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Apetite Insaciável

Estou lendo esse moço que diz que escreve para saber o final das histórias.

Ele simpatiza muito com o Brasil, viveu e tem parentes por aqui.

Conhece bem a alma do brasileiro.

Sempre causa muita polêmica com alguns comentários que faz.

Já afirmou que o Brasil é colônia


Cidadão de três continentes; sua mãe é brasileira, o pai é português e JOSÉ EDUARDO AGUALUSA nasceu em Angola. Junto com Mia Couto (Moçambique) e J. M. Coetzee (África do Sul) formam a tríade africana dos escritores mais festejados da atualidade.

Seus personagens saltam de um livro a outro, como se fossem de uma única história - Nessas histórias, o fantástico coexiste harmoniosamente com a crítica social emprestando sua voz àqueles que não possuem meios de se fazerem ouvir.

Acredita que a internet tem o poder de quebrar ditaduras, de transformar utopias em realidades, de aproximar os povos, independente das classes sociais - cita como exemplo crianças de aldeias indígenas - por que não, num futuro trocando idéias e experiências com os filhos de Bill Gates? A informação disponível aos pobres e ricos de forma igualitária - Isso é democracia.

Estou lendo "O Ano em que Zumbi Tomou o Rio", anteriormente li "O Vendedor de Passados" que uma amiga de Luanda me mandou - uma estréia! Lerei a obra completa, com certeza!

"O Ano em que Zumbi Tomou o Rio", parece que é obrigatório no curso de Letras - Quem faz Letras poderia confirmar - Apesar de ser ficção, o livro retrata bem a realidade do Rio de Janeiro. Mostra-nos que dia a dia invadimos fronteiras e mesmo assim, outras barreiras são erguidas. Temos medo da violência, dos estranhos e por isso reprimimos tudo que é diferente.

A Minha alma é carioca!



Mas o meu coração sempre se volta para o verde das montanhas de Minas!

O Pablo pensa que sou "Cariocasssss" e muitos da blogosfera também pensam assim. Na cidade onde moro pensam que sou "do sul".

Sou mineira, uai! Mas não falo o mineiro de Belo Horizonte - nem o mineiro do sul de Minas, onde nasci. Misturei os vários sotaques dos lugares que vivi. Verdade, penso que não tenho sotaques, mas não fujo de vez ou outra dar umas escorregadelas.

Na minha cidade contamos a história de uma pessoa que veio morar no Rio e receoso de ser chamado caipira ou de desagradar os cariocas (sei lá o que pensou), prestou-se a falar o carioquês. Em dado momento de um "pelada" de futebol e na eminência do parceiro de time finalizar um gol, ele gritou: "Carcanha, carcanha!!" - que não era um termo usado como usam atualmente no futebol, queria dizer apenas; chute! Chute! hehehe e ele se entregou.

Essa história ilustra um modo de ser do mineiro, que é fazer piada da própria desgraça. E sobra tempo para proseá, seja de janela, no portão, na beira do fogão ou numa mesa de bar.



O DEBA - Desafio Enviado para Blogueiros Amigos pede para falarmos daquilo que é usual em nossa terra. Acho que isso é invenção do próprio Pablo.

O modus vivendi do mineiro depende da região que ele habita. O Estado é grande e sofre influência das fronteiras de outros Estados. Algumas coisas são inerentes ao mineiro, como o orgulho de ser mineiro.

Dizem que só a mineira consegue encantar sem encarar os olhos e Joaquim da Mata, o Velho Quincas, filósofo dos cafundós de Minas, compara o jeito de ser de uma mineira com o de outra mulher e afirma que a "deferença" está no preparo.

"Que a Mineira não mente, conta lorota.
Não menstrua, fica úmida.
Não paquera, espia.
Não fica bonita, já nasce formosa.
Mineira não usa tênis, enfeita as alpargatas
Mineira não curte um som, ouve música.
A mineira não segue moda: faz moda"

Procure entender o modus vivendi do mineiro ou o modus cogitandi do nosso homem do campo e entenderá somente se habitar por lá. Se não puder, leia a narrativa da raiz de nossa História em Sagarana de João Guimarães Rosa.

Há 36 anos o "Clube da Esquina" reuniu músicos de Minas que não precisaram ir à São Paulo ou Rio de Janeiro, para fazerem aquilo que mais gostavam e conseguiram inovações harmoniosas e rítmicas, reunindo em um disco de vinil, vários estilos musicais, passando pelo erudito, gregoriano e há quem diga até pelo pop britânico. Tanta pluralidade para ecoar suas vozes, sufocadas pela repressão política.

Hoje são mais de 80 músicos que representam mais de três décadas desta História e celebrada com direito a jornal; O "Ponto dos músicos" que tem como editores Ronaldo Bastos, Milton Nascimento...e muitos outros. Consta por lá, o prefácio do livro de Márcio Borges, escrito por Caetano Veloso que fala muito desse modo de ser mineirinho - Os sonhos não envelhecem...


Foto site Clube da Esquina

O atual mineiro está bem diferente daquele de outrora e uma das características que mudou foi em relação a sua religiosidade. Antes o Barroco mostrava que a religiosidade para o mineiro tinha características humanas e agora no futuro, constatamos que o movimento dos inconfidentes só contribuiu para intimidar essa religiosidade e a intelectualidade mineira que à época era o berço da nação. Alguns culpam a teogonia de José. Será?

Mudamos também quanto à política. Credo, nem vou falar disso!

"Regressamos sempre aos velhos lugares aonde amámos a vida.
E só então compreendemos que não voltarão jamais todas as coisas que nos foram queridas.
O amor é simples e o tempo devora as coisas simples"

(José Eduardo Agualusa, "O Ano em que Zumbi Tomou o Rio")

Ser mineiro, é ser simples e direto. Como diz minha mãe "não estranhe a palavra minha filha, são coisas de velha e de mineira" Vai saber!

Gostaria muito de ler sobre o modo de ser de muita gente por aqui. Sei que nem sempre agregamos valores de onde nascemos e sim, somos o resultado de tudo aquilo que vivemos. Por hora deixo a tarefa para a Meire (Ribeirão Preto/Itália), Márcio Pimenta (Salvador/Chile), Júnior (Curitiba/São Paulo), Yvonne (Rio de Janeiro/Guarapari) e Tina Blue (São Paulo com pensamento em United Kingdom).

Estou no lugar onde sempre quis estar. Amanhã posso mudar, quem sabe? Porém os meus valores permanecem intactos, sempre serão os mesmos.

...em quietude, sem solidão

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