Pergunte ao pó
Para Arturo Bandini, as cidades estão cobertas de pó, ou melhor, tudo está coberto de pó - O Mundo está coberto de pó. E não é?
"O telegrama dizia:
seu livro aceito enviando contrato hoje.
Hackmuth.
seu livro aceito enviando contrato hoje.
Hackmuth.
... Era tudo. Deixei o papel flutuar até o tapete. Fiquei sentado ali. Então abaixei-me até o chão e comecei a beijar o telegrama. Rastejei para baixo da cama e simplesmente fiquei ali. Não precisava mais da luz do sol. Nem da terra, nem do céu. Simplesmente fiquei ali, feliz de morrer. Nada mais podia acontecer a mim. Minha vida havia terminado."
As imagens são de uma das vezes que fui visitar minha mãe e irmãos (mamãe ainda não tinha falecido). A viagem transcorria tranquila até certo ponto, quanto tive que desviar bruscamente de um tatu? Não. Como podem perceber pelas marcas dos pneus na estrada, havia tempo que esse ser triássico apresentava sintomas de não estar satisfeito dentro de usa própria casa. Simplesmente, estava ali, tão feliz que poderia morrer!
Foi nesse fim de semana que li "Pergunte ao Pó" e o fiz no lugar certo, totalmente desambientada de Los Angeles, cidade onde se localizava o quarto do hotel simples, "empoeirado" em que habitava Arturo Bandini, esse personagem tão importante, venerado e admirado por escritores importantes como Charles Bukowski; que fez o prefácio das edição publicadas a partir de 1980.
No campo, ninguém diz: "Desculpe a poeira"? Isso é coisa das cidades. No Campo a poeira não é contaminada por ácaros, as janelas estão sempre abertas e o que entra é terra, que nada mais é que a poeira de nós mesmos, já que a terra é formada por resto de matéria orgânica, mineral, ar e água.
Um fim de semana não basta para se encantar com borboletas, este animal silvestre que não toma banho, mas que está sempre limpinho. Podemos também nos encantar com as hortaliças livres de agrotóxicos e preparadas artesanalmente - com o cheiro que emana quando são picadas e o frescor que se espalha pela casa, chegando à varanda onde preguiçosamente leio o livro, olho a paisagem e, cadê a poeira? E Bandini, tem que lembrar em várias passagens que tudo está coberto de pó.
- O que tem para o almoço?
- Mandei fazer Inhoque de Mandioca com ragu de Costela para matar sua vontade. Também Alcachofras com o molho de funghi.
- Como não comer no campo?
- Tudo fresquinho, Luma. Comidinha caseira e simples. Hoje ainda vai resgatar uma lembrança da sua infância. Acho que faz tempo que não come folhado de cocada ao forno com raspinhas de sorvete de limão.
No interior - cidades pequenas e fazendas - na maior parte do dia, as conversas e funções giram em torno da alimentação. No almoço, contei a novidade dos legumes solúveis que estavam invadindo os supermercados e lojas de produtos naturais da cidade onde vivo.
- Comida em pó? Deve ser horrível, sem gosto... e a mastigação?
- Comprei inhame, couve, berinjela, cenoura e espinafre para experimentar. Achei uma ótima opção para "enganar" gente enjoada que não gosta de comer os "verdinhos"; Você adiciona na comida e elas pensam que é farinha porque não têm gosto.
- Mas não tem química para conservar?
- Foi um químico de Santa Catarina que desenvolveu o processo, justo porque o filho de 7 anos não ingeria nenhum tipo de vegetal. Se ele deu para o filho comer, acho que não tem problemas. Acho que só quem não pode comer fibras que não pode comer. Esse químico, colocava os pozinhos misturados no achocolatado do filho. Ainda tinha na prateleira de onde comprei: Brócolis, beterraba, maçã, maracujá, tomate, feijão branco, grão-de-bico... você pode comer como cereal misturado com frutas, adicionar no suco, mix de vitaminas, substituir a farinha de trigo, fazer bolos, panquecas, biscoitos...
"Querida Mãe: fui à missa domingo passado. Lá no Grande Mercado Central eu esbarrava nas princesas fingindo ser sem querer. Isso me dava a chance de falar com elas, e eu sorria e dizia me desculpe. Aquelas garotas lindas, tão felizes quando você dava uma de cavalheiro e essas coisas todas, era só encostar nelas e carregar a lembrança para dentro do meu quarto, onde a poeira crescia em cima da minha máquina de escrever e Pedro, o rato sentava no seu buraco, seus olhos pretos me observando através daquele tempo de sonho e devaneio".
Em azul, trechos do livro "Pergunte ao pó", de John Fante.
Sem ofensas, voltamos ao pó. Somos animais humanos e comemos ração.
"O mundo era pó e ao pó voltaria" [John Fante]
Leia "Pergunte ao Pó" (1939) [download] antes de assistir o filme (2006). E também "Espere a Primavera, Bandini"! Aliás, leia todos os livros de John Fante
Foi nesse fim de semana que li "Pergunte ao Pó" e o fiz no lugar certo, totalmente desambientada de Los Angeles, cidade onde se localizava o quarto do hotel simples, "empoeirado" em que habitava Arturo Bandini, esse personagem tão importante, venerado e admirado por escritores importantes como Charles Bukowski; que fez o prefácio das edição publicadas a partir de 1980.
No campo, ninguém diz: "Desculpe a poeira"? Isso é coisa das cidades. No Campo a poeira não é contaminada por ácaros, as janelas estão sempre abertas e o que entra é terra, que nada mais é que a poeira de nós mesmos, já que a terra é formada por resto de matéria orgânica, mineral, ar e água.
Um fim de semana não basta para se encantar com borboletas, este animal silvestre que não toma banho, mas que está sempre limpinho. Podemos também nos encantar com as hortaliças livres de agrotóxicos e preparadas artesanalmente - com o cheiro que emana quando são picadas e o frescor que se espalha pela casa, chegando à varanda onde preguiçosamente leio o livro, olho a paisagem e, cadê a poeira? E Bandini, tem que lembrar em várias passagens que tudo está coberto de pó.
- O que tem para o almoço?
- Mandei fazer Inhoque de Mandioca com ragu de Costela para matar sua vontade. Também Alcachofras com o molho de funghi.
- Como não comer no campo?
- Tudo fresquinho, Luma. Comidinha caseira e simples. Hoje ainda vai resgatar uma lembrança da sua infância. Acho que faz tempo que não come folhado de cocada ao forno com raspinhas de sorvete de limão.
No interior - cidades pequenas e fazendas - na maior parte do dia, as conversas e funções giram em torno da alimentação. No almoço, contei a novidade dos legumes solúveis que estavam invadindo os supermercados e lojas de produtos naturais da cidade onde vivo.
- Comida em pó? Deve ser horrível, sem gosto... e a mastigação?
- Comprei inhame, couve, berinjela, cenoura e espinafre para experimentar. Achei uma ótima opção para "enganar" gente enjoada que não gosta de comer os "verdinhos"; Você adiciona na comida e elas pensam que é farinha porque não têm gosto.
- Mas não tem química para conservar?
- Foi um químico de Santa Catarina que desenvolveu o processo, justo porque o filho de 7 anos não ingeria nenhum tipo de vegetal. Se ele deu para o filho comer, acho que não tem problemas. Acho que só quem não pode comer fibras que não pode comer. Esse químico, colocava os pozinhos misturados no achocolatado do filho. Ainda tinha na prateleira de onde comprei: Brócolis, beterraba, maçã, maracujá, tomate, feijão branco, grão-de-bico... você pode comer como cereal misturado com frutas, adicionar no suco, mix de vitaminas, substituir a farinha de trigo, fazer bolos, panquecas, biscoitos...
"Querida Mãe: fui à missa domingo passado. Lá no Grande Mercado Central eu esbarrava nas princesas fingindo ser sem querer. Isso me dava a chance de falar com elas, e eu sorria e dizia me desculpe. Aquelas garotas lindas, tão felizes quando você dava uma de cavalheiro e essas coisas todas, era só encostar nelas e carregar a lembrança para dentro do meu quarto, onde a poeira crescia em cima da minha máquina de escrever e Pedro, o rato sentava no seu buraco, seus olhos pretos me observando através daquele tempo de sonho e devaneio".
Em azul, trechos do livro "Pergunte ao pó", de John Fante.
Sem ofensas, voltamos ao pó. Somos animais humanos e comemos ração.
"O mundo era pó e ao pó voltaria" [John Fante]
Leia "Pergunte ao Pó" (1939) [download] antes de assistir o filme (2006). E também "Espere a Primavera, Bandini"! Aliás, leia todos os livros de John Fante
Comemos ração, plasticos, pó de cidade, na minha no caso é pó de minério "/
ResponderExcluirRealmente é preciso ir para o campo para sentir o gosto das coisas de novo. Que por sinal me deu agua na boca só de ler. Rs
E que ser inusitado para encontrar na estrada!
Bjs!
Eu não gosto muito da vida rural, mas devo admitir que a hora do almoço na roça me atrai. Aqui na cidade só comemos porcaria. Lá, no campo, a qualidade é superior. Certa vez, vi um menino de 9 anos segurando um toco de vela com a mão esquerda, enquanto com a outra, cortava rúculas para a sua salada no jantar. Isso na escuridão de uma horta, no meio do campo. Nossas crianças urbanas nem sabem o que é uma folha de rúcula. Muitos adultos, feito eu, têm uma vaga lembrança, certamente de quando eram pequenos e moravam na roça. Voltar pro interior é recordar. Particularmente, minha infância está muito ligada aos cheiros e sabores da comida saudável que dispunha quando morava no meio da selva.
ResponderExcluirAbraços,
Tem selinho no blog pra vc! Passa lá! Bjs e fik c Deus.
ResponderExcluirOi Luma.
ResponderExcluirEm tempos mais viçosos fui um fã entusiasmado de Arturo Bandini - o precursor da geração beat - e, também, de Hank Chinaski (evidente, né?), que poderia ser qualificado como o tio retardatário desta mesma turma. Teu post me fez relembrar a aventura fascinante que foi a descoberta destes personagens que marcaram a vida dos amantes da boa literatura, como é o meu caso e, ouso dizer, o teu. Lastimo que a maioria dos jovens de hoje não se permita desfrutar deste prazer. Eles não sabem o que estão perdendo.
Beijo e uma ótima semana pra você.
PS (mais uma vez, a literatura fez com que me desviasse do caminho inicial): a propósito de comer ração, ultimamente minha atenção foi despertada para uma tal de "ração humana", propagandeada aos berros pelos comunicadores das rádios e tevês locais. Confesso que não sei do que se trata, mas o nome é assustador. Será que já estão ressecando e moendo gente para vender como se fosse guaraná em pó?
ResponderExcluirEste mundo novo não é tão admirável assim.
Bj, de novo.
Somos pó e pó tornaremos. A única cois que não deveria virar pó são os sonhos.
ResponderExcluirOi, Luma. Desde que a Nina e eu nos mudamos para o sítio, tem sido uma enorme sucessão de animaizinhos vistos a cada dia. Hoje, fiquei sabendo de uma mata, num vizinho, onde existem alguns cervos. Qualquer hora vou lá espioná-los. Bem na frente da janela de meu escritório, tem uma planta enorme que está encobrindo outra que, calculo, deva ter pelo menos 70 anos de idade. Eu ia tirar, para realçar a planta antiga, mas desisti. É que ela fica florida a maior parte do ano e atrai beija-flores de vários tipos. Dei preferência a eles! São lindos demais! E, quanto às rações, montei uma horta bem ao lado da casa. Verduras fresquinhas e alguns legumes todos os dias (menos nestes dias de chuva excessiva!). E frutas! Muitas frutas! Colhidas e comidas ali mesmo, ao lado das árvores, com gosto de frutas que super-mercado nenhum consegue fornecer. E a Nina fazendo geléias de frutas para nós, para mandar para os filhos, para os amigos... Vida no campo nos traz algumas privações, em relação à cidade. Também existem dificuldades... Como os raios que caem na minha antena de recepção de internet (via rádio) e me desconectam do mundo. Mas, vale a pena! Agora... folhado de cocada ao forno com raspinhas de sorvete de limão? Nooossa!!! Deve ser uma delícia!
ResponderExcluirAbração.
Luma, isso é bíblico:
ResponderExcluirÊs pó, e em pó te tornarás” (Gn 3:19
Quando a comida em pó, pior é quando vc mora fora do Brasil, no Brasil vc ainda tem a chance de ter uma comida natural, aqui tem que selecionar muito bem pra comer bem, senão é só frituras e enlatados.
bjsss
Luma querida:
ResponderExcluirComo sei bem do que você está falando.
Voltei às origens, e com elas, voltei a ter qualidade de vida. ( ou melhor, voltamos).
É verdade que aqui o pó, não prejudica, nem os asmáticos. Desde que chegamos há sete meses, o Pablo, não faz uso de seus medicamentos para alergia.
E o meu último post fala bem da quantidade de alimentos saudáveis que temos disponível.
Estamos passando agora um período ruim para as verduras, muito calor e muita chuva, mas já já, isso passa, e os canteiros voltam a ter vida em abundância.
Vamos vivendo assim, com o que de melhor a vida nos oferece, e que sabemos bem aproveitar.
Em tempo: Eu e o Valter, tivemos a mesma estranhesa do Jens, quanto à ração humana.
Eu continuo a comer comida, comida de gente mesmo.
Um beijo
Bom dia Luma!
ResponderExcluirÉ fato, somos pó.
Bella, não conheço os autores, nem filme (gostei da comilança...) volto com mais tempo p/ clicar e abelhudar tudo...
Tem "selinho" na Jubiart e novidade na VITRINE...
Dia de luz Luma p/ vc.
Beijos.
Eu não gosto dos pós das cidades, mas me encanta a simplicidade, originalidade, no interior.
ResponderExcluirAdorei as fotos e o cardápio por lá! Linda reflexão aqui!
beijos, ótimo MARÇO, sempre é legal estar aqui!chica
Não sei explicar direito o q senti quando li sua postagem só sei q foi diferente.Gostei bastante. XD
ResponderExcluirSe puder depois da uma olhada lá no meu blog, um comentario de alguem que escreve assim tão bem assim como vc muito bem vindo. xD
http://tennagee.blogspot.com/
Eu viajei com o texto e adorei Luma.
ResponderExcluirEstar perto da natureza, integrada a ela, sentindo o cheiro do mato, sentindo a terra...ouvindo as histórias contadas aqui e ali sobre as simplicidades da vida...êta! coisa boa.
Sabe que me deu fome quando se referiu ao cardápio? rsss
Foram momentos intensos os que passei aqui agora!
Adorei de verdade.
Beijão.
Astrid Annabelle
Grato pela dica.
ResponderExcluirBeijo.
Luma,
ResponderExcluirJá estava com saudade de vir aqui, srrss.
E seu texto me trouxe lembranças da minha infancia no interior de Minas Gerais, onde praticamente só se comia o que plantava e criava. Mas isso já faz tanto tempo... não lembro lembro a última vez que tive a oportunidade de vivenciar tudo que descreveu aqui.
Eu ouvi falar da carne em pó, desenvolvido pelos estudantes de engenharia alimenticia da Unicamp (acho). Mas legumes e verduras não sabia. É uma alternativa para os chatinhos de carteirinha que nao sabem comer nada além de batata frita, carne frita e mc donald´s.
** Sobre seu comentário: sim, eu já tinha passado por aqui e assisti o video sobre Vida Qualificada (mais de uma vez) e realmente se correlaciona com o assunto dos cursos - que foram muito bons.
O qué é bom para a maioria não significa que será bom para mim tbm não é? O curso de PNL é fantástico, mas foi apenas uma introdução. Mas pretendo me aprofundar fazendo o practitioner.
A reforma está indo e só de pensar em ter meu canto dá uma felicidade imensa, não tem como nao sonhar.
Beijos!
OBS: quando disse "O qué é bom para a maioria não significa que será bom para mim tbm não é?" não me referia ao parágrafo acima (do curso) e sim sobre o video, em que é falado sobre isso, que as pessoas ficam tentando se orientar por padrões.
ResponderExcluirBjos
UM ABRAÇO DO BLOGAMIGO...
ResponderExcluirAinda não tinha ouvido falar desses vegetais em pó. E também não conhecia nada desse autor... mas depois desse post irei conhecer.
ResponderExcluirAh! E eu moro no interior. rs
BeijoZzz
Luma
ResponderExcluirQue saudade do meu tempo no interior. Não era no sítio, embora meu pai tivesse um e de lá vinham as frutas grandes, como melancia, abacaxi e melão, mas em casa tinha uma horta muito boa, e quando não tinha em casa os vizinhos tinham e era só ir buscar. Coisa saudável.
Agora, nhoque de mandioca com ragu de costela, que fome me bateu. E eu que sou uma formiga, não conheço esse folhado de cocada com raspinhas de limão. Pode mandar a receita? Fiquei com vontade.......
beijos
E não é que a saudade, ao ler estas tuas linhas, bate forte no peito deste interiorano que mora na cidade.
ResponderExcluirSempre volto lá, até temos um projeto para lá e é lá que deveríamos passar mais seguido para a nossa total reciclagem (corpo e alma).
Coisa linda este texto. Gostei muito.
Prefiro, somos energia e a energia voltaremos, mas entendo este pó!
ResponderExcluir^.^
...................................
Venho te convidar para escrever um texto, um poema uma crônica, dar um conselho, opinar sobre fogo, instinto, luz! Venha participar dos Rosários de Fogo!
Basta me enviar um em-mail com seu texto e como e quando deseja participar: williamgaribaldi@gmail.com
Grato.
Um Beijo de Luz!
Sem dúvida que o pó do campo é mais limpinho (rsrsrs). Esse post me lembrou uma viagem que fiz pelo sertão há alguns anos, aventura e tanto! Nas caminhadas pelos parques de Minas Gerais, lembrei do piquí e do umbú, que meu marido até então não conhecia e passou a amar. Coisas que só conhece quem já foi do interior, como eu.
ResponderExcluirAdorei seu comentário sobre o meu post, parece-me que seu filho foi muito bem estimulado sem que você nem percebesse, creio que o estímulo venha também do exemplo, o idioma francês, ele aprendeu com a avó e valorizar a boa música, certamente é um exemplo visto em casa. Beijos e ótima semana!
Luma, ADOREI SEU POST!
ResponderExcluirAlias, as fotos... que fofas!
Sobre pó... nem me fale, ando sendo perseguida... kkkkk
Sabe, novamente comprei uma farinha com coisinhas dentro (quinoa, linhaça, aveia, etc...) e..... iogurte. Eu já sei qual será a pergunta de minha filha quando ver isso: mamae, se vc nao gosta de leite, como vai conseguir?! rssss eu sempre digo "vou me reeducar na alimentação"... eu me esforço.... e agora tentarei novamente, pq sei quanto é importante.
Bjs
Enquanto ia lendo as suas palavras, fiquei com saudade da casa da vovó e suas deliciosas comidinhas frescas. Saladinha que cheirava todo o ambiente, laranjas, melancias, abacaxis...
ResponderExcluirHum... cheirinho do limpo, mesmo sendo da terra. rs... mas era terra e não pó! rs
Beijos Luma
Luma, Simplesmente lindo!
ResponderExcluirAdorei, não sou do campo nem do interior mas foi como eu estivesse lá!
Viajei literalmente...
Legal vc colocar um link para baixar o livro, já até comecei a le-lo e o filme estou baixando.
Será que das proximas vezes que vc comentar sobre um livro e tiver o link para o download vc pode colocar?
Adorei!!!
Parabéns vc escreve muito bem.
Abraços.
Adorei o post...campo é o melhor lugar do mundo, com certeza.
ResponderExcluirobrigada pela visita e pelas dicas. Desculpe a demora em vir visita-la. apareça sempre.
Bjks!
Viver na cidade é preciso estar sempre se adaptando a alguma coisa, principalmente, industrializada.
ResponderExcluirNo campo, a brisa suave, o alimento fresco e principalmente se plantado sem agrotóxico.
Um abraço.
Luma,
ResponderExcluirquase ninguém mais lembra de John Fante (que foi roteirista premidado em Hollywood), em Pergunte ao Pó, existe um trecho em que ele diz que muitas vezes ao escrever matamos a idéia ao tocar as teclas da máquina de escrever,algo mais ou menos assim, toda vez que escrevo me sinto igual.
Boa Lembrança!
bjs
Jussara
Oi Luma!
ResponderExcluirVocê me deu ótimas idéias a respeito do que fazer com a mesa para dar uma melhorada. Eu acho ela bonita, o problema é que é moderna demais! hahaha!
A idéia de colocar uma placa de madeira embaixo do vidro é ótima! Vou ver isso mais pra frente, ainda estou pagando a bendita!
Um ótimo feriadão!
Beijos!
Adorei seu texto, me fez penetrar em outras estradas e considerei- as
ResponderExcluiremocionantes.
Belas e boas suas lembranças.
bjs
Oi Luma!
ResponderExcluirLindas fotos!
O cliques e cliques é espelho deste?
Bjus
"A Amizade não requer gratidão,
ResponderExcluirpresentes, cobranças, etc.
A Amizade requer apenas que nos
lembremos sempre de dizer um
“oi, Como você está?!!!
Você não imagina o quanto a sua
amizade é importante para mim....
Obrigado por você existir !!!
Não importa se você é real ou virtual,
o importante é que você existe
para me dar o prazer da sua amizade.
Amizade como a sua
é privilégio de poucos."
forte abraço
C@urosa
Fique bobo com o cagado no meio da estrada, mas ele tem direito de reenvidicar um pedaço para si.
ResponderExcluirE infelizmente, é parte do circulo natural a nosso fim, talvez como materia, mas nunca deixaremos de existir quando a nossa marca existir no coração de alguém.
Fique com Deus, menina Luma.
Um abraço.
É querida, somos feito do pó e pó voltaremos ser. (BIBLIA)bj
ResponderExcluirOi Lumita eu vi o filme, e tenho o livro, mas como não gostei do filme, não li o livro...Quanto ao pó, sou asmática, odeio pó...Por mim, morava na roça, pois gosto de mato e cheiro de verde...quanto à virar pó, vou virar mesmo, pois quero ser cremada e que me joguem no jardim, pra virar adubo e terra novamente...beijos,
ResponderExcluirOlá, Luma!
ResponderExcluirFicou ótimo o texto!!
Bjs!
Rike.
Luma, adorei seu texto,apesar do meu momento intimo, adoooorei as fotos da tartaruga! Ando meio as avesas com o interior... passei tempo demais pros meus neurônios num lugar pequeno, hj em dia o máximo que quero da vida do campo eu compro no hortfrutti, rs. Meu marido diz que é uma fase, que vai passar, rs. Mas independente da fase, o texto me trouxe a época de infância de volta. Bjs
ResponderExcluirLuma... vc foi hilaria com o que contou no meu post! Mas eu já falei com estátua... kkkkkk... e minha filha sempre cumprimentava a que fica na frente do Planetario! Tal mae tal filha! Bjs
ResponderExcluirOi Luminha :)
ResponderExcluirPois é, eu que o diga! Faço um esforrrrrrrrçoooo enorme para "comer bem" porque, confesso que é a razão 1, tenho uma filha a quem dar o exemplo.
Na minha infância, recordo-me de muitas verduras, muitas couves e grandes recipientes com tomates, cenouras, cebolas, que vinham da roça justamente ... tudo fresco e saudável, e hoje, cadê? Difícil encontrar, e quando encontramos legumes e verduras sem agrotoxicos, etc, é o dobro do preço ... aí quem pode um pouco mais, mesmo que reclame, se tem filhos acaba comprando porque vale a pena.
E aqui vou eu, tentando resgatar os tempos em que ainda comia tudo isso mais ou menos de boa vontade, e oferecer o mesmo a minha princesa porque quero o melhor para ela.
Comida em pó? Já ouvi falar, mas aqui não há ... por enquanto. Bem, melhor que nada. Na pior das hipóteses, mistura-se um pouco na comida, e lá vão para dentro as vitaminas sem esforço rsrs.
Beijo querida.
Angel.
Ainda não experimentei esse pó de vegetais. Mas em casos extremos pode ser interessante, né? rs...
ResponderExcluirBeijo na alma, Luma!
Há um quê de tristeza neste teu texto! Ainda bem que falta pouco prá eu me aposentar e ir em busca do saudável pó das estradas rurais!!!!!
ResponderExcluirLuma,
ResponderExcluirsaio com saudades do pó da cidade do interior de sampa,quando eu era criança..
Obrigada pelo carinho da visita,Boas energias,paz.saúde.luz!Excelente Carnaval!
bjs,
Mari
Eu passo tanto tempo dentro de casa que o pó é quase um personagem na minha vida e eu sempre achei que fossemos verdadeiros comedores de ração. Meu cão come arroz com brócolis, cenoura e tomate. Tudo picado e o cheiro é tão bom que me dá vontade de dividir o prato com ele. E alguém me perguntou certa vez "você dá comida pro cachorro com tanta gente passando fome?" fiquei cinco segundos inteiros observando aquela figura que teve meu silêncio e minha indiferença.
ResponderExcluirAdorei o livro que você citou e já estou atrás dele. Não conhecia. E ainda tem gente que diz que tudo já foi feito nessa vida. Tenho medo dessa gente, viu?
Estava com saudades daqui. Passei uns dias fora e parece que virei a página de um ano inteiro. rs
bacio
Luma,
ResponderExcluirMorei boa parte da infância na roça :D Daí cresci um pouquinho, virei adolescente e tudo que queria era morar na cidade grande! Penso que a gente se acostuma com o pó da roça, sente falta... Voltei! Hoje moro na roça novamente... O pó eu varro para a horta, tudo vira o mesmo do mesmo ;)
Beijos
Também nós.. afinal somos todos apenas poeira de estrelas.
ResponderExcluirAnegl
Uai, que artigo rico de cultura e surrealismo. Mas, não é um surrealismo fantástico ou futurista, mas daqueles que se percebe nas crônicas do Paulo Mendes Campos. Você já leu algo do Paulo? Crônicas como a do Cego de Copacabana?
ResponderExcluirEu sou de SC e não sabia nada dsses vegetais em pó não! Vou pesquisar e tentar inserir na comida do meu filho também.
E sobre o "Pergunte ao Pó", já favoritei e farei o download.
Bjs!
Luma:
ResponderExcluirHá sempre o que ler, pensar e anotar por aqui.
Parabéns por tudo que escreve, recomenda.
Beijos.
Anny
hmm essa eu nao sabia, grato por compartilhar esta noticia! Fica com Deus.
ResponderExcluirLuma,
ResponderExcluirPergunte ao pó foi o primeiro livro do Fante que eu li. Pirei e saí atrás dos outros. Dele, li: Sonhos de Bunker Hill, O Vinho da Juventude, 1933 foi um ano ruim, Espere a Primavera, Bandini e o Caminho de Los Angeles.
Admiro a carga emocional que ele coloca em seus livros e da forma poética de contar o cotidiano simples do personagem e das pessoas
Curti o post.
Felicidades!
Bj