Ruas do Rio de Janeiro estão marcadas por Grafite Graffiti
As ruas do Rio de Janeiro estão marcadas por centenas de arte em graffiti que já fazem parte da vida cotidiana do carioca. Grafiteiros não poupam esforços para ter seus trabalhos mostrados sob viadutos, ao longo das paredes, ao ar livre.
O grafite como linguagem na compreensão da diversidade da cultura contemporânea é atribuído às caligrafias, inscrições ou pinturas expressas. Na sua forma artística surgiu em 1968 durante as manifestações de Maio e em Nova Iorque na década de 70, tendo Jean-Michel Basquiat como o grafiteiro mais célebre daquela época, junto com Keith Haring. Já a "pichação" tem conotação política e na maioria das vezes, um grafiteiro foi um pichador, como foi o caso d'OsGêmeos.
Antes de ter conotação artística, o grafite, uma palavra de origem italiana, designava as transcrições em paredes no Império Romano.
Tintas rolaram e o grafite vem conquistando simpaticamente e chamando à reflexão, pois sempre existirá uma intenção por detrás da imagem, que se aproveita de cada palmo para a produção artística, invadindo até mesmo os corpos, através das tatuagens e pela exponenciação técnica, diria que ganharam similaridade.
As antigas e feias pichações combatidas pelas autoridades ganharam tolerância da sociedade, depois que "pinturas" mais elaboradas invadiram os lugares vagos dos concretos, mérito esse de artistas talentosos que mostram uma arte que vai além da contestação respeitando a estética urbana de tal forma que, muitos desses grafiteiros são contratados para ressaltar sua arte dentro das casas, galerias de artes, museus ou mesmo revitalizando espaços. Recentemente por intermédio dos órgãos da prefeitura: Comlurb e Escolas Municipais.
Desmarginalizado e até em alguns casos glamorizado, o grafite veio fazer parte da sociedade do espetáculo e sem agredir, globalizou! Levando em consideração que as pessoas estão mais permeáveis e receptíveis às mudanças; com a ressalva de que para grafitar é necessária a autorização do proprietário do imóvel.
Até mesmo dentro das escolas, o grafite ganhou perfil pedagógico e deixo este item vago para os educadores que frequentam o blogue explanar com mais substância sobre o assunto. Quero ressaltar que dentro do Grafite amador existem subdivisões, como todo trabalho existe uma hierarquia. O Grafite acadêmico executado por estudantes de arte, por exemplo, é facilmente reconhecido por causa do uso excessivo do stencil.
No Rio, o grupo de grafite Fleshbeck Crew, representado entre outros, por Tomaz Viana, o Toz, um baiano criado na cidade e "BR" (Bruno Bogossian) viajam mostrando seus trabalhos em galerias de arte desde 1999. Ex-estudantes do curso de desenho industrial, criaram Nina e Shimu; uma união da animação com os mangás japoneses, para dialogar com a sociedade e ganharam marca própria, a Flashbeck Clothing com ilustrações em acessórios, roupas e painéis. Telas, objetos e desenhos que remetem a infância, às cores da Baixa do Sapateiro e estamparias do Mercado Modelo.
Fora das ruas, contribuem para campanhas publicitárias, coleções de moda, eventos, projetos musicais, programação visual, vinhetas para canais de TV, como GNT, MTV e SportTV, cenografia de shows e campanhas publicitárias. A arte nos muros da cidade, foram transformadas em computação gráfica.
Aqui não é lugar de criança!
Luma, tenho visto grafitis lindos e gosto muito do trabalho dos Gêmeos.O Profeta Gentileza pode ser enquadrado nessa categoria? Pergunto, pois para mim, sim ele está, como um mestre nessa arte de espalhar mensagens em tristes concretos.
ResponderExcluirbjs e bom domingo
Jussara
Jussara,
ResponderExcluirQue coisa boa você lembrar de José Datrino, o “Profeta Gentileza” no mês do natal e neste post. Confesso que enquanto escrevia, não pensei no nosso peregrino urbano. Mas é fato que ele, antes de virar peregrino, toda véspera do Natal, desde 1961 pegava um de seus caminhões, comprava pipas de vinho e rumava para Niterói onde distribuia a bebida para os que ali passassem. Tem também o lance do Gran Circus Norte-Americano onde ficou 4 anos após o incêndio ajudando as pessoas.
Sobre o "Livro Urbano", por duas vezes cruzei com o Profeta Gentileza quando passava pelo Viaduto do Caju enquanto ia para o trabalho e depois da sua morte, presenciei a profanação da Prefeitura do Rio, mandando "limpar" o local e depois as manifestações populares do projeto "Rio com Gentileza" para que o local fosse restaurado. A vigília com medo de que pichadores manchassem a obra e por fim o luto, com as pilastras envolvidas em sacos plásticos pretos e por fim, a restauração por iniciativa da Universidade Federal Fluminense.
Essa passagem foi um marco porque todos os dias passava pelo local e presenciava todo o movimento em prol da memória do Profeta Gentileza.
Seus painéis são considerados grafite porque na atualidade uma caligrafia ou desenho, pintados ou gravados sobre um suporte não convencional das artes, nos espaços públicos, o grafite passa a ser o nome dado às inscrições feitas em paredes e ele criou uma grafia única e inconfundível, pois suas pilastras constituem a maior manifestação de arte mural pública de caráter espontâneo no Rio de Janeiro.
Muito boa lembrança, Jussara! Obrigada pela lembrança. O Profeta Gentileza merece uma postagem única!
Adoro grafiti! Na minha cidade, Goiânia, ficava encantada com os grafitis no caminho da universidade!
ResponderExcluirTambém acho que o Profeta Gentileza era um iluminado grafiteiro!
Bjos
Léia
Muitas coisas na vida, se usadas de forma positiva, trazem resultdos maravilhosos, como esses mostrados no seu post. Eu sou adimiradora desse tipo de arte!
ResponderExcluirBeijocas
Luma, por aqui existe muito desse trabalho nas escolas. Alunos de instituições sócio-educativas e coordenados por professores de artes, fazem este trabalho pela cidade
ResponderExcluirMas em Pelotas os pichadores dominam muito mais do que os grafiteiros e isso é uma pena.
Não entendo muito de arte, aliás não entendo nada, mas gostaria muito de saber mais sobre o Profeta Gentileza, que muito falam aí no RJ.
Adorei seu comentário lá. É bem como diz Parmênides: "Só existe o Ser..." Com isso dá para ver que todo o resto é ilusão.
Beijos e bom fim de semana!
Sabe que gosto desses grafitis?
ResponderExcluirAcho bem bacana. Pichação é que não gosto.
Beijinho, querida Luma.
Quando estava grávida chamei um grafiteiro para fazer a parede do quarto do meu filho.
ResponderExcluirO resultado ficou lindo!
Vinha gente em casa só para ver.
Quando vendi o apartamento tiver vontade de levar a parede. Rs
São pessoas talentosa, batalhadoras. Basta quebra o preconceito para descobrir.
Beijos!
É pena é que aja pseudo grafiteiros que apenas sabem emporcar morais.
ResponderExcluirBeijo.
Luma, querida, ontem estava no carro de minha irmã indo ao Shopping da Gavea. Paramos no sinal e notei uma pintura no muro que era perfeita: a cara do Roberto Carlos cantando! Tem algumas genialidades espalhadas, mesmo quando são criticas.
ResponderExcluirVeja isso, vai adorar:
http://www.kelburnestate.com/about/graffiti
BEIJOS
Luma,
ResponderExcluirAqui em São Paulo também tem muito de grafite pelos muros da cidade, eu até prefiro ver esse tipo de arte do que pichação.
Big Beijos
Olá!
ResponderExcluirEstou visitando seu cantinho agora e já me indentifiquei de cara.
Sou adimiradora de todas as formas de expressões de artes. Essa então, acho super bacana, quando usada pelo lado positivo!
Já tive uma parede grafitada, um trabalho super lindo! Pessoas que devem ser reconhecidas... basta quebrar qualquer tipo de preconceito e liberar a mente pra conhecer o trabalho.
Beijos,
pequena-prendiz.blogspot.com
Olá, querida
ResponderExcluir" Das alturas orvalhem os céus,
E as nuvens que chovam justiça,
Que a terra se abra ao amor
E germine o Deus Salvador"...
Fico tão sem palavra para agradecer o carinho imensurável com que me cumula ao longo do ano que só posso lhe dizer que te amo fraternalmente...
Seja muito abençoada e feliz, amiga!!!
Bjm de paz e FELIZ NATAL... apesar de qualquer vestígio de dor em seu coraçãozinho....
"Quando eu estiver contigo no fim do dia, poderás ver as minhas cicatrizes,
e então saberás que eu me feri e também me curei."
Tagore
P.S. Os artistas precisam de espaço...
Nos quartos da minha neta e da minha bisneta têm obras de um grafiteiro. Girassóis nos seus dias. beijos.
ResponderExcluirPRECISO DE UM ENDEREÇO PARA ENVIAR SEU MIMO QUE ESTÁ AQUI COMIGO! rsrs
Que legal essa arte de grafitar!Aqui em Sampa eu adoro quando vejo!Esses meninos são mesmo muito criativos!Bjs,
ResponderExcluireu fico sempre reparando os grafites..tem uns bem interessantes, criativos...eu curto..
ResponderExcluirTenha uma semana maravilhosa!!!
/(,”)\\
./_\\. Beijossssssssss
_| |_…………….
Eu acho que todo tipo de arte quando é para o bem, é super válida! Muito melhor ver grafite do que aqueles muros com sprays recheados de palavrões e nomes de gangues!
ResponderExcluirBeijão Luma, uma ótima semana pra você!
Durante todo um ano, os alunos de uma escola em que trabalhei, pintaram todo o muro com lindos grafites. Vou levar a sugestão para a nova escola.
ResponderExcluirInfelizmente, muita gente ainda confunde grafite com pichação.
beijo, menina
Desconhecia algumas coisas que referes e gostei muito de ter aprendido um pouco mais, porque é uma arte que admiro, mas lamento os falsos e aparvalhados grafiteiros que nada lhes escapa na via pública até os painéis dos multibancos, vidros de lojas etc, etc.num puro vandalismo!
ResponderExcluirPor cá, há muros, fachadas de prédios abandonados com autênticas obras de arte e feitas pela calada da noite. Como as autoridades não conseguem reprimir, deram a volta ao contrário e o "aproveitamento dos grafiteiros" já começou a dar frutos maravilhosos:)
Um abraço e gostei muito!
Esses são belos e são artes,,ao contrario dos outros...beijos de boa semana pra ti amiga.
ResponderExcluirOI Luma,
ResponderExcluirO que precisamos saber diferencia é grafiteiro de pixador. Pixador é uma praga urbana, já grafiteiro é um artista.
Adoro grafites e odeio pixadores. Odeio-os mais aihda qdo pixam em cima de grafites maravilhosos.
Beijos 1000 e uma semana maravilhosa para vc.
www.gosto-disto.com
Luma
ResponderExcluirtem lugares que ficam lindos, mas pichar para estragar é um pecado
com amizade e carinho de Monica
Concordo. O grafite bem feito e de cunho artístico pode até embelezar áreas degradadas. A pichação, pura e simples, deve ser alvo de condenação e punição severa porque emporcalha a cidade e é uma idiotice.
ResponderExcluirLuminha!
ResponderExcluirEu odeio quando vejo uma cidade como a nossa, tão bela de natureza, ser pichada, enfeiada com sujeira preta.
Mas o grafiti é bonito, moderno e ainda por cima artístico.
Sou fã também deste meio de expressão de arte.
beijo carioca
Luma,
ResponderExcluirsempre acho muito bom falar do Gentileza! Adorei e fico a espera do post.
bjs
Jussara
Eu confesso e pronto: não sou fã dessa arte. É tudo muito colorido. Aqui em São Paulo virou arte graças a Erundina que bateu o pé e legalizou a "marginalização da arte" como era chamada. Tem espaço pra tudo, mas gosto é gosto e eu não gosto. Tinha no viaduto que corta a Paulista lá no final lindos painéis artísticos. Um dia, acordei e cadê? Os grafiteiros haviam tomado conta das duas paredes com sua "arte".
ResponderExcluirNem preciso dizer a minha opinião, não é mesmo? rs
bacio
Este comentário foi removido pelo autor.
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ResponderExcluirPassei uns dias ai no rio e pintei em alguns lugares da cidade na Cia do Acme, Smael, Bruno Zagri, Rai entre outros grafiteiros, o resultado foi esse vídeo http://www.flickr.com/photos/gigabrow/5475667365/ http://youtu.be/MfWJJmzbv6k, e a vontade incessante de voltar novamente a essa cidade que é tão linda, aos 52 segundos do vídeo aparece a imagem de um grafite, o mesmo estar nesse Post eu logo identifiquei, ele ta na foto do cavalo um pouco a frente, se trata da lenda de comadre florzinha, parabéns pela bela iniciativa de divulgar os trabalhos de exímios artistas
ResponderExcluirProcuramos grafiteros em Rio das Ostras, que residam na cidade para a realização de um evento onde haverá premiação para os melhores grafites.
ResponderExcluirInteressados, enviar nome, telefone e email para : juniorgrafitero@gmail.com