Meu nome é Bond, James Bond
Todos sabem da refilmagem de "Casino Royale", o que a maioria não sabe é que "Casino Royale", foi originalmente filmado em 1967, com vários diretores, inclusive John Huston, e vários James Bond, entre eles David Niven e Woody Allen.
Estou curiosa com mais esse novo filme da longa saga 007, talvez pela polêmica que houve em torno desse 21º filme. O filme estréia somente em Outubro, mas já está online o teaser trailer de "Casino Royale".
O senhor da foto é Daniel Craig, o novo James Bond. E agora que está apresentado, passo a informar que mal começaram as filmagens e ele partiu logo dois dentes. Ficam portanto sabendo que vamos ter um 007 desdentado! ...o que é perfeitamente normal dada a antiguidade do personagem.
E dados a modernidade, os mocinhos também andam tirando suas roupas...
Podem tirar-lhes a roupa mas o verdadeiro James Bond não dispensa um smoking, nem os ternos clássicos cortados em Saville Row. A bordo de seu carro favorito, o Aston Martin DBV, nunca se separa da sua mortal Walter PPK.
Conquistador contumaz, está sempre cercado de belas mulheres e após um dia de trabalho recheado de perseguições, explosões e lutas corporais com inimigos perigosos, toma um Martini para relaxar. O seu nome é bond, James bond.
O agente secreto a serviço de Sua Magestade, que atende pelo codinome 007, virou fenômeno mundial em 1962, com o lançamento do filme "O Satânico Dr. No".
O sucesso mundial da produção de Albert Broccoli também fez a fortuna do jornalista inglês Ian Fleming, criador do personagem. O longa "007, o espião que me amava" (1977) por exemplo, custou em torno de US$20 milhões e rendeu US$150 milhões. Broccoli produziu 13 filmes da série (o último deles "007 contra Octopussy", de 1983), passando o bastão para outros produtores.
Desde que apareceu nas telas, o agente com permissão para matar teve também vários diretores, entre eles John Glen, Terence Young e Guy Hamilton. E foi interpretado por Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton e Pierce Brosnam. Mas foi Connery, o primeiro, que o encarnou de forma inconfundível.
As fantasiosas aventuras de Bond o levam a percorrer os quatro cantos do mundo para derrotar vilões empenhados em destruir o planeta. Contra eles, o agente usa o arsenal bélico desenvolvido pelo cientista Q: Canetas que disparam, carros com assentos ejetáveis, cigarreiras explosivas. A galeria de personagens inclui belas agentes inimigas das quais Ursula Andress, a primeira, é a mais famosa.
Ex-soldado do serviço de espionagem inglês na Primeira Guerra e ex-corretor da bolsa, Fleming começou a escrever romances policiais para, dizem as más figuras, se livrar de um tedioso casamento. O primeiro, "Cassino Royale", em 1953, iniciou a saga de 12 volumes do heróis másculo, intrépido, irreverente e celibatário. O sucesso de 007, no entanto, só aconteceu quando o escritor Raymond Chandler prefaciou uma edição americana de "Viva e deixe morrer". Isso foi tempos antes de o primeiro livro virar série de TV, nos EUA, com o nome "Clímax" – a interpretação do agente pelo ator Barry Nelson quase fez um desgostoso Fleming matar a sua criatura.
O êxito e a longevidade da fórmula centram-se na mistura de aventura, sexo e luxo. Os livros foram traduzidos para 24 idiomas e os filmes já venderam mais de um bilhão de ingressos no mundo. A série continua a ser escrita por um discípulo de Fleming, John Gardner.
E sua magestade está sempre a caça de um novo James Bond! Eu, nesse Bond Trailer não achei nenhum que se assemelhasse a ele. Será que deverei contactar a Interpol? Meus preferidos ainda são Sean Connery e Ursula Andress.
Imaginam como irei passar o meu fim de semana se chover?! Esqueci de dizer das músicas, mas essas valem nova postagem!
Bom fim de semana!
Beijus
Bom, vamos lá:
ResponderExcluir1°: Ian Fleming escreveu 12 romances (2 deles controversos - Thunderball [que era o roteiro de um filme, escrito por Ian Fleming, Jack Whittingham e Kevin McClory, e que acabou sendo novelizado pelo próprio Ian, que não pediu autorização aos colegas e nem os creditou] e The Man With the Golden Gun [Fleming faleceu sem terminar a história, que foi finalizada por seu amigo, Kingsley Armis, autor do livro de James Bond "Colonel Sun", de 1968, mas Armis não foi creditado por finalizar o último romance de Fleming, e ainda há dúvidas se foi Armis quem terminou o livro ou não]), mais 2 coletâneas de contos (For Your Eyes Only, de 1960 e Octopussy and The Living Daylights, de 1966 - este último lançado após o falecimento do autor). Cinco contos não viraram filmes (Quantum of Solace, Risico e Hildebrand Rarity, da 1ª coletânea e The Property of a Lady e 007 in New York, da 2ª coletânea). Além disto, dois livros não tiveram os roteiros adaptados (The Spy Who Love Me [que foi mal-recebido pelo público e a crítica, por isto mesmo que, o autor não autorizou adaptarem a trama, mas a usarem um roteiro novo] e Moonraker [os produtores acharam melhor fazer uma aventura espacial mais próxima da era de ficção científica da época, chegando ao ponto de imitarem Star Wars e Contatos Imediatos de 3° Grau). E o filme Permissão Para Matar, com Timothy Dalton, além dos quatro filmes com Pierce Brosnan (com N, você escreveu com M - Brosnam) têm títulos e roteiros totalmente originais, independente dos títulos e histórias dos livros originais. Eventualmente, estes 5 filmes (assim como os 2 filmes com Moore que mencionei acima) foram novelizados. E o próximo filme (2008) também será totalmente inédito. Leia mais em: http://en.wikipedia.org/wiki/Category:James_Bond_books e http://en.wikipedia.org/wiki/James_Bond_books
2°: Albert R. Broccoli produziu todos os filmes, até GoldenEye (este último, apenas como produtor consultante, pois sua saúde já estava debilitada e frágil). Até O Homem com a Pistola de Ouro, Harry Saltzman ajudou a produzir todos os filmes, tendo depois renunciado seus direitos na franquia (comprados por Broccoli, em meados dos anos 80), por desentendimentos com o sócio (acredita-se que, isto tenha algo a ver com a bilheteria de O Homem com a Pistola de Ouro, que rendeu menos do que eles queriam [isto já havia ocorrido antes, com os filmes A Chantagem Atômica e A Serviço Secreto de Sua Majestade]). Desde Octopussy, o enteado de Broccoli, Michael G. Wilson (que já havia antes trabalhado na equipe técnica do filme O Homem com a Pistola de Ouro em diante) começou a ajudar a produzir os filmes. E desde GoldenEye, a filha de Broccoli, Barbara Broccoli (que trabalhou como produtora executiva em Permissão Para Matar) também começou a ajudar na produção também. Leia mais em: http://en.wikipedia.org/wiki/James_Bond_films e http://en.wikipedia.org/wiki/James_Bond_films
Agora... Se você achou o Craig ruim, por ser baixinho, loiro e feio, ele é musculoso e atua muito bem. E eu gostei muito do roteiro e da fotografia do filme, não importa o que digam os fãs mais radicais ou tradicionais. E não adianta estes fãs berrarem, pois Craig está fazendo Bond 22 (2008) e já assinou para Bond 23 (2010). Depois disto, vem outro ator, mas até lá, é se contentar com o Daniel Craig mesmo.
Falou!
Mais uma coisa: Albert Broccoli produziu os 16 primeiros filmes (os 9 primeiros junto a Harry Saltzman; ambos não-creditados em "A Chantagem Atômica")...
ResponderExcluirO 17º foi quando Broccolli se tornou produtor executivo (outra vez não-creditado); quando estava já com a saúde frágil, e oficialmente já havia passado a produção a Bárbara Broccolli (sua filha) e Michael G. Wilson (o meio-irmão desta).
Também faltou esclarecerem: o "Cassino Royale" de 1967 (feito por 6 diretores; o último deles não-creditado; pois só rodou algumas cenas finais), é uma sátira; enquanto o "Nunca Mais Outra Vez" é a refilmagem de "A Chantagem Atômica"...
Nenhum destes dois filmes é oficial; muito embora agora tenham as mesmas distribuidoras que os filmes oficiais; está certo?
E Craig fará o papel por mais 3 filmes (o próximo será em 2010; depois ainda vêm mais dois); esclarecido?