Cheguei agorinha há pouco e vim dar sinal de vida. Desculpe se preocupei alguns amigos, mas eu não estive online para mandar notícias. Obrigada pelas demonstrações de carinho e bem, está é uma quase postagem, só para dar sinal de vida mesmo! Rapidinho porque agora tenho que reorganizar a vida, depois de dois meses ausente do meu dia a dia e refazer minha rotina - O meu diabinho me diz que todo excesso cansa, até mesmo a ociosidade! O meu anjinho, após tantos quilômetros rodados, pede para que eu coloque os pezinhos para cima! Enquanto eles não entram em um acordo, sigo em frente.
Assim que pisei no meu andar, tive uma rápida conversa com a minha vizinha de temporada que ainda não foi embora. Todos os anos ela se excede ao sol, reclama da pele ardendo e do calor excessivo... Ela é tão, tão branquinha e sabe que nunca, nunca ficará bronzeada - e daí, todos os verões ela fica vermelha, descama e acrescenta mais sardas.
Não me incomodo com isto, realmente! Até porque, nos dias atuais, advertências que não faltam para combater os excessos de raios solares. Mas pergunto: porque uma pessoa usa uma lareira falsa em uma cidade praiana? Bem, de qualquer modo, incoerências à parte; fico feliz que minha vizinha seja vaidosa, mesmo que a longo prazo essa 'vaidade' tenha efeito contrário.
E porque no verão passado ela também estava vermelha, bem menos vermelha que este ano. Este ano ela está tão vermelha quanto uma inglesa e hoje, ainda estava agarrada a uma garrafa de gim... 'Toma um golinho, Luma?' Ah, minha vizinha! Espero que não coloque fogo no prédio.
Ela também disfarça o sombreado do sol com quilos de maquiagem e perguntou o que era bom para tirar o inchaço dos olhos. Como deu oportunidade, expus minha opinião e lógico, que estou contando resumidamente toda a nossa conversa, mas quem sabe, amanhã saberei se ela é mesmo leitora do "Luz de Luma", como sempre diz.
Dentro de cada casa habita pelo menos uma pessoa, ou não. Dentro de cada pessoa habitam anseios, ou não. Que se realizam, ou não. Mas vai dizer, cada um tem seu jeito de levar a vida. Bem ou mal, vive-se! O que pode ser mal para mim é prazeroso para outrem e vice-versa.
“As cidades são para mim como pessoas. Não sei vê-las apenas em termos de pedras, árvores, veículos, objetos. É preciso que eu lhes descubra a alma, imagine que elas me estão falando, contando como são, como foram. Sinto logo ao vê-las se me acolhem, repelem ou permanecem indiferentes. Porque as cidades têm memória e nervos, um coração que pulsa e um sangue quente a correr-lhes nas veias.” Érico Veríssimo - Gato Preto em Campo de Neve
E agora, matar saudades!!
Beijus,