Nua e naturalmente bela.

A moça é bem formada, inteligente, tem um passado enraizado com a luta das mais antigas do mundo, que é pelo direito a um pouco de espaço que seja do seu tamanho, pelo menos.

Há gente espantada e até mesmo escandalizada pelo fato dela querer posar nua. Façanha já cometida por algumas mulheres de nosso tempo.


Ninguém reclamou quando Gisele Bundchen, Angelina Jolie, Catherine Zeta-Jones apareceram nuas. Elas podem!

Santa Maria Egipcíaca – que inspirou poema de Manuel Bandeira – tirou sua roupa e ofereceu sua nudez a um barqueiro. Ela precisava atravessar o rio para cumprir a missão piedosa, a igreja a canonizou.

Lady Godiva e Dona Beja, por motivos diferentes, também encararam a moral e os bons costumes de suas épocas, surgiram nuas em cima de um cavalo – e a posição até que é considerada mais erótica do que na banheira cheia de espuma.

Na Grécia, tivemos o julgamento de Frinéia, acusada de vender sua nudez. Ia ser condenada, mas seu advogado apelou: arrancou a túnica da moça e surgiu “no esplendor imoral da carne e da beleza” – segundo o verso de Olavo Bilac. Os juízes a absolveram.

E aquela filha da terra, filha da luta, filha de Deus, ela merece o nosso respeito e, obviamente o nosso entusiasmo.


Desculpem a indecência, mas a nossa fotografada por se considerar adepta da arte natural e ser muito tímida, quis ser fotografada usando a luz do entardecer.