Luz de Luma, yes party!

imagem digital drops, assine a petição!

A petição já ultrapssou 60 mil assinaturas e a meta é chegar a 100 mil até o fim deste mês. Se você é internauta manifeste sua opinião. Participe da blogagem coletiva promovida pelo blogue Xô Censura (Censura Não!) difundindo sua posição sobre o projeto de Lei de Cibercrimes.

O projeto começa a repercutir fora do Brasil e entre as manchetes destaco: The End of Net Anonymity In Brazil, Terrible new Brazilian Internet law proposal will criminalize brazillions of people, The Proposal to Control Net Access, algumas nos comparando com a China. Não chegaremos à esse extremo, até porque o projeto inicial foi mudado, acho que 4 ou 5 vezes e revisado por último pelo Senador Aloísio Mercadante. E agora modificado, foi encaminhado para votação na câmara dos Deputados Federais e depois segue para sanção presidencial.

Você está chegando agora e não sabe do que se trata? Aconselho o resumão publicado pela Paula Góes no Global Voice e, para a minha satisfação pessoal e coincidindo com aquilo que penso a respeito, a Luciana Monte do Dia de Folga escreveu uma excelente análise, que assino embaixo e faço minhas as palavras dela.

Refresh...

Escrevemos a nossa História e tudo o que foi visto até agora tem objetivo principal contribuir para a compreensão da nossa realidade hoje. A realidade de um país latino-americano, dependente. Somos membros de uma sociedade onde um abismo separa a minoria extremamente rica e a grande massa empobrecida.

O Brasil favorecido com o crescimento industrial é predominantemente urbano, por outro lado, isso gerou uma "inchação" das capitais. O resultado tem sido o declínio da qualidade de vida das metrópolis, com o crescente número de favelados e mortalidade infantil, num percentual intimamente ligado à queda do poder aquisitivo da população mais carente (mesmo que os números do atual governo diga diferente, o aumento da cesta básica não acompanha o aumento dos salários).

O Brasil tem o título mundial de ter o maior índice de acidentes de trânsito. Palmas para a Lei Seca! E mesmo o brasileiro comprando cada vez mais carros, ainda enfrenta más condições de moradia, de transporte coletivo, de saúde e higiene, de educação e de lazer.

Nas cidades do país perambulam mais de 10 milhões de menores abandonados e a expeculação imobiliária desenfreada vai tirando a beleza da paisagem e a falta de mecanismos de controle favorece a poluição atmosférica, das águas, sonora e visual.

O homem brasileiro não tem boa saúde: 40% da população é desnutrida e 20 milhões não têm dentes. A proliferação de doenças endêmicas e epidêmicas é facilitada pela ausência de uma infra-estrutura higiênica básica.

Além dessas difíceis condições de vida, os brasileiros dispõem da internet como único canal para exprimir seus desapontamentos e propor soluções. De uma maneira geral, a sociedade não tem voz ativa na vida política nacional.

Nas tarefas de realizar o "interesse coletivo", os elites dirigentes, ao longo de nossa História, não têm feito mais que favorecer a si próprios. A ideologia difundida pelos instrumentos de mídia, desempenha um papel de abafamento dos conflitos que existem na sociedade brasileira. A insatisfação da população, muitas vezes, é dirigida para o combate ao banditismo, como se ele fosse causa e não efeito da má gestão dos governos.

E os sonhos de uma vida melhor são acalentados por soluções mágicas dadas pelos horóscopos ou pela sorte grande na loteria. Penetrando em milhões de lares, a televisão fortaleceu os valores do "Tenho, logo existo" e determinados padrões de consumo bem cosmopolitas. Ao lado de uns poucos programas de inegável qualidade, estão as novelas e os enlatados de valores discutíveis.

Tudo isso pode nos dar a impressão de que a sociedade brasileira perdeu o seu dinamismo. É falso, ela está extremamente ativa, embora numa situação política dificil; estamos aqui pleiteando o direito de usufruir plenamente daquilo que, como dados apontam, a internet no mundo todo cresce dia a dia e porque não participarmos disso? A rede nos une para lutarmos principalmente contra o mal que insiste em se instalar.

Porque querem nos podar?

Participam da blogagem: