Não tarda aprender a arte de perder, como lidar com as perdas?
A arte de perder não tarda aprender;
tantas coisas parecem feitas com o molde
da perda que o perdê-las não traz desastre.
Perca algo a cada dia. Aceita o susto
de perder chaves, e a hora passada embalde.
A arte de perder não tarda aprender.
Pratica perder mais rápido mil coisas mais:
lugares, nomes, onde pensaste de férias
ir. Nenhuma perda trará desastre.
Perdi o relógio de minha mãe. A última,
ou a penúltima, de minhas casas queridas
foi-se. Não tarda aprender, a arte de perder.
Perdi duas cidades, eram deliciosas. E,
pior, alguns reinos que tive, dois rios, um
continente. Sinto sua falta, nenhum desastre.
- Mesmo perder-te a ti (a voz que ria, um ente amado), mentir não posso. É evidente: a arte de perder muito não tarda aprender, embora a perda - escreva tudo! - lembre desastre.
Poema de Elizabeth Bishop, retirado do livro "A arte de perder" de Michael Sledge.
<¬ Clique no play para escutar
"Mãe oh mãe / Há tanta vontade em mim / Que mal posso me manter de pé / Se nunca lembrar de ti"
Eu não me canso de ouvi essa música, mas ao contrário do Lucas Castello Branco, compositor e intérprete da música acima, fui criada por apenas uma mãe. O que não acontece com muitas crianças atualmente que também são criadas pelas avós, tias... Enfim, ele teve quatro mães e viveu até os 13 anos em um monastério - o que não fez dele um monge - mas lhe deu uma pureza diferenciada para compor. Gostou? Quer baixar todo o cd, eu deixo! Basta clicar no link.
Eu escolhi essa música para colocar no post, porque hoje faz 4 anos que a minha mãe faleceu e ainda não consegui tirar o luto. Não sei quando isso acontecerá, mas também não tenho pressa. A saudade que sinto da minha mãe é bem gostosa!
Em 2006, participei de um "Post.com" (Postagem Comunitária) em homenagem ao "Dia das Mães" - Esse era o nome que a Micha colocava nas "Blogagens Coletivas" - Ela foi pioneira - E você que não sabe, o termo "Blogagem Coletiva" foi cunhado pela primeira vez por euzinha e folgo em ver que a blogosfera adotou de pronto. Mas nem sempre foi assim... Não faz muito tempo, as blogagens eram muito mal vistas entre os blogueiros mais antigos que odiavam falar sobre um mesmo assunto e as viam apenas como uma forma de troca de links. Eu não estava nem aí para essas besteiradas!
Nessa blogagem de 2006 em homenagem às mães, era pedido que falássemos sobre as nossas mães e eu escrevi sem saber que 4 anos mais tarde, minha mãe não estaria mais presente fisicamente em minha vida. Eu não mudaria o meu jeito com ela - talvez o apavoramento me tirasse a naturalidade. Papai do céu faz tudo certinho! Vou colar aqui, uma parte do que escrevi lá (Se quiser ler todo o texto, siga o link).
Alguns blogueiros mais antigos já leram aqui no blogue textos da minha mãe e os mais novos, gostaria que sentissem um pouco de quem vim...
"Minha mãe está com 82 anos e quando olho dentro daqueles olhos, tento olhar mais fundo, bem lá dentro do seu interior. Quantos segredos, preocupações, saudades ali escondem? Será que tem medo, sofrimento e resignação?
Ela era uma linda garota, de pele alva, olhos verdes acinzentados, cabelos pretos azeviche com longos cachos. Magra, cintura apertada, altiva e bela. Teve forças aos 35 anos para enfrentar a família e realizar o sonho de "casar por amor". Em 1960 casou-se com um homem mais novo que ela 15 anos. Como punição por esse ato, foi deserdada. Para os meus avós aquilo era uma afronta, para eles e para a sociedade. Uma moça que negou tantos partidos bons, casar-se com um pobre emigrante? Mas ela foi atrás de um sonho e casou-se com o amor da vida dela. Realizou também outros sonhos, foi a primeira mulher reitora de uma universidade no Brasil. Os anos passaram e os sonhos parecem que agora estão em uma terra longíngua, ou eles ficaram mais simples? Hoje só quer ver os netos crescidos e formados.
Tenho muita necessidade de olhar minha mãe de perto, ela percebe e parece que tem medo de que eu examine o seu interior. Gosta de se resguardar. Olho o seu rosto e tento gravá-lo na minha memória, porque a cada dia o seu contorno parece mais tênue, apagado e sereno. Usa óculos e olha-me como me repreendendo, seus olhos continuam brilhantes e vivos. E como num espanto fala, das coisas erradas que anda vendo pelo mundo.
Tenho medo de abraçá-la com força, medo de quebrá-la. Está mais baixa e frágil. Aquela mulher da minha infância, torre de força e coragem, onde está? Será que viverá agora assim com esse ar de quem pede desculpas por ter vivido?
A minha mãe tem um canto mais luminoso, doce, colorido e secreto que não se apaga.
Com os anos parece que tenho ficado parecida com ela. Ainda lembro quando ela era cheia de sonhos.
Do outro lado do espelho está o rosto da minha mãe, olhando–me com olhos de espanto!"
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Ô Luma:
ResponderExcluirNem sei o que escrever...
Já te contei em outra oportunidade, que também não tenho mais meus pais vivos no plano físico.
E também guardo boas recordações, embora entre elas existam algumas tristezas...
Perdas fazem parte do ciclo da vida e vou te deixar uma dica de livro (se é que já não conhece): PERDAS NECESSÁRIAS de Judith Viorst.
Boa semana.
Bjs.:
Sil
Querida Luma
ResponderExcluirQue mulher admirável e forte foi a tua mãe!
Sei bem como é a dor da perda e penso que você tem razão de não ter pressa de tirar o luto.
Fui criada por duas mães e uma delas era a minha avó materna e até hoje não consegui tirar o luto, mas se passaram quase 25 anos!
Ainda hoje sinto aquela dor no peito e choro por uma saudade que corta.
Nunca consegui amar ninguém como a amei e nunca me senti tão amada.
Receba o meu abraço apertado.
Léia
Muito bonito, Luma! Que admiração pela sua Mãe, uma grande mulher, sem dúvida! Também sei que me vai custar muito um dia o luto da minha :(
ResponderExcluirBeijinhos, boa semana!
Li, reli, ouvi a música e voltei a ler. Ausentei-me e voltei de novo porque além da minha comoção identifiquei-me nas tuas palavras, na vivência que tiveste com os pais, depois só com a tua mãe.
ResponderExcluirA minha mãe com quase 85 anos ainda é autónoma. Também casou por amor indo contra tudo e contra todos, não foi deserdada porque os meus avós nada tinham:). O meu pai partiu há 16 anos, fiz há muito o luto, porque dou tudo em vida e assim fico de consciência tranquila.
A minha mãe sofre por todo o seu rebanho: 4 filhos, 2 genros e uma nora, 9 netos e 13 bisnetos, e a ausência tão sofredora do meu falecido irmão João que morreu perto dos 21 anos.
Como sou a que estou mais perto dela, manda e ralha comigo como se eu fosse uma miúda o que jamais nenhum dos meus irmãos o permitiria. É doce, muito doce, sofrida e encontra na sua Fé a almofada que atenua a dor de não estar rodeada por todos. Uma cabeça melhor do que a minha...mas consigo ler nos seus olhos e sobretudo da sua voz (telefono vária vezes ao dia) se está bem ou não.
Uma vida recheada de tudo - bom, mau e muito mau...mas uma mulher pautada pela educação, honestidade, sempre, mas sempre a lutar em prol dos outros nem que seja apenas através das suas orações. Devora livros, escreve muito e já escreveu dois de quando era criança e até ao nascimento dos filhos. Vejo-a a descair a cada dia que passa...numa resignação satisfeita ou insatisfeita. Todos os dias tem visitas das vizinhas já que ela é o "confessionário" de todas, porque as sabe ouvir, porque sabe dizer a palavra certa na hora certa e assim vai passando os seus dias e fico tão triste incomodada quando ela me diz...filha, menos um dia. Ao que eu respondo também para mim...mas dói-me ver que as limitações são obra do tempo que passa.
Obrigado por este post e felizmente que até hoje soube lidar com as perdas já sofridas e que não foram poucas.
Que Deus te ajude e que continues nesta tua tarefa de "transmitir neste mundo de cabos" valores reais, dignos, educacionais e de postura perante a VIDA!
Ler-te é para mim...um carregar de baterias!
Beijos e boa semana
Querida Luma
ExcluirO seu texto é espantoso! Admiro-a pelo amor incondicional que continua a nutrir pela figura da sua mãe.
Perdas! Se se referem a coisas,mal sentimos.
Porém ,quando falamos de entes especialmente queridos, aí o caso muda completamente de figura.
Via na sua mãe um misto de«medo,sofrimenrto,resignação»?! Eu sou uma avó que sente tudo isso,ao olhar para as minhas netas.
Quero felicitá-la pela mãe maravilhosa e forte que teve e também pelos seus belos sentimentos.
Desejo-lhe uma boa semana sem sofrimento no coração.
Eu entendo que as piores dores são as da alma.As outras,com um qualquer analgésico, mais hora menos hora, acabam sempre por passar!
Não esqueça a sua mãe,nunca.Se não consegue tirar o luto, isso não é problema,acredite.É só...sinal de um grande,grande,amor! Bem haja,por isso.
Um beijinho
Beatriz
Querida Luma
ExcluirO seu texto é verdadeiramente espantoso!Admiro-a pelo amor incondicional que continua a sentir pela figura da senhora sua mãe.
Perdas?! Quando se referem a coisas,mal sentimos!
Porém se se referem a entes especialmente queridos, perdemos o chão,ou ele deixa de ter sentido.Os dias são longos, a dor é imensa!
Não se preocupe se tarda em deixar o luto.Isso não importa .O que importa é a marca que a sua mãe deixou em si. Deixe-me felicitá-la pela figura forte que essa senhora foi!
Fique bem, minha querida.A minha admiração por si!
Um beijinho
Beatriz
Texto sentido e comovente em cada linha nele traçada.Por não dizer do fundo musical a ele relacionado,simplesmente emocionante! Acredito já ter dito em outro post seu em homenagem a sua mãe querida,de como percebo dia após dia a relação profunda que nós filhos,principalmente mulheres,temos com nossa mãe.Parte daquilo que somos e não tempo ou distância capaz de cancelar este profundo elo,para mim,eterno...Grande abraço e é sempre gratificante por aqui passar!
ResponderExcluirLuma,
ResponderExcluirA perda é, de certa forma, um ganho. Jamais estarás sem sua mamãe. Sua presença física não tens, mas ela está presente contigo, não sentes? Sua imagem guardada eternamente em tua lembrança e em teu coração.
Um beijo grande, menina
Fico aqui admirando essa saudade boa e doce que te acompanha.Saudades de mãe é bom sinal.mostra que recebeste tudo que ela carinhosa e amorosamente te passou. Não precisa ter pressa mesmo, conviver com essa saudade, desde que doce, não faz mal! beijos e sempre lindo te ler! chica
ResponderExcluirQue belo texto,senti a energia dessa Mulher de 80 e poucos anos com uma bela história,que escolheu viver um grande amor apesar de:
ResponderExcluirLuma gratidão por partilhar ,nos deixar ler tão belo relato de uma vida cheia de energia e vitórias.
Sinta-se em paz.
Beijos.
Belo texto Luma!
ResponderExcluirNão sei se te deixa triste, mas acredito que a saudade da nossa mãe ficará para sempre. A minha se foi a 29 anos e eu me lembro de tudo como se fosse hoje, sinto saudade e as vezes choro como se tivesse ocorrido há pouco tempo. Hoje que sou mãe, sinto falta dela para me ensinar como ser mãe e para deitar no colo dela e ouvir palavras doces quando meus filhos estão me enlouquecendo. Queria muito ver como ela seria como vé. Mas creio que do Céu ela olha por mim. bjo no seu coração.
Nunca tivemos nada, nunca teremos nada, apenas aproveitamos o passar das coisas por nós. Aprender a perder é tão importante quanto aprender a ganhar, pois neste mundo "desde que se nasce já se começa a morrer." AMO POR QUE PRECISO e só o amor é eterno.
ResponderExcluirNão haveria porque tirar o luto se não é necessário. Não existe motivo para afastar aquilo que nos compoe, exceto se nos faz mal. Partes de nós não são feitas para nos perder, mas sim para nos (re)encontrar, leve o tempo que preciso. Afinal, a historia que ela escreveu com a propria vida, é norte e guia para você continuar escrevendo a sua, como direta e indiretamente costuma nos contar por aqui :)... beijos!
ResponderExcluirQue Blog lindo!
ResponderExcluirCheguei aqui através da Luciana, do Blog: Histórias de uma bipolar e fique certa voltarei sempre.
Grande abraço e fique com Deus, já estou seguindo-a.
Eu não gosto de perder...
ResponderExcluirMas na vida a gente para ganhar e avançar precisa deixar algumas coisas de lado.
bjokas =)
Essa hora da manhã e eu deixei as lágrimas rolarem, que lindo, emocionante..doces lembranças da sua mãe , isso é mto bom,com certeza ela está sempre ao seu lado! .
ResponderExcluirLembrei da minha mamis que está com 83 anos e vivo longe dela, e só vejo 2 a 3 vezes no ano.
Perdas de entes queridos são muito dolorosas, até hoje sinto muita falta do meu caçula, fico imaginando como seria se estivesse aqui...... o pesadelo passou , ficou só a saudade que também dói!
mas é a única certeza que temos!
Um grande abraço!
mais tarde irei ler sua postagem
Luma, que lindo post! É preciso coragem para ser feliz, e sua mãe foi sem dúvida uma mulher valente. Acho que ela deve estar bem orgulhosa, pelas variadas maneiras aqui sempre tão bem representada pela sua filha sempre tão inspirada.
ResponderExcluirUma linda semana e beijo grande yvone
LINDO! LINDO! LINDO! Confesso que deu água aqui no ollho - e olha que não sou disso... hehe!!! Algumas saudades a gente vai sentir pra sempre, Luma... e é por isso que elas são melhores que as outras!!! E na minha cartilha funciona assim ó: quando mais dura nos parece a perda é sinal de que aquela presença realmente valeu! Beijos, querida!
ResponderExcluirLindo esse texto que vc escreveu para a sua mãe. Perdas sempre são dolorosas. Por mais que passe o tempo ainda dói... E esse poema da Bishop o Jorge Pontual declamou um dia desse lá no programa Globo News Em Pauta! Achei linda!!!
ResponderExcluirBeijos
adriana
É esse sentimento que sinto até hoje só em lambar em pensamentos as perdas do meu pai e de minha mãe.
ResponderExcluirE seu texto nos remete as muitas outras perdas que se tornaram aprendizado para a vida inteira enquanto durar.
Abraço
Oi Luma,
ResponderExcluirbonito texto, linda homenagem. Ainda tenho minha mãe viva, na flor de seus 83, ainda querendo fazer muitas coisas na vida. Mas como fui criada pela vó, entendo muito bem das saudades que a gente sente de quem partiu. Sua mãe deve mesmo ter sido uma mulher notável, parabéns! Li a dica da Silvana, sobre o livro Perdas necessárias, da Judith Viorts, é realmente um grande livro. Tem uma passagem dela com a mãe que é de matar! A gente chora mesmo.
Um bj
Marli
Blog da Marli
É sempre bom recordar dos antepassados queridos. Também recordo de minha mãe contando histórias ao redor da lareira. Abraço, Luma.
ResponderExcluirBoa noite amiga Luma!!!
ResponderExcluirE por isso que é sempre melhor falarmos, agirmos e guardarmos no coração e até mesmo em papéis, fotos...momentos assim...para serem lembrados para todo o sempre...
Mãe, um presente único que Deus nos enviou para ser nosso anjo aqui na Terra...e sua mãezinha está sempre ao seu lado, pois jamais deixará de ser seu anjo da guarda...
Tenha uma semana feliz e abençoada!!!
Bjokas...da Bia!!!
Estou aqui cheia de lágrimas...
ResponderExcluirNão consigo imaginar a dor dessa saudade! :(
Uma amiga me disse que esta dor nunca passa, só ameniza.
Um bj, Luma!
Oi, Luminha,
ResponderExcluirAcho que a gente devia mesmo ser ensinado a perder, pois isso talvez nos tornasse mais fortes nos episódios das grandes perdas. Eu estudo (por minha própria conta) religiões e livros sobre as sabedorias humanas. Uma vez eu li um texto em que o autor insistia em que devíamos nos tornar insensíveis às grandes perdas da vida, pois o quebrantamento nos mata também um pouco, e pode nos matar realmente. Isso é uma grande verdade e eu mesma já testemunhei casos em que pessoas morreram porque não suportaram algumas perdas. Uma dessas pessoas foi uma mãe que não suportou a perda da filha. Acho que nos tornar insensíveis não é a solução, pois isso também nos faria menos humanos. Mas é certo que devêssemos mesmo adquirir algum tipo de sabedoria nesse sentido, rsrs.
O texto sobre a sua mãe é lindo e transbordante de amor!
Um grande beijo!
É ruim perder qualquer coisa.
ResponderExcluirPerder pessoas então é horrível;
Bjs
Oi, Luma!
ResponderExcluirComovente ao extremo suas palavras. Eu também ainda sinto a ausência da minha mãe que se foi há 4 anos! Sei o quanto essa dor lateja e aperta o coração a ponto de faltar o ar! As lembranças serão sempre nosso alento! Beijos!
Sua tem uma linda história de vida para deixar e na vida não se perde tudo se transforma em algo..beijo Lisette.
ResponderExcluirDe uma beleza triste seu texto <3
ResponderExcluirum beijo
O poema diz que nenhuma perda trará desastre.
ResponderExcluirVocê fez da sua perda, um cântico de amor àquela que também soube te amar do tamanho da sua saudade.
Ai, Luma, que saudades que as mães dão.
bj Zizi
Que lindo, Luma... que delícia ter uma mãe assim...
ResponderExcluirHoje sou mãe e digo que filho é a coisa mais sensacional que pode nos acontecer. Não vou me estender muito... não tenho muito o que dizer...
Beijos, querida!
Lindo o poema, Luma. A música eu nunca tinha ouvido mas é mt bonita. E eu te entendo. Meu pai morreu em 2004 e ainda não superei. Nem acredito que venha a superar. A gente convive com a dor, mas só isso. Bjs
ResponderExcluirBoa tarde, Luma!
ResponderExcluirQue texto comovente sobre sua mãezinha, me fez ver a minha também. Eu sempre olho pros olhos dela, tentando entender algumas coisas, enxergar outras... a amo demais.
E acredito que nunca nos despedimos desse amor, não importa quanto tempo passe sem eles por perto.
Como sou nova de blog, não conhecia o termo blogagem comunitária e nem sabia de onde tinha vindo as blogagens coletivas, mas sempre achei legal, ver todos participando de um tema interessante. Imagino que no começo não deve ter sido tão aceito pq toda mudança assusta, mas quem vem vindo vem aderindo e aí a filosofia muda.
Que sua tarde seja maravilhosa.
Parabéns pelo seu texto comovente e que adorei ler.
ResponderExcluirInfelizmente, a relação entre mim e a senhora que me colocou no mundo foi muito má sempre desde o início, pois ela queria um rapaz...
Quando morreu, usei roupa preta e branca durante um mês, mas nunca esqueço dela em minhas orações, para que tenha Luz e arrependimento (para seu próprio bem).
Abraço com muito carinho, Luma
Luma, a perda sempre nos é difícil, principalmenrte quando se trata de um ente muito querido , como sua mãe. Sei o que sente, pois já tem algum tempo que nãoi tenho mais, nem meu pai, nem minha mãe.
ResponderExcluirGosto muito de pensar e creio muito nisso, que um dia as saudades se dissolverão num belo encontro de amor em uma outara dimensão.
Um grande abraço, minha amiga.
Élys
Oi Luma! Você é de uma sensibilidade rara. Certamente sua mãe também era. E tudo quanto nos é ensinado com amor, não se perde nunca. Minha mãe me ensina tudo o que eu sei e Laura tem uma afinidade admirável com a minha mãe. Ela é o centro da família. Beijo!
ResponderExcluirLuma, acho que essa é uma lição que nunca vou conseguir aprender! Minha mãe é ainda jovem, mas como meu pai se foi muito cedo essa coisa de tempo deixou de me dar alguma segurança. Mas a gente vai vivendo.
ResponderExcluirE viva as blogagens coletivas, foi assim que vim parar aqui ;) Grande beijo.
Oi Luma,
ResponderExcluirNão deveria ser assim, mas perdas sempre trazem pequenos desastres...
é que é difícil (pelo menos pra mim), se acostumar com algumas delas.
Olha, algum tempo atrás, li a respeito da primeira mulher reitora de universidade no Brasil...então foi sua mãe! adorei saber isso.
Li agora sua BC de 2006 e achei maravilhosa, tenha certeza que sua mãe amou aquele texto.
Bjs!
Boa tarde luma
ResponderExcluirgostei muito do poema , perder pra mim significa muitas
vezes abrir mão , o que não é facil.
beijinhos
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
Que triste perder.....
ResponderExcluirSem palavras
Perdi meu pai, mas mãe eu tenho
Mas li e fiquei comovida
Bjusss
**Rita**
Luma querida,
ResponderExcluirque história linda da sua mãe.
Mulher guerreira, soube enfrentar as barreiras.
Com certeza só deixou saudade e uma saudade
gostosa, regada de boas lembranças.
Infelizmente a perda faz parte de nossas vidas, uma triste
realidade que chega pra todo mundo.
Parabéns pelo texto!
Bjs, fique com Deus ♥
Olá Luma
ResponderExcluirLinda postagem. Perder é difícil demais, porém Deus sempre nos dá força para prosseguir. Bjs querida.
Olá Luma !
ResponderExcluirQue história linda ,infelismente as perdas acontece nas nossas vidas ,graças a Deus eles nos da forças .
sem palavras
bjs ,fique com Deus
Oiiii Adore sempre vir aqui no seu cantinho, pois escreves muito bem!
ResponderExcluirQue linda música e que história comovente. Moro longe da minha mãe, ela muito pouco vem me visitar e eu consigo ir pouco vê-la....Mas este texto fez eu lembrar-me muito dela e a saudade apertou. bjssssss
Que beleza de texto rico em reflexões e tambem ternura.
ResponderExcluirSomos pequenos ainda para entender e conviver com as perdas e estas muitas vezes nos tiram o eixo.Não somos e nem fomos educados para as perdas, talvez aí esteja o nosso maior erro.Apegamos e criamos esta faça idéia de eterno, mas este só existe em nossas mentes e lembranças.Começamos perdendo dentes, infancia, juventude, namoradas, esposas e vamos ao longo dos anos acumulando perdas de todas as formas, e algumas corremos para a reposição e outras não temos solução, neste momento que vem a reflexão e concentração para não nos deixarmos levar pela angustia e depressão. Viver é aprender a perder e nunca se perder.
Gostei muito e este tema dá para se falar muito mesmo minha amiga.
Sempre bom ler suas postagens ricas e belas.
Meu terno abraço de toda paz.
Beijo.
Sensível e belo texto, Luma!
ResponderExcluirNão há disciplina que ensine esta arte, e se houvesse, a perda de pessoas tão queridas seria mesmo dificílimo atingir uma nota aceitável!
Por aqui, os portugueses dizem "adeus" ou "adeusinho" ao se despedirem, no lugar do nosso "até logo". Não digo adeus pois ainda na minha mente esta palavra é definitiva, para sempre. E para a despedida definitiva, a perda, a morte, tento me preparar mas sem muito sucesso. Está ali na esquina do tempo, a percebemos bem e ela a nós. Mas evitamos o mais leve pensamento até nós somos confrontados por ela.
Parabéns pela brava vida que teve sua mãe. Parabéns a você!
Oi Luma!
ResponderExcluirLindo texto, cheio de emoção. Parabéns.
beijo grande,
Luma,que linda homenagem a sua mãe que pela descrição é uma fofa! Disse é porque acredito que as mães nunca morrem...Canção que emociona! bjs,
ResponderExcluirOi Luma querida, que lindo e emocionante texto. Não conseguir segurar as lágrimas que rolaram enquanto lia. Lembrei de minha querida avó materna, minha segunda mãe, que perdi repentinamente no mês de fevereiro. Tinha completado dias antes 86 anos. Ela era tão cheia de vida, tão lúcida e forte, mesmo nos seus últimos dias jamais acreditei que ele seria "levada" tão cedo... Saudades de todos os abraços apertados, de sua companhia, das brincadeiras e conversar...Não somos preparados para perdas e acredito que isso é da natureza humana, não há como aprender a perder alguém que tanto amamos... Beijos.
ResponderExcluirE M O C I O N A N T E! Um depoimento feito com a alma, aquele reflete verdadeiramente a expressão "falo do fundo do meu coroção". Mãe é algo que não se explica. Eu não sabia, mas não chega a ser uma surpresa em se tratando de LRosa, saber que foi vc quem lançou na blogsfera o termo Blogagem Coletiva. Um grande abraço.superlinda.com
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