Estrelinhas cintilantes
Certa vez estava lendo uma postagem do Idelber; mineiro atleticano de leitura dinâmica para ler 120 blogues/dia e escrita de um colestrol léxico muito bom. Não aqueles textos pesados e cheios de barrigas... narrou os motivos "instintivos" dele para contratar trabalho feminino, haja visto seu insucesso a primeira vista com candidatos homens. Não fiquem imaginando histórias, pois os serviços prestados seriam na área de apoio jurídico e emocional (ops!). Brincadeiras à parte; comentei lá que prefiro ginecologista mulher, justamente por ser mulher e entender melhor a alma feminina. Afinal, mulher não é só orgãos genitais. Vocês podem, após saber da historinha que irei contar, responder a seguinte pergunta feita por ele: "...quantas vezes você escolheu uma profissional por ser mulher? Ou você é dos que acham que isso é sempre bobagem"?
Não sei se já contei essa história aqui antes, mas em todo o caso refresquem vossas memórias...
- Em uma estação de rádio canadense, dão um prêmio entre 1.000 e 5.000 dólares à pessoa que conta um fato verdadeiro e que tenha ocasionado um verdadeiro embaraço, daqueles que nos dá vontade de enfiar-nos pelo chão, como fazem os avestruzes. A história ocorrida merecia o prêmio, mas a pessoa não teve coragem de contá-la.
Se Carlina estiver lendo o Luz, já fiquem sabendo o motivo de euzinha aparecer na próxima grelha do noticiário policial. Posso perder a amiga, mas não vou deixar de partilhar com vocês um episódio da vida dessa pessoa, no mínimo muito atarefada e desligada...
Havia marcado uma consulta no ginecologista para a semana e a secretária ficou de avisá-la o dia e a hora. De manhã cedo, recebeu um telefonema do consultório informando que a consulta seria para aquele mesmo dia de manhã às 09h30.
Havia acabado de tomar o café da manhã com seu marido e as crianças e teria que correr, eram precisamente 08h45 - ficou em pânico, não havia um minuto a perder.
Sabendo que teria pouquíssimo tempo para chegar ao consultório, olhou mais uma vez o relógio e apavorou, não daria tempo de tomar um banho.
Subiu as escadas correndo, tirou o pijama, agarrou uma toalha dobrada que estava em cima da borda da banheira e fazendo uso da duche, lavou-se. Passou em seguida, a secar as “partes íntimas” com a toalha com todo o cuidado para ter a certeza que havia ficado bem seca.
Deitou a toalha no cesto da roupa suja, vestiu-se e "voou" para o consultório. Ficou na sala de espera uns escassos minutos quando a chamaram para fazer o exame. Como já sabia o procedimento, deitou-se na marquesa e tentou, como sempre faz, imaginar-se muito longe dali, num lugar assim como o Caribe, ou em qualquer outro lugar lindo e pelo menos a 10.000 kms daquela marquesa.
Ficou muito surpresa quando o meu médico lhe disse:
"Oh lá lá, hoje de manhã fez um esforço suplementar mas ficou bonita!"
Não percebeu muito bem o cumprimento, mas não respondeu. Foi para casa calmamente e o resto do dia desenrolou-se normalmente. Depois da escola, já acabados os deveres, a sua filha, de 6 anos, estava preparada para brincar quando gritou do banheiro:
"Mamãe! Onde é que está a minha toalha?"
Gritou de volta que tirasse uma toalha limpa do armário.
Quando a menina respondeu, jurou que o que passou pela sua cabeça era desaparecer da face da terra. O comentário do médico, martelava na cabeça sem descanso. A filha disse, só isto:
"Não mamãe, eu não quero uma toalha do armário, quero aquela que estava dobrada na borda da banheira, foi nessa que eu deixei todos os meus brilhantes e as estrelinhas douradas e prateadas!"
Se puder me conte se alguma vez passou por alguma situação embaraçosa com chance de ganhar esse belo prêmio...
Loba, lembrei da sua!
Boa semana!!
Beijus
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