Cadeia de Literatura
Apanhada nesse desafio recebido pela Keila e segundo kekko, começou além-mar e chegou até nós..contradigo dizendo que provavelmente foi criada em ingês e traduzida em sei lá quantas línguas.
"You're stuck inside Fahrenheit 451, which book do you want to be saved?", refere-se a um dos livros citados na obra, a um da nossa preferência, ou, ainda melhor e em acordo com a tradução portuguesa, a um livro que eu queira “ser”
Desafio aceito...
1. Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
- Muitos não entendem essa pergunta por não saber do que se trata;
Li esse livro muito, mas muito antes de se ter realizado o filme. O livro foi escrito por Ray Bradbury, 1953 e passado para filme em 1966 por François Truffaut. O titulo do livro está associado à temperatura a que eram queimados os livros, 233 graus celsius. Na altura, estava já claro para mim, a caça às bruxas do Macartismo.
O que é a censura, o que significa o fim da cultura? Condenar tudo o que possa perturbar. Obscurantismo, culto da ignorância, ausência do pensamento, anulando qualquer consciência de inferioridade ou de injustiça. Os livros seriam os maiores inimigos porque trazem consciência dessa desigualdade e o alvo a abater: o homem culto.
Seria três ou dependendo da situação, um ou outro; um inocente, um livro infantil do Winnie the Pooh ou um completamente a despropósito que gozasse com a tacanhez “Linguagem Seinfeld “ do Jerry Seinfield? Poderia ser “A cidadela” do escritor escocês A. J. Cronin. Seria a mistura dos três, uma dose de ironia, inocência e apego às raízes.
2. Já alguma vez ficaste apanhadinho (a) por um personagem de ficção?
- Apanhada por uma pessoa que não existe? Valha-me Clarice, é a grande personagem de Clarice Lispector.
"You're stuck inside Fahrenheit 451, which book do you want to be saved?", refere-se a um dos livros citados na obra, a um da nossa preferência, ou, ainda melhor e em acordo com a tradução portuguesa, a um livro que eu queira “ser”
Desafio aceito...
1. Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
- Muitos não entendem essa pergunta por não saber do que se trata;
Li esse livro muito, mas muito antes de se ter realizado o filme. O livro foi escrito por Ray Bradbury, 1953 e passado para filme em 1966 por François Truffaut. O titulo do livro está associado à temperatura a que eram queimados os livros, 233 graus celsius. Na altura, estava já claro para mim, a caça às bruxas do Macartismo.
O que é a censura, o que significa o fim da cultura? Condenar tudo o que possa perturbar. Obscurantismo, culto da ignorância, ausência do pensamento, anulando qualquer consciência de inferioridade ou de injustiça. Os livros seriam os maiores inimigos porque trazem consciência dessa desigualdade e o alvo a abater: o homem culto.
Seria três ou dependendo da situação, um ou outro; um inocente, um livro infantil do Winnie the Pooh ou um completamente a despropósito que gozasse com a tacanhez “Linguagem Seinfeld “ do Jerry Seinfield? Poderia ser “A cidadela” do escritor escocês A. J. Cronin. Seria a mistura dos três, uma dose de ironia, inocência e apego às raízes.
2. Já alguma vez ficaste apanhadinho (a) por um personagem de ficção?
- Apanhada por uma pessoa que não existe? Valha-me Clarice, é a grande personagem de Clarice Lispector.
3. Qual foi o último livro que compraste?
-Gosto muito de ler biografias, então comprei Catherine de Medicis - A Biography (Leonie Frieda)
4. Qual o último livro que leste?
- "Seu Ibrahim e as Flores do Corão" - a história de um velho árabe e um menino judeu, de Eric-Emmanuel Schimitt. O livro faz parte da "Trilogia do Invisível", uma série que fala sobre os fundamentos de três grandes religiões: o islamismo, o budismo e o cristianismo.
5. Que livro estás a ler?
- Sempre leio mais de um livro; Estou lendo "Crônica de uma casa assassinada" - Lúcio Cardoso, relendo "Lolita" de Vladimir Nabokov. E terminando: "Plano de Ataque" de Bob Woodward, mesmo autor de "Todos os homens do Presidente" que fala sobre os bastidores da guerra do Iraque .
6. Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
- Fica difícil escolher só cinco, tentarei: Um de primeiros socorros, um de plantas e insetos, outro de como cultivar a terra...
- “Fausto” de Goethe (rs*)
- "Eu hei-de amar uma pedra", de António Lobo Antunes
- "Eu te amo e suas estréias", de Elisa Lucinda
- “Ficções” de Jorge Luís Borges
- "O Tempo e o Vento" trilogia de Érico Veríssimo
- "Antes que você morra" de Raynnusch
...ops. coloquei 6, mas ficou difícil escolher!
7. A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e por quê?
- A maioria das pessoas que gostaria que respondesse esse questionário já responderam, mas tem algumas que tenho uma certa curiosidade;
- Tesco, amigo NPN que sempre encontro pelas bibliotecas virtuais;
- Afonso, pra saber se o que lê é chato e,
- Edgar, por ser um indiozinho porreta!
"Podem me prender no quarto
Eu saio pela janela.
Podem me trancar a janela,
Eu fujo pelo telefone.
Podem cortar o telefone,
Eu pulo dentro de um livro"
(castigo - Leo Cunha)
Estou deixando este trecho do livro do Léo Cunha em homenagem a minha mamãe que me presenteou com esse livro. Cito ele também por ser um jornalista grande incentivador da leitura.
Muitos que passam por aqui, não gostam de ler livros, mas estão lendo blogs e espero que estejam escolhendo os blogs certos...
Vou inserir o Leo Cunha nesta corrente, pra quem quiser indicações de iniciação no universo da leitura.
Muitos que passam por aqui, não gostam de ler livros, mas estão lendo blogs e espero que estejam escolhendo os blogs certos...
Vou inserir o Leo Cunha nesta corrente, pra quem quiser indicações de iniciação no universo da leitura.
"Um dia a velha pianista abriu a janela e viu uma menina sentada na varanda do vizinho.
- Como vai, garotinha?
Como já não enxergava muito bem, a velha pianista catou na gaveta da escrivaninha seus óculos de aro de metal e os ajeitou sobre o nariz.
Não havia nenhuma menina na varanda. Apenas a escultura de um anjo, em cima de uma mesa.
Mais do que depressa, a velha pianista devolveu os óculos para a gaveta e abriu um pequeno sorriso:
- Que dia frio, hem, garotinha? Parece que esse ano o inverno vai ser bravo..."
(A Menina da Varanda - Léo Cunha)
Tal qual todas as crianças, fazia as minhas "obras de arte", muitas vezes o personagem sádico ficava a fazer chacota da "artista".