Sapos, rãs e pererecas...
No último dia 15 (maio/2010) um incêndio no Instituto Butantan, destruiu 500 mil espécies de animais que faziam parte de uma das principais coleções preservadas para pesquisas no mundo; percebi o quanto as pessoas associam o instituto aos serpentários e viveiros com centenas de cobras; os anfíbios aos sapos e de Vital Brazil, pouco conhecem da contribuição deste brasileiro nas pesquisas científicas e educação ambiental.
O Instituto Butantan (@Butantan) está fechado, de luto, mas quem estiver em São Paulo, pode visitar a exposição "O Pulo do Sapo", uma parceria entre o Museu do Instituto Butantan, Museu de Zoologia da USP e o Zoológico de São Paulo, onde é mostrada grande quantidade de variadas formas de vida sobre a terra.
A exposição surgiu do estímulo dado pela campanha internacional iniciada pela Wildlife Conservation Society (WCS) - Sociedade para a "Conservação da Vida Selvagem" - que possui vários programas educacionais de alerta sobre a vulnerabilidade dos animais que são ameaçados pela poluição, desmatamento e mudanças climáticas, dentre eles, os anfíbios ameaçados de extinção; foi definido o ano de 2008 como o "Ano do Sapo", para alertar os povos sobre o desaparecimento de sapos, rãs e pererecas. Vale a pena conferir a exposição que devida a importância, se tornou permanente na Fundação Parque Zoológico de São Paulo.
O Instituto Butantan (@Butantan) está fechado, de luto, mas quem estiver em São Paulo, pode visitar a exposição "O Pulo do Sapo", uma parceria entre o Museu do Instituto Butantan, Museu de Zoologia da USP e o Zoológico de São Paulo, onde é mostrada grande quantidade de variadas formas de vida sobre a terra.
A exposição surgiu do estímulo dado pela campanha internacional iniciada pela Wildlife Conservation Society (WCS) - Sociedade para a "Conservação da Vida Selvagem" - que possui vários programas educacionais de alerta sobre a vulnerabilidade dos animais que são ameaçados pela poluição, desmatamento e mudanças climáticas, dentre eles, os anfíbios ameaçados de extinção; foi definido o ano de 2008 como o "Ano do Sapo", para alertar os povos sobre o desaparecimento de sapos, rãs e pererecas. Vale a pena conferir a exposição que devida a importância, se tornou permanente na Fundação Parque Zoológico de São Paulo.
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Os anfíbios estão atraindo a atenção de biólogos do mundo todo, por serem importantes predadores de insetos e indicadores da qualidade de vida na terra e na água (anfíbio do grego anphi = duplo + bios = vida, que significa “vida dupla“) - por possuírem a pele muito fina, logo são sinalizadas as mudanças climáticas devido ao aquecimeto global.
Em vários lugares no mundo a sua população vem diminuindo, ameaçando a sobrevivência de algumas espécies em alguns locais. O desaparecimento está mais acelerado nos Andes, na Austrália e na Mata Atlântica, sempre abaixo de 600 metros de altitude.
O fenômeno é global e ainda não tem explicação, embora já possa-se antever algumas consequências. Algumas dessas espécies habitam apenas uma região e se elas forem extintas perde-se um patrimônio genético cujo potencial ainda não foi avaliado.
A proliferação de insetos causadores de doenças pode ser outra das consequências do declínio da população de anfíbios. Isto já está ocorrendo na região sudeste do Brasil, onde a perereca Centronella surda está desaparecendo. As larvas desses pequenos anfíbios se desenvolvem junto com as larvas de mosquitos transmissores de doenças. Para exterminar os insetos, o homem usa larvicida e acaba matando as larvas dos dois animais. A longo prazo, no entanto, os mosquitos podem vencer a guerra.
Risco maior está correndo, entretanto, a Phillomedusa ayeaye, conhecida apenas na região de Poços de Caldas (Minas Gerais), onde há radioatividade natural proveniente do urânio que existe no local (alerta às Usinas de enriquecimento). Embora ela possa vencer a radioatividade, está perdendo a luta pela sobrevivência para o homem, que está reflorestando a área com eucaliptos e alterando, com isso, as condições ambientais do local.
Corre o risco, portanto, de ser a segunda espécie de anfíbio a entrar para o "Livro Vermelho dos Animais Ameaçados de Extinção" [clique no link para baixar] - uma publicação organizada por várias instituições ambientais do mundo. A primeira, a Melano phryniscus, mais conhecida como "flamenguinho", que só era vista na região de Itatiaia (Minas Gerais), não está mais tão ameaçada. Ela foi encontrada também em outros locais. Espécies que habitam diversos locais podem ser extintas em algumas regiões e sobreviver em outras. Não é o caso da Phillomedusa.
Os anfíbios foram os primeiros tetrápodes - que incluem ainda répteis, aves e mamíferos - que sofreram, ao longo de dezenas de milhares de anos, modificações estruturais para viver na terra. A passagem da água para a terra foi lenta e progressiva. Os primeiros anfíbios conhecidos do Devoniano (período que começou há 400 milhões de anos e terminou há 340 milhões de anos), estavam mais para peixe do que para sapos.
Dia Mundial da Biodiversidade - Para chamar a atenção de crianças e adultos para a importância da proteção da biodiversidade brasileira e da crescente da taxa de extinção de animais, 15 jardins zoológicos de todo o Brasil terão atividades especiais, neste sábado (22/05), em comemoração ao Dia Internacional da Biodiversidade [leia+]
Em vários lugares no mundo a sua população vem diminuindo, ameaçando a sobrevivência de algumas espécies em alguns locais. O desaparecimento está mais acelerado nos Andes, na Austrália e na Mata Atlântica, sempre abaixo de 600 metros de altitude.
O fenômeno é global e ainda não tem explicação, embora já possa-se antever algumas consequências. Algumas dessas espécies habitam apenas uma região e se elas forem extintas perde-se um patrimônio genético cujo potencial ainda não foi avaliado.
A proliferação de insetos causadores de doenças pode ser outra das consequências do declínio da população de anfíbios. Isto já está ocorrendo na região sudeste do Brasil, onde a perereca Centronella surda está desaparecendo. As larvas desses pequenos anfíbios se desenvolvem junto com as larvas de mosquitos transmissores de doenças. Para exterminar os insetos, o homem usa larvicida e acaba matando as larvas dos dois animais. A longo prazo, no entanto, os mosquitos podem vencer a guerra.
Risco maior está correndo, entretanto, a Phillomedusa ayeaye, conhecida apenas na região de Poços de Caldas (Minas Gerais), onde há radioatividade natural proveniente do urânio que existe no local (alerta às Usinas de enriquecimento). Embora ela possa vencer a radioatividade, está perdendo a luta pela sobrevivência para o homem, que está reflorestando a área com eucaliptos e alterando, com isso, as condições ambientais do local.
Corre o risco, portanto, de ser a segunda espécie de anfíbio a entrar para o "Livro Vermelho dos Animais Ameaçados de Extinção" [clique no link para baixar] - uma publicação organizada por várias instituições ambientais do mundo. A primeira, a Melano phryniscus, mais conhecida como "flamenguinho", que só era vista na região de Itatiaia (Minas Gerais), não está mais tão ameaçada. Ela foi encontrada também em outros locais. Espécies que habitam diversos locais podem ser extintas em algumas regiões e sobreviver em outras. Não é o caso da Phillomedusa.
Os anfíbios foram os primeiros tetrápodes - que incluem ainda répteis, aves e mamíferos - que sofreram, ao longo de dezenas de milhares de anos, modificações estruturais para viver na terra. A passagem da água para a terra foi lenta e progressiva. Os primeiros anfíbios conhecidos do Devoniano (período que começou há 400 milhões de anos e terminou há 340 milhões de anos), estavam mais para peixe do que para sapos.
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