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Importando Folclore [update]

Pessoal, penso que não tem ocasião mais oportuna para responder a um pedido, feito no sistema de comentários, por uma pessoa que não deixou e-mail e, sei lá, tradução (?) não compreendi muito bem. Quanto aos significados das palavras que aparecem na cantiga "Escravos de Jó", tentarei ser breve, levando em consideração de que é sabida a letra da música:

Caxangá - tipo de jogo com pedrinhas ou ifá para tirar a sorte de quem seria o escolhido ou escolhidos à fugirem para o quilombo
Tira - os escravos que seriam tirados da senzala naquela noite de fuga
Põe - seria posto ou colocado em rota de fuga
Deixa ficar - ao jogar essas pedrinhas, as que sobravam seriam os escravos escolhidos para vigiar durante as fugas.
Guerreiros com guerreiros - escravos guerreiros filhos de pai José, reprodutor e guerreiro que lutava pela liberdade dos irmãos.
Fazem Zigue-Zigue-Zá- andavam e corriam em zigue-zague para escapar e confundir os capitães do mato durante a caçada aos fujões!

[update] - Parece que muita gente não sabe quem era Jó ou nem sabe da existência da música. Eu conheci como brincadeira de crianças, quando estamos esperando por algo e principalmente no almoço, sem que a mãe visse, passávamos os pratos de lá pra cá como se fossem caxangás. Mas pra quem não sabe, aí vai: essa era uma estratégia de fuga para os escravos dos quilombos na época da escravidão. Jó grande fazendeiro de café, possuía muitos escravos. Estes sofriam castigos e não podiam conversar durante a colheita e também na senzala á noite. A única forma de combinarem suas fugas era através de cantigas entoadas durante o trabalho e em algum dialeto para que os brancos não compreendessem. A língua dos escravos pode parecer estranha para nós nos dias de hoje e anos mais tarde, quando olharmos para trás e enxergarmos as mudanças na língua portuguesa - no campo das suposições, respeitando as mudanças sofridas, na linha de evolução de que é natural a qualquer língua - com a adoção do unificação ortográfica entre os países de língua portuguesa, sei não, acho que retroagimos no processo. Não vou entrar no mérito da questão, eu não gostei, mas a maioria é a favor e sabem do que falam, fico quieta - enfim, a língua portuguesa nos parecerá estranha?

“O diálogo das linguagens não é apenas aquele das forças sociais na estaticidade de sua coexistência, mas também o diálogo dos tempos, das épocas, dos dias, daquilo que morre, vive, nasce: neste plano, a coexistência e a evolução são fundidas, juntas, na unidade concreta e indissolúvel de uma diversidade contraditória em linguagens diversas.” (Bakhtine: 1999, 176.)

How "American" Is Globalization?

Este é o título de um livro super interessante publicado pela Universidade Johns Hopkins em 2006, que analisa e questiona se a globalização tornaria o mundo mais americanizado.

No índice, alguns tópicos importantes e cito alguns:

- No que menos os americanos pensam?
- O inglês ainda conquista o mundo?
- Filmes, programação televisiva (principalmente seriados)
- McDonalds
- Internet, distância comunicativa, blogues e tribalismos
- As companhias americanas dominam a economia mundial?
- A resistência da cultura local às outras culturas
- O trabalho e instrução
- Utilização da terra e impostos
- Corrupção e contrabandos
- O mercado financeiro e fabricação flexível
- Isenção de importação, fretes aéreos, fretes containerzados
- Códigos de barra, computação e logística...dá pra sentir que o livro é detalhista.

Vejam também que a necessidade para escrever esse livro, veio através de dados, daquilo que o autor captou no senso comum americano e sentindo que a cultura local não estivesse assim, tão apreciada entre outros povos.

Constata-se que a porcentagem da população do mundo que são nativos do inglês declinou 9.8 a 7.8 por cento. A porcentagem de nativos da língua principal do mundo, o mandarino, igualmente declinou ligeiramente, 15.6 a 15.2 por cento… os grupos de língua que aumentaram em porcentagem da população no mundo é o árabe e bengali, respectivamente 3.5 por cento e a 3.2 por cento. Os falantes Hindi aumentaram 5.2 a 6.4 por cento, espanhóis de 5.0 a 6.1 por cento.

O inglês como primeira língua caiu de posição, do segundo lugar para quarto, quando o segundo milênio terminou e, o mais relevante indicador reflete que mais e mais pessoas estão falando mais de uma língua.

A análise da língua é apenas um dos enfoques do livro, basicamente é fonte atual e definitiva no questionamento das culturas, se elas ganham ou perdem em suas respectivas áreas culturais. Como o livro ainda não tem tradução para o português, adianto que a conclusão final é de que o mundo não está se tornando americanizado e portanto, não tenham medo - brincar de 'Halloween' deve ser encarado apenas como uma mordida em um McDonald's.

McDonald's é citado no livro, como exemplo principal da globalização e suposta hegemonia americana no mundo devida à sua popularidade. Ademais o autor mostra, em uma série de estudos, que as culturas locais americanas são intrínsecas e resistentes às influências externas, como línguas, hábitos alimentares, utilização da terra, educação nas escolas e vários outros testes, de padrões sociais que determinam a extensão a que a cultura americana é importada ou adaptada às necessidades nativas.

Discutir a globalização pode ajudar a acentuar as nossas culturas locais, reforçando a nossa própria impressão sobre o que realmente importa - principalmente a nossa língua - Pode-se evitar o uso indiscriminado de termos em inglês? - Quem trabalha com computação sabe que isto é quase que impossível, mas podemos valorizar mais os filmes nacionais, a grade de programação televisiva local brasileira, adotar somente cardápios regionais brazuca (Chibés, vatapá, caruru, mungunzá, tacacá...vê, pão de queijo chega a ser 'light' comparado a tudo isso), banir de vez o 'egocentrico' rock americano...

Tá bom, sei que estou pegando pesado e já é quase impossível retroagir. Eu não ficaria sem o velho e novo blues-rock americano e não suportaria outros isolamentos culturais. Na verdade, podemos conviver com tudo o que vem de fora, não somente dos EUA. Faz parte do processo de interagir dentro de um mundo globalizado, mas o que o brasileiro precisa urgentemente, é valorizar mais as festas regionais, relembrar e comemorar no sentido exato da palavra, sua História.

Enfim, as tradições culturais de um povo não são abaladas se esse povo se leva à sério. O que falta ao brasileiro é acabar de vez com essa 'sindrome de vira-latas', evocando aqui Nelson Rodriguês.

*Sobre a 'Nossa Síndrome de Vira-latas' - leia excelente análise aqui.

*Para ler o livro How "American" is Globalization? de William Marling em versão e-book, aqui.

O texto acima contribui para a blogagem coletiva promovida pelo Ronaldo Santos do Vida Blog.


Você tem algo a dizer sobre o assunto? Participe!!

Estarei adicionando os links permanentes mais adiante, para minha comodidade e dos leitores do "Luz de Luma", a lista de participantes:

Pensieri e Parole por Meiroca, Leio o Mundo Assim por Andréa Motta, Acqua por Lunna Guedes, Universo Desconexo por Lys Figueredo, O mundo na luneta por *Renata, Saia-justa por Geórgia, Hippos por Luci Lacey, .Blog por Jorge C. Reis, Na casa da vovó... por Rosane, Juliu's Pub por Júlio Moraes, Lavanderia virtual por Juca, Lino Resende por ele mesmo, Diário de Iza por Iza, Meu Conto de fadas particular por Camila, Ironicamente perdedor por Zek, Jamille Lobato por ela mesma, Despindo Estórias por Tatah Santini, Aprendemos por Mikasmi, Cissa.EU, heim! por Ciça Donner, Fio de Ariadne por Vanessa, Annah World por ela mesma, Pensieri por Elvira, Entre Marés por Suzana, A Moça do Sonho por Du, Alma Poeta por Serena Flor, Mãe e muito mais... por Fernanda, Oscar Luiz por ele mesmo, Talma Simplesmente por Talma, Aprendendo Nihongo por Yoko, Lucas Oliveira por ele mesmo, Entre Amigos por Tetê, PoudBrasil por Douglas Fert, Coffe & Colloquy por Mateus Bonez, Coisas Nossas por Du, Auto-retrato por Karla Hack, KrekKrek por Krek, Sensata Paranóia por Urbano, O Cantinho da Borboleta Azul por Sõnia, Criança Genial por William Mendes, Carnaval por Biazinha, Vivendo de Histórias por Marisa Pimenta, Chronicles & Tales Unlimited (RED) por Cidão, Cidão 2, Blogosfera Solidária por , Arte e Fotografia por Gaspar de Jesus, Instinto Coletivo por Cristiano Miranda, O Blog do J.F. por ele mesmo, Blog do Beagle por Elzinha, O Grito, notícias por Renato Fernandes.

Boa blogagem!!
Beijus,

História nossa

Nós já ouvimos falar da paciência de Jó e dos seus escravos que jogavam caxangá. A história da paciência de Jó é bíblica. Jó era um servo bom e fiel a Deus. Um dia o diabo lançou um desafio para Deus, dizendo que se ele tirasse tudo que Jó tinha, ele não continuaria sendo um servo fiel. Deus aceitou o desafio e deixou que o diabo tirasse tudo de Jó, menos sua vida. E no final das contas o diabo se dá mal, porque Jó mesmo sem nada continuou fiel a Deus. E ele não tinha escravos!

Fui saber dos escravos e lembrei da cantiga "Escravos de Jó". Na escola aprendemos que essa era uma estratégia de fuga para os escravos para os quilombos na época da escravidão. Jó grande fazendeiro de café, possuía muitos escravos. Estes sofriam castigos e não podiam conversar durante a colheita e também na senzala á noite. A única forma de combinarem suas fugas era através de cantigas entoadas durante o trabalho e em algum dialeto para que os brancos não compreendessem.

Olhem os significados das palavras:

CAXANGÁ - tipo de jogo com pedrinhas ou ifá para tirar a sorte de quem seria o escolhido ou escolhidos à fugirem para o quilombo
TIRA - os escravos que seriam tirados da senzala naquela noite de fuga
PÕE - seria posto ou colocado em rota de fuga
DEIXA FICAR - ao jogar essas pedrinhas, as que sobravam seriam os escravos escolhidos para vigiar durante as fugas.
GUERREIRO COM GUERREIROS - escravos guerreiros filhos de pai José, reprodutor e guerreiro que lutava pela liberdade dos irmãos.
FAZEM ZIGUE-ZIGUE-ZÁ - andavam e corriam em zigue-zague para escapar e confundir os capitães do mato durante a caçada aos fujões!

Eu cantei muito essa cantiga quando criança. Mamãe colocava a mesa, nós sentávamos para esperar o almoço e enquanto ela estava se ocupando com o resto, nós ficávamos mudando os pratos de lugar. Os pratos eram nossos ifás e cantávamos mentalmente e com os olhos. Mamãe chegava e encontrava tudo normal e nós com aureolas na cabeça.

*Mamy, lendo e rindo disso!! Ela veio me ver, por eu estar assim; dodói!!

Existia também uma propaganda na tevê que usavam monges que brincavam. A MÍDIA instituiu na mente das pessoas que é mais ”bonito” vender uma imagem “do bem”, do que lembrar um período cruel, como foi a escravidão no Brasil!

Sabemos que algumas ordens religiosas ganhavam com a escravidão; elas comercializavam crianças escravas que eram deixadas nas chamadas "Rodas". Estas crianças na maioria das vezes eram entregues pelas sinhás às escravas, quando descobriam que estas crianças eram fruto de relacionamento de seus maridos com as escravas.

Se vocês forem procurar por "escravos de Jó" no Santo "Google" verão uma outra versão, que pra mim é fantasiosa. Alguém inventa, coloca em uma página e todos lêem achando que a informação é correta. Então prestem atenção aos sites que fornecem informações.

No Santo "Google" a cantiga dos escravos de Jó, seria uma Ode ao Homossexualismo.

Jó teria sido um famoso general, amante de Péricles numa das mais belas páginas da história antiga numa rivalidade entre suas cidades. Em seus apontamentos estaria estabelecida uma relação da Guerra com o Homossexualismo.

Cruixx!! Já pensou Bush e Saddan. Uia!! Que coisa!!

A cantiga entoada por militares espartanos, incentivavam namoros entre os soldados, isso fazia com que lutassem com mais bravura. Esses soldados eram normalmente recrutados entre os escravos.

Jogavam caxangá significava que os escravos sexuais de Jó, faziam brincadeiras entre eles. Caxangá, em grego vulgar arcaico, era uma dança sensual, vinda da Turquia, em que os órgãos sexuais dos dançarinos se tocavam.

Ulalá!!!

Tira, bota deixa o zambelê ficar - referência clara à penetração e à necessária permissão da parte passiva. Zabelê é um pássaro e que o membro necessário a penetração é comumente associado a nomes de pássaros, como por exemplo o filho da galinha. Pintinho carinhosamente falando.

Guerreiros com guerreiros fazem zig-zig-zá — Aqui configurada a orgia que era os acampamentos espartanos
* Mamãe diz: "Você está com tempo sobrando?" e continua, "esse negócio de blog
não trás futuro"
Eu: "Ora, Mamy!! Você quase foi flechada por isso!"
Amuada: "Pena que sua inteligência e criatividade não foi o suficiente para acionar também sua curiosidade e ler o livro de Jó ou talvez a bíblia inteira, isso iria com certeza fazer você mudar tanto, que quando lesse o que você escreveu iria morrer de vergonha. Ainda bem que Deus é
longânimo. Ainda há tempo, minha filha"
Eu, com paciência de Jó: "Dá um tempo Mamy..."
Mãe quando quer ser chata: "Seu Deus não deixa você se divertir é isso? Vai lá rezar 5 Pai Nosso e 10 Ave Maria…"
Eu: "Esqueceu que ontem, eu confessei?"
Mãe fala, fala e se ela passasse mais um tempo por aqui, talvez conseguisse que eu abandonasse o bloguinho. Mas eu tenho paciência. Tenho uma Santa Paciência.

Photobucket - Video and Image HostingRealmente existe a Santa Paciência. Ela viveu muitos anos na Austrália, peregrinou pelo continente africano como freira, foi excomungada e recentemente a igreja católica romana a beatificou. O nome dela, Mary MacKillop.

Falando sério, eu nunca tinha ouvido falar dessa santa, até que uma vez Jean-Paul Gaultier entrevistou em um programa inglês, o Eurotrash, Kylie Minogue. O programa passou o dia acompanhando Kylie, enquanto ela comprava lingerie em Paris e uma seção de fotos com o Francês Pierre et Gilles (que o Jôka Peta é fã). A foto foi chamada "Saint Mary MacKillop", numa referência à Santa. Todo mundo sabe que Kylie é Australiana e fantasiou-se da freira.

Photobucket - Video and Image Hosting
(Pra quem não sabe, mamy é católica até a raiz do dente, imagina ela vendo isso!)
Mamy: "Santa Heresia"
Eu: "Essa Santa também existe?"
Kylie homenageou dessa forma, mas entre os famosos sabemos que Nicole Kidman, também australiana, depois que separou do Tom Cruise, redescobriu o catolicismo; indo à igreja e lendo a bíblia. Acho que ela estava precisando de um reforço emocional e a espiritualidade, ajuda muito nisso. Daí num dia de ação de graças, comunicou aos povos que iria se casar com Keith Urban. E adivinhem onde ela se casou?? Na Capela de Mary MacKillop, no norte de Sidney. Ela precisa venerar a santa mesmo!

O pensamento para hoje é
"Existem apenas duas maneiras de ver a vida.
Uma é pensar que não existem milagres
e a outra é pensar que tudo é um milagre"
(Albert Einstein)

Vou-lhes confessar que hoje quando pensei em escrever o post, iria falar de outro assunto, mas depois da sucessão de fatos que me ocorreu pela manhã, tudo mudou.

Sai pra fazer fisioterapia, levada por uma amiga, que dirige muito mal. Paciência e bom humor, são ingredientes que seguram a felicidade e não deixa que ela se evapore por aí. Temos que ter o hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor e não o pior. Foi com esse pensamento que parei o carro numa rua completamente congestionada, liguei os piscas e esperei pelo guarda de trânsito.

Bimbinha sabe que o trânsito por aqui, parece de cidade grande.

Chegaram os guardas e, discretamente, colocá-los à trocar o pneu, hum ..."porque as minhas unhas partem-se Sr. Guarda e sou mulher e sou tão fraquinha e o seu bigode é de homem forte..." Isso não falei. Nessas horas sou oportunista e aflora meu lado fraquinha, mulherzinha e toda a sorte de inha...

E aproveitando que nada tira o meu humor, para os meninos não pensarem que estou chamando-os de tolos (*) vai uma anedota!
Um homem estava em coma há algum tempo. A mulher estava à cabeceira dele dia e noite. Um dia, o homem acorda, faz sinal à mulher para se aproximar e sussurra-lhe:
- Durante todos estes anos estiveste ao meu lado... Quando não me consegui licenciar, estava lá comigo. Quando a minha empresa faliu, estava lá a apoiar-me. Quando perdemos a casa, ficou perto de mim. E quando fiquei com todos estes problemas de saúde, acompanhou-me sempre. Sabes que mais?
Os olhos da mulher encheram-se de lágrimas:
- Diz, amor...
- Acho que me dás azar!!!
Bom fim de semana!!

...em quietude, sem solidão

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Algumas coisas não têm preço

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