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A estrada de Arroz


imagem Myanmar Pagoda & Temples

Kuang Zi Lian, mercador e agricultor, era rico, muito rico mesmo, e adorava fazer alarde da sua fortuna exibindo o maior e o melhor, fosse do que fosse. Era dono de milhares de terrenos, as suas roupas eram feitas com as sedas mais caras e mais requintadas, Para além de que a sua enorme casa estava repleta de tesouros inestimáveis.

Para o dia do seu aniversário, organizou o banquete mais espetacular que os vizinhos jamais tinham visto. Os preparativos estavam já adiantados: como a estrada de terra batida que levava a sua casa estava cheia de pedras, Kuang Zi Lian ordenou a um grupo de criados que tratasse de as retirar. Foi um trabalho bastante árduo, tendo os empregados carregado as pedras em cesto.

Quando esta tarefa ficou pronta, Kuang Zi Lian foi inspecionar o trabalho e descobriu que onde antes havia pedras existiam agora buracos.

- Manda encher os buracos e colocar por cima uma passadeira vermelha que vá até ao portão de entrada, passe pelos meus jardins e leve as pessoas até a porta da frente de minha casa – ordenou ele.

- E com quê se encherão os buracos? – perguntou-lhe o secretário.

- Arroz! – respondeu Kuang Zi Lian, com um sorriso de orelha a orelha.

- Mas não se limitem a encher os buracos. Quero uma grossa camada de arroz sob a passadeira, de modo a que os meus convidados possam desfrutar do mais suave de todos os caminhos!



Naqueles tempos, os pobres na China nada mais comiam a não ser arroz, e os muito pobres tinham sorte se conseguissem algum. Utilizar aquele alimento deste modo era um desperdício terrível, mas Kuang Zi Lian encarava-o como uma maneira de demonstrar como era rico e importante. Qualquer pessoa podia comer arroz, mas só ele era suficientemente rico e poderoso para mandar fazer uma estrada com aqueles grãos.

Numa altura em que havia pessoas a morrer de fome, chegaram relatos deste desperdício aos ouvidos de um magistrado de uma cidade vizinha.

O seu nome era Zhao Shen Xiao e era um homem bom e honesto, mas nada conseguia fazer acerca da estrada de arroz. Kuang Zi Lian podia dispor da sua riqueza do modo que melhor lhe aprouvesse, contudo a verdade é que Zhao Shen Xiao ficara triste ao lembrar-se de todas as pessoas famintas nas cidades e nas aldeias.



Foram chegando notícias do banquete que Kuang Zi Lian preparava aos ouvidos dos pedintes locais e estes encaminharam-se para a casa do homem, levando na mão as tigelas com que costumavam pedir. Sabiam que era arroz que estava sob a passadeira, mas não se atreviam a retirar um grão que fosse, pois sabiam que não lhes pertencia.

Não ousavam igualmente passar o portão e entrar pelos jardins, uma vez que os guardas, atentos, os observavam. Estes últimos tinham recebido de Kuang Zi Lian instruções muito claras acerca do tratamento a dar a visitantes inoportunos – deveriam, muito simplesmente, ser maltratados.

No dia do banquete, porém, houve um pedinte que entrou pela casa dentro. Passou pelas legiões de criados que corriam de um lado para o outro a cuidar dos últimos preparativos. Da cozinha vinha um aroma delicioso, as tigelas de porcelana brilhavam, dispostas em diversas filas de mesas cuidadosamente envernizadas; as estátuas recebiam um derradeiro polimento e a passadeira era varrida uma última vez.



O pedinte dirigiu-se à cozinha e estendeu a tigela.

– Poderiam arranjar-me algumas sobras? – pediu. – A minha mulher e o meu filho não comem nada há dias. Todavia, os cozinheiros não se atreveram a dar-lhe qualquer comida, com medo que Kuang Zi Lian viesse a saber.

Nesse momento, irromperam pela cozinha dois guardas e agarraram-no e um deles arrancou-lhe a tigela vazia das mãos, ao passo que outro o pegou pelo cachaço e o atirou pelos degraus abaixo, para o chão. o pedinte conseguiu ainda agarrar uma mão-cheia de arroz antes de se pôr de pé. Tinha o nariz a sangrar devido à queda.

O primeiro guarda prendeu-lhe o pulso e apertou-o com força. Deixa isso – ordenou.

O pedinte deixou escorregar os grãos de arroz por entre os dedos. Como poderá ao teu amo fazer falta uma mão-cheia de arroz se tem a estrada pavimentada com ele? – suplicou.

- Não nos questiones! – gritou o segundo guarda e de acordo com as ordens do patrão, distribuíram ao pedinte uma dose de pontapés que servissem de lição para todos os demais.

Bicho-papão em cima do telhado...

Photobucket - Video and Image HostingNa postagem de ontem; a Yvonne disse que quem está com a aura vermelha, está com problemas de vampirismo espiritual.

Tina, categoricamente afirmou: "Vampirismo existe Luma, tenha certeza" e Jeanne emendou: "vampirismo existe sim, e pode ser de desencarnado para encarnado como pode acontecer entre encarnados, aquelas pessoas que literalmente "sugam" as energias do outro, exercendo domínio. Claro que sempre envolve sintonia e uma concordância mesmo que inconsciente da vítima do "vampiro". Fica em paz, beijos"

E eu fiquei em paz? "Primos in orbe deos facit temor" – ou seja, o medo produziu os primeiros deuses do mundo e prefiro pensar como Monteiro Lobato que no seu clássico "O Saci" definiu assombração como a filha do medo.

Peter Pan, com sua flauta nos levava ao mundo de gnomos e fadas.

O Deus Pan, filho de Hermes "o condutor de almas ao submundo" era meio humano, torso e cabeça de um homem e pernas de um bode ou cachorro. Pan era pregador de peças e inspirava medo aos viajantes, donde temos a palavra "pânico".

Pan também tocava uma flauta.

O "Flautista" apareceu em Hamelin para livrar a cidade dos ratos. Ele atraia os roedores até rio Weser com sua flauta mágica. Ele não era tão bonzinho assim! Acuou as pessoas da cidade quando estas se negaram o pagá-lo. Ele encantou todas as crianças e rumou para uma caverna secreta na montanha de onde elas nunca mais apareceram.

Acho que foi a partir desse conto que surgiu o nosso "Homem do Saco"...rs

Achamos desconhecidas as pegadas na praia e inventamos teorias profundas para reconstruir a criatura que deixou a pegada.

A Claudinha achou que a sua casa estava sendo invadida, passou um perrengue danado até descobrir que eram maritacas. E se as maritacas resolvessem ir embora antes de serem descobertas? Talvez Claudinha pensasse que sua casa fosse assombrada ou que seres alienígenas estavam povoando o forro da casa.
Nem tudo é como imaginamos. Mas, e se existir vampiros?


"Eles o agarraram sob o céu, tiraram suas penas,
e o Coiote caiu ao chão onde ficou inconsciente.
Logo ele acordou e viu um pouco de mingau.
'Parece que meus amigos deixaram algum mingau para mim',
ele disse enquanto o comia.
Quando ele terminou de comê-lo,
sentiu um calafrio em sua cabeça.
Então ele a tocou e disse,
'Foi o meu próprio cérebro que eu estive comendo?'"
Lenda Paiute, "Quando o Coiote deu a luz"

Dizem que Nosferatu pertencia à linhagem dos filhos de Caim, numerosos descendentes do assassino de Abel. Estes descendentes não aceitos pelos céus, vivem hoje como mortos-vivos e andam dispersos pelo mundo e divididos em 13 clãs, sendo 9 atualmente conhecidos e cada um com caráter e fisiologia próprios. Dizem que Nova York está infestada!

Espero que eles não toquem flautas!

Up!Date! 11:41am - Parte do comentário do *********Bill Homepage 10.25.06 - 11:19 am #
"...13 clãs fundados pelos vampiros de "Terceira Geração".
A Camarilla: [6]Brujah, Malkavian, Nosferatu,Toreador, Tremere e Ventrue.
O Sabá: [2] Lasombra e Tzimisce
Os Indenpendentes: [5]Assamitas, Seguidores de Set, Ravnos, Giovanni e Gangrel.
E os que amantes das artes em geral, que provavelmente tocam flautas são os do clã "Toreador" tambem conhecido como "Clã da Rosa" =]NHa lindo dia pra tu..."

aí, aí, aí...Photobucket - Video and Image Hosting

À escuta

Sobre o texto da retrospectiva de 2005, quando comentei das lendas que podem surgir com o tempo e o que poderia estar sendo dito na Ásia sobre as tsunamis; olha o que li:

"Num arquipélago no Indico habitado por uma tribo primitiva não houve nenhuma vítima quando o maremoto passou por lá há um ano. Um dos membros da tribo explicou: existe uma batalha permanente entre a Terra e o Mar. O que um conquista, o outro há-de reclamar. Sabendo isso, aqueles que estavam na praia quando o mar recuou, correram a avisar o resto da população, e todos fugiram para o interior da floresta. Sabiam que o mar iria regressar para outra batalha em que novas fronteiras seriam estabelecidas entre ele e a Terra.

(... mas nas estâncias turísticas da Tailândia a esmagadora maioria dos turistas que estavam nas praias não percebeu os sinais de aproximação de maremoto)


Nada como estar integrado com o seu habitat!

Ontem pensei em ficar longe da luz, mas não resisti
O blogue não fechou mas ontem troquei a luz do monitor pela do sol.
O dia passou a ficar nublado pela tarde...


Essa fotinha é para aqueles que reclamam
de que nunca coloquei um nú masculino aqui.
"É porque estamos no paraíso
e tudo nesse mundo nos magoa
Fora do paraíso, nada incomoda,
porque nada conta"
(Ono no Komachi - Japão)
E depois, dizem por aí que o coração gasta-se!
Beijus,

A Lenda das Amendoeiras

Aproveitando da minha fase romântica, vou lhes contar uma lenda que fiquei sabendo através de amigos portugueses:

Há muitos, muitos séculos, viveram numa região do Algarve um príncipe cristão e uma princesa nórdica.

Durante muitos anos a felicidade reinou entre eles. Um dia, porém, o príncipe notou que a princesa entristecia de dia para dia, ao ponto de por vezes não se erguer do leito.

Sem saber o que fazer, o príncipe decidiu reunir o seu conselho de Estado. Nele participaram médicos célebres, mágicos de nomeada, feiticeiros e outros homens sábios. Deliberaram até altas horas, mas nenhum conseguiu encontrar a causa de tão grande pesar.

O príncipe mandou vir atores, trovadores e bailarinos para distraírem a princesa, mas durante os espetáculos a mesma tristeza descia sobre ela.

O príncipe, receando que a sua infelicidade fosse apenas um sinal de que ela já não o amava, nem a ia visitar regularmente. Até que um dia, cheio de coragem perguntou:

- Meu amor, já não me amas?

- Amo-te tanto como no dia em que casei contigo. Sinto-me raínha do teu povo, sou amiga dos teus amigos e admiro-os, mas as saudades da neve são imensas. No meu país a neve cai todos os anos. Aqui, o sol torna os campos verdes ou dourados, mas nunca os vejo brancos. Só tenho saudades sem fim da neve do meu país. O Inverno aproxima-se e sei que a neve não virá.

Ela ainda o amava...As dúvidas transformaram-se em felicidade. Depois de muito meditar, encontrou uma solução. Mandou plantar pelos seus criados milhares de amendoeiras à volta do palácio.

A Primavera chegou. As flores das amendoeiras, pouco a pouco, começaram a desabrochar. Em breve, os campos cobriram-se de flores brancas.

Um dia em que a princesa se sentia muito abatida, o príncipe entrou nos seus aposentos e beijando-a, envolvendo-a em seus braços, murmurou:

- Querida, por mim faz um esforço e vem ver o sol que acaba de nascer. Tudo quanto a nossa vista abrange parece ouro acabado de ser lavado.

Para não o desgostar, ela levantou-se e dirigiu-se para a janela. Tudo estava coberto, não com um lençol de neve mas sim com um de pequeninas flores brancas.

Pelo rosto da princesa lágrimas rolaram. O seu bem amado por ela transformara a terra castanha em terra branca de neve.

Segundo a lenda, é por esta razão que no Algarve, ainda hoje, há tantas amendoeiras.

Quando se ama tudo é possível.
Você já fez sua demonstração de amor?

Beijus,

...em quietude, sem solidão

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Algumas coisas não têm preço

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