"Abomino as vossas ideias, mas deixar-me-ei matar para que tenhais o direito de as exprimir."
Quem paga a conta do hospital em que Terri está? O dinheiro está ajudando a prolongar sua vida?
O judiciário americano deu parecer favorável a Michael Schiavo. A Lei americana segue o dispositivo na seguinte lógica; escolhemos com quem nos casamos, esse parente eleito responde por nós, o que não vale para outros parentescos. Essa lei da Flórida foi batizada de "Terri's Law” em função da ocasião. Essa morte em questão é chamada ortotanásia (eutanásia ativa), deixa-se que a doença siga seu curso natural, sem intervenção médica.
Se deixá-la viver é errado e deixar morrer também não é?
A única pessoa que pode decidir é o marido; ele voltar atrás e deixar Terri viver, pode se divorciar e deixar Terri com os pais. O Divórcio faria com que ele devolvesse US$ 1 milhão ganho na indenização ganha em 1992, pelo não diagnóstico da hipocaliemia causadora da parada cardíaca que deixou a moça assim.
Manter a moça viva deve dar lucro para alguém. Quem? Porque preservar uma vida que, para a ciência está numa zona cinzenta entre a vida e a morte? É óbvio que há muita MERCANTILIZAÇÃO DO FATO JORNALÍSTICO. Elementos novelescos como o direito de decidir sobre a vida e a morte, relações familiares, tribunais, dinheiro e religião. Questões complexas envolvem o caso.
Até onde vai a sabedoria iátrica, seu córtex cerebral ficou severamente comprometido: ela respira sem o auxílio de aparelhos, mas não tem vida relacional, não tem a menor consciência do que se passa à sua volta. Existem alguns casos de recuperação de estado vegetativo persistente, mas isso depende fundamentalmente do tipo de lesão, suas causas e extensão.
No começo Michael chegou a fazer um curso de enfermagem para tratar da mulher, acreditava em sua recuperação. Ele também processou o ginecologista de Terri por não ter diagnosticado a hipocaliemia, baixo nível de potássio no sangue. (Cuidado especial com diuréticos crianças!!!).
Em 1997 ele perdeu as esperanças e apelou à Justiça para que a sonda nasogástrica que faz a alimentação de Terri fosse retirada. Em fevereiro de 2000, o juiz George Greer deu-lhe ganho de causa. Para o magistrado, ficou claramente estabelecido que Terri escolheria não prolongar sua vida artificialmente.
O juiz também aceitou a opinião dos médicos de que a paciente não tem chances de recuperação. Dois anos e meio de apelações se seguiram. Michael acabou vencendo em todos os processos, estaduais e federais. Em 14 de outubro passado, a última apelação dos pais foi rejeitada, Já no dia 21 do mêsmo mês o Legislativo da Flórida cedeu às pressões dos grupos pró-vida e aprovou uma lei que deu ao governador Jeb Bush um prazo de 15 dias para suspender decisões da Justiça e mandar religar aparelhos de suporte de vida em casos como o de Terri.
Os pais de Terri não estão brigando para que ela fique viva, estão brigando para que o hospital continue pagando pra que ela permaneça com seu *ESTADO VEGETATIVO PERSISTENTE*.
Difícil tomar partido, dizer quem está certo ou errado. Michael tem o amparo da lei e é difícil para ele aceitar o estado degradante a que Terri ficou reduzida. O fato de os pais amarem a filha e por isso desejarem que permaneça viva, mesmo que sem nenhuma qualidade de vida, talvez indique que eles não suportando a dor da perda, amem mais a si próprios.
A melhor decisão do caso seria encontrar um ponto intermediário, entre o que dizem os partidários de Michael e os pais de Terri.
O que seria certo moral e juridicamente?
A frase título é de Voltaire.
O judiciário americano deu parecer favorável a Michael Schiavo. A Lei americana segue o dispositivo na seguinte lógica; escolhemos com quem nos casamos, esse parente eleito responde por nós, o que não vale para outros parentescos. Essa lei da Flórida foi batizada de "Terri's Law” em função da ocasião. Essa morte em questão é chamada ortotanásia (eutanásia ativa), deixa-se que a doença siga seu curso natural, sem intervenção médica.
Se deixá-la viver é errado e deixar morrer também não é?
A única pessoa que pode decidir é o marido; ele voltar atrás e deixar Terri viver, pode se divorciar e deixar Terri com os pais. O Divórcio faria com que ele devolvesse US$ 1 milhão ganho na indenização ganha em 1992, pelo não diagnóstico da hipocaliemia causadora da parada cardíaca que deixou a moça assim.
Manter a moça viva deve dar lucro para alguém. Quem? Porque preservar uma vida que, para a ciência está numa zona cinzenta entre a vida e a morte? É óbvio que há muita MERCANTILIZAÇÃO DO FATO JORNALÍSTICO. Elementos novelescos como o direito de decidir sobre a vida e a morte, relações familiares, tribunais, dinheiro e religião. Questões complexas envolvem o caso.
Até onde vai a sabedoria iátrica, seu córtex cerebral ficou severamente comprometido: ela respira sem o auxílio de aparelhos, mas não tem vida relacional, não tem a menor consciência do que se passa à sua volta. Existem alguns casos de recuperação de estado vegetativo persistente, mas isso depende fundamentalmente do tipo de lesão, suas causas e extensão.
No começo Michael chegou a fazer um curso de enfermagem para tratar da mulher, acreditava em sua recuperação. Ele também processou o ginecologista de Terri por não ter diagnosticado a hipocaliemia, baixo nível de potássio no sangue. (Cuidado especial com diuréticos crianças!!!).
Em 1997 ele perdeu as esperanças e apelou à Justiça para que a sonda nasogástrica que faz a alimentação de Terri fosse retirada. Em fevereiro de 2000, o juiz George Greer deu-lhe ganho de causa. Para o magistrado, ficou claramente estabelecido que Terri escolheria não prolongar sua vida artificialmente.
O juiz também aceitou a opinião dos médicos de que a paciente não tem chances de recuperação. Dois anos e meio de apelações se seguiram. Michael acabou vencendo em todos os processos, estaduais e federais. Em 14 de outubro passado, a última apelação dos pais foi rejeitada, Já no dia 21 do mêsmo mês o Legislativo da Flórida cedeu às pressões dos grupos pró-vida e aprovou uma lei que deu ao governador Jeb Bush um prazo de 15 dias para suspender decisões da Justiça e mandar religar aparelhos de suporte de vida em casos como o de Terri.
Os pais de Terri não estão brigando para que ela fique viva, estão brigando para que o hospital continue pagando pra que ela permaneça com seu *ESTADO VEGETATIVO PERSISTENTE*.
Difícil tomar partido, dizer quem está certo ou errado. Michael tem o amparo da lei e é difícil para ele aceitar o estado degradante a que Terri ficou reduzida. O fato de os pais amarem a filha e por isso desejarem que permaneça viva, mesmo que sem nenhuma qualidade de vida, talvez indique que eles não suportando a dor da perda, amem mais a si próprios.
A melhor decisão do caso seria encontrar um ponto intermediário, entre o que dizem os partidários de Michael e os pais de Terri.
O que seria certo moral e juridicamente?
A frase título é de Voltaire.
12:00 - Terri Schiavo morreu agora a pouco, após 15 anos de sofrimento e 13 dias longe dos aparelhos que a mantinham viva.