Uma aranha paciente e silenciosa
"E tu, ó minha alma, onde você está, envolta, isolada, nos oceanos imensuráveis do espaço..."
"A Spider Paciente Noiseless" (Uma aranha paciente e silenciosa)
Uma aranha paciente e silenciosa,
Registrei o lugar de um pequeno promontório em que ela estava isolada,
Registrei o modo como, para explorar as vastas redondezas vazias,
Ela lançou adiante filamentos, filamentos, filamentos que saíram de dentro dela,
Sempre os desenrolando, sempre os acelerando incansavelmente.
E tu, ó minha alma, no lugar em que estás,
Cercada, destacada, em imensuráveis oceanos de espaço,
Meditando incessantemente, aventurando-se, lançando-se, procurando as esferas para conectá-las,
Até a ponte que terá de ser formada para ti, até o cabo flexível da âncora,
Até que a fibra fina que atiras prenda-se em alguma parte, ó minha alma.
São eles:
A analogia da aranha. Ela lançando seu filamento e sendo comparada com uma alma é o fio da meada.
Nada é mais intrigante em compreender que cada um interpreta o mundo da maneira que viveu até aquele momento. Ou leu... vai saber!
Quando Walt Whitman (1819 - 1892) auto-publicou seu primeiro livro de poesia em 1855, suas esperanças monumentais para este trabalho de amor foram recebidas com alguns gritos de duras críticas em meio a um éter de indiferença silenciosa, resultando em vendas lamentáveis e um coração afundado.
Mas, em seguida, o jovem poeta ganhou mais um defensor exclusivo, de quem tinha emprestado o título do livro: Whitman recebeu uma carta extraordinária de elogio e incentivo de Ralph Waldo Emerson, mais poderoso tastemaker literário da época. "Leaves of Grass", se tornou um dos livros mais amados de todos os tempos e estabeleceu seu autor como o maior poeta da América.
Cento e sessenta anos após o lançamento desse magnum opus de Whitman, a calorosa equipe do TED Ed realizou um experimento poético alistando três animadores emergentes para reimaginar três leituras diferentes de um dos mais belos e clássico poema de Whitman:
"A Spider Paciente Noiseless" (Uma aranha paciente e silenciosa)
Uma aranha paciente e silenciosa,
Registrei o lugar de um pequeno promontório em que ela estava isolada,
Registrei o modo como, para explorar as vastas redondezas vazias,
Ela lançou adiante filamentos, filamentos, filamentos que saíram de dentro dela,
Sempre os desenrolando, sempre os acelerando incansavelmente.
E tu, ó minha alma, no lugar em que estás,
Cercada, destacada, em imensuráveis oceanos de espaço,
Meditando incessantemente, aventurando-se, lançando-se, procurando as esferas para conectá-las,
Até a ponte que terá de ser formada para ti, até o cabo flexível da âncora,
Até que a fibra fina que atiras prenda-se em alguma parte, ó minha alma.
São eles:
- Jeremias Dickey animou o desempenho do escritor, educador e ativista Mahogany Browne;
- Biljana Labovic interpretou a poesia falada e leitura da artista Joanna Hoffman;
- Lisa LaBracio trouxe à vida a performance do poeta e contador de histórias Rives.
O trio resultante é de tirar o fôlego. Veja abaixo e tente se lembrar da forma como você mesmo interpretou o poema acima. Veremos qual interpretação você se reconhecerá :)
A analogia da aranha. Ela lançando seu filamento e sendo comparada com uma alma é o fio da meada.
Nada é mais intrigante em compreender que cada um interpreta o mundo da maneira que viveu até aquele momento. Ou leu... vai saber!
Sensacional e fascinante mesmo Luma! Nem paramos por vezes para pensar nisso e como vale a pena...Cada um vê com olhos diferentes..E tantos esquecem que estamos todos na mesma "teia"... beijos praianos, chica e é sempre bom te ver e ler!
ResponderExcluirQuerida Luma
ResponderExcluirImpressionante, esse texto!
Eu revejo-me na primeira interpretação, talvez pelo facto de a achar pragmaticamente poética.
Obrigada pelos seus profundos posts.
Um beijinho
Beatriz
Acho que sou como essa aranha... Adorei a experiencia de ouvir três diferentes leituras do poema, em diferentes tons apesar de tudo o coração do poema continuou preservado.... cada um vê com olhos diferentes, pq temos experiencias e formas de ver distintas, mas o cerne da coisa permanece.
ResponderExcluirLuma, cada um dos seus post são uma lição de aprendizagem para mim.
ResponderExcluirEu não sei interpretar poesia. Gosto e lê-la. Por vezes de escrevê-la. Penso que poesia é um sentimento, ou uma miríade deles, consoante que reflete a alma do poeta em determinado momento. Das três interpretações a que se aproximou mais do que senti, foi a última.
Um abraço
Oi Luma, bem vinda de novo, tenho notado que muitas blogueiras tem voltado aos blogs depois de um período de exploração de outras mídias. Eu gosto mesmo é de blog, onde tudo me parece mais permanente. Adorei todas as interpretações do poema, e me identifiquei mais com a primeira. Se me permitir vou divulgar teu post no meu face, posso? Bjs
ResponderExcluirJoana
Fique à vontade!! <3
ExcluirBom dia, Luma
ResponderExcluirAprendo muito com as suas postagens. Obrigada pela partilha.
Agradeço a sua gentil visitinha e comentário carinhoso e sincero.
Um forte abraço e beijinhos de
Verena e Bichinhos.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQuerida Luma,
ResponderExcluirFiquei muito contente com os parabéns pelo aniversário do meu blog e seus elogios, que são muito significativos para mim. Obrigada!
Gostei muito desde seu post, pois Walt Whitman é um dos meus poetas preferidos. Inclusive o nome do meu blog "Leaves of Grass" foi escolhido em função de minha admiração pelo seu belo livro de poemas.
Como sempre, seus posts são excelentes!
Beijos.
Luma, não vi ainda o vídeo, (minha conexão está ruim) mas vou voltar para assistir.
ResponderExcluirBeijos!!
Linda esta analogia da alma com aaranha. Se pararmos para poensar e meditar veremps que todos estamos em uma mesma teia.
ResponderExcluirUm abraço. Élys.
ResponderExcluirlinda tua interpretação do poema .Realmente cada um vê o mundo de modo diferentes formas
Oi, Luma!
ResponderExcluirSabe que não causa estranheza essa analogia da aranha com a alma? Pois a alma também necessita fazer suas teias e ligamentos..
Adorei teu post!
Deus te abençoe!
https://soprandosementes.wordpress.com
Belíssimo ! a poesia é bem reflexiva, as vezes não entendo, releio várias vezes, mas essa compreendi. E adorei a forma como três pessoas traduziram-na . A mesma aranha e suas tessituras sobre a alma . Eu me identifiquei com a segunda . Mais calma, menos dramática. As teias são diferentes, mas na essência são as mesmas.
ResponderExcluirbeijos
Oi Luma! Penso que as teias podem ser mesmices...nosso interior querendo validar nossa essência...A alma precisa de âncora nos oceanos? Penso que não, pode até ser um consolo, mas aqui dentro, preciso da âncora presa em mim...Sem teias, no máximo uma dose de álcool hehehe
ResponderExcluirAbraço!
Oi Luma,
ResponderExcluirCada individuo é um universo.
Beijos
Que beleza de Luma de partilha com Whitman, estamos interligados pelas teias, somos todos aranhas na busca de fixação e assim expomos nossa alma, nossos sentimentos de vida e do mundo que nos cerca. Gostei da terceira.
ResponderExcluirBom ter voce querida Luma.
Um bom domingo de paz e harmonia.
Bjs de paz amiga.
Olá Luma, que bela partilha, a vida é mesmo uma teia e e nela estamos envolta, às vezes nos livramos qdo encontramos a âncora, noutras continuamos tentando romper os fios.]
ResponderExcluirTenha um excelente findi!
Bjss!
Oi Luma!
ResponderExcluirSeu post me fez lembrar de um monte de coisas:
1. Da trilha sonora do seriado "A teia" que é de tirar o fôlego.
2. Da faxina da semana passada. Fiz uma limpeza e tirei muitas teias de aranhas que estavam em alguns cantos da minha casa porque acho que elas significam desleixo.
3. De algumas cenas do Spider Man que acabei de ver na Rede Global.
E agora lendo um poema sobre aranha no seu blogue, fiquei imaginando o que as teias e as aranhas estão querendo me dizer? Deve ser algo relacionado sobre a limpeza da minha alma kkkk
Gostei da terceira interpretação do vídeo.
Obrigada pelo carinho e pela visita no meu bloque!
Boa noite amiga! Hoje vim agradece sua visita, dizer que amei o comentário. Amo suas visitas e vir aqui apreciar suas maravilhosas postagens. Hoje voltei a trabalhar a licença proêmio acabou e agora é esperar as férias. Ou se antes das férias marcar a cirurgia. Alguns amigos e amigas me perguntam, “Por que ainda na ativa como professora?” Quando fui admitida no concurso já estava quase me aposentando da rede municipal. Dessa forma, ainda não tenho tempo de contribuição. Me aposentarei daqui a cinco anos! Haja tempo para a idade que estou. Mas só agradeço a Deus por tudo, e amo o que faço.
ResponderExcluirQuanto as minhas visitas farei de tudo para sempre retribuir com todo carinho.
Deus é nosso Pai e sabe o tempo certo para tudo na nossa vida.
Lhe desejo uma noite de paz e um amanhecer feliz, com muita saúde. Abraços da amiga Lourdes Duarte.
Puxa vida devo agradecer vocês ganharam meu dia que site fantástico cheio de noticias não me canso de Elogiar já é a minha terceira visita por aqui absolutamente fantástico.
ResponderExcluirGir Leiteiro