A letra da música
Classe Média a seguir, é de Max Gonzaga, que no
video é acompanhado da Banda Marginal.
Sou classe média.
Papagaio de todo telejornal
Eu acredito
Na imparcialidade da revista semanal
Sou classe média,
compro roupa e gasolina no cartão
Odeio “coletivos” e
vou de carro que comprei a prestação
Só pago impostos,
Estou sempre no limite do meu cheque especial
Eu viajo pouco, no máximo um
Pacote CVC tri-anual
Mas eu “tô nem aí”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “tô nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em Itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Mas fico indignado com o Estado
Quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado
Que me estende a mão
O pára-brisa ensaboado
É camelô, biju com bala
E as peripécias do artista
Malabarista do farol
Mas se o assalto é em “Moema”
O assassinato é no “Jardins”
E a filha do executivo
É estuprada até o fim
Aí a mídia manifesta
A sua opinião regressa
De implantar pena de morte
Ou reduzir a idade penal
E eu que sou bem informado
Concordo e faço passeata
Enquanto aumento a audiência
E a tiragem do jornal
Porque eu não “tô nem aí”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “tô nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em Itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Toda tragédia só me importa
Quando bate em minha porta
Porque é mais fácil condenar
Quem já cumpre pena de vidaEu não me sinto ofendida com a música, mas metade dela é mentirosa. Tá certo, pode ser que uma parcela de nossa população é assim como diz a letra da música no seu modo de agir, apesar de afirmar pensar diferente. Mas não podemos colocar todos da classe média em um único saco. Tenho lido muitos disparates pela internet ultimamente, nisso incluo pessoas da classe média, criticando a classe média, se excluindo dos vínculos com a sociedade brasileira.
Outra parcela adota aquela velha história:
"
sou da classe média, mas faço discurso de esquerda; voto no PT e acho que com isso vou mudar o país. Acredito que o Lula que representa os pobres e desassistidos; faço discursos violentos contra a elite branca, mas freqüento todos os lugares aos quais ela vai; odeio a elite golpista, mas compro tudo o que ela compra; tenho ódio dos burgueses, mas faço compras na Daslu. Sou o pequeno-burguês petista, uma bandeira vermelha na mão esquerda e na direita uma garrafa de Romanée-Conti"
A pesquisa "
Brasil: estagnação e crise", realizado pelo professor Waldir Quadros, do Cesit (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho) da Unicamp em parceria com a Gelre, empresa de relações humanas do trabalho, aponta para o decrescímo do poder aquisitivo da classe média ao contrário do que afirma o nosso presidente.
Também não entendo tanta raiva de quem conseguiu ganhar dinheiro e subiu na vida. Como se todos os ricos usassem de "espertezas" para chegar onde estão. Ainda existem honestos, pessoas que com o suor do trabalho foram recompensadas dignamente. São pessoas de sorte num país de azarados pocotós.
Os medianos devem perceber quando estão sendo usados pela grande mídia para favorecer o grande capital e os donos da comunicação de massa.
A inteligência humana tem limites. A estupidez não. (Ignatus Nobel)A crise ética e política do país fazem com que cidadãos "apolíticos" comecem a malhar uns aos outros, como se a culpa fosse do vizinho. Gente preconceituosa e egoista que se incomoda com a melhoria da qualidade de vida dos mais pobres. Um comportamento de parte da classe média brasileira que talvez ingenuamente entra no jogo da mídia golpista. Estamos condenados à pena de vida?
Após o acidente com o avião da TAM, movimentos apareceram. Eu fui uma das que divulguei o
Protesto organizado em São Paulo no dia 29 pelos familiares das vítimas. Divulguei por achar ser um movimento apolítico, envolvendo a dor e o descaso das autoridades.
Mas até que ponto um movimento é apolítico? Não acham que mesmo alguém não tomando partido, já está tomando um partido? A natureza é política, por assim dizer.
Todo esse bafafá sobre esses movimentos "aparecidos", nos vários segmentos de mídia, têm sido discutidos pela nossa classe média, por excelência. Ah, você não é classe média? Ou vocês acham que "pobre" tem internet banda larga? Indo mais à frente, eu diria que o mundo - já que muitos se preocupam com o que o mundo vai dizer do comportamento brasileiro - ou melhor a elite do mundo, talvez a mais rica, a elite alemã deve rir daquilo que pode ser o projeto da elite brasileira.
Pois tomem ciência! Acho legal quando alguém assume que não entende nada de política, mas ter comportamentos insanos diante da política, não dá! Gritar em praças "Fora Lula" ou mesmo vaiá-lo, tudo bem. É manifestação democrática e demonstra basicamente que não temos sangue de baratas. O que não pode é gritar "Barbudo" "cachaceiro" ou coisas desse tipo. Fica parecendo briga de criança, que diz: "Feia, chata, boba..." é perder a razão.
Mas se é para se preocuparem com o que dizem lá fora, fiquem espertos! A população internacional que se interessa pelos caminhos do Brasil acha que estamos demorando muito para sacudir a poeira, o que deveria ter sido feito já na época do mensalão. Falando nisso, Marcos Valério comprou fazenda nova em Curvelo/MG...
Falando em comportamento feio, é feio ver o nosso presidente colocar as camadas da sociedade umas contra a outras (cadê a classe média aqui gente?) dizer que a elite dominante (branca) e burguesa é contra o povão do vale voto (bolsa família) é discurso de palanque! Ele coloca quase 77% do pais contra os 33% gerando um conflito social. Adiante gera um novo conflito afirmando que a elite branca planeja um golpe contra o Estado.
A incompetência e a corrupção, aliada aos discursos de defesa, onde ataca uma camada da sociedade, só nos fazem concluir, quando os exemplos veem de cima, - onde se prospera roubando - que assumir a própria culpa é vergonhoso. Isso reflete na sociedade, influenciando uma tendência de transferir as frustrações para os outros.
Li no blogue da
Cora e se encaixa perfeitamente aqui: "
Mais uma semana de noticiário, e seremos 189 milhões de especialistas em aeronaves..."
Esta frase, li já faz um tempo e daqui uns dias fará um mês que de repente todo mundo é piloto, todo mundo entende de aeronave, de aeroportos, de ranhuras na pista ... e agora, valha-me Deus, de distância entre poltronas.
Mais uma vez, o foco da questão sendo desviado e por puro racismo intelectual dos defensores deste governo, uns Marias vai com as outras, que não conseguindo convencer o país de suas "boas intenções", resolveu dividi-lo. Salve o anarquismo!
-----------------------------------------------------------------------No dia 18 de agosto, o site
No Fly Day ("Dia Nacional sem Vôos") propõe uma "greve de passageiros" em todo o Brasil. Mas se você não usa avião como meio de transporte, neste dia de "Boicote Aéreo", cada pessoa ou grupo deve se manifestar da maneira que convier. Seja com uma simples medida, como uma fita vermelha e preta na antena do carro. O importante é manifestar o desagrado contra a política adotada pelas companhias aéreas. Leia o
Manifesto.
Não há caminhadas programas pelo movimento.
Gostaria de deixar registrado aqui, em um momento de utilidade pública, para aqueles que se utilizam da máquina voadora para viajar, alguns dos seus direitos previstos no Código Brasileiro de Aeronáutica:
"Art 229. O passageiro tem direito ao reembolso do valor já pago do bilhete se o transportador vier a cancelar a viagem.
Art 230. Em caso de atraso da partida por mais de quatro horas, a transportador providenciará o embarque do passageiro, em vôo que ofereça serviço equivalente para o mesmo destino, se houver, ou restituirá, de imediato, se o passageiro o preferir, o valor do bilhete de passagem.
Art 231. Quando o transporte sofrer interrupção ou atraso em aeroporto de escala por período superior a quatro horas, qualquer que seja o motivo, o passageiro poderá optar pelo endosso do bilhete de passagem ou pela imediata devolução do preço.
Parágrafo único. Todas as despesas decorrentes da interrupção ou atraso da viagem, inclusive o transporte de qualquer espécie, alimentação e hospedagem, correrão por conta do transportador contratual, sem prejuízo da responsabilidade civil".
É isso!