A natureza, mesmo nos surpreendendo é sempre sensata

luzdeluma

O homem ao contrário, é sempre questionado.

Sempre falta um ingrediente e acabamos por estragar o prato.

E não é moderna a procura pelo belo.

Nem tudo que é belo é confortável.

As aparências enganam.

Sou uma pessoa moderna e ao mesmo tempo, não sou tão moderna assim.

luzdeluma
Vejo que algumas coisas mudaram pra pior.

Superficialmente tudo é muito bonitinho e engraçadinho.

Mas rotineiramente é parvo e cansativo...

E lembrar da doce, meiga e encantada vózinha. Falando com calma e baixinho.

E a menina comia o algodão doce, pedacinho a pedacinho, muito devagar.

Sempre que engolia um pedacinho, saboreava lentamente, e ficava pensativa.

A avó aproximava-se questionando porque comia o algodão tão lentamente.

- Sabes vovó, o algodão doce é a minha nuvem mágica...e cada pedacinho que saboreio, significa um sonho mágico, que se vai transformar em verdade dentro de mim!

- E isso funciona mesmo, querida?

Não demorava e, avó e neta, criavam verdades e sonhavam....sonhavam muito. Cada uma, com o seu sonho de algodão ...

Brincamos de gente grande e quando olhamos pra trás aquela criança não existe mais.

Mas nutrimos os mesmos sentimentos pelas pessoas que admiramos.

Queremos saber de tudo e chega um momento que tomamos consciência que o principal não está escrito em livros e jornais. Tudo está escrito nos olhos.

Olha no espelho. Olha pra ti. Conhece bem essa pessoa que te olha com tanta estranheza. Tem certeza que essa pessoa que está aí é você?


Participo de uma mega postagem no "Casa Corpo e Cia" com o texto nº 222: "Criança mimada tem poucas chances de vencer na vida".
Prestigiem clicando no selinho.

38 comentários :

  1. Não, eu não me reconheço em mim.

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  2. Sempre me encanto aqui ao te ler!!!Desejo que a magia esteja sempre presente...beijos,linda semana,chica

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  3. Bonito, e poético. Porém...
    Estou como o Allan aí em cima, não me reconheço, e acho isso aceitável. E gosto. Assusta-me pensar que olhando para mim, ainda me veria como aquela criança que fui.
    E a vivência desses anos? E a maturidade? E o conhecimento que adquiri? Onde estariam? Não deixariam marcas, mudando, maturando, aquela que fui?
    Faz parte do processo da vida. E talvez quando eu for avó - se Deus permitir- eu volte a ser criança.

    Beijos, Luma!

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  4. A melhor fase de nossas vidas é a infância...muito bem referenciada no momento em que saboreavam o algodão doce....

    Beijos

    Wilian

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  5. "E quando eu ser avó eu volte a ser criança". Lindo pensamento! Mas como eu não terei netos mesmo, posso eu ser a criança desde já? Eba, vou voltar a sê-lo, pois!

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  6. Anônimo08:12

    Se pudéssemos juntar a pureza da criança e a experiência do idoso...
    Manoel Carlos

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  7. Belo texto Luma!

    Mimar, ninar, amar, naturalmente, com critérios, regras e medida do coração, é uma delícia para quem mima e para quem recebe.

    Uma excelente semana para você!

    Beijãooooooooooooo

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  8. O "Sou uma pessoa moderna e ao mesmo tempo, não sou tão moderna assim" me descreveu bem. Nem sempre me reconheço quando olho no espelho, ainda não sei se é bom ou ruim.

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  9. Belo texto Luma!
    Sonhar faz parte da vida e quando somos crianças isso é mais intenso. Precismos deixar que ela viva aqui pra sempre, pois assim a vida fica mais fácil...

    Saudade dos tempos de criança....

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  10. Oi Luma,
    Só não acredito que estamos vivendo no melhor dos tempos pq sei que o melhor dos tempos está para vir, mas adorei a imagem da menina com o algodão doce. Tb quero comer pedaços de nuvem qdo encontrar algodão doce à venda.
    Tem sorteio de um "kit de beauté" lá no blog, se vc ainda não estiver participando, vou ficar feliz se participar.
    Beijos 1000 e uma semana maravilhosa para vc.

    http://www.gosto-disto.com/2011/10/sorteio-de-beaute-beautys-giveway.html

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  11. Luma,

    Que belo texto, como é difícil nos reconhecermos em nós mesmo, como nos estranhamos ainda quando nos deparamos com nossa imagem.
    Grandes beijos e excelente semana

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  12. Ironicamente, às vezes, bem dentro de mim e refletida no espelho, tenho a certeza de que nada sei sobre quem reflete tal imagem.

    Beijos Lu

    Linda semana

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  13. Luma encontrar algodão doce lá fora, deixe-me saber que aqui se foram! São quase três anos que eu queria comer e só não acho.
    A vida tem que ser degustada lentamente e sentir os momentos antes de passar. Todos os horários são únicos e olhar no espelho deixa de ser uma performance teatral a ser um exercício de alma. Você é linda! abraços

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  14. Lindo poema, Luma!
    Gosto de sentir que preservei minha capacidade de encantamento. Aquele jeito de viver a véspera de uma viagem, a espera do presente, a perspectiva de ganhar um pedaço de doce de goiabada cascão... a excitação era tanta que ficava febril! Gosto de sentir a mesma alegria quando brincava com minha bonecas de pano... hoje minhas bonecas são um texto, um verso, um desenho, uma fotografia, uma pintura naïf ou não, um livro, uma viagem, um girassol recebido por e-mail, um carinho recebido por e-mail ou ao vivo, uma música... tanta coisa... Mas o mais importante é sentir a mesma alegria vibrante quando coisas que me fazem bem, acho bonitas ou gente que gosto, chegam até mim. Bendita seja essa alegria! Viva esse amor e entusiasmo pela vida e as coisas bonitas que nela continuo vendo!
    Girassóis nos seus dias. Beijos.

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  15. É engraçado, a escrita me deu isso de presente, a possibilidade de me conhecer, de saber quem sou. A possibilidade de me tornar próxima dessa figura insensata, estranha que é muitas, nenhuma e gosta de ficar do lado de dentro e raramente se atreve ao lado de fora. rs

    bacio

    Ps. Adoro comer algodão doce. Saboreando lentamente e me esquecendo dos dias que seguem...

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  16. Grandes palavras, Luma. É verdade que tem dias que mal consigo me olhar no espelho, de tanta afobação. Fico com medo, às vezes, de me perder pelo caminho.
    Mas preservo o meu "algodão doce": quando posso comer minha sobremesa peferida, como com a menor colherinha que tiver, de pontinha, bem devagarinho...

    Bjs.

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  17. Olá Luma..:))
    Estamos rodeados de modernidade, tudo é tão relativo, estar no mundo dito moderno não é vestir roupas e manusear "cacarecos=??" que se diz da última moda..:)
    O moderno, e o tradicional caminham juntos..:))

    Tchauzito

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  18. Gostei do novo visual.

    Eu sou avô e devo confessar que passei a me divertir muito mais com brincadeiras infantis. Não diria que voltei a ser crianças (afinal nunca deixei de ser (rs)); mas acho que fiquei mais mole.

    Não conheci meus avós (eles já eram falecidos quando nasci) e trabalhava muito quando meus filhos eram crianças, talvez por isso agora desejo deixar uma marca positiva e uma lembrança de alguém que estava mais presente.

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  19. Luma, minha amiga, nos últimos tempos tenho pensado nisso que você falou aqui neste post. Sobre isso, guardarei minhas reflexões desta vez... Quero, no entanto, elogiar a "simplicidade na profundidade" de suas palavras. Já disse antes e repito: sou fã da sua maneira de escrever.
    Creio que para muitos seja mais difícil, pois você usa poucos conectivos entre os trechos, mas é legal perceber que aqueles que conhecem os mecanismos coesivos podem brincar com o aparente desconexo para criar uma unidade na cabeça do leitor. Se fosse uma redação de meus alunos, provavelmente, eu apontaria como um problema textual. No seu caso, liberdade poética e profundo conhecimento das possibilidades linguísticas...

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  20. Luma, a menina com algodão doce, era como eu e as bolinhas de sabão que eu fazia com o tubo da caneta bic mergulhada no detergente com água. as bolinhas subiam, iam com o vento, e me imaginava dentro delas.imaginava eu, meus irmãos, primos, vivendo aventuras.rsss. hoje,continuo imaginando coisas, sonhos diferentes, mas nunca perdendo um pouco do lado criança.Se não a vida perde a graça.
    Bjs!

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  21. Luma,

    Concordo, compartilho os mesmos sentimentos, eu sei quem eu sou e vejo a mim, mas vejo uma pessoa que ainda está num tempo que não se assemelha com o presente. O presente é um tanto estranho, pq falta gentileza por mais que estampem tal frase famosa. Os valores mudaram, será que tudo que é humano ficará pior? As aparencias enganam mesmo....

    Bjs

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  22. Ainda não me distanciei da criança que fui um dia, ainda faço birras quando fico frustrada. Estando longe de casa a maior parte do ano, sinto a necessidade de olhar no espelho e me enxergar menina. Alguma ligação com as minhas raízes e identidade familiar. Quando chega na casa dos meus pais, a primeira coisa que faço é sentar no colo do meu pai.
    Adoro essa capacidade que você tem de aprofundar em nosso íntimo, despertar sentimentos e nos fazer confessar fragilidades. Amo-te.

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  23. Luminha!
    Sou que nem você, posso parecer muitas vezes bastante moderna pra minha idade, mas parei lá atrás, no tempo das gentilezas. Por isso levo, de vez em quando, umas trauletadas.
    beijinhos cariocas

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  24. delicia lhe ler, Luma!
    não, não sou eu e nem poderia, mas ainda guardo o "momento algodão doce" dentro de mim...
    bj

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  25. Que belo texto, Luma!
    Algodão doce traz para mim recordações da minha infância e da minha avó, pois era no jardim da casa dela que eu ficava esperando o "homem do algodão doce" passar...

    Uma feliz semana para você.
    Bjs.

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  26. Luma, eu recebi sim seu comentário, mas estava guardadinho esperando até o momento que eu pudesse vir te responder.
    Amei sua participação no mosaico, um post muito valioso que fico feliz por estar agregado lá.
    O próximo vai ser tema livre, participa também, tá?
    Ah, obrigada por trazer meu selo e linkar. Beijos pra você e boa semana ♥

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  27. Luma:
    Algoão doce...e lembranças.
    Crianças que fomos, adultos agora.
    Reconhecer-me no espelho.
    Agora consigo.
    Foi um exercício e tanto que a maturidade me deu de pesente.

    Uma boa semana com este belo texto para refletir...
    Obrigada!
    Anny.
    Beijos.

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  28. Acho que deixámos de mastigar e de saborear a vida.
    Limitamo-nos a engoli-la...
    Excelente reflexão, gostei muito.
    Querida amiga Luma, tem uma boa semana.
    Beijos.

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  29. Oi Luma
    a criança que vive me nós está sempre oprimida pelas modernices que a sociedade lhe impõe.E tímida se esconde.
    As lembranças fazem-na ressurgir quando sorrimos com os filhos, os amigos, os pais.E , quando nos damos o direito de ir aos parques, aos jardins, aos pic-nics enos misturarmos sem estranheza.
    Olhar no espelho, um exercício que tememos porque nem sempre vemos o que pensávamos existir.
    Bonito seu texto, faz pensar e dá saudade do algodãodoce ,antigamente bem branquinho como nuvens...
    lindo , gostei do devaneio ,nessa boa participação.
    fui lá e gostei das coisinhas de mulherzinha rs da "Casa Corpo e Cia"
    deixo abraços

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  30. Anônimo22:30

    Há muito tempo que tento não olhar para o meu estranho reflexo. Quando faço isso, desconheço e abandono.


    Luma, suas reflexões são brilhantes. Amo estar aqui.

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  31. Anônimo00:43

    Muito lindinho teu texto, gostoso de ler, todo singelo. Essa postagem deve ser bem bonita, quero ver tudo!
    Hoje vi que estava passeando pelo meu blog o dia inteiro um lance de copywrite nao sei o que, que protege direitos autorais ou ataca nossos direitos autorais? Fiquei preocupada, foram varias entradas. Sera que é hacker? Sera que meus singelos textinhos andam sendo copiados? Nao tenho a minima ideia. Por isso vim pedir um help, para variar...
    Beijos e muito obrigada desde ja.
    Cam

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  32. Olá, querida
    Tudo está escrito nos olhos...
    Linda verdade!!!
    Acredito, piamente, nisso!!!
    Bjm de paz

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  33. Um texto que traz uma mensagem plena de verdades. Ganhamos experiência, mas não podemos deixar morrer a pureza do nosso ta
    tempo de criança.
    Beijos.

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  34. Tenho certeza que não.Olho-me e realmente me assusto. Montão de bjs e abraços

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  35. Luma, queridíssima. que lindeza está sua festa! Continua escrevendo com delicadeza e sensibilidade. Que bom re-encontro. Vez ou outra penso em volta ao blog. talvez uma hora dessas... um beijo! (Fátima, do quarto com baú)

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  36. Tenho a certeza sim, pois antes de construir qualquer coisa, de sonhar qualquer coisa, de querer qualquer coisa, vivo através da cabeça, mas com o coração. Para ver os dois, só através dos olhos... certo de que ainda não vi tudo, pois quanto mais se vive, mais há para ver!

    bejojos!

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  37. Oi Luma! É olhando para trás que nos reconhecemos, percebemos a evolução, ou não.Eu me vejo, nitidamente como as marcas que o espelho mostra, talvez até mais acentuadas pelas lentes dos óculos. O tempo é veloz, melhor comer cada bocadinho do algodão doce lentamente e com prazer, a gente nunca sabe até quando poderemos saboreá-lo.
    Beijos!

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