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Mulher da vida

Blogagem Coletiva - Pela Valorização da Mulher Brasileira

Cassie Campbell

Cassie Campbell

A primeira parte desta postagem é uma republicação, de um texto que fiz, por ocasião do Dia internacional da Mulher em 2005. Achei pertinente mostrar um "antes" e um "depois" - Vejam a manipulação modernidade das Revistas Femininas na década de 50 e 60.

* Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas (Jornal das Moças, 1957)

* Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afeto (Revista Claudia, 1962)

* A desordem em um banheiro desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa (Jornal das Moças, 1965)

* A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas. Nada de incomodá-lo com serviços domésticos (Jornal das Moças, 1959)

* Se o seu marido fuma, não arrume briga pelo simples fato de cair cinzas no tapete. Tenha cinzeiros espalhados por toda casa (Jornal das Moças,1957)

* A mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar uma mulher por não ter resistido às experiências pré-nupciais, mostrando que ela é perfeita e única, exatamente como ele a idealizara (Revista Claudia,1962)

* Mesmo que um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu (Revista Querida,1954)

* É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido (Jornal das Moças, 1957)

* O lugar da mulher é o lar. O trabalho fora de casa masculiniza (Revista Querida, 1955)

Uma pequena amostra do que era e agora, o que mudou de lá para cá:

* Passamos a ter direito ao votar;

* Entramos para as Olimpíadas e no decorrer do tempo, aumentamos nossa participação na competição;

* Entramos para o mercado de trabalho;

* A mulher pode se candidatar para o governo;

* Não podemos mais sermos impedidas a ingressar em cursos superiores;

* Conseguimos apoio oficial para evitar a gravidez, inclusive, os médicos agora podem receitar contraceptivos;

* No vestuário, aposentamos o espartilho, cintas apertadas e passamos a usar calças compridas;

* A make-up deixou de ser hábito reprovável;

* A mulher casada passou a ter os mesmos direitos do marido no mundo civil e não precisamos mais de autorização por escrito dele para ser contratada em um emprego, nos matricular em faculdade, comprar ou vender imóvel e dar queixa em delegacias;

* UEBA!!!! Não somos mais deserdadas pelo pai por ter sido "desonesta". Leia-se ter perdido a virgindade;

* O costume de manter a virgindade até a noite de núpcias fica como escolha e não imposição;

* Deixamos de sermos educadas apenas para casar e ter filhos;

* Desapareceu a figura do chefe de família e o homem perde o direito legal de dar a última palavra dentro de casa;

* A mulher não pode mais ser devolvida ao pai pelo marido que a acusa de ter sido deflorada por outro;

* Ficamos livre para decidir se queremos adotar o sobrenome do marido;

* Passamos a cobrar fidelidade do marido;

* O direito de fazer aborto é conquistado em diversos países;

* A justiça não aceita mais a tese da legítima defesa da honra para inocentar homens que matam a mulher por ciúmes ou traição;

* Podemos fumar ou beber, hábitos antes reservados aos homens, sem sofrer a desaprovação moral da sociedade;

* Agora podemos exigir prazer nas nossas relações sexuais;

* Chegamos aos cargos executivos das grandes empresas e receber salários mais próximos dos pagos aos homens.

Alguma coisa me diz que estamos no caminho certo. Um dia, se tiver uma menininha, imagino chegar a falar com ela: No meu tempo era tudo diferente.

Quanto ao respeito que a mulher brasileira precisa conquistar fora do país, ainda dependemos do governo federal, para criar condições sociais que freiem a prostituição e turismo sexual, cá dentro do nosso país e coibir definitivamente a permissividade com relação principalmente à prostituição infantil. Assim não teremos que escutar lá fora, aquilo que um dos entrevistados deportados da Espanha escutou: "Tem muita mulher, muita prostituta. Volta para o seu paízinho de merda". Está na hora de também sermos mais rigorosos com a entrada de estrangeiros em nosso país - um país que abraça todas as culturas - e dizer para os oportunistas: "Volta para o seu país, não venha fazer turismo sexual aqui"

E a ascensão das mulheres no mercado de trabalho reflete uma mudança no comportamento da sociedade



O IBGE divulgou recentemente que entre os anos de 1996 e 2006, o nível de ocupação da mulher aumentou cinco pontos percentuais, enquanto o dos homens sofreu redução de um ponto percentual. Reflexo de uma das mais importantes transformações sociais da história brasileira, um diagnóstico claro que a sociedade já percebeu há algum tempo: a época da submissão acabou! Estamos avançando em territórios antes exclusivamente masculinos no mercado de trabalho e ocupando cargos de comando nas empresas.

Passamos a integrar mais ativamente na vida social, como também possuímos nível de escolarização superior ao dos homens (60% por 40%) e passamos a nos interessar por profissões impensáveis há alguns anos.

As mulheres têm vantagens importantes em relação aos homens na execução de projetos. Somos mais intuitivas e, até pelo instinto maternal, somos mais dispostas a manter e aprimorar os relacionamentos humanos dentro de uma empresa.

Um estudo recente feito em uma ONG Norte-americana especializada na participação das mulheres no mercado de trabalho e divulgado pela Catalyst, revelou que as empresas que possuíam o maior número de mulheres em sua cúpula, tinham uma performance média 35% melhor que as empresas com pouca ou nenhuma mulher no comando.

O mercado de trabalho no Brasil está mais maduro, com configurações adequadas às aptidões e características femininas. Quer dizer, rendidos à competência feminina, o estigma da supremacia masculina encontra agora terreno insosso. Aí das empresas que não se prepararem para garantir esse direito às mulheres.

É a mulher brasileira mostrando o seu valor!

Este texto faz parte da blogagem coletiva promovida pela Lys e Meiroca. Junte-se à nós!

"Mas muito pra mim é tão pouco
E pouco é um pouco demais
(...)
Muito pra mim é tão pouco
E pouco eu não quero mais"

(Muito pouco - Maria Rita)

Hoje Georgia e Keila, comemoram aniversário! Parabéns meninas!!

Hoje também quero dar os parabéns para a nossa amiga Márcia Clarinha - mulher símbolo deste dia, mulher poema, de riso solto e inteligência. Mulher em essência! Parabéns pela educação esmerada estendida aos seus! Sei que todos os seus filhos são especiais, mas hoje te parabenizo pelo que resultou Stevens Rehen, a chance do Brasil nas pesquisas com células-tronco embrionárias. Orgulho mãe!

Feliz dia internacional da mulher!
Boa blogagem!
Beijus,
Luma

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