Boa sorte, meu amor!
Você é o que você perde...
"Boa Sorte, Meu Amor", eleito melhor Filme no 65º Festival del Film Locarno (Suiça), na categoria "Cineastas do Presente", tem estreia marcada no Brasil para o dia 20 de setembro, durante o 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O filme também marca a estreia do cineasta pernambucano Daniel Aragão como diretor de longas-metragens. A trilha sonora original foi composta pelo músico finlandês Jimi Tenor.
Influenciado pelo "Cinema Novo" de Glauber Rocha e pelos filmes dos anos 50 e mais antigos, mostra a cidade de Recife em preto e branco. Esse “anti-romance” trata do passado e do que a gente abandona na vida, quebras, rupturas e, o aborto tratado como o máximo do abandono. Sim, o cineasta é contra o aborto.
Vinicius Zinn e Christiana Ubach, interpretam Dirceu e Maria que lidam com a vida de formas diferentes. Ele quer enterrar o passado de sua família e ela vive o presente desregradamente. Ele quer um mundo estável e ela acha que nada é como deveria ser. Quando eles se encontram, Dirceu passa a desejar mudanças...
O filme começou a formatar na mente de Daniel Aragão, no funeral de sua avó, num momento em que muitas histórias sobre o passado da família vieram à tona. Sua avó foi muito importante para a família. Até o final, ela viveu em uma fazenda. Sua morte abriu o passado da família e Daniel percebeu que sua geração, basicamente de cidadãos urbanos poderia muito bem ser a última com memórias do campo, onde seus pais e avós viveram originalmente.
Uma das mais belas palavras em português, ou mesmo em qualquer língua, é saudade. Difícil de traduzir, pois transmite um anseio nostálgico por um amor perdido, lugar ou tempo que nunca voltará - Com esse recurso nostálgico, foi acrescida narrativa de ficção para todos os eventos e relacionamentos. Um poema visual. O filme se move em clima cada vez mais noir-ish que lembra o início de David Lynch, Lars Von Trier e Wong Kar-Wai e representa uma voz fresca no cinema brasileiro.
A mensagem é dada para uma geração de brasileiros que nasceram no início dos anos 80, geração que perdeu todo o contato com as raízes familiares rurais. Esta mensagem personalizada está no coração de "Boa sorte, meu amor".
Não sei porque a essa altura me lembrei de Emile Dickson "A alegria é um vento que nos levanta do piso e nos deixa em outra parte, em um lugar em desaviso".
Emile Dickson fala de uma alegria no presente, mas talvez o nosso passado seja algo que fica em suspenso quando recordamos com alegria e sentimos saudades. Paramos para lembrar. E nesse congelamento das lembranças, traços de memórias, um stand by no tempo, resgatamos valores que nos foram passados por nossos pais. Mas qual passado, qual vivência estamos passando para a nova geração? Se não temos memórias particulares, temos uma parcela de culpa na "Falta de Memória do Brasileiro".
Que abordagem extraordinária a desse filme, Luma. eu vou querer ver muito. Abraços. Paz e bem.
ResponderExcluirEstou ansiosa também! Tive algum material em mãos, mas não o filme completo. Paz e bem!! Beijus,
ExcluirTbm acho que vc escreveu de forma tao apaixonante que ja to querendo ver. A música é linda, a moca é linda e o clima tbm. Adoro filmes brasileiros!
ResponderExcluirBjs Luminha e valeu a dica!
Jura? Até fui reler para identificar essa forma. Acho que sou assim, escrevo como falo.
ExcluirEscuto essa música no repeat! Aliás, não conhecia Jimi Tenor e agora estou ouvindo muita coisa dele!
Beijus,
Depois de uma linda e reflexiva apresentação, estou aqui com a curiosidade em alta para assistir e tirar minhas conclusões, alias dividir minha opinião e somar conhecimento!
ResponderExcluirMinha amiga eu carrego comigo todo um passado carregado de simples e natural... estou aos poucos tentando implantar sementinhas livre do materialismo e consumismo voraz na minha pequena.
Querida hoje te convido para um café/ou um chá com um bolo quietinho para comemorarmos 365 dias do Pequena Aprendiz!
Bejinhos carregado de gratidão.
Lorena Viana
Lorena, quando temos criança em casa, as nossas raízes vêem à tona. Junto com o crescimento dos filhos, lembramos da nossa história, das nossas brincadeiras de crianças e também de como foi a nossa criação. De certo modo, isso é resgatar o passado do nosso baú que por vezes fica com a tampa abaixada.
ExcluirObrigada você, Lorena!! Convite aceito!!
Beijus,
Lindo modo de apresentar o filme.Deu vontade!beijos,chica e tuuudo de bom!
ResponderExcluirQue bom que gostou, Chica!! Adorei a homenagem que a Lucinha fez para você!! Beijus,
ExcluirQue abordagem precisa, circulando pelo tempo daixado em saudades, mas também de recordções, memórias imprescindiveis.Adoro ir ao cinema e este filme já estou agendando d marcando no google +.
ResponderExcluirEstou sentindo falta dos seus exclentes comentários na no va série.
bjs
Uau, Legal!! Estou namorando esse filme faz tempo e agora depois de uns aperitivos, estou com mais vontade ainda!
ExcluirDesculpa, Norma!! Esta um pouco complicado para mim conciliar a vida online do mundo em 3D :)
Beijus,
Gostei, a princípio, e achei intrigante a frase "você é o que você perde", suscita uma reflexão.
ResponderExcluirBjos, muitos.
Sim! Tudo o que perdemos, carregamos pela vida como um pedaço que falta. Se trabalhamos as perdas, o nosso modo de ser fica mais resolvido e mais leve. Sem muito peso nos ombros. Beijuzinhos...
ExcluirOlá Luma,
ResponderExcluirMas que abordagem legal desse filme um tanto antigo, mas feito nos dias de hoje.
Sabia que eu gostei, difícil eu ver filmes de época, mas realmente me encantei, um anti romance, mas instigante.
Um grande beijo, tenha um ótimo dia.
É um filme novo com tonalidades do passado. Não é de época. Gosto desse olhar novo para o passado, sempre ressaltando o que existia de bom, porém trazendo para o presente. Talvez você se surpreenda com o filme ou não compreenda, por que existem algumas narrativas que no final o telespectador ficará confuso. Algo para encucar! (rs*) Beijus,
ExcluirLu, amo filmes! Esse parece interessante. =)
ResponderExcluirAh, você tem facebook? Se tem me diz para eu te adicionar.
Bjos...
Oi, Susy!! Não foi você que foi na página do "Luz"?
ExcluirAssista o filme quando entrar em circulação no Brasil, você vai amar!! Beijus,
Oi Luma!!!
ResponderExcluirAdorei a indicaçãodo filme.
Beijos
Selma
:)
ExcluirOi Luma
ResponderExcluirtu és muito querida e atenciosa, obrigada com
a ajuda no nome da orquìdia!
de coração bjss
Lena, o J.F. é expert!! Participa de muitos concursos e também é criador. Obrigada você que nos proporcionou esse momento interativo!! Beijus,
ExcluirPensar no passado, pra mim, nem sempre é bom, mas é muito bom ter do que se lembrar. Quem não tem um passado marcante, não viveu.
ResponderExcluirO filme parece muito interessante. Já está na minha lista.
Luma, beijos!!!
Clara, quando o passado é triste, não é bom lembrar, melhor enterrar! Mas será que foram apenas tristezas?
ExcluirBeijus,
Luma, você já conquistou o meu interesse por esse filme! Você escreve muito bem!
ResponderExcluirBeijos.
Obrigada, Sonia!!
ExcluirOi Luma!
ResponderExcluirQue filme lindo esse! Não sei se foi sua maneira apaixonante e apaixonada de apresentá-lo, mas aborda temas muito tocantes mesmo. Vou querer vê-lo.
Beijinhos!
Tenho certeza que você vai gostar!!
ExcluirQue lindo!
ResponderExcluirDeu vontade de assistir ;)
Beijos =)
Lindo, lindo, mesmo!!
ExcluirBeijus,
Oi Luma!
ResponderExcluirDepois dessa "review" não tenho outra saída: vou assistir !
beijos querida, aproveite o feriado!
Obrigada, Tina!!
ExcluirAproveite o feriado também!!
Beijus,
Olá Luma!
ResponderExcluirObrigada pela dica cultural! Adoro ver bons filmes!
Beijos
Não precisa agradecer. Depois que assistir, me diga o que achou!
ExcluirBeijus,
Luma Lumita!
ResponderExcluirEu fiquei aqui lendo e me coçando para ver este que nos fala.
Deve ser ótimo mesmo e eu amo temas assim, apaixonantes e familiares.
Obrigada pela dica e beijocas cariocas
Beth, tenho certeza de que vai gostar! Muitos valores expostos e casados com o presente. Tudo de bom!! Beijus,
Excluir.
ResponderExcluirMais que comentário fofo,
você projetou na tela do
cinema do meu blog.
Adorei, juro.
Beijos,
silvioafonso
.
Que fofo é você!!
ExcluirTenho pensado mais detidamente nisso, Luma, desde que me aposentei.Não sei se porque na ativa eu alimentava a história de todos nós diariamente e agora, sinto um vazio nesta questão. Sempre fui uma contadora de histórias dentro de cada disciplina ministrada e gosto disto.Fiz um post meses atrás sobre a "importância das coisas perdidas",sejam elas concretas ou subjetivas,e como a perda destes laços nos deixa supérfluos.
ResponderExcluirAlém de aguçar a curiosidade para ver este filme que me parece sensacional, vc me trouxe , neste exato momento intenções a respeito da memória de quem fomos, das nossas raízes.
Ótimo feriado.
Mil bjos,
Calu
Calu, também me pego com esses questionamentos. Ainda mais quando encontro pessoas vazias que parecem que nasceram de uma cebola. Pessoas sem valores e que teimam até em colocar filhos no mundo.
ExcluirVocê vai gostar bastante do filme!! Beijus,
Oi Luma,
ResponderExcluirCom certeza, estarei la, no Cine Brasília, para assistir.
Beijão.
Bom final de semana com feriadão...
Corrigindo: No CCBB de BSB, dia 21/9.
ResponderExcluirBeijão.
Legal!! Acho que dia 21 a apresentação será a tarde.
ExcluirDepois me diz o que achou!
Beijus,
Bela indicação.Vou ficar atenta para assistir quando estiver passando aqui na minha cidade.Gosto de informações e opiniões porque sempre nos levam a apreciar com um novo olhar.
ResponderExcluirQuerida, tenhas um feriado ensolarado e feliz.Bjs Eloah
Que o sol também brilhe por aí!! Espero que você goste do filme! Beijus,
ExcluirOi, Luma, me parece mesmo uma história interessante, ótima dica! Um abraço!
ResponderExcluirNão assisti todo o filme, mas o que me foi aberto, gostei bastante! A Beth vai assistir em Brasília. Vamos esperar seu parecer. Beijus,
ExcluirNão posso estar presente na estreia... as viagens estão esgotadas e suponho que os aviões se deslocam no ar e não na água, rsss, rsss, rsss.
ResponderExcluirCumprimentos e bom cinema.
Freta um jatinho :) Eu te espero!!
ExcluirAh, medo de avião?
Obrigada, mon ami!!
Beijus,
OI Luminha o seu relato sobre o filme me deixou com uma curiosidade. Assim que entrar vou ver e voto aqui tá?
ResponderExcluirE respodendo ao comentário que você fez no meu blog. Sou de Salvador - BA amiga e não de fortaleza mas entrei no blog que vc indica e achei fantástico.
Bjs e um excelente feriado
Debby :)
Que confusão eu fiz! :=) Acho que foi o adiantado da hora!
ExcluirVolta sim!! Um excelente feriado para você também!! Beijus,
Boa noite...Aqui seu Anjo Azul,
ResponderExcluirpassando para te ler e ficar de
queixo caido...Menina, viajei nas
palavras bem colocadas e entrelaçadas
com o passado e presente. Na duvida de
um futuro perfeito ou imperfeito! Mas
adorei, pois me vi lendo um conto atemporal
onde quem perdeu suas memórias, jmais teve história.
Lindo de verdade, senti até saudades. Tempos bons,
romances verdadeiros e puros. Sofrimentos, perdas?
Sim todo tempo, só que mais amenos, menos mesmo!
Abraços e bjinhos carinhosos deste teu Anjo Azul
de volta e com sdds daqui!
Que lindo meu anjinho!! :=)
ExcluirObrigada pelas palavras carinhosas. Você vai gostar do filme pois ele traz o passado sem peso - o peso fica por nossa conta. Acho que temos uma conta com o passado - A história de nossas vidas.
Bom fim de semana!! Beijus,
Existem momentos onde as palavras nos provocam. Suas palavras me provocaram. Fiquei com muita vontade de ver este filme.
ResponderExcluirE interessante é que estou nestes dias organizando as fotos herdadas de família que contam uma história incrível....fotos de um tempo onde o Pão de Açúcar ainda não tinha o bondinho e o Corcovado não tinha o Jesus Cristo. E muito mais...
E adorei a frase que fecha o post...sobre a alegria!!!
Beijos Luma...foi muito bom vir aqui te ler.
Astrid Annabelle
Uau!! Eu gostaria de ver essas fotos... Não existe exercício melhor para encontrarmos a nossa essência que manipular as lembranças do passado de forma mais concreta como a fotografia, cartas, documentos, objetos... Há quem diga que arrumar gavetas faz-nos organizar internamente a nós mesmos. Eu compreendo que remexer as recordações traz uma carga enorme de sentimentos antigos, muitas vezes enterrados e desenterrar é bom ou ruim, dependendo de como estamos no momento. Não aconselho mexer no baú quando estamos tristes. É muito bom ter você por aqui!! Beijus,
ExcluirEu não sou uma pessoa saudosista. É da minha natureza não ser. Eu até queria ser. Tem algo de bonito, de humano no sentir saudade.
ResponderExcluirTalvez por nunca ter tido essa sensação de ter raiz num lugar ou ter alguém que eu sentisse poder chamar de meu, não por obrigação, não por nascimento, mas por sentimento.
sei lá... Mas o filme parece interessante ou pelo menos a usa visão sobre ela o fez parecer ser. Então eu vou espiar :)
Teve um tempo em que eu viajava demais e a vida era muito agitada, não dava espaço para olhar para trás. Mas daí você pára e pensa que os valores que você adquiriu, não formam de experiências vividas, 90% vem da sua convivência familiar. Não importa quanto tempo você viveu com a família, pois a força genética é grande demais. Não à toa, temos pessoas que foram afastadas dos pais logo cedo e quando reencontram, encontram também características inerentes a um clã. Mesmo que você não tenha desenvolvido laços de afeto, os laços familiares estão lá. Chegará o tempo das lembranças, mas não espere! :) Beijus,
ExcluirOi Luma,
ResponderExcluirO filme parece ser excelente.
Acho que de vez em quando devemos parar e recordar boas lembranças,questionar alguns pontos da vida,enfim faço isso sempre,acho que ajuda a olharmos o momento presente de outro modo.
Lembrar de quem somos,de onde viemos,de como foi a vida das pessoas que amamos a algum tempo atrás nos faz ter um outro olhar.
Uma ótima semana pra você,abração,=)
Não podemos esquecer da nossa história e de como tudo o que vivemos interage com o presente, mesmo que o nosso pensamento não esteja lá atrás. Somos a soma de tudo aquilo que vivemos e nossas decisões estão baseadas na experiência de vida que tivemos. Uma ótima semana para você também!! Beijus,
ExcluirOi, Luma!
ResponderExcluirTalvez por gostar tanto de História, e de me fascinar por tempos que não vivi, por épocas em que os valores condizem com os meus, fico pensando na mensagem desse filme, e com grande curiosidade de vê-lo.
Um grande abraço, amiga
Paz e Bem!
Socorro Melo
Socorro, por culpa do progresso, a vida no campo está quase que morta. São poucos os adolescentes que ainda querem permanecer no campo para cuidar daquilo que foi o sustento da família por séculos. Algumas famílias tradicionais de fazendeiros brasileiros praticamente quebraram para indústrias agricultoras que vieram de fora do país. Nosso país está vendido e acho muito importante, quem ainda tem um pedaço de terra, saber preservar. Vai virar ouro daqui um tempo! Paz e bem!! Beijus,
ExcluirOy Luma, isso parece excelente. Obrigado pela análise do filme. Vou assistir a ele quando ele vem aqui. Beijos ~!
ResponderExcluirErik, vou torcer para que ele faça muito sucesso e chegue por suas bandas. :) Beijus,
ExcluirLuma
ResponderExcluirEu nem sei o que escrever. Fiquei maravilhada com seu texto. Uma história de riqueza de detalhes e facil de ser imaaginada.
Um abraço da amiga Monica