete dias. Estava um pouco enfastiado daquela mesmice. Muita paz. Deus queria movimento. Arcanjo Miguel saiu a sua procura e não resistiu a perguntar-lhe:
- Onde esteve?
Deus soltou um profundo suspiro de satisfação e apontou orgulhosamente par baixo, entre as nuvens:
- Olha, meu filho, olha o que estou a fazer!
O Arcanjo Miguel olhou intrigado e perguntou:
- O quê?
Deus respondeu:
- Mais um planeta! mas desta vez estou a tentar por lá VIDA! VIDA! Chamei-lhe Terra e haver nele um equilíbrio para tudo. Por exemplo, haver uma América do Norte e uma América do Sul. A do Norte ser rica e a do Sul ser pobre, os pólos serão gelados e o equador escaldante, e assim por diante.
E então o Arcanjo Miguel perguntou-lhe:
- E o que aqueles pequenos pontos vermelhos?
E Deus disse:
- Ahhh! Isso? Estádios de Futebol. Lugares especiais. Os mais belo lugares da Terra. As pessoas serão brindadas com futebol do mais fino quilate oferecido pelos melhores praticantes do "beautiful game". Os jogadores farão os adeptos felizes e os adeptos tratarão os jogadores com reverência e amor.
O Arcanjo Miguel ficou boquiaberto de espanto e admiração mas depois parecendo refeito exclamou:
- Um momento! Então e o EQUILIBRIO? Disse que haveria um equilíbrio para tudo...
E Deus replicou sorridente:
Espera até veres os toscos que eu vou pôr ali ao lado...

É Deus, tenho que pensar antes de ir à um estádio.

Espero que estejam cuidando bem do "Luz de Luma", percebi que andaram fazendo algumas mudanças. Não sei se estou gostando dessa mulher sem vida aí em cima. Depois a gente conversa.
E antes que me esqueça, peguei o fechamento do mês de Outubro da nossa empresa. Vejam os números.

Depois comemoramos!

...em quietude, sem solidão

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Tem sempre alguém que não cita a fonte... fingindo ter aquilo que não é seu.

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