Parte em dois
Ontem, mais uma vez, esperei horas e você não veio.
Hoje, passei a manhã inteira irritada por causa disso.
Aí, você me chega depois do almoço, sem a menor explicação, como se isso fosse normal.
Eu cheia de coisas para fazer e você querendo me levar para tomar um café.
Está querendo acabar comigo, é isso?
Uma amiga minha me abriu os olhos: nós dois estamos vivendo uma relação doentia.
Eu estou me sujeitando aos seus horários e você está desrespeitando os limites.
Não é porque eu vou para a cama com você que eu deixei de chefiar o órgão onde você exerce a sua função.
Você tem faltado muito e estou cansada disso.
Quando não falta, demora para chegar e vem disperso, agitado, não ajudando em nada.
Eu preciso de você tranqüilo, cumprindo seu dever, todos os dias, oito horas por dia, igual a todo mundo.
Ou não posso garantir o bom funcionamento da nossa unidade.
Sono, sinceramente, qualquer probleminha que surge, você some.
Tudo serve de desculpa para você não aparecer: uma conta para pagar, uma viagem de negócios, um caso de doença na família.
Por mais que eu não queira te prejudicar, não posso agüentar um sono assim, tão inconstante.
A partir desta noite, não quero mais nenhuma irregularidade sua.
Não estou exigindo que você seja perfeito, mas, na próxima vez que eu tiver de remediar alguma ausência de sua parte, vou tomar medidas extremamente fortes.
E não me importam as reações. Desejo uma convivência leve e sadia entre nós, mas prefiro ter você sempre pesado do que sofrer as conseqüências da atual situação.
Não posso entender por que você mudou tanto.
Lembro das agradáveis noites que passamos juntos - você eventualmente profundo, muitas vezes superficial, mas sempre presente em minha vida.
Mesmo durante o dia, você dava um jeito de estar ao meu lado quando eu ficava deprimida, de cuidar de mim quando eu ficava com febre, de aliviar meu stress quando eu trabalhava demais.
Agora, quase nunca posso contar com você.
Você só aparece quando bem quer e quando eu menos preciso: num cinema, numa festa, num restaurante.
Sua presença, antes tão gratificante, ultimamente só serve para me atrapalhar.
Você jamais consegue estar comigo nas horas importantes, tem sempre algo complicado impedindo-o de chegar; mas sei de outras mulheres que dormem com você sem a menor dificuldade.
Liguei para uma colega minha, noite dessas, para reclamar de mais uma das suas fugidas, e ela teve o desplante de dizer que não podia falar comigo porque estava na cama com você.
Enfim, estou com olheiras, e é por sua culpa.
Mas sei que necessito dos seus serviços, então lhe dou este ultimato.
Ou você toma jeito e volta a me deixar em paz ou você afunda junto comigo.
O texto acima "Ao Sono..." é de autoria de Fernanda Young - escritora, roteirista e apresentadora de TV. Se por acaso o sono não vier, eu lhe empresto Theodore. Mas não se empolgue!
Lumer ainda quer ajuda em algumas questões não resolvidas, pode me ajudar?
'Só podemos amar aquilo que conhecemos'
'Só podemos conhecer aquilo que amamos'
'Só podemos amar aquilo que conhecemos?'
A pergunta:
'É possível conhecer, de fato, alguém – amado ou não?'
O debate íntimo ainda continua:
Como conhecer o ser amado?
Feliz dia!!
Mil beijuzinhos Mio Mio!
Recadinhos:
* Neto Cury está em novo endereço atualizem os feeds!
Se interessou pelas "TecnoJóias" de Nana? Veja as fotos no Flickr e entre em contato: nana_hayne(arroba)hotmail.com
* Apresentação especial do Sol na Boca para o Dia dos namorados e novidades para os próximos 2 meses de apresentação no Canequinho (anexo Canecão) - com participação de outra amiga blogueira Mônica Montone e sua banda integrando o espetáculo. Mais informação na postagem anterior.
A blogosfera está recheada de gente talentosa, mas talento não se descobre em um clique, tem que ir à luta!
"Talento é mais barato que sal. O que separa a pessoa talentosa da bem-sucedida é muito trabalho duro" Stephen King
Bom fim de semana!
Boas comemorações!
Beijus,
Luma