Theodora
Beijo pouco,
falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora
(Neologismo - Manoel Bandeira)
Durante a blogagem coletiva "Adoção, um ato de amor", eu perdi a oportunidade de comentar sobre um caso, que considero uma luz para os casais homossexuais que desejam fazer uso da adoção.
Aos 4 anos foi preterida por casais heterossexuais. Vasco Pedro da Gama adotou Theodora como solteiro, como é de praxe em uniões de mesmo sexo. As leis mudam, mas essa é a forma mais fácil e rápida de adoção.
Logo depois, Dorgival Pereira de Carvalho Júnior entrou com o pedido de paternidade.
Mas não pense que o processo teve facilidades. O juizado e a promotoria não se detiveram somente no procedimento judicial, aplicaram também aquilo que está exposto no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Paternidade e maternidade são situações de cunho jurídico, baseados nos papéis sociais que as pessoas assumem.
Em outras palavras: Ser pai ou mãe, não está ligado ao ato de procriação biológica, sexo ou estado civil do adotante e sim na disponibilidade afetiva e financeira.
Queremos que a justiça seja feita, além das leis, baseada também no bom senso e que faça promover resultados com finais felizes como o caso de Theodora.
Este caso serve de exemplo e aqui no Rio uma defensora pública e sua companheira, estão em processo de habilitação no Juizado de Menores do Rio para adoção. A dupla maternidade abraçara a vida de uma criança de 4 anos e o filho da defensora pública que ainda está para nascer. Neste caso, os argumentos estão encerrados também no Estatuto da Criança e do Adolescente, onde é possível a adoção do enteado.
É notório que o judiciário caminha mais rápido que o legislativo. O mundo necessita de menos preconceitos e menos perversão, para se tornar mais sensato.
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Impressionante como direitos homossexuais são ainda vistos com uns três pés atrás. Ainda vivemos numa moralidade cristã que não corresponde à realidade. Inclusive essa questão foi abordada naquele seriado ó paí, ó que está passando na Globo.
ResponderExcluirMas o que quero dizer mesmo é limitado a questão cristã, ontem mesmo estava conversando com alguns cristãos e percebi o quanto o pensamento ainda está atrasado... É ainda comum por exemplo ouvir que devemos odiar homossexuais. Uma infelicidade para essa sociedade considerada liberal
Os tabus vão caindo um a um. Tem sido um processo moroso e muito paciente, mas felizmente bem sucedido.
ResponderExcluirGosto de ler o que escreve Luma.... leio e depois fico matutando! Beijos sempre agradecidos♡
ResponderExcluirCom a quebra de antigos paradigmas é preciso que hajam mudanças adequadas a nova realidade.Ainda devagar, mas já acontecendo.
ResponderExcluirBom final de semana, Luma.
Bjos,
Calu
Também sou a favor de novas diretriz para definições que visem facilitar a adoção de crianças por casais do mesmo sexo. Existem tantas crianças precisando de amor, de um lar e de amor. Me assusta alguns discursos de religiosos que tratam os casais homossexuais como se não fossem sequer capazes de amar, dignos de uma essência neonazista!
ResponderExcluirQuanto ao significado do nome Testahy, coloquei na página que diz respeito a mim. Tem toda a história e alguns documentos: Sobre o Autor
Beijos e sucesso!
Testahy
Curta: Testahy
Ai, como gostei desse post!
ResponderExcluirSou totalmente a favor.
ResponderExcluirO nundo precisa de menos ,
menos perversão, menos hipocrisia, mas
compaixão e mais amor. Se os homens das leis
rodassem um pouco quem sabe tudo isso seria mais rapido.
Luminha um sábado (final, rs) com muita paz e luz no coração.
Eu quando vejo essas polêmicas na TV fico de boca aberta. Muito melhor a criança ter um lar (que seja com dois pais ou com duas mães) do que crescer num abrigo. E o mais interessante é que casais héteros querem bebês e os homo aceitam crianças com mais idade, que são justamente as preteridas! Bjks e bom domingo! Tetê
ResponderExcluirLuma:
ResponderExcluirO poema inicial de Manoel Bandeira é espetacular.
E sua abordagem sobre a questão da adoção por casais homossexuais, ficou esplêndida.
O 1º passo já foi dado.
Resta agora que o preconceito seja deixado de lado, e muitas crianças possam ter um lar, amor e carinho.
Bjs.:
Sil
Oi Luma! A maioria dos brasileiros ainda tem preconceito com este assunto,mas parece que as coisas estão progredindo,embora devagar demais ao meu ver...
ResponderExcluirOi, Luminha,
ResponderExcluirCom certeza o mundo precisa de mais compaixão, mais amor, mais fraternidade e menos perversão, hipocrisia e preconceito. Pessoalmente acho que a gente está
vivendo tempos históricos, pois estamos testemunhando as mudanças. Mudanças para melhor, em minha opinião, rsrs.
Um beijo, boa noite e ótimo domingo!
São belos os trabalhos que usou para ilustrar sua postagem.
ResponderExcluirTudo tem que ser adaptado aos costumes e opções da realidade. Creio que estamos caminhando para isso, no tocante às novas famílias que são formadas. As crianças precisam de amor, independente de quem tenham por pais/mães. Bjs.
Oi Luma!!
ResponderExcluirEu gerei os meus três filhos no coração e não concordo com tanta discriminação mas, estamos caminhando!!!
Amei o poema,perfeito!!!
Bjsssssssss
Allê Monteiro
Estou de pleno acordo, o que importa é o amor verdadeiro que irá se doar a estes pequenos desamparados, e acho que estes processos de adoção deveriam ser bem mais rápidos para incentivarem cada vez mais a todos que sentem em seus corações esta vontade tão nobre, beijos Luconi
ResponderExcluirO amor, é a base, acredito que isso vai mudar, lentamente, mas vai mudar, os direitos de todas as pessoas deveriam ser 'sempre' iguais, mas infleizmente a nossa visão ainda é limitada, e a sociedade vai caimhando a passos lentos.
ResponderExcluirBeijo
O que eu entendo, é que é preciso estudar todos os aspectos sócio econômico de quem vai adotar uma criança. Seja casal do mesmo sexo ou não é até mesmo por pessoas solteiras. Não acho que tenha que facilitar para resolver a situação das crianças no orfanato, mas sim para que tenham um lar adequado. Também não acho que devemos ver nas adoções por casais do mesmo sexo, como sendo melhor para as crianças, só para que não digam que há preconceito. Ambas as opções de casais do mesmo sexo ou não devem ser de igual critério e avaliação sócio e psciológica. Onde trabalho, vejo crianças sendo "devolvidas" aos orfanatos, por dificuldade de adaptação tanto das crianças, quanto dos pais do mesmo sexo ou não. O problemas de adoção não estão ligados somente a burocracia. Grande abraço Luma. Raquel superlinda.com
ResponderExcluirEu tenho uma opinião muito forte a respeito do caso e não vou entrar no mérito da coisa, mas uma coisa eu tenho a dizer: acima de qualquer coisa ou pessoa ou opinião crianças tem direito a um lar decente e a pais -sejam hetero ou homossexuais- que a eduquem e a amem. Tendo isso, o resto é um mero detalhe.
ResponderExcluirhttp://mahjestic.com/blog
Sempre achei que as leis deveriam estimular a vida em sociedade. É tudo tão breve e efêmero que somente a violência deveria ser proibida e punida (qualquer violência).
ResponderExcluirO teu blogue é uma referência de critério e de empenhamento!
ResponderExcluirBeijo
Você sempre lança aqui assuntos polêmicos, controversos, que nos fazem matutar...e eu gosto imenso disso.Temos muito que evoluir em nosso legislativo tanto quanto em nossa sociedade repleta de preconceitos. Uma vez fui convocada por um juiz para avaliar e emitir laudo psicológico de um casal homossexual que se candidatava a uma adoção. Fiz por ser "obrigada", pois não creio que laudo nenhum nesse mundo ateste a capacidade emocional, psíquica, espiritual, social, econômica etc de sermos pais! E isso é para qq tipo de casal. Infelizmente já tive oportunidade de trabalhar com muitos pais (casais hetero) que estavam completamente inadequados nas funções paterna/materna.
ResponderExcluirBeijuuss Luma
Gostei das imagens (da técnica) e principalmente da abordagem. Quanta buRRocracia atrapalhando a vida de crianças que poderiam ter lares limpos, descentes, ricos em amor e carinho, tudo por causa de uma sociedade hipócrita. Penso que existem casais que serão péssimos pais, heterossexuais e homossexuais. Como tem muitos (hetero ou homo) prontinhos para criar cidadãos, educar e diminuir o abandono! Bela postagem Luma!
ResponderExcluirAcima de tudo, é preciso o máximo cuidado quando se trata de uma criança. Para mim, não interessa o direito deste ou daquele adoptar, o que importa é que a criança fique num ambiente seguro e bom para ela!
ResponderExcluirBeijinhos, boa semana!
Querida Luma
ResponderExcluirSinais dos tempos!
O que deve sempre importar é o «superior interesse da criança».Elas precisam de quem lhes dê afecto e tenha alguma possibilidade económica para poderem usufruir de tudo quanto necessitam.
Um beijinho
Beatriz
Falta no mundo sentimentos verdadeiros.
ResponderExcluirbjokas =)
Luma, já vi várias vezes a história da Teodora na TV, e me enche de orgulho dos dois, porque dar a chance de uma criança ter um "lar com uma família" poucas tem coragem! Lar provisório ou um lar educacional, não é o mesmo que ter uma família!
ResponderExcluirBeijos
Que mais e mais Theodoras possam ter essa sorte de encontrar quem as ame! Adorei tua frase lá! beijos,chica
ResponderExcluirO caso da Theodora emociona mesmo! Ele - assim como teu post - são tapas na cara da (engessada) sociedade brasileira! Adorei ler isso aqui, Luma! Beijos, querida!
ResponderExcluirÀ parte o acerto de todo o texto, Luna, quero destacar a sabedoria contundente da última frase: "o mundo necessita de menos preconceitos e menos perversão, para se tornar mais sensato". E temos dito! Boa semana, amiga.
ResponderExcluirPrefiro não demonstrar minha opinião , é muito complicado.
ResponderExcluirbeijinhos
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
Oi Luma! O amor é o mais nobre dos sentimentos. Quanto à adoção de crianças por casais homossexuais, tenho ressalvas. Quanto ao verbo intransitivo, acho-o super poderoso e sempre cai bem na poesia. Beijo! Renata.
ResponderExcluirLuma, sou cristã e não odeio homossexuais. Generalização me inclui em um comportamento que não condiz comigo. Infelizmente, muitos se nomeiam juízes da vida alheia. Dar um lar e afeto a uma criança a quem foi negado o amor dos pais biológicos é muito nobre.
ResponderExcluirBeijo, menina
Sempre achei, desde novinha, que o importante é ter e dar amor e ser feliz!
ResponderExcluirNão tenho nenhum preconceito, não tenho mesmo.
Se os "pais" ou "mães" dão amor é o que importa.
Quantos casais por aí matam as crianças, sem dó nem piedade ??????????
Então repito, o que importa é o amor, o carinho, o tratar bem.
Tenho comentado pouco em todos os blogs. Estou me organizando, um novo ciclo em minha vida .......... e o tempo corre demais rsrsr
joturquezzamundial (e agora também joturquezzapinturas)
Biejos querida.
Ainda há juízes retrógrados que negam em seguir a lei.
ResponderExcluirPois bem, pensamos na lógica deles.
Se não é saudável uma criança crescer em um ambiente de amor por ser um casamento Gay, seria saudável uma criança crescer sem amor nas ruas ou em um orfanato e quando crescer ter que ir para as ruas? Já está mais do que na hora do falso moralismo acabar e as pessoas ser julgadas pelas suas atitudes e não por orientação, religião ou outras coisas.
Bjs
ahh e quanto a tudo começou no trânsito...
ResponderExcluirSe considerar "o geral" em a Márcia largar o emprego e ir morar com ele, eu concordo contigo. Porém, nesta história ela que atrasou tudo e quase pôs a perder todo amor construído. Por isto que desta vez ela cedeu e foi viver intensamente.
Bjs
graças a deus as leis e a sociedade mudam.
ResponderExcluiraqui na Itália ainda não è possível, nem a adoção de single,nem por parte de casal homossexual, porque aqui a politica è muito influencia d apelo vizinho vaticano.
espero que logo isso mude.
baci
Oi Luma,
ResponderExcluirÓtima abordagem de um tema tão conturbado, emoldurado por estas imagens igualmente perturbadoras. Minha opinião é de que casais de mesmo sexo possam adotar, passando pelos mesmos critérios de avaliação e adaptação para os casais héteros.
Sobre a imagem da Sexta Sem Texto, na foto dos macaquinhos do Bioparc da cidade espanhola de Fuengirola, o maior está apenas tomando sol enquanto o menor lhe cata piolhos! Fiz a foto e depois quando vi parecia que o maior recebia massagem cardíaca.
Bjks.
Luma, como sempre você trás a superfície um assunto que muitos ainda preferem fingir que não existe afinal, incomoda, não sabem o que pensar nem se preocupam com isso. O ser humano ainda usa como muletas atitudes que não cabem mais nos dias atuais. Existem vários casais homossexuais que dão de 10 a 0 em muitos héteros em questão de respeito, amor, serenidade. Sou totalmente a favor da adoção das crianças por casais homossexuais. Muitas crianças teriam a chance de crescerem num ambiente saudável e repleto de amor. Parabéns por mais essa reflexão. E obrigada por compartilhar conosco.
ResponderExcluirBjs
Esses preconceitos tendem a desaparecer em todo o mundo dito civilizado. Mas já é bom que os tribunais vão decidindo aquilo que a lei ainda não prevê, porque mais tarde ou mais cedo a lei terá de se ajustar à realidade.
ResponderExcluirAs fotos são magníficas.
Mais um excelente post, do início ao fim.
Boa semana, querida amiga Luma.
Beijo.
Pois é, bem polêmico ,não tenho nenhum tipo de preconceito..um dia a justiça vai ter que se abrir a forte realidade que estamos vivenciando, pessoas que adotam são cheias de amor e sabem o que estão fazendo,vemos (pais) maltratarem e até assassinarem seus filhos de sangue....adoção é um ato de amor!
ResponderExcluirobrigada pelo carinho! bjs
Oi Luma,
ResponderExcluirA adoção no Brasil é muito lenta, meu filho só foi ter o nome meu e de seu pai já morto depois de 3 ano e 6 meses( a tal adoção plena).
Beijos
Lua Singular
Assunto polêmico, mas o AMOR DE DEUS É SUBLIME!
ResponderExcluirUm abraço e Boa Noite...
Luma,
ResponderExcluiro Leão Lobo é pai adotivo, ele é um super pai e a filha dele
é linda, muito bem criada e com certeza é feliz.
As crianças precisam de um lar, de uma boa escola, de amor e carinho.
A opção sexual dos pais não influenciam na educação dos filhos.
Bjs, fique com Deus ♥
Bem esclarecedor seu post.
ResponderExcluirbig beijos
Oi Luma, bom dia, tudo de bom para vc e família, adorei ler os seus escritos e a poesia também, aprendi muito é maravilhoso , ler pessoas que escreve bem como vc,olha estas palavras são de incentivo e não de palavras ocas de puxar o saco como se dizem vulgarmente, um abraço carinhoso . Celina
ResponderExcluirNeologismo. Tão bonito, tão criativo! Amei o que nos trouxe. Eu nunca inventei palavras, mas inventava musiquinhas e sons (até hoje) gosto muito
ResponderExcluirLuma, o tema abordado ainda gera muitos debates e reflexões. enquanto isso, Theodoras e Theodoros aguardam que tudo se resolva e sonham com um lar !
bj
Zizi
Adoro assuntos como este Luma. Sou totalmente a favor a adoção por mães ou pais do mesmo sexo.
ResponderExcluirGosto do jeito que escreve.
Beijocas.
Excelente escolha para a matéria exposta. Também por cá, se tem evoluído a passo de caracol. Ainda somos portadores de juízos enraizados pela educação que recebemos.
ResponderExcluirAcredito que seja uma questão de tempo (primeiro estranha-se, depois entranha-se, diz-se por cá).
Crianças abandonadas ou eternamente encurraladas numa instituição é que não é futuro...
Bjo, Luma :)