Casamento, Pra que Te Quero?

Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
(Carlos Drummond de Andrade, fragmento do poema "Sete faces")
Não, meu coração não é maior que o mundo.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo,
por isso me grito,
por isso freqüento os jornais, me exponho
cruamente nas livrarias:
preciso de todos.
(Mais do mesmo ;) eu-lírico respondendo no poema “Mundo Grande”)

luzdeluma

No vasto mundo dos versos de Drummond, ninguém vive sozinho e cabem 7 bilhões de nós, humanos?

A população mundial chegou a essa cifra no último dia de outubro de 2011, segundo as Nações Unidas. Somos sete vezes mais gente no planeta que a duzentos anos e duas vezes mais do que a cinquenta anos atrás. Enquanto a ciência e a economia tentam equacionar os meios de racionalizar o uso dos recursos naturais para nos alimentar e abrigar, as sociedades enfrentam a espantosa velocidade das transformações em seu convívio.

No Brasil, os números do Senso mostram como mudamos. Somos pouco mais de 190 milhões. Na média, em cada casa, vivem menos de quatro pessoas. Na região Sudeste, apenas três pessoas. Um terço dessas famílias é chefiada por mulheres e mesmo entre casais que vivem juntos, um em cada cinco, reconhecem que é a mulher quem comanda a família.

Os divórcios e os segundos casamentos produziram novas relações familiares, repletas de meios-irmãos, madrastas, padrastos e parentes por afinidades. O aumento da expectativa de vida fez crescer verticalmente a presença e participação de avós e bisavós nas famílias. Gays querem se casar e adotar filhos, enquanto cresce o número de pessoas que vivem sós.

Como essas mudanças afetam as relações entre as pessoas? A família está em desordem ou uma nova ordem familiar está em curso para resistir à tribalização da sociedade global? Como diz a psicanalista francesa, Elisabeth Roudinesco: "A família do futuro está sendo continuamente reinventada". Em seus estudos, ela constatou que homens, mulheres, homossexuais, crianças, adolescentes, continuam amando e desejando o convívio familiar. Mas de que experiência familiar estamos falando?

Para todo lugar que vamos, há gente demais e dentro da nossa percepção pessoal, achamos que o mundo vai explodir, mas não é isso que irá acontecer. A população no mundo está ou envelhecida, ou doente, ou passando fome, ou em crise financeira, o que não contribui para o aumento da população. No Brasil, a população daqui um tempo, tende a se estabilizar em 200 milhões por um certo período de tempo, porque a idade fecunda dos adolescentes atuais assim permitirão e depois? Vivemos um paradoxo.

É claro que quanto maior a população, você é obrigado a conviver com mais pessoas e isso gera um estresse cada vez maior, pois seu espaço vital fica mais restringido e toda a sua dimensão narcísica e de bem-estar fica permanentemente questionada. A superpopulação, principalmente nas megacidades fazem as pessoas se sentirem invadidas, fato! Talvez também por essa razão, as famílias tendem a ter menos filhos, priorizando ter mais espaço dentro de suas casas. Lembrando que essa também é uma consequência direta das mudanças do século XX, do uso da pílula anticoncepcional e da mulher ter entrado para o mercado de trabalho.

A instituição familiar do Código Civil Brasileiro passou a ter agrupamentos familiares distintos e todos eles cabendo muito bem dentro do rótulo "família". Múltiplas e variadas formas de família que vieram mudar os costumes, a moralidade e a ética, derrubando o conceito de "família patriarcal" - Saímos da situação onde um patriarca, extremamente rígido imperava, mandava e controlava a família, para situações de famílias completamente horizontalizadas, onde a questão do poder, de transmitir autoridade e transmitir para as novas gerações o legado cultural, fica completamente confuso e atrapalhado.

Elisabeth Roudinesco, citada no início do texto e autora do livro "Família em desordem", diz que a projeção das mulheres dentro da família e muitas das vezes com responsabilidades absolutas, por separação ou opção, provoca uma maternização da família com ambiente de maior proteção e/ou infantilização, fugindo da ordem clássica de família, onde antes o grande interventor era o "pai".

Nem tanto o pai, nem tanto a mãe. As famílias precisam de tutores equilibrados e interessados na construção de um terceiro ser perfeitinho, o primeiro da turma?

Na América Latina, temos uma tradição da qual existem as famílias chefiadas por mulheres com ausência de uniões. Uma prática que vem da época da escravatura; onde mulheres negras tinham relações de submissão com senhores brancos, uma submissão de raça, gênero, classe social e o resultado eram grupos de mães com filhos, sem o pai. O homem praticando uma velada poligamia, muitas vezes com a anuência da "esposa". Essas mães solteiras, tinham suas chefias de família, na maioria das vezes ligada à pobreza. Os divórcios vieram, em primeiro plano nas camadas mais abastadas e depois ampliando para o resto da sociedade.

Os homossexuais chegaram com a vontade de constituir família, de ter filhos e se inserir dentro de um contexto, contrariando os grandes homossexuais da humanidade que sempre lutaram pelo "Direito à Diferença". Na visão anterior dos homossexuais, seria um absurdo absoluto constituir família, porque a situação familiar era, junto com a figura paterna, uma coisa restritiva da sexualidade.

A grande evolução é que, a família como instituição passou a ser vista como "laço afetivo de convivência" e isso é detectável na angústia do indivíduo contemporâneo que anseia por encontrar o seu par, mesmo que não venha a ter convivência debaixo do mesmo teto. Sim, temos famílias que vivem em tetos diferentes. A família reconquistou um peso no afeto que tinha se desvalorizado no início dos processos de divórcios.

Afeto
Em tempo: Estamos falando da família dentro do parâmetro ocidental, o que não tem nada a ver com o resto do mundo. No Brasil, por conta do nosso processo histórico, por sermos uma sociedade híbrida, influenciada por vários processos imigratórios que formaram este país, temos ainda a visão central de "casamento". Enquanto na Europa, se discute a Segunda Transição Demográfica, que valoriza a mudança familiar como fundamental dentro da sociedade em função de valores, de individualismo, de modernidade, para explicar o "não casamento".

Pronto, cheguei onde queria chegar! Resolvi escrever este texto em função do post do blogue da Lidiane Vasconcelos: "Bicha Fêmea" - Casamento, pra quê te quero?, do qual surrupiei o título. Mas enfim, o texto em questão é uma chamada para outros posts do mesmo blogue, onde várias questões foram apresentadas.
  • Você também tem problemas com a sogra?
  • Casamento duradouro: isto tem algum segredo?
  • Há vida após o casamento?
  • E se fosse você? Como lidaria com um enteado mal-educado?
  • A idade certa de ter filhos…
  • Casamento é parceria?
  • Do que a boa conversa pode fazer por um casal.
A impressão que tenho é que algumas questões familiares podem se diluir na nova ordem familiar, contribuindo em muito para o respeito entre os envolvidos. Destacando os dois últimos tópicos como fundamentais em qualquer tipo de relação. A família contemporânea está sendo inventada, recriando vínculos dentro do direito de cada um de procurar a sua felicidade com famílias menores, uniões informais e com vida mais longa!

Amem!

24 comentários :

  1. Cada vez mais o casamento como instituição está mudando. Aqui em casa nós somos casados verdadeiramente há quase 43 anos e no entanto os filhos, casam ,descasam, moram juntos e depende do caso, acho bem mais fácil. Pegam cada bomba e assim, fica mais fácil descasar,srrs beijos,tudo de bom,chica

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  2. Eu confesso. Não tenho uma opinião fundamentada acerca desse tema. Embora ache que o número da população mundial aumentou significativamente, mas também acho que não vai muito além disso por razões várias, algumas você citou. Enfim, ninguém mencionou(eu não vi em lugar algum) o número de mortes/dia no mundo. E dá pra pensar que países como a África por exemplo não chegou a um número significativo dada a condição de vida por lá.
    Sei lá, não sei pra onde vamos e como vamos. Mas que está ficando muito humano, isso está. Enfim, deve ser culpa da globo. Tudo é culpa deles e de suas novelas, não é mesmo?

    bacio

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  3. Oi, Luma! Amém, messssmo!. Eu, apesar de muito otimista, acho que essa transição vai ser muito penosa para umas duas ou três gerações ainda, até as coisas se assentarem, depois que a população começar a se estabilizar numericamente ou decrescer. A civilização (e também digo a ocidental) não está preparada e nem se preparando para conviver em 7 bilhões de pessoas. Parece que os instintos primitivos de sobrevivência vem se aflorando mais e mais em vez de aflorar sentimentos de acolhimento. Uma pena, pois eu bem que gostaria de ver aonde isso vai dar.rsrs. Exelente seu artigo. Grande abraço.

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  4. Oi Luma!
    Muito pertinente sua reflexão sobre o tema casamento x família. A mudança na estrutura familiar vem se intensificando e cabe aos envolvidos um equilibrio emocional( que muitas vezes não há) para reinventar e conviver com estes novos papéis sociais. A base familiar está muito tênue, as pessoas vão do amor ao ódio com muita facilidade e quem sofre? os filhos.
    Beijinhos e tudo de bom!

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  5. Olá, querida
    O que sei é que sem família eu não sei viver...
    Bjm de paz

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  6. Após quarenta anos, pra mim, casamento é sinônimo de liberdade, respeito, enfim, sabedoria no relacionamento.
    Boa a sua reflexão.

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  7. A vida está em uma grande transformação, todos querem ser felizes, mas não encontram o denominador comum para tal.
    Creio que devemos buscar o diálogo mais frequente desde os primeiros movimentos para se formar uma nova família. Observar nestes diálogos o que se pode fazer para que haja uma comunhão de idéias e uma aceitação daquilo que o outro ainda não conseguiu retificar.
    Não é simples mais a família está em mutação.
    Tenha um natal muito feliz e um Novo Ano de muita Paz.
    Beijos.

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  8. Li certa vez que a família do futuro seria de uma só pessoa na frente de um computador, comidas congeladas, assinaturas de jornais, revistas, um cachorro e só. Triste, não? Com briguinhas, com pedras e tropeços, nada se compara a uma família. Deus não nos criou para sermos ilhas, criou-nos para o amor. Lindo post! Obrigada por partilhar! Beijos!

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  9. Luma
    É engraçado, porque, hoje em dia, as pessoas um pouco mais esclarecidas, já querem ter no máximo 2 filhos (a grande maioria fica em 1 só); e outras já nem querem tê-los, enquanto a classe social mais baixa, que menos tem condições, se enchem de filhos (acho que ainda é aquela ideia de colocá-los pra trabalhar bem cedo). E com isso a população só aumenta.
    Mas o que eu posso dizer é sobre o post em questão.
    -Eu nunca tive problemas com minha sogra (hoje já falecida). Meu primeiro casamento durou 4 anos e neste segundo já estamos juntos há 24 anos. Segredo? uma boa parceria, muita conversa, às vezes silêncio (para abrandar a alma) e gostar muito de estar sempre juntos.
    Não posso dizer da idade certa de ter filhos porque tive o meu aos 40 e foi ótimo, e tenho um enteado, mas nada mal-educado, e nos damos muito bem.
    beijos

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  10. Anônimo17:56

    Agora abriu!
    Como falei para voce, ja tinha lido e adorei o link que voce fez com a poesia de Drummond, a super populaçao e os casamentos.Sempre fui muito a favor do casamento que faz a pessoa feliz. Vejo casais felicissimos e outros complicados. Basta um ser complicado para complicar a vida dos dois. De qualquer maneira ainda acho um bom jeito de viver. Sempre adorei minhas sogras. Com o fim do meu primeiro casamento minha sogra continuou sendo muito minha amiga. Quando casei a segunda vez, minhas "enteadas" regulavam comigo de idade, ai foi beeem dificil. Mas poderia nao ter sido dificil assim. Enfim, a gente vive e a gente aprende.
    Um beijo para voce e parabens pelo tema sempre cheio de questoes cruciais.
    Cam

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  11. Muito interessante.
    Reflectir sobre a actual família exige grande abertura. Casei há trinta anos, mas aceito de tudo. Como por aí, os tempos mudaram aqui também. Vínculos afectivos é o que permanece.

    Beijocas

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  12. Luma
    Familia é bom demais. Mesmo as vezes com todos os problemas, eu amo minha familia.
    Luminha, estou na tentativa de ser feliz com o blog, vamos ver.
    Mando email.
    Você é uma pessoa demais.
    E seu blog ta lindo!Suave, sereno e belo sua cara.

    beijos

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  13. Nunca acreditei na instituição casamento por crer que é muita responsabilidade criar e sustentar (fisica e pscicologicamente) outros seres humanos. Bj e fk c Deus.

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  14. eu sempre quis ter uma família toda minha desde muito pequena sonhava de encontrar a pessoa certa para formar uma família que sonhava perfeita como aquelas das propagandas .
    e um dia finalmente achei a pessoa certa..e agora tenho a tao sonhada família.
    baci

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  15. Luma, acho que a estruturação da familia reflete a organização da sociedade. A familia mudou, mas tudo mudou. Está tudo um pouco, ou muito, mais volátil. As questões familiares também se expandiram mas permanecem humanas já que humanos são os seus componentes. Só que agora, além de família com uma mulher chefiando, já temos família encabeçada por dois do mesmo gênero, homens criando seus filhos sozinhos e um número de solteiros convictos bastante expressivo. Outro dia vi uma camiseta num site estrangeiro que dizia : "Relaxe, Jesus teve dois pais e conseguiu!"

    beijos, excelente post e eu aqui falando isso e chovendo no molhado.

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  16. Gostei muito da sua análise! Um texto muito bem estruturado!

    Acho que o sentido de família mudou bastante. O que vejo é que antes a pessoas tentavam fazer o casamento funcionar mais, por conta da rejeição social em relação às separações.

    Hoje em dia as pessoas procuram mais o seu bem estar e não se importam tanto em admitir que o relacionamento tá tendo problemas.

    O chato é que hoje em dia ninguém tem mesmo mais paciência para fazer uma segunda e terceira tentativa com a mesma pessoa, mas preferem tentar outras pessoas.

    Beijocas

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  17. Luma,
    Hoje meu blog comemora 8 anos de atividade. Convido você pra participar da festa!
    Big Beijos

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  18. Anônimo12:02

    Para uma parte do todo:

    Casamento = FELICIDADE;
    Casamento = SEXO;
    Casamento = AMOR;

    Se não se sentem felizes;
    Se não tem sexo na quantidade desejada;
    Se não se sentem amadas

    Casamento = ESTOU INFELIZ;
    Casamento = INSATISFAÇÃO;
    Casamento = Desamor.

    Acaba!

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  19. Pessoalmente, Luma, acho que não só a família mas o próprio mundo estão mudando na direção de uma liberdade individual maior... e, desde que saibamos usá-la, isso será muito bom. :) Bom resto de semana

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  20. no fundo, o q todos querem é ser feliz, por isso casam, e/ou separam, casam de novo, tem filhos, tb decidem por não ter...se dão bem com a sogra, ou declaram guerra a mesma..
    vivem com pessoas do mesmo sexo e querem filhos....tb resolvem morar sozinho...tdo em busca da felicidade...

    ah e claro, amar e ser amado...
    (quem mora sozinha acha q o amor próprio já basta e é feliz assim tb).


    ou não?

    /(,”)\\
    ./_\\. Beijossssssssss
    _| |_…………….

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  21. Não saberia viver sem minha metade que formou minha linda família...complicado é, mas para isso quero...
    Paz e bem

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  22. Meu casamento dá certo a 25 anos, mas não sou modelo para ninguém. Com uma população de 7 bilhões de diferenças, como podemos esperar que ainda existam padrões?
    "Il mondo é bello perché variegato" (diado italiano

    :)

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  23. Olá Luma,

    O Lula é muito criativo - adorei o seu poema.
    Quanto a Drummond: já vi que és fã :).

    A Esta hora já somos menos de 7 biliões, amanhã poderemos ultrapassar esse número (ou não, a não ser que a saúde em África, na Índia e afins, melhore).

    Na minha opinião, o conceito de família está a mutar (e sinceramente prefiro que hajam mais família, sejam elas de que forma forem, do que a instituição cair em total decadência e errem pelo mundo um bando de mal-amados que não saibam o que representa uma família [uma escola para o mundo lá fora: amor, amizade, lealdade, frustrações, discussões, desacordos, compromisso etc]).

    O casamento não é mais premissa para formar família: o meu irmão constituiu a sua sem contrair matrimónio com a mãe do filho (se concordo ou discordo? Essa é outra questão; mas a verdade é uma só: o matrimónio formal deixou de ser uma premissa, e irei mais longe...a sociedade está a regredir para a época em que não existia o que hoje conhecemos por "casamento", não constituindo um impedimento para a criação de famílias).

    Beijoss

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  24. Sabe o que eu acho Luma?

    Acho que as pessoas têm muito de aprender antes de se casarem ou terem filhos. No entanto, o casamento é uma escola e fica dificil "aprender sem ir à escola".

    Muitas vezes temos de repetir casamentos para completar "o curso da vida". Tudo são ensinamentos necessários.

    A receita eficaz não sei.
    Mas claro que o casamento não é coisa de "one man job"! Ambos são protagonistas e precisam cuidar do casamento.

    Gostei muito da sua análise.
    Beijinhos natalicios *<|:-)
    Rute

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