Perto demais




Vazio. Frio. Como às vezes. Só as almas.
Nem só de gelados e bolas de Berlim degustados no calor do areal
vive uma mulher!
Amiga(o), a vida é assim...
perto demais

E às vezes é melhor cair fora!

perto demais

Damien Rice
The Blower's Daughter
(abra em nova janela' pra ouvir enquanto lê.)

"Eu vou estar aqui pra sempre,
eu vou estar aqui para sempre,
mesmo repetindo nunca nunca mais,
eu vou estar aqui pra sempre..."

Assim terminava o bilhete de despedida que ela não entregou. O último e desnecessário adeus. Ninguém precisa de mais despedidas e eles já haviam tido várias. Mas 'adeus' era o primeiro e definitivo adeus dito em alto e vítreo som, como qualquer adeus ansioso por liberdade.

(ecos) P R O ... P A ...G A ...D O (muitos ecos) ...

Menos do lado de dentro.

Foi quando ela parou de dormir. Porque dormir também é saber dizer adeus. Dar serenidade ao dia que terminou. Ficar inteiro, pronto e confiante para o próximo despertar. Acordar vigilante e disposto para o futuro. Pra quem está se afogando, sentindo o tempo correr para trás, é impossível dormir, o corpo todo pede socorro, implora, a mente não desliga, anseia, receia, negaceia, e o passado vai espalhando raízes de hera pelos moldes do pensamento. Mesmo os novos pensamentos que se formam como os antigos, erráticos, vazios, fantasmagóricos. É impossível dormir! desligar-se!

... move, move, move forward...

Ver os dias irem se acabando, sem sentir uma vontade incontrolável de jogar-se num vazio. Ela então, pegou as horas e fez delas simples sucessões de fatos, um emendado no outro, cinco, dez, dezenove dias valendo por um só. As semanas, os meses, tantos anos e o pensamento ainda sente, e afirmaria até, que foi anteontem.

Desculpe por ligar assim tão tarde, ou tão cedo, já que são quatro e meia da manhã, mas eu precisava ouvir a tua voz e te dizer que... era assim que ela gostaria de começar a conversa. Nó na garganta, covardia.
A conversa que nunca conseguiu ter, pra não precisar admitir desespero. Jamais irá ter coragem de ligar tão cedo ou tão tarde. Jamais vai ter condição de se perdoar. Mesmo sabendo que tanto silêncio assim pode até matar.

Eu teria feito qualquer coisa pra você voltar se achasse que faria diferença!!

Me pede e eu faço!! Qualquer coisa...

Era o que ela gritaria na frente de todo mundo quando o visse cara-a-cara novamente, aos prantos, unhando as próprias palmas das mãos na tentativa inútil de calar-se, limpando o nariz na gola, sentindo os joelhos dobrarem, o laivo de vida que um resto de orgulho pode proporcionar esvanecer. Só consegue pensar na ausência, obcecada em colar os cacos da sua extensa e frágil coleção. Como um emprego de tempo integral, que ainda exige longas horas extras e requalificação constante.

Você está apto a segurar essa barra? Tem certeza que agüenta? Não é melhor perder mais alguma coisa importante antes de afirmar que já chega? Você não acha que já perdeu o bastante, acha? Você sabe que ainda precisa muito mais colhões pra aprender, não é? O que você escolhe? Passe no departamento de RH para pegar seu upgrade, ok?

Eu jurei que não ia mais te escrever, perdoa, é que eu mantenho os olhos desviados, mas cabeça não desliga nunca... assim começaria outro bilhete que ela deixaria na porta dele, uma declaração de amor tão irrevogável quanto os delírios, um bilhete e uma única rosa vermelha já bem aberta, quase despetalando, que murchasse rápido.

Como ela gostaria que esse amor, essa doença, esse susto, esse pavor passasse... desmanchando, murchando, despetalando, sem deixar nem o cheiro, apodrecendo pra servir de adubo pra um futuro que ela já desistiu de esperar.

Não precisa conferir. Vá em frente sem olhar pra trás e não duvide nem por um único segundo. Qualquer coisa. É assim que é. Eu vou estar sempre aqui. Assim terminaria a promessa eterna e definitiva, a estranha dedicatória que nunca viria a ser publicada.

I can’t take my mind off of you...

perto demais

A música do Damien Rice, fez parte da trilha do filme Closer e, eu e Henrique adoramos. E segundo ele está escalada para próxima novela da Globo, então, meio mundo irá conhecê-la. Esta música é qualquer coisa, e vale ver tudo do Damien Rice.

*Yvonne, ficou muito curiosa!? Se ainda não conseguiu escutá-la, mate sua curiosidade.

Eu não posso levar minha mente para longe de você ...


Gold old in Brazil

Uma das boas coisas de se morar fora do Brasil é receber todas as semanas visitas e telefonemas de amigos brasileiros de passagem e contar-lhes as novidades que me são dadas a perceber, indicar-lhes lugares e programas que me agradam, adverti-los sobre as ciladas locais.

Se bem que, como é bem brasileiro, há abusos. Como uma desconhecida que ligou, a cobrar, de São Paulo, para se apresentar e pedir dicas. Um pouco demais, não? No mais é um prazer.

Mesmo lendo jornais brasileiros pela internet, sinto que on-line falta aquele “sabor local” que só se tem “in loco” e, no caso brasieiro, muitas vezes “in louco”, de calor e preguiça. Como de uma fundação que me contaram para “resgatar e preservar” a bossa nova (provavelmente com dinheiro público), que está completando 50 anos, contados da gravação de João Gilberto de “Chega de Saudade”. Alguém sabe a data certa?

Achei engraçado, porque não existe coisa mais preservada, nem resgatada que a bossa nova, tanto no Brasil quanto fora dele, onde virou música de elevador, aeroporto, sala de espera e salão de hotel.
Mais preservada impossível: Está numa espécie de formol virtual característico da cultura pop. Mas não se pode confundir bossa nova com bossa nova. Não escrevi errado, não. É isso mesmo, pra não dizer outra coisa.

Ou melhor, a arte e invenção de João Gilberto e Antônio Carlos Jobim, com todos os seus melhores e piores sucedâneos e diluições, com musak tropical, como loung music. O som de Tom e João não é só a mais poderosa influência em todos os grandes músicos brasileiros que vieram depois deles, como fez a cabeça de gênios como Miles Davis e Stevie Wonder e lhes garantiu lugar nobre entre os grandes criadores musicais desse século. Com a arte de Tom e João eternamente viva, diluída no tecido sangüineo do jazz, não há com que se preocupar.

Chegamos lá: a bossa nova é a maior e mais bem-sucedida, talvez única, aventura cultural brasileira na melhor música popular do Ocidente.

Agora, feitas no Brasil ou fora dele, imitações são sempre imitações, e estão fora de moda. A não ser em elevadores, aeroportos, lounges, etc.

Então, uma das coisas a evitar fora do Brasil é grupos brasileiros tocando bossa nova em barzinhos. É triste e melancólico, embora tente ser alegre e leve.

Uma coisa é a genial invenção, definitiva, perfeita, de João e Tom em “Samba de uma nota só”, outra é sua repetição mecânica, monótona e chatíssima. Uma das melhores coisas do mundo musical é a primeira, a outra é das piores. Uma espécie de Bolero de Ravel pop minimalista, um clássico da chatice.

Muitas vezes caí na cilada de um barzinho desses e senti o fantasma do Nelson Rodrigues ao meu lado me cochichando que não há nada mais velho do que a bossa nova. Claro: O samba é muito mais moderno!

João e Tom, ao contrário, são eternos, em permanente movimento.

Nair do Valle

Ela é minha meninaO Texto acima é da minha mãe e como prometi a ela, está sendo publicado junto com um outro, lá no Nós por Nós.
Pessoal, no dia 18 de Outubro minha mãe fez aniversário. E as suas memórias são carregadas de muita saudades de um tempo, que se era melhor, não sei. Era pelo menos era mais autêntico. Apareçam lá e prestigiem!

Bom fim de semana para todos!
Beijus

Valsinha



Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a dum jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, para seu grande espanto convidou-a pra rodar…
Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a s'abraçar
E aí dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda a cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos
Como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz.

Vinicius / Chico Buarque



Uma curiosidade desta genial canção é que, ao contrário do que era
costume, a letra foi escrita pelo Chico e a música feita pelo Vinicius.

Sabe porque gosto da Quinta-feira?
Amanhã é Sexta!
Beijus

*Coisa grave por aqui. tanto icoico! como ~º~ ...sindrome da Quinta-feira! Desculpe, mas só quem esteve aqui vai entender (rs*)

*Sobre a postagem de ontem, não se preocupem! Estou tomando precauções...quanto a vocês, anotem esse e-mail: crime.internet@dpf.gov.br - (E-mail da Polícia Federal para denúncias de crimes na Internet). Nunca se sabe, se terão que usar um dia...

"Um dia encontrei Felisdônio comendo papel nas ruas de Corumbá.

Me disse que as coisas que não existem são mais bonitas."
Ultimamente ando achando pela net algumas coisas esquisitas. Um Blog de poesia cujo único link é o "luz de luma" (Santo tecnorati) e cujo postante chama-se Luma, só que nada publicado. Nada que se possa ter pistas de onde partiu tal idéia - Página weblogger gêmea dessa aqui e um portal de notícias com o meu nome e pasmem, com o sobrenome...
Quem está querendo me fazer surpresas? Por favor manifeste(m)-se! Odeio surpresas e todo o movimento que isso envolve. Não estou gostando da brincadeira!
Por via das dúvidas, já existe uma empresa só para tomar conta dos assuntos do "Luz de Luma".
Jornal ExpressOs carimbos não poderiam faltar! Antiguinho porque a grana tá curta. Pensam que é barato montar uma empresa?

Estou cheia de trabalho, mas não vou reclamar da falta de tempo, como disse a Mariah: "Isso já caiu em um lugar comum, todo mundo anda sem tempo". E por conta tive que aumentar o número de pessoas que nessa empresa trabalham. Aumenta-se o número de empregados, aumenta-se a folha de pagamento, aumentam-se as taxas, aumentam-se os impostos. Enfim, nem bem comecei e estou a caminho de uma concordata!

Pensa que é fácil viver na boca do povo?!


Mandei cunhar moedas, não gosto de misturar meu dinheiro com o dos outros



Sim!! O meu bonequinho também está sendo copiado e não como link como sugerido ao lado. Tiraram na cara dura o caminho que se chega a esse blog. Gostou do bonequinho mas não gostou desse blog? Guarda ele na sua pasta de imagens!
Sou uma pessoa prevenida por natureza. Saí do Rio com medo dos sequestros e agora andam sequestrando meus filhotes?

Muita gente reclama: "Luma, porque não deixa e-mail disponível no blog.?" Cê tá louco! Já morro de preguiça de ler e-mail, imagina ter que administrar e-mail do blog! Imagina também os capetas que podem aparecer?! Yvonne que o diga: Uma tal de "tatiane matias correia" (se alguém conhecer, pode dedurar e também não escrevi o nome errado não! É com letras minúsculas mesmo!). Andou escrevendo besteiras num e-mail pra Yvonne. Com tempo a menina! Se fosse uma pessoa séria teria se apresentado decentemente. Mas a inveja mata!
A Yvonne está do lado esquerdo do meu peito e não gostei! Vamos respeitar a liberdade de ir e vir dentro da internet! Tudo é tão simples! Eu só comento post que eu gosto e fim de papo!

Já viu né! Se aproximar com segundas intenções, esteja ciente, está sendo filmado!!
camera
Um dia reencontrei Felisdônio comendo papel nas ruas de Corumbá.
Me disse que as coisas que existem são terríveis

E hoje, nem chega perto que não estou pra conversas!
Sem beijus,

Rosa Parks disse "não"

Marco na luta pelos direitos civis
Pode um lugar no ônibus assegurar o lugar de alguém na história?
No caso de Rosa Parks, sim.
Em 1º de Dezembro de 1955, em Montgomery, no estado americano do Alabama, essa mulher de 42 anos recusou-se a ceder seu lugar a um homem.

Hoje, em tempos politicamente corretos, Rosa seria chamada de afro-americana. Na época, era negra mesmo. O homem que ela deixou em pé era branco. Rosa Parks foi presa por desobedecer às leis que estabeleciam a distinção racial, mas a repercussão do caso deu origem a um boicote aos ônibus coordenado pelo reverendo Martin Luther King (1929-1968).

O protesto durou 381 dias e terminou com uma decisão histórica da Suprema Corte, declarando inconstitucionais todas as formas de segregação nos ônibus.

O detalhe é que naquele dia, voltando para casa depois de um dia inteiro de trabalho, Rosa se sentou na área do ônibus destinada aos negros. Mas uma lei local determinava que, se não houvesse assentos vagos entre os reservados aos brancos (na parte da frente do veículo), estes podiam ocupar o lugar de um negro. O movimento civil que Rosa Parks detonou foi um dos mais importantes da história da luta contra o racismo nos Estados Unidos.

Montgomery foi palco das manifestações mais dramáticas. Os 48 mil negros da cidade – cerca de 75% da população – aderiram em peso ao boicote. Nas igrejas, hinos religiosos foram convertidos em “canções de liberdade”.

As reivindicações eram relativamente modestas: eles queriam ser tratados com cortesia, sem a obrigação de ceder lugar aos brancos, e pediam a contratação de motoristas negro. As autoridades não os atenderam.

A reação nada teve de pacífica. Houve casos de constrangimento policial e bombas explodiram em casas de líderes negros. A batalha, no entanto, seria ganha e marcaria o nascimento de uma liderança negra fundamental. O pastor batista Martin Luther King, na época com 26 anos, faria história a partir dali, até ser derrotado pela violência que ele repudiava como instrumento de luta.

Essa é uma outra história e depois conto pra vocês...

* Hollywood fez um filme sobre a vida de Rosa Parks e a Sony BMG está produzindo um CD tributo. O álbum deverá ser lançado no aniversário de 50 anos da prisão de Rosa Parks (1º de Dezembro).

Viu como um pequeno gesto pode mudar a História?
Beijus,

...em quietude, sem solidão

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Algumas coisas não têm preço

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